🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
ainda só passaram cerca de 2 horas vai ser uma maratona de debate orçamental dividido entre esta quarta-feira e amanhã a quinta o dia da votação na jalidade o documento que vai gerir as contas públicas no próximo ano tem viabilização garantida pela AD e pelo partido socialista assim se espera vamos agora à análise com o recurso a cores de smaf verde amarelo vermelho é um formato alargado para além da judit de França contamos com André zido Alves politólogo colonista do Observador com a Susana peralta economista e jogadora do fora do baralho e o Jorge Fernandes também um dos quatro Ases do programa politólogo colonista do Observador Jorge vamos começar por ti à Vida para lá do excedente orçamental o governo foi até ao limite do razoável nas negociações com o PS o objetivo do governo não é durar é fazer são algumas das frases chave do primeiro-ministro e nesta primeira onda do debate Na generalidade deste orçamento Luís Montenegro confia na palavra dada na palavra de honra política do PS também fez questão de o sublinhar queres sinalizar aqui estes avisos à navegação do primeiro-ministro Olá a todos bem eu acho que eu acho que Luís Montenegro está a fazer aquilo que lhe compete no fundo agora eles Ele já sabe qual é o qual é o digamos a posição do partido socialista Portanto ele no fundo está a gerir expectativas e já está a pensar eventualmente com este discurso de à Vida para além do excedente etc ele já está a sinalizar e com a ideia de que o governo já foi ao limite do razoável e com o objetivo do governo ao contrário e aqui naturalmente a mandar uma digamos uma uma bicada ao ao governo anterior o que que o governo não tem não tem apenas como como Ponto Central durar mas s mas também fazer e reformar Portugal eh o primeiro-ministro no fundo já está a começar a montar o que será o discurso do orçamento do do governo para além do orçamento portanto no fundo ele já dá o orçamento como um assunto quase encerrado embora ele claro que o orçamento sabemos que a partida vai ser altamente formado durante a votação na especialidade mas politicamente claramente Montenegro já tá a lançar as pistas para o próximo ano são justas estas críticas E esta ideia que subjaz à afirmação de que o objetivo do governo não é durar é a fazer indicia que o anterior governo liderado por António Costa até tinha alguma margem orçamental para satisfazer por exemplo algumas das reivindicações de diversas classes profissionais como os professores ou as forças de segurança mas que fez uma gestão desses recursos financeiros em função do calendário eleitoral é uma crítica justa essa crítica não é justa na medida em que isso é isso ess essa digamos essa crítica aplicar seria a todo a todos a todos os governos de resto o próprio Montenegro com algumas das medidas que já tinha lançado nos últimos meses estou a pensar por exemplo no suicídio aos polícias neste cheque que foi dado aos pensionistas etc claramente já tava já estava em modo eleitoral digamos assim até porque quando o fez não sabia não tinha informação sobre o que é que o partido socialista iria fazer portanto essa crítica que Montenegro faz é uma coisa meiramente retórica porque isso aplica-se rigorosamente a todo a todos os partidos e a gestão que Montenegro está a fazer relativamente Aos aos aos dinheiros públicos no fundo e a tentar de resto O O ele tá a tentar no fundo copiar o modelo que o partido socialista fez de forma absolutamente esplendorosa ao longo dos últimos anos o partido socialista com António Costa tornou-se especialista precisamente em em no fundo Ignorar as reformas estruturais do país e em em distribuir os rendimentos que apesar Todos estavam disponíveis e o dinheiro que que o país foi tendo crescentemente nos anos de António Costa eh enfim António Costa especializou-se nisso e foi assim de resto que foi ganhando eleições de forma cada vez mais sustentada António Costa não saiu porque perdeu as eleições saiu no meio de um escândalo de corrupção e que envolvia um conjunto de pessoas no seu gabinete António Costa tem um tinha um registro digamos eleitoral o seu governo ia ia crescendo à medida que o tempo ia passando o que mostra uma gestão bem sucedida da portanto da da coisa pública portanto em termos de em termos de dos do dinheiro público há uma crítica que eu acho que Montenegro faz a António Costa que eu acho que se aplica exatamente de igual maneira este governo este eu fiz eu fiz esta crítica de forma muito consistente ao longo dos governos de António Costa aqui no observador que que era a falta