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[Música] sejam muito bem-vindos a mais um popup a linha da frente da cultura popular na rádio portuguesa Tudo graças a estes visionários da matéria Maria Ramos Silva Bruno Amaral e PED bues Esta semana vamos dar aqui dos brindes aos nossos ouvintes vem aí um fim de semana prolongado pelo menos para alguns não é Maria Ramos Silva para alguns só para alguns h e é especialmente para esses que vai este especial potit é isso mesmo é simples o programa desta semana é feito apenas e só de sugestões O que é que os nossos amigos têm estado a ver ou a ler por exemplo e querem sugerir a todos quantos nos ouvem nada mais simples e nada mais agradável tal como é agradável esta semana e contra a corrente dos dias começar pelo Bruno vi Amaral Bruno sentes-te especial imagino Special One da Special One muito bem vamos dar sugestões e eu quero saber o que é que vocês o que é que T andado a ocupar os vossos tempos de lazer e tu vais começar eu ainda não perce isto que tu vais isto que tu sugeres é uma série ou é um documentário chama-se zodiaque zodiaque e a Maria também calma já lá vamos à Maria então é é um documentário sobre o famoso assassino do Zodíaco uhum já já houve muita produção cultural literária cinematográfica sobre e esse assassino que esteve ali ativo no no final dos anos 60 estamos a falar de um futebolista e olha é é um desporto de alta competição aquilo exige muito não é não é para todos não é para todos os estômagos e há o filme do do do David fincher ele nunca foi encontrado este este homicida havia houve alguns suspeitos e esta este comentário se não estou em em três partes corrijo em três partes e traz na Netflix e traz novas revelações não vou não vou adiantar mais mas tem uma tem esta vantagem em relação a muitos documentários de de de True crime que voltam a certos casos podem ir de uma forma mais mais profunda chamados Cold cases não é sim e aqui aqui o que a vantagem de facto tem é que traz novas revelações eh e bastante relevantes e tanto que ficas quase com a certeza de quem terá sido o autor deste destes crimes eu vocês sabem que eu sou um um fanático do do do true crime verade nem todos me surpreendem já eh alguns acho que mastigam muito eh esticam demasiado Às vezes o o pouco material que tê h quando são casos mais antigos não trazem muitas vezes grandes novidades para aquilo que que já se sabe outras vezes não t assim uma abordagem até do ponto de vista técnico que seja muito entusiasmante Eu acho que esta este aqui é um documentário que traz de facto novidades obriga-se a repensar faz aqui uma ligação também com com o com o próprio filme do David fincher e também não nos podemos esquecer que o assassino scorpio do do da fúria da do Dirty do primeiro é inspirado neste neste zodiac e portanto há aqui uma série de pontos com com cultura Pop ou seja a cultura pop foi H canibalizando salve seja eh Tod toda esta ou transformou quase os serial killer e numa indústria há aqui uma coisa depois também que é muito interessante e e quem quem consome este tipo de comentários e percebe é que há há de facto um perío ali mais ou menos entre o final dos anos 60 e os anos 90 meados dos anos 90 2000 que é o período vá Áureo do serial killers e eu estive a fazer a de forma é o grande momento do serial killer na cultura popular e há várias teorias sobre isso agora não vou não vou adiantar mas é de facto e se olhares para muitos dos documentários cri aquela altura e e é são muito interessantes as teorias sobre isso dito isto recomendo bastante e para os fãs de True crime aqui encontram bom material material novo ali e é tão é material tão recomendável que a Maria Ramos Silva também é a sua primeira sugestão porque também andas aqui metida Band também a ver as mesmas coisas exato e eu penso que o Bruno já disse o essencial Isto é um daqueles C casas com 60 anos o que é impressionante não é porque de facto quando quando tu Olhas para trás ainda conseguir isso é uma das coisas mais interessantes provavelmente nesta minisérie eh teres pessoas que são daquele tempo e que portanto assistiram a isto acompanharam e no louco até porque fazendo um pouco de spoiler eh conta com com o testemunho com o o depoimento de na altura Miúdos que conviveram de forma muito próxima e e muito perturbadora até com aquele que seria o principal suspeito e tu de facto depois vais unindo as pontas e os depoimentos e aquilo é é de facto impressionante e fica muito afunilado de facto num sentido e é dic imaginar outros feixos mas mas o que é facto é que tu tu nunca conseguiste a prova material