de reformas a falta de ideia para o país e Montenegro com este governo e mostra exatamente o mesmo tipo de vontade de reformar o país que é exatamente nula Montenegro este orçamento é um é um orçamento que podia ser assin com toda a tranquilidade por António Costa e pelo partido socialista um orçamento meramente de gestão de no fundo de de distribuindo o dinheiro que está disponível por enfim pel pelos vários grupos sociais que serão centrais em futuras eleições sejam elas qu Quando forem mas não há qualquer tipo de ideia para o país não há qualquer tipo de no fundo de pensar o país a longo prazo não há qualquer tipo de no fundo de ideia de que precisamos de reformar Esta área ou aquela área e portanto as críticas que António Costa merecia nesse respeito são Exatamente aplicam-se exatamente a mesma medida a Montenegro ou seja as críticas que Luís Montenegro fazia António Costa Fazem agora ricochete é aqui uma das ideias do Jorge Fernandes neste semáforo político Susana prta bem-vinda também eh queres olhar aqui especificamente para uma parte do debate quando o primeiro-ministro aqui na na interpelação feita por Paulo Raimundo do PCP fala na isenção de dos prémios de produtividade estão isentos de contribuição e impostos neste orçamento do Estado diz Luís Montenegro que isso é em benefício das pessoas e não das empresas é a tradução do do mérito dos trabalhadores porque é que queres sinalizar isto em particular Olá Joker e Jorge e Olá André que gosto de estarmos aqui a a a orçamentar em conjunto não eh eu queria também começar se calhar só por discordar um bocadinho do jorges no seguinte quer dizer era mesmo é mesmo necessário atender às reivindicações de vários setores da função pública que estão objetivamente mal pagos e e eu e e eu percebo que quer dizer isto confunde sempre um bocadinho com clientelas eleitorais como é óbvio tendo em conta o cenário político mas mas eu acho que apesar de tudo é Eleitoral ismo do bom nós não podemos continuar com tantas com com com tanto descontentamento e desmotivação em em em funções críticas do Estado como a educação a justiça e a segurança h pronto e queria só assinalar isso no fundo dizer que isto tem que isto tem algo quase até eu arrisco-me a dizer isto eu que não gosto muito do termo reforma estrutural mas eu acho que pagar mais aos funcionários públicos é de alguma forma uma reforma estrutural bom e agora vou pegar no nos prémios de produtividade hh não Isto é é esta ideia de de nós tratarmos o nosso IRS bem o irc também mas já que agora estamos aqui a falar de IRS como um queijo suíço não é uma coisa maravilhosa Portanto o queijo vai enchando enchando e enchando mas depois a pessoa olha para ele lá dentro e tá cheio de buracos cada vez maiores isto não faz sentido absolutamente nenhum é aliás contrário H à à intenção do de quando o PSD apresentou a sua começou a apresentar um esboço de reforma fiscal eh no final do do verão passado início do outono ou seja antes de acontecer o escândalo que levou à Queda de António Costa que o Jorge aludiu que era precisamente de alargar a base de tributação e procurar com isso diminuir as taxas alargar a base tributação quer dizer não permitir que haja tantas partes dessa base tributária a desaparecer do cálculo do IRS neste caso e de facto esta coisa dos prémios de produtividade bom tem vários problemas bom a primeira é que é eh à partida enfim até prova em contrário um ataque à progressividade porque a maior parte das pessoas com salários mais baixos não tê prémios de produtividade portanto logo aí é problemático a segunda razão pela qual é problemática é que o dinheiro é fungível e eu acho que o primeiro-ministro sabe disso também e portanto é vai ser relativamente fácil às empresas disfarçarem enfim é preciso depois ver o detalhe da legislação mas também legislação muito detalhada a este respeito é em si Enfim uma fonte de complicações desnecessárias e potencialmente de alguns registros cómicos mas quer dizer vai ser razoavelmente fácil às empresas disfarçar alguns aumentos salariais de prémios de produtividade para com isso conseguirem diminuir a carga fiscal sobre os mesmos pronto e depois por outro lado o o o primeiro ministro não sabe tal como eu não sei ninguém aqui sabe se isto é em benefício das pessoas e não das empresas é provável aliás que seja em benefício de ambos porque o que nós sabemos quando nós introduzimos este tipo de diminuições da carga fiscal é que ela vai ser partilhada pelos lisados do mercado ou seja as empresas sabendo que os trabalhadores vão ficar com uma parte superior daquilo que elas