definitiva Cabal para Encerrar este este caso que continua aparentemente não é Bruno eles dizem que ainda há tipos a investigar isto todos continuam a aparecer todos os anos H sei lá regist pessoas a dizerem que sabem mais não sei o quê e que viram e que eram e enfim é impressionante de facto Quando pensamos em em 60 anos e sobretudo permite não só por um lado olhar para esse tempo e para essa nós brincávamos um pouco mas de facto Houve essa tendência se quiseres do serial killer provavelmente também muito ligada à cultura pop porque há de facto aqui uma série de referências que explicam isso e depois também um um contexto H social Se quisermos e que se vai percebendo se vai desbravando à medida que vamos escutando Estas pessoas que surgem ali são dadas no no documentário em que há um um estilo de de de Conduta e de comportamento que é tolerável que hoje nos pareceria absolutamente impensável e falo muito em concreto da pedofilia que ali é tratada de uma forma que nos deixa de facto muito desarmados não é e Portanto acho que se conjugam ali uma série de de caminhos há um fresco também de uma época de uma forma de eh de viver e de e de tolerar e de consentir e sobretudo acrescenta-se a essa perspectiva que eu penso que nós tínhamos exclusivamente até agora que era a da investigação e da investigação neste caso policial e jornalística também não era porque era muito centrada também no trabalho do do chronical e das das cartas e dos criptogramas que eles recebiam do do zodiac e Portanto acho que não é mais uma séria à trás de facto coisas novas impressionantes e para quem gosta volta de facto a pena ver uhum eh Pedro Bentes tu queres sugerir uma coisa completamente diferente vamos falar de comida ainda que também seja aqui uma série e também seja na Netflix e é a nova temporada de chef stable só dizer que tivemos também um Serial Killer em Lisboa que não foi descoberto o estripador verdade será matado três prostitutas ou mais né pronto ou mais mais pessoas também nunca foi apanhado que que o meu amigo já agora deixa-me dizer que o meu amigo Henrique Raposo faz questão de dizer que é o estripador agora se não estou a da Póvoa de Santa Adrião porque foi aí nessa zona que ele que ele tocou isto para não atribuirmos aqui or cá a Palma a Lisboa regionalismos errados muito bem eu sou um grande fã de comida eh sim mas mas sobretudo sobretudo como de vez em quando Sobretudo o e maravilha-sc percebo is percebo E concordo pronto eh como é que um conjunto de coisas se transforma noutras coisas só com calor não é porque e e n outras coisas muito mais incríveis não é todas juntas sim mas mas às vezes é mais não interessa se é mais incrível ou não pelo menos para mim é mas o que é que é possível fazer apenas juntando calor e às vezes um pouco de gordura H aos alimentos Cruz não é bom e e e nos últimos anos tenho sido um grande fã da forma como a comida é é filmada porque eh no princípio os chamados cooking shows a câmara tá fixa não é e há uma pessoa normalmente uma mulher que ensinava a fazer eora banc Depois fazem faziam sempre sofl nos anos 50 e 60 não sei porquê nunca fiz sofl na vida não sei se H uma vez comi Vocês já comeram algum sofl comer já fazer S de peixe não é não sei e aquilo fazer é toda uma arte Aquilo é frágil é muito frágil a Netflix quando apareceu veio logo com uma série incrível chamada Chef stable Uhum que se você vocês pesquisarem e faz uso de umas câmaras incríveis e de umas lentes incríveis faz por não usar o zoom Uhum mas no entanto nós vemos os os alimentos em detalhe e enfim são uma espécie de entrevistas criativas a chefes espantosas bom só para dizer que que a Netflix agora gasta mais dinheiro em em true crime e em cal Killers mas que recentemente lançou Chef stable Chef table noodles portanto massa não é sobre massa mas podiam podiam fazer uma série o que comia os seral kill para além das próprias vítimas Às vezes o era um gourm e pronto há mais quatro episódios da da série Chef tables caso não tenham Chef table caso não tenham reparado que eu Devorei muito bem muito bem nunca falhaste mas também na na Apple plus plus né nunca sei há uma outra série que passou completamente ao radar até do nosso jornalismo mas não passou ao meu R Ora bem que é omnivor cada episódio é dedicado a um ente há um dedicado ao café há um dedicado às bananas há um dedicado ao milho há um dedicado ao atum h e e é assim em jeito de chef stable é é Gui somos guiados pelo chefe do noma aquele célebre restaurante dinamarques onde toda a gente já parece ter ido cheto eu h e e e também está muito bem filmado e é é uma série com ótimas reviews O que é sempre um bom sinal acho eu porque a internet costuma nunca gostar de nada e e e é é uma espécie de viagem antropológica não sei etnográfica pegando nestas coisas e café bananas milha etc e altamente recomendável para quem gosta de documentários extremamente bem filmados sobre comida como é o meu casa do do do comer isto estava aqui um to tanto tentar um bocadilho não tentes mas tenho que fazer isto fora do microfone depois vem cá não documentários comer Enfim no fundo Isto é comida para alma não claro ora bem aliment alimento documentário vamos vamos então avançar Brun vamos aqui para os livros sim vamos deixar de ter S anos V isso e eu com s anos não conseguia H os judeus e a comédia que livro é este é um livro olha agora não me lembro do nome do autor tens aí vou já dizer am Então procura aí Ah isto é rádio e movimento todos nós crescemos um pouco com a ideia de de um certo tipo de humor judaico muito Jeremy dober dober Exatamente é é é um estudioso deste deste Ele é professor portanto não é não é apenas um curioso que acha graça como nós como nós eh e eu e eu depois de ler o livro estou quase no fim eu quase me sinto uma autoridade em em humor judaico Ora bem eh e e eu estava a dizer que todos nós crescemos como uma ideia do humor judaico um humor peculiar eh do do dos judeus muito influenciados claro por o de Allan também pelo seinfeld e por uma série de de de humoristas e num outro registo do Mel Brooks muitos provavelmente se calhar não não não sabem que é judeu não sei mas sobretudo na nossa geração Claro o Woody Allen e e o seinf mas há uma série de outros e eh comediantes que que exploram uma determinada veia e um filão de que tem que ver com com com a cultura Judaica muito da cultura Judaica Americana e isto é o que o livro também nos procura mostrar que existe humor judaico eh muito para lá da da cultura judaico americana eh que começa a desenvolver-se muito fortemente ali no no nos anos 40 50 e que não fica só pela comédia em si mas vai também por exemplo para a literatura para livros de de autores como o Bernardo malamud ou philipe Roth mesmo o sou belo eh tem tem tem vão incorporando muita coisa da da da da tradição da cultura Judaica e da adaptação daquelas primeiras gerações das Gerações dos pais deles que foram viver para para os Estados Unidos Portanto H ali um humor peculiar mas o humor judaico aadi a tradição do humor judaico é tão antiga quanto o próprio judaísmo está por exemplo e ele faz menção a isso no livro de estter do Antigo Testamento e depois Há diferentes tipos de humor judaico nós se calhar hoje associamos o o humor judaico um pouco um humor mais cerebral intelectual cheio de referên referências ditas mesmo quando a cultura Judaica mas há também um humor por exemplo escatológico eh que passou de geração em geração eh que fazia pouco por exemplo dos rabinos da e do do do da Europa de Leste e e também um humor que e no fundo é uma tentativa de lidar com as consecutivas desgraças que se abatem sobre os judeus e portanto há aqui várias dimensões do do humor judaico que provavelmente eh muitos de nós então não não não conheceremos eu não conhecia eh todas estas Vertentes do do humor judaico lá está porque estamos muito próximos ou fomos muito influenciados ou consumimos muito humor por exemplo do do do do Larry David também associado ao seinfeld e há aqui toda uma série de de de de referências culturais da da tradição religiosa Mas também da da da da religião Judaica da tradição Judaica mais profana que para mim Foi uma foi uma uma uma revelação eu quase diria uma revelação Divina muito bem eh falar em coisas divinas Maria Ramos Silva tu queres sugerir o livro A História da bebedeira coisas divinas sim olha H Estou a gostar muito da da tua situação nasal neste programa é é não sei se isto com um copo resolve coisa se sentou para um pouco mas bom olha não sei se sabes que os antigos persas certamente não discutiam sempre isto é uma uma boa proposta para nós estarmos aqui discutiam sempre as grandes questões políticas duas vezes uma sóbrios ou outra alcolizado para ver o que é que aquilo dava que isso não é aplicado mais mais à Vida no nosso programa exato inclusivamente no nosso programa sim mas bom Breve História dações exato depois as pessoas escolhem não gostarem mais daqui a momento estará disponível o lado B deste progama exato o lado bêbado Isto é é um livrinho que se que se olha já dizer que se be não mas que se lê um trago do Mark foresight Casa das Letras trocadilho de ionar pessoas em jantar se quiserem também tem ótima informação e e de facto conta a