pagam pois vão aproveitar para aumentar menos em termos brutos e depois já agora um último problem é a questão da Segurança Social quer dizer nós não temos pla fonamentals decidir se se queremos ou não queremos é um debate perfeitamente legítimo acho mais chato fazê-lo entrar assim pela porta do cavalo eh isentando algumas eh algum tipo de remuneração dessas mesmas contribuições quando por exemplo E quanto a mim bem as pessoas que têm rendimentos da categoria B Ou seja que tem que passam recibos verdes genericamente hoje em dia para em cima digamos de um salário que recebem de trabalho dependente já têm que pagar contribuições para a Segurança Social desse mesmo rendimento porque isso de facto é muito importante para garantirmos que quando as pessoas passarem à à reforma eh vão ter uma digamos uma uma diminuição do seu poder de compra menos significativa e portanto enfim parece-me que é que é uma medida mais uma medida disfarçada para estragar para estragar ainda mais o nosso sistema fiscal para atacar ainda mais a progressividade para criar ainda mais oportunidades de imaginação fiscal e não era claramente este o caminho no qual eh pelo qual Devíamos estar a ir há aqui o risco a Susana praluta Boa tarde da da remuneração sujeita a tributação a remuneração dos trabalhadores diminuir em benefício destes prémios que não são sujeitos a essa carga fiscal diminuir é difícil não é porque nós temos leis que limitam muitíssimo a capacidade de uma empresa diminuir o salá diminu sim diminuir na perspectiva de quando é oferecido uma remuneração quando aumentas podes aumentar desta maneira exatamente no novo contrato oferecer uma remuneração mais baixa nessa perspectiva para oferecer uma remuneração comito à tributação exato Miguel é isso mesmo portanto incentiva esse tipo de criatividade fiscal eh e que efetivamente como estavas a dizer e bem diminui relativamente à base tributária que tu trias em C RS se não tivesses este tipo de imaginações mas nós temos imensas imaginações deste tipo é nós Devíamos era estar aí no sentido de diminuí-las eh e e não no sentido das aumentar quer dizer o governo queria eh foi o governo anterior mas este governo tem estado a avançar nesse sentido daí o tax que é uma unidade técnica precisamente para avaliar benefícios fiscais e supostamente para tentar racionalizar e etc e pensar para que é que eles servem mas depois na prática Tu vês que aquilo que eles querem é continuar a criar benefícios fiscais eh pronto sem ninguém enfim com com com eficácia duvidosa e com custos evidentes uhum neste semáforo política alargado temos também connosco André zevedo Alves é politólogo e colonista do Observador Boa tarde eh e bem-vindo Andre do oves eh e traz este semáforo a decisão de Pedro nundo Santos o secretário Geral do partido socialista de viabilizar o orçamento do estado com a abstenção exatamente eu eu pedia só antes de de dir ao Pedro nundo Santos que eh queria deixar uma nota de pedar pela morte do do do nosso colega André Freire que que tomei conhecimento agora há há há muito pouco eu conheci o o André quando fomos ambos membros da direção da Associação Portuguesa de Ciência Política tínhamos muitas diferenças recordo muitas discussões bastante animadas porque o André freira também é uma pessoa muito muito frontal além de ser Sagaz e divertido e e pronto não queria deixar Tendo tendo a notícia chegado agora e tendo tendo eu recebido com algum choque deixar aqui esta esta nota Inicial H Indo ao ao ao PES Nuno Santos sim eu eu eu eu gostava de ligar e e falar um bocadinho sobre a decisão de PES n santes à luz também os dados da sondagem mais recente da Universidade Católica eh que me parece que acabam por ilustrar bem a situação muito difícil em que o PS e em particular pedroo Santos se se colocou e por ajudar a compreender também eh portanto a decisão que tomou e que de alguma forma agora esvazia o próprio o próprio debate eh debate orçamental porque enfim o final salva alguma algum golpe de teatro e alguma surpresa a afal Está mais ou menos pré anunciado e há aqui três dados muito rapidamente que que me parecem interessantes O primeiro é que em resposta à questão Quem mais se esforçou por e por haver uma viabilização do orçamento eh os os os dados da sondagem da católica apontam para 62% das pessoas acham que foi Luís Montenegro Quem mais se esforçou e apenas 21% acham que foi Pedro nmero Santos ou seja Pedro nmero Santos a no final deste processo e estava iria ficar claramente e como a mal da fita no caso de uma de uma não viabilização do orçamento e estas percentagens 6221 transcendem