relação do do da humanidade com com o álcool entre sim e sopas não é desde desde os primórdios até aos nossos dias desde o Noé o Noé não foi o Noé que apanha uma bebedeira e depois é provável só um tip muito alcoolizado provável olha e tem até uma uma ponta interessante com com Portugal ele refere por exemplo um um um senhor chamado Jair que era um antigo emperador do hão hão que viveu no século XV e 17 e que tinha um jarro de vinho que caso vos interesse está hoje no museu globen portanto é interessante podem que ver também alta cultura meus amigos pedinho desta história muito bem h e antes de irmos para e intervalo Vamos ouvir aqui a sugestão Pedro a tua queres falar de um livro que se chama só Neste País sim e publicado muito recentemente da autoria do meu amigo Filipe Santos Costa e da Liliana valente que é jornalista do Expresso H eles são o autor daquele célebre livro sobre o jornal O independente é um livro curiosamente é só sobre uma primeira fase de capas do Independente e as pessoas acham que é sobre o jornal mas mas um livro que pronto que vendeu francamente bem e ainda bem é um livro que eu tenho e que gosto bastante a que recorri recentemente para para o livro que escrevi que publiquei e e eles publicam agora só neste país que são episódios insólitos eh da nossa vida política h e e funciona como memória Claro portanto estamos a ler e é um daqueles livros que podemos ir lendo aos poucos eu AC estou fazer e funciona também como registo e e também funciona Pelo menos eu quero acreditar que funcione como uma espécie de homenagem aos políticos porque os humaniza obviamente brinca com eles com alguns algumas alguns textos até são bastante gozes aqui no sentido saudável da palavra mas eu acho que humaniza aos políticos eu acho que tudo o que humaniza os políticos e os torno mais e próximos da sua humanidade hh é uma coisa boa acho que que pronto só neste país e do Filipe Santos Costa e da Liliana Valente muito bem H Maria diz-me só uma coisa essa história do bebedeira fiquei a pensar nisto eh já conseguiste perceber até onde vai onde é que acaba mais ou menos em que altura Olha boa boa pergunta não Não me recordo porque eu estou a finalizar estás nos primeiros copos ainda não não estou nos primeiros mas já v a meio da festa portanto mas começa no na na fruta fermentada vamos vamos supostamente o álcool começa assim não é o ser um noss noso antepassados estará pegado numa certamente foi um acidente sim sim sim sim sim começa de forma absolutamente acidental sim como as grandes as grandes histórias na verdade com as grandes conquistas da humanidade na Europa de Leste eles fazem bida de tudo tudo sim sim sim sim até fazem até fazem tudo que tem a casca até fazer de batata batata vod tudo o que tenha casca meu amigo marcha como diz o ho é aguardente ardente nas prisões também se faz muito não é nunca fi nunca presa mas já ouviste dizer se alguém tiver um convite fica feito o desafio muito bem final da primeira parte do popup voltamos depois de um curto intervalo até [Música] já estamos de regresso ao popup com Maria Ramos Silva Bruno Vera Amaral e Pedro bucher Mendes eh como acontece sempre exceto todas as vezes em que não acontece e o popup está na rádio observadora às quintas-feiras repete a o fim de semana e está sempre em podcast siga-nos na sua plataforma favorita esta semana Eh estamos a fazer eh serviço público ou uma coisa muito próxima eh de serviço público Eh estamos a pensar no fim de semana prolongado e estamos a dar sugestões ao longo de todo o Programa H Bruno veira Amaral vamos voltar às tuas dicas para as pessoas viverem bem tens mais uma série para sugerir chama-se I’ll be gone in the Dark deixa-me adivinhar true crime true crime E isto é quase meta true crime porque e esta é é uma um uma série documental já já antiga para os nossos padrões crei que é de 2018 2019 eh e fala de de uma mas isso ISO sugeres Porque estás a ver agora descobriste há pouco tempo não eu já eu já tinha visto uma parte aqui há há uns tempos mas depois de ver este documentário do Zod que apetecia-me ver mais coisas e então voltei à aquilo Porque já sabia que que que aquilo era era bom não e não me parcia arriscar uma coisa que desconhecesse por completo e aqui acompanha a história de uma autora de de de de um podcast que se tornou muito muito popular nos Estados Unidos de True crime era o true crime Diary e ela chamava-se Michel mcnamara e casada com com um ator de comédia relativamente famoso cujo nome agora não a lembra já vou dizer vê isso e e ela e tinha esta opção com com com o true crime que é partilhada por muita gente nos Estados Unidos investigadores amadores que gostam de andar e a vasculhar na medida do possível Aliás a origem dos podcasts é o true crime o género de podcasts popularizou-se a partir de dos podcasts true crime e e nos Estados Unidos é de facto aquilo tem uma muita uma grande audiência e há muita gente a fazer este tipo de de trabalhos ela era uma uma dessas pessoas e houve um caso em particular de um de um tipo que nunca tinha sido apanhado e que aquela deu o nome de Golden State e Killer e algo assim algo desse género e ele tinha tido dois dois nomes anteriormente primeiro tinha eh cometido uma série de de de violações mais cerca de 50 nunca foi apanhado e depois a partir de uma determinada altura começou a matar e matou 11 pessoas e nunca foi nunca nunca nunca foi apanhado não sabia quem ela quem ela era e ela começou a interessar-se por este caso e a fazer a sua investigação eh e e a verdade é que depois o tipo acabou por ser mesmo apanhada em parte Graças aos esforços dela não foi ela que descobriu porque aquilo passou por uma investigação em que se analisaram provas de do do ADN ela morreu entretanto não ela morreu entretanto por algo não relacionado com exato com o era a mulher do paton hwal acho era ISS Exatamente é é o nome desse desse ator se virem a cara dele reconhecem é daqueles atores que uma pessoa conhece a cara mas não sabe n não sabe o nome e e e de facto é é é um um documentário que permite explorar por um lado um caso em particular de um do true crime e por outro permite-nos refletir sobre a obsessão com o true crime de tanta gente e é muito curioso e eu acho que não era só o facto de ser uma mulher mas e entre o público que assistia às conferências que ela dava e depois ela lançou e ela ia a conferências e Convenções creio que se chama true crime entre o público a maioria eram mulheres e isto também e é acaba por ser interessante porque normalmente nós dividimos certos géneros eh entre público feminino e público masculino por exemplo sei lá comédias românticas mais público feminino filmes de ação mais público masculino e eu acho que aqui embora se calhar até haja uma um certo equilíbrio mesmo assim há muitas mulheres interessadas eh no no no true crime e este comentário também permite explorar um pouco esse esse mundo Maria Ramos Silva tá na HBO no true crime e nos criminosos não é Há muitas mulheres que se apaixonam pelos Silos apanhados no zodiac isso também é um elemento importante e e há um outro uma outra série que eu vi há pouco tempo eh de sobre um um tipo que cometeu um pelo menos que saiba um homicídio e e que a relação dele com a mulher e ela não era cúmplice mas há ali uma relação eh quase desculpabilizar dimensão interessante só uma correção não está na HP ou está na Max não é estamos em 2024 Vamos lá ver Maria Ramos Silva Olha quando eu quando eu vi a primeira vez estava na HBO este homem não me deixa falar H tu queres sugerir uma série que é muito recente chama-se Rivals ou rivais vá quero eu penso que o Pedro também vai falar disso não é um pouco sim e olha foi assim como um bálsamo tendo em conta estas bás estes últimos não é tanto em termos de conteúdo mas eu acho que nós pós meud tivemos ali uma uma série de constrangimentos até do ponto de vista da ficção e de e de uma série de de coisas que se deixaram de filmar ou que se passaram a filmar com uma série de coordenadores de não sei o quê da a b e c e e perdeu-se ali uma série de coisas que na verdade sempre fizeram parte da ficção e de das séries e dos filmes como nós os conhecemos e que enfim essa higienização aqui é francamente quebrada e ainda bem o o Rivals está na na Disney não é penso que é na Disney é na Disney na Disney Plus sim e e no fundo fala-se o quê aqui de um de um portanto Estamos nos anos 80 estamos aqui num contexto de rivalidade entre personagens eu não vou explorar muito mais para não vos enfim não corar aqui o suspenso também mas estamos num num contexto de uma de um canal televisivo de conteúdos televisivos e depois aqui com um cenário que também tem vindo H também está em Franca expansão e que eu penso que que tem imenso público que é assim de de da upper Class Rural não é assim aquele velho litig entre o o chamado oldman e os os novos ar revistas e com pá Várias cenas de sexo com gente desbocada com com a imensa coisa eh Super divertida com um texto muito divertido eles também são muito divertidos Portanto acho que é uma um Bel conteúdo para para estes dias sim é uma série de uma baseada num livro Sim falta dizer ISO ex uma autora e supostamente essa autora tornou-se é é um tipo de literatura