em muito não só as votações da Ad PS como até a divisão esquerda direita independentemente onde é que traçamos a fronteira esquerda direita mas portanto havia uma maioria esmagadora a achar que Luís Montenegro fez um esforço maior de aproximação e de e de manutenção da estabilidade política e portanto Pedro Santos iria claramente ser visto como o vilão nesta história segundo dado é que 76% das pessoas que responderam na na sondagem acham e exprimiram o desejo que o orçamento deve passar não é uma maioria ainda mais esmagadora e terceiro dado muito próximo deste mas especificamente relativamente à Conduta do partido socialista 79 portanto quase 80% acham que o PS o PS especificamente deveria viabilizar o o o orçamento e estes são Dados que para mim reforça uma perfeição que se calhar muita gente teria o próprio P Santos provavelmente teria eh de que o o o PS e o seu Líder se colocaram numa situação eh a meu ver em parte desnecessária porque foi foi gerada em boa parte por declarações que o próprio que o próprio PED do Santos teve em campanha eleitoral imediatamente após as eleições a seguir às eleições mas numa situação muito difícil em que no fundo foi praticamente obrigado a fazer aquilo que tinha dito eh eh que via como quase impossível de ser feito não é portanto começou por dizer que que seria praticamente impossível o PS viabilizar o o o orçamento mas ao longo do tempo foi-se percebendo que de alguma forma se encor ralou com as suas próprias palavras eh e parece-me que os dados agora da estação da Aga católica reforçam precisamente isso não é Ou seja os a perceção do eleitorado muito para lá das linhas de apoio partidário e da e até da divisão esquerda esquerda direita eh se tivéssemos e enfim não não está totalmente excluído mas creio que neste momento está praticamente excluído se tivéssemos um cenário de eleções antecipadas eu creio que o PS e Pedro Santos se arriscavam a um resultado verdadeiramente desastroso HUM H judit França vamos agora também a ti já voltamos à conversa também com o André zevedo Alves mais daqui a pouco e o governo mantém intacta a intenção de atingir os 3% de crescimento eh e isso mesmo foi dito por por Luís Montenegro neste debate avisando também que desvirtuar o orçamento do Estado proposta do governo que esta proposta já nem sequer é a inicial Mas desvirtuar esta proposta seria uma ofensa à vontade que os eleitores expressaram nas urnas e é por aqui que o teu semáforo vai bom a questão de de desvirtuar não é novidade eu acho que luí Montenegro tem que insistir nisso ao máximo porque não acredito que confie totalmente naquilo que o partido socialista pode fazer na especialidade e o Ministro das Finanças também tem enfatizado o mesmo eu acho que em sede de especialidade muita coisa pode acontecer eh normalmente há mais de 100 propostas de alteração e portanto é é é o diabo esconde-se nos detalhes e os e os detalhes depois custam caro não é porque depois é pequenos detalhes todos juntos fazem diferença no orçamento sobretudo num orçamento em que a margem é tão pequena eh e em relação ao crescimento económico eu acho que foi ali um um um bom início eh para Pedro Nuno Santos porque eh a verdade é que e luí Montenegro diz que mantém a meta para 3% Mas neste momento aquilo que está inscrito e que Luís Montenegro diz que segue a metodologia da União Europeia mas o plano orçamental enviado à comunid à à comissão europeia é de 2,1 por precisamente menos do que aquilo que estava no programa do partido socialista e que na altura h e que na altura a aliança de democrática criticou dizendo que tinham pouca ambição falar sobre as as as formas revolucionárias para impulsionar crescimento acho que foi uma uma uma boa pergunta e acho que precisava de continuidade porque H Luís Montenegro dizer que a grande diferença é a valorização do capital humano quando em tempos A grande diferença era a redução do irc para que as empresas tivessem mais dinheiro disponível e então pudessem aumentar salários pensando que a economia esta Bola de Neve que a dada altura permite tudo um pouco agora passou a ser a valorização do capital humano o que me parece que é uma profissão de fé e bastante curto porque enfim Qual é a valorização do capital humano que tem sido feita particularmente é a das a das eh eh dos setores da função pública que objetivamente eh o partido socialista estava a negligenciar para o fim do mandato não sabendo que eh o governo ia ficar a menos de metade h e portanto aquilo que Luís Montenegro fez foi distribuir um tudo a todos que que mereciam receber e que há anos eram eh esquecidos