que nós nunca tivemos bem em Portugal até já falamos sobre isso há umas semanas que no fund literatura sobre as classes altas não é embora a chamada literatura Light normalmente se passe nessa nestas classes mais médias altas H sim Rivals E H é uma série britânica com ótimos atores e e e e e tem imenso sexo imensas cenas de nu até de de sexo H que que nada contra pelo contrário 100% a favor mas H mas mas entre primos eh não não mas é um bocadinho é um bocadinho demasiado é um bocadinho a despropósito e é uma parte importante da ficção contemporânea não é que que tem que haver essa diferenciação isto para fazer aponto para uma série que que que eu estou a ver na Apple TV Plus chamada disclaimer com a Kate blanchet também baseada num livro embora neste livro num livro de uma americana de uma escritora que chamada Rene qualquer coisa acho que Rene k uhum também tem bastante sexo sim é exatamente é chegar aí eu não sei se já viste algum episódio mas já vi vários tem cenas muito aliás acho que termina esta semana esta sexta-feira estreia o último episódio sexim Eu já li o livro H é uma série eh que tem cenas de sexos muito bem filmadas mas também um pouco exagerado eh lá está nada contra não é é só é só sim o espaço que ocupa na narrativa às vezes ex Exatamente é às vezes o sexo é uma espécie de artefacto ou tem sido uma espécie de artefacto mas pronto mas como tá bem filmado isto porque agora há os chamados há os chamados coordenadores de intimidade não é eh que é uma tendência ultimamente ou seja há pessoas que estão no set portanto no local de filmagens e enfim a ajudar os atores a a interagirem um com o outro e uma ótima série portanto esta esta disclaimer é é a chamada série que se vê muito bem não é que é uma me parece ser uma categoria importante na vi na nossa vida hh e há uma série na Max Perdida para lá que é tão perdida que no IMDB só tem um review estou a pensar fazer não estou a pensar registrar NOB para fazer que se chama the confident H é uma série francesa uhum muito muito boa que eu estou a gostar imenso sobre uma mulher que usurpa a dor do do bataclã do atentado do bataclã ou seja ela é um é um no fundo é uma mulher uma pessoa perdida dá-se mal com a mãe não tem emprego dívidas etc e na sequência do atentado ao bataclã ela H enfim faz parte da organização das vítimas e depois tenta tenta sacar dinheiro eh fazendo o papel de de de vítima e depois já não é de vítima depois é só de amiga de vítima e depois cria personag cria vítimas falsas bom tem um enredo eu achava ent 10 quatro episódios e é uma série altamente recomendável porque é baseada Num caso verdadeiro uhum portanto de alguém que como está agora a acontecer em Valência que há pessoas que que vão que estão a pilhar já os portanto na nestas tragédias há sempre quem se aproveite pronto é a natureza humana h e e mas a série está muito muito bem feita a atriz principal é um é ótima eh cumpre muito bem o papel eh e recomendo vivamente de confident no na Max é falado em francês mas também tá dobrado em inglês meui eh avançamos mais livros Brun Vera Amaral a cultura do narcisismo O que é que vem a ser isto Olha é é um livro já dos anos 70 hh sobre a cultura do narcisismo e Belo olha Belo momento de rádio sim senhor é a cultura da não é tu começas a ler o livro e e o diagnóstico que é feito à sociedade daquele daquele tempo tu dizes Ah então mas isto é isto é hoje quer dizer quando isto foi escrito quando ah e e é muito não é tanto uma uma reflexão nós confundimos e o livro tenta fazer essa destrinça e egoísmo com o narcisismo e que não são exatamente a mesma coisa ou seja o nosso impulso a nossa tendência para protegermos o nosso interesse eh aquilo que poderíamos chamar egoísmo é uma coisa o narcisismo É é quase como um ensimesmamento Ou seja a pessoa est completamente concentrada e fechada eh nos seus interesses imediatos eh nós sermos egoístas até é bom aliás há o livro da ein Run não é que é a virtude do egoísmo eh para quem gosta do do género eu acho que é bom para a sociedade nós sermos egoístas eu acho que é e egoístas não significa sermos completamente a sim mas às vezes tem a ver com o instinto até da autodefesa não é da autodefesa da autopreservação é o autointeresse não é e seros egoístas e manipuladores porque senão não vamos chega e que usamos até para proteger aqueles que que nos são mais próximos ou seja o nosso egoísmo não não se esgota em nós aqui a cultura do narcisismo eh é visto entendido de de uma de uma forma eh diferente e depois há aqui um umas partes que eu imagino que para o leitor eh comum que nos quais Eu também me incluo seja um pouco pesada muito sobre a psicanálise e o ego e o id e é e é um bocadinho indigesto mas ultrapassando isso acho que é e inacreditável porque estares a ler aquilo e pensares como tantos dos diagnósticos feitos muito sobre a sociedade americana norte-americana daquele tempo se aplicam à sociedade norte–americana hoje e quase ao resto do mundo pelo menos ao mundo ocal que se foi americanizado eh nesta estas patologias quase coletivas eh é um livro muito muito interessante e exige algum e já agora qual é a editora é é relógio d’água é da relógio d’água da relógio d’água exige algum algum esforço mas eu acho que é recompensado uhum muito bem H ainda nos livros A Maria Ramos Silva quer sugerir e Vejam Só isto que nós vamos fazer agora o novo livro do Bruno viira Amaral é preciso muito bem é preciso ter lata era eu porque já o já não S tu ias autos sugerir eu ia auger quer dizer estávamos a falar do egoísmo é verdade é verdade já o record diz lá diz lá Maria diz lá Maria ainda não está à venda só podem fazer a pré-compra não é Ah é aha parte eu não sabia sei paraa semana de 7 7 de novembro dia 7 Mas podem fazer já Précoma mas para outra semana também há fins de semana e também T tempo para ler toda a gente tem um plano Isto é ksal não é Bruno do novo romance do do Bruno h é uma história aqui passada no no Prior velho não é a história do do calit eu ontem comecei a lê-lo no metro H tant já estou para aia a meio e e jáa imaginar o Calita podia ser uma daquelas mas foste até onde de metro não fui até não não fiquei perdida alg nos subterrâneos não mas mas sabes que o o metro Eu presumo que o Bruno também éa muito metro é um ótimo cenário de observação social e olha e é uma pena que as pessoas que nos veram não andem mais de metro porque eu perce muito melhor o país e estas zona aqui toda e e de facto o Ram ramo daquelas pessoas enfim não não ficamos por aqui exato eh na ficção H é um livro acho que é mais um livro extraordinário neste caso não daquelas pessoas que apanham o barco para a margem sumas aqui mais para o Loures não é Bruno ali para a zona do Na verdade ele circula entre entre as duas maras há ali Há ali um e e deixa-me só em relação à questão dos transportes públicos eh eu eu tive a ideia para para este este livro por contacto com com um amigo de infância do do meu bairro reencontrei eh uma vez mas depois fui eh encontrando-me com ele frequentemente no barco eh e e e e por por mera coincidência mas de várias vezes porque apanhamos o mesmo barco à mesma hora hh Claro se era o mesmo barco era à mesma hora e e muitas às vezes não é podia não ser porque o castilheiro vai e vem ex não podia ser a horas diferentes Claro mas não era era mas por coincidência avanos não não tínhamos combinado isto para dizer que eh de facto e é preciso andar no mundo é preciso estar aí fora às vezes para para apanhar algumas histórias estas franjas é o teu amigo canina não não não não é canita e o canina que quem é dedicado do livro sim sim pois pois também também tinha um canina na min sem um canina nas nossas vidas eu acho que nós já podemos falar de um Barreiro mágico não é aqui no caso do Brão s é é é aqui há aqui há menos magia mas mas há barrir ismo há muito há muito Barreiro Barreiro eh mais um livro Pedro bucher Mendes este livro e o título tem tudo a ver contigo o título é queria já não quer é um livro do Marco Neves que eu creio que agora é vosso colaborador nosso colaborador aqui na rádio ol ainda nem o encontrei aqui exato Marco Neves que é o que é que é professor e é um especialista em língua portuguesa e sobretudo e e está muito nas redes sociais não é até acho que chama o especialista do tiktok não sei quê mas isso é uma forma de posicionar o livro e enfim promover o livro mas o o o o Marco tem jeito não é assim como se diz para falar destas coisas da língua e o livro chama-se cria já não quer que é aquela coisa que os empregados de café bem humorados às vezes dizem é da Guerra e Paz mas mas eu queria sobretudo sublinhar o o o o gosto que o que as pessoas em Portugal têm para est as coisas da língua por estas curiosidades e por estas que vão justificando este tipo de edições Ainda bem mas eu mas eu h eu acho muito saudável que que que que existe este tipo de curiosidade pronto e o livro tem vários exemplos e e várias histórias de palavras incluindo de palavrões e é altamente recomendável e do do Marco Neves queria já não quer da Guerra e Paz muito bem eh temos tempo para mais uma sugestão de cada um Portanto vamos vamos atribuí-los aí um queres começar a ISO Então olha o que falta aqui da da lista que tu me