pelo governo Hum acho que no entanto não ter dito mais sobre a perspectiva que tem de investimento e de crescimento económico eh de facto eh é muito pouco aquilo que distingo de um governo de um orçamento que podia ter sido feito pelo partido socialista tal e qual talvez não por Pedro Nuno Santos por causa da questão do irc mas por António Costa teria sido eh perfeitamente possível essa foi de resto a crítica feita por rui rocha da iniciativa Liberal que não há diferenças substanciais entre esta proposta que está agora a ser discutida e os orçamentos apresentados por António caros mas a resposta do Luís Montenegro A rui rocha também foi interessante que é num governo minoritário até Desc ser impostos é difícil e portanto rui rocha também sabe quais são as circunstâncias do governo neste momento a Judite falava aqui no na discussão na na especialidade e o chega Jorge Fernandes já anunciou que vai apresentar precisamente durante essa fase de discussão do orçamento do Estado uma proposta para uma descida de dois pontos percentuais do irc e tal qual propunha o governo liderado por Luís Montenegro eh o o o não à partida do PSD e da Aliança democrática esta proposta do chega é de alguma forma embaraçando para Sosa para para o governo Sim isto é uma Essa é uma das digamos Essa é uma das das grandes das grandes puzzles atuais da política portuguesa porque enfim há uma coisa que o partido socialista diz com o qual eu concordo de resto que é Luiz Montenegro tem uma linha no fundo ele diz que há uma linha vermelha com Chega mas depois na verdade há um conjunto de políticas públicas com os qu nas quais sobre as quais o PSD o chega na ver verdade estão bastante de acordo Esse é apenas um exemplo e portanto será no fundo o PSD está a negar o seu próprio programa eleitoral porque por quer quer manter a linha vermelha e não quer parecer Como estando a negociar com o chega sobre qualquer em qualquer circunstância e portanto Essa será naturalmente uma arma para Ventura aliás Ventura já ensaia este discurso há algum tempo a ideia no fundo que bem em pela primeira vez em muitos anos a direita tem claramente uma oportunidade para fazer políticas públicas enfim de direita é o que o que ele considera ser de direita e no fundo a própria iniciativa Liberal também tem o mesmo argumentário e o PSD não escolhe não fazer estas políticas públicas porque prefere ser um um partido do centrão parecido com o PS no fundo este argumento aplica-se aos dois partidos à direita do PSD e ajuda claramente os dois partidos porque quando chegar novamente o momento das eleições estes partidos vão dizer que o PSD no fundo no fundo é apenas uma versão assim um bocadinho mais diluída do PS e na verdade as políticas públicas mudam muito e portanto para aquel eleitorado que tem uma intensidade muito dos impostos e o não é não do Luís Montenegro para manter o chega longe por razões higiénicas no Fundamental e aliás se se dúvidas houvesse porquê com esta questão toda dos confrontos em Lisboa mostraram à saciedade porque é que é preciso manter o chego à distância enfim por por motivos de higiene democrática mínimos H enfim mas por outro lado depois também tem estas consequências que é impedir o PSD de fazer aquilo que era o seu programa eleitoral porque enfim com o PS esse programa eleitoral não pode ser feito Susana prut h eu gostava também de abordar contigo este tema que PR passou nesta primeira Ronda a regra do um por um sai um funcionário público entra por um é uma regra imposta por este governo e houve quem questionasse particularmente os partidos à esquerda como é que desta forma se vão suprir as deficiências em alguns setores da administração pública Têm razão nesta neste reparo que fazem TM Claro que tem razão aqui a questão é isto tudo são substitutos manhosos de uma reforma da administração pública que este governo não quer fazer nem sequer tem condições políticas para o fazer enfim não quer não sei se quereria noutras circunstâncias mas não quer também condicionado pela pelas contingências do momento político eh e é uma maneira de de de tentar digamos com com a martelo e limitar o crescimento do do estado e não é assim que se faz porque o problema aquilo que nós sabemos é que há sistematicamente eh concursos públicos que ficam vazios que há eh vários serviços públicos que procuram atrair quadros de qualidade por mobilidade e portanto há uma espécie de jogo S nula no no no seio da administração pública em que as pessoas de qualidade são eh repescados para o outro sabemos que é evidente que há grandes diferenças digamos na motivação na na qualidade até na n nas própria na qualidade do ponto de vista técnico do nível de educação e de instrução dos diferentes Funcionários Públicos que há enormes diferenças entre diferentes setores da da administração pública relativamente a essas qualidades quer dizer há tanta coisa que era preciso fazer para pôr isto a funcionar num numa máquina pública moderna motivada e eficiente que nós precisamos para fazer tudo aquilo que precisamos de fazer Neste País olha desde logo melhorar as políticas públicas eh que enfim cuja falha se tornou Evidente a vários níveis nesta semana de de de tragédias e na nos subúrbios de de Lisboa h e aqui eu devo dizer que a vários níveis eu incluo a falta de equipamento dos próprios polícias que atuam nestas zonas portanto estou a ser bastante Claro obviamente também há falhas de políticas sociais Há questões que têm a ver com a qualidade da educação nestas zonas com a própria qualidade dos espaços públicos etc portanto falhas graves de de de políticas públicas e podíamos ficar aqui o resto da tarde a falar delas h e e sem um estado moderno motivado com com uma com uma função pública qualificada etc não resolve esse problema e certamente com maior número de funcionários em certas em certos e H em certos setores chave portanto na impossibilidade política de fazer de realizar essa essa verdadeira reforma fazem-se assim estas coisas Ah não agora olha nós para limitarmos aqui o crescimento disto fazemos aqui a regra de um por um pronto funciona mas cria enormes rigidezes na capacidade de certas agências públicas crescerem quando tal é necessário e que são que criam muitas ineficiências e que não nos vão resolver o problema mas mas resolver o problema do só que o problema do cheque é uma é uma digamos é uma abordagem de merceeiro não é com uma abordagem de merceeiro que nós vamos tornar este país fazer o upgrade do nosso país para uma economia do Século XX e será que fazemos ou não um upgrade sobre quem é o líder da oposição André zevedo Alves queria que olhasse aqui para para isto também tendo em conta que vimos André Ventura que começar a intervenção que teve dizendo logo que o PS deixou de ser o partido da oposição e é o partido que sustentou governo reclamando até que o debate orçamental devesse este debate orçamental e não só Talvez os debates 15 emais devessem começar pelo chega H agora vamos vamos ter aqui este Quem é o maior eu acho que este este desfecho aliás de alguma forma o Jorge também já já se referiu a isso é é claramente o cenário que que André Ventura preferia não é portanto desde o início eh o cenário melhor para o chega é tudo que consiga colar PSD e ad ao ao partido socialista e e portanto este este desfecho em que enfim creio que um bocadinho pelas razões que comecei por explicar o Pedro Santos e o PS acabaram por ser empurrados quase obrigados a viabilizar este orçamento já era claramente um cenário favorável para André Ventura e para o chega que certamente não se vai cansar de repetir e de relembrar que quando chegou o momento da verdade quando chegou a hora de facto de de de votar eh a AB e o PSD eh acabaram por por se manter no poder e por viabilizar eh e por viabilizar o orçamento com com o partido socialista enfim se isso será depois suficiente para para o chega a crescer muito mais eu acho que não por si só não é uma não será suficiente porque eu acho que aí há um conjunto de debilidades do do chega em termos de discurso em termos de programa em termos de consistência que a meu ver apesar de condições políticas nacionais e até europeias serem muito propícias ao ao crescimento de partidos que M chega no caso específico português limitam esse crescimento para patamares ainda maiores do que os que o chega já já atingiu agora se olharmos só para a questão orçamental eh enfim eu eu não tenho dúvidas referi aliás há algum tempo na aqui também na na na rádio observador quando Pedro no Santos faz aquele anúncio acho que há essencialmente duas pessoas que suspiram da Lívio quer dizer a primeira é Marcel Rebelo de Sousa que não notoriamente não queria ficar como ao presidente recordista da da instabilidade e das eleições antecipadas e e a outra pessoa que claramente suspirou de alívio foi André Ventura Porque Pedro nun Santos resolveu um grande problema e não só lhe resolveu um grande problema como lhe deu aquele que será provavelmente eh senão o seu principal argumento político pelo menos um dos seus principais argumentos políticos para os próximos tempos colando PSD e PS eh de resto esse argument essa argumentação já foi invocada durante este primeiro dia de