enviaste não mas eu tenho aqui eu tenho aqui não preocupes então avança avança sem medo eu estou a a e por razões várias e a maior parte delas pouco nobres eu estou a ver de West Wing os homens do presidente Uhum que é um que cuja primeira temporada decorre em 1999 a estrou em 99 portanto terá sido escrita em 98 vamos imaginar sido filmada H primeiro lar o título não é os homens do presidente hoje esse título seria impossível sim pronto eh ó no mínimo levantaria alguns problemas o o a série apesar de ser inclinada à esquerda Portanto o presidente é é um Democrata é liberal não é é e o e o e o Aaron sorken também pronto é toda a gente to é tudo Malta do bem Pronto mas tresando testosterona não E é só para assinalar a primeira esta primeira coisa como o mundo mudou em 20 anos Hum e e e creio que para melhor é mais muito mais 25 neste caso sim mas deixa-me lá em em duas décadas pronto portto em geração e meia e do swing já não se chamaria hoje provavelmente os homens do presidente chamar-se a a Malta do presidente não pronto aa ocidental exato a aa ocidental e depois eh eh se virem o episódio está na Max a roupa dos dos homens daqueles homens que são homens mais ou menos engenheirados enfim são assessores do Presidente Americano São absolutamente ridículas os fatos são tipo seis tamanhos assim mas os cortes eram assim Pedro mas fica fica parece parece que estão mascarados e bom e mas sobretudo e a série Pronto foi filmada e pensada antes do 9/11 não é antes do 11 de setembro portanto é uma série completamente anos 90 é uma série que vem ali embalada pelos anos Clinton e pelo e pelo Allen greenspan aquela exuberância irracional que ele falava a economia pronto parecia que a história tinha acabado como diria Como disse o fukuyama e e os argumentos são muito simples é muito singelo porque o mundo é perfeito a América é Reina Sobre a humanidade e e e é e é uma série interessante de ver por causa disso h e pronto e depois há de vir o 911 e eu conto conto-vos como é que será exato muito bem da West Wing Max um minutinho agora para cada um de vocês peço desculpa mas a vida é assim Bruno eh último livro Como saciar um ditador é mais um livro da da zigurate e o outro também é aquele dos judeus e comédi e deixa-me aqui fazer esta nota a z gurado tem publicado muita não ficção de muita qualidade e alguma de qualidade literária outra mais de qualidade jornalística outros livros que misturam conseguem jogar jogar nos dois Campos este aqui é um livro de Um Jornalista Polaco vitold sablowski e e muito e e que no fundo que conta é isto é uma investigação jornalística profunda que conta aqui a história de de pessoas que cozinharam que eram cozinheiros de ditadores ditadores E então é contar a história através deste deste ângulo saber quais cozinhavam para os ditadores não os cozinhavam eles não não cozinhavam os ditadores cozinhavam para alguns cozinhavam Alguns cozinhavam se calhar algumas pessoas no Uganda né exat para os ditadores e e e acho que é que é uma boa sugestão porque se quiserem comer como um ditador aqui está aqui várias receitas muito bem e para terminar eh eu posso juntar aqui duas duas senhoras um muito rápido é isso da Laura marl chama-se é uma coisa muito muito deliciosa para estar assim naqueles aos de chuva em casa a ouvir e depois mais uma mais um filme não é documentário na na Netflix rainha da televisão livestyle sim Pioneira do lifestyle essa figura muito pouco Ortodoxa chamada Martha steward H que enfim começou por fazer assim umas coisas de de catering não é depois percebeu pessoas como o Pedro bu chegam lá eem não é e depois eu não Senor com isto porque isto é demasiado efémero Mas e se eu fizer uns livros e começar a vender isto para a posteridade e ficar cheia de massa com isto tudo e portanto a partir daí eh o resto é a história mas ela de facto é muito transg nós hoje temos montes de modas o o o food styling não é tipo aquelas coisas todas muito instagramáveis e ela já fazia isso ela na verdade há messas décadas começou a ensinar-nos a receber entre TRS pessoas em casa a fazer aquilo com bom gosto com preceito com com pinta e ela pronto po também uma absolutamente daí que muita gente daí que muita gente h apelido da primeira influência parece tudo muito fascista receber pessoas em casa com B gosta amiz amizades comis tamb é uma Popstar à sua maneira já agora informação estamos a falar disso porque há um novo documentário sobre a Mar está disponível na Netflix e podem ver neste neste fim de semana prolongado muito bem Chegamos Ao Final De mais um popup voltamos na próxima semana até lá [Música] k [Música]