debate no Parlamento da proposta nacionalidade do orçamento do Estado André Ventura a dizer que este orçamento marca reedição do bloco Central aliança entre partido socialista e PST jud de França também se falou aqui sobre a margem Para incorporar novas medidas eh no âmbito da discussão na especialidade do orçamento do estado com o governo a reiterar que a margem é curta sendo que o conselho para as Finanças Públicas veio esta semana dar conta que o excedente orçamental pode ser superior a 0,33% pode ser 0,6 h o dobro b a questão eh que se põe aqui é eh podemos ter a visão mais cínica que é o governo apresenta um excedente eh mais curto sabendo que ele vai ser furado na especialidade e portanto tem ali uma segunda mini almofada mas são todas almofadas pequeninas não é hum e portanto é é é de esperar que possa ser essa essa a jogada e do governo porque aquilo que diz o conselho de Finanças Públicas é que enfim faz isto com base na informação disponível h e e faz isto H na forma enfim porque o IRS tem implícita Digamos que uma listi cdade que enfim que vai ser praticamente nula e ainda assim acha que apresenta um desempenho em linha com o que estava previsto para as remunerações no próximo ano enfim e depois faz esta faz esta conta eu eu acho sinceramente que o Governo está aqui a fazer a jogar pelo Seguro eh que é o melhor porque como digo eh na especialidade eh vai ser eh eh vai ser um ver se havias na especialidade vai ser um momento difícil garantidamente e agora vamos ver se nos haviamos aqui no que toca a cores de semáforo Jorge Fernandes queres distribuir uma duas para que protagonistas ah distribui uma que é mais fácil distribui um verde um sinal verde para Luiz Montenegro porque claramente passou a a primeira grande Prova de Fogo do seu mandato e Era Uma Prova de Fogo Central considerando especialmente que isto este orçamento não não compra apenas digamos mais um ano de governo como seria natural num contexto normal mas no fundo colocam no governo por seguramente mais 2 anos e e portanto é uma grande notícia para o PST para o líder do PS que ainda em março e tinha foi enfim foi uma eleição tão curta e tão difícil claramente isto é uma grande Vitória para o para o primeiro-ministro e por isso Verde atribuído pelo Jorge Fernandes a Luís Montenegro e que cor tem a tua trincha sua peralta a minha trincha é vermelho para Ventura quando quando ataca o o primeiro-ministro nesta história de alegadamente não falar com polícias e no fundo de fazer um aproveitamento outra vez miserável desta vez da reunião que que o governo promoveu a com as associações e e também com as forças de segurança a propósito desta tragédia que temos vivido na última semana e e e outra vez André Ventura a mostrar que que a única coisa que ele quer é é virar realmente uns contra aos outros porque no fundo veio dizer a ao primeiro-ministro então fala com as associações de bairro leia-se os maus da fita e exclui os polícias e e e e nesse e nesse ensejo eh dar também uma o verde ao primeiro-ministro pela resposta que lhe deu a dizer que de facto aquilo era um momento de conciliação e que obviamente incluiu representantes das forças de segurança e das associações dos bairros e que a ideia dele é de conciliar e de não e ir nesta nesta conversa eh da treta mas sobretudo perigosa de André Ventura de virar uns contra os outros e e tu André zevedo Alves a tua cor é para Pedro Nuno Santos vai ser para Pedro Nuno Santos e vai ser um um um um amarelo e basicamente por duas por duas razões Não não é verde porque foi Pedro no Santos que se colocou na situação muito difícil nesta Neste contexto orçamental eu diria que PED no Santos caminhou até muito perto do do Abismo mas também não é vermelho porque à última hora perante o abismo Decidiu não dar um passo em frente e portanto apesar de estar numa situação muito difícil continuar numa situação que politicamente me parece será de agilidade e que que poderá Aliás agravar-se com as eleições com as eleições autárquicas que do PS não tiver um bom resultado mas apesar de tudo evitou o pior des feixo evitou dar o tal passo em frente para o Abismo e portanto daí o amarelo e só falta a cor da jud de França eu Dom Amarelo este debate morno morno sem nenhuma própria novidade quer dizer tirando aquela mentirinha do chega não houve propriamente novida e Ainda faltam algumas horas de debate hoje e também amanhã dia da votação final não amanhã é dia da votação na generalidade só corrigir e fica por aqui esta edição alargada de semáforo político agradeço a presença de Susana peruta Jorge Fernandes e André Alves