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viva e bem-vindos a mais um dúvidas públicas a entrevista de economia da Renascença que pode ouvir sempre a esta hora ou a qualquer altura em podcast em rr.pt o nosso convidado de hoje é empreendedor desde muito cedo teve o seu primeiro negócio AOS 7 anos altura em que vendia pulseiras aos colegas de escola a dimensão do negócio Claro foi crescente com a idade hoje também é professor da universidade católica diretor do curso de investimentos alternativos no mestrado de Finanças mas sempre foi ligado à dos negócios tecnológicos e financeiros foi CEO e Sherman da Reis fintec que fundou e que é a maior plataforma de financiamento direto para empresas em Portugal Acaba de ser contratado pelo novo banco já saberemos daqui a pouco exatamente para o quê adora comunicar Fala Cinco línguas mas continua a dizer que ser um bom pai é o grande desafio da sua vida com filhos de 1 e 4 anos diria eu que o desafio ainda mal começou o amor ao Sporting leva ao alv lado com frequência e o exercício físico para aliviar o stresse é uma rotina que cumpre manhã bem cedo quase de madrugada altura Em que prepara as maratonas em que participa os desejos de férias alternam entre um grande Areal de uma praia algarvia e por exemplo um passeio de carro num Fiat 500 na costa de Itália com paragens para desfrutar de um bom vinho e de algumas paisagens adiante vamos confirmar que é fã de música eletrónica José Maria Rego é o convidado de hoje deste dúvidas públicas numa entrevista conduzida por s e arsenio Reis Agradeço desde já a José Maria re de ter aceitado o nosso convite tem um vasto currículo Mas vai ficar para sempre associado à fundação da Reis a primeira fintec em Portugal no início deste ano quando anunciou ao mercado afastamento da gestão executiva escreveu numa rede social que foi um caminho com muitos obstáculos e qual é que acha que foi o segredo do Sucesso da re para estar hoje entre as 200 melhores fintec do mundo olá m Obrigado pelo convite é um é um gosto de estar aqui h e e e sim concordo os desafios ainda agora começaram Ha não mas o em relação em relação à à Reis Eu acho que um Um dos fatores de sucesso foi preserverança ao longo ao longo dos anos ou seja e a empresa foi criada numa altura em que o ecossistema de Startup e de finex ainda estava a começar em Portugal já era mais vibrante na No resto da Europa nos Estados Unidos mas em Portugal ainda estava a dar os primeiros Passos faz parte eh fez parte do nosso caminho como nação de nos aproximarmos e de acelerarmos agora nos últimos isso dificultou O Desafio ou não dificultou porque os primeiros anos foram mais difíceis ou seja demoraram mais tempo tivemos que convencer muitas pessoas da benevolência de construir uma plataforma cujo principal foco missão era apoiar eh pequenos empresários empresárias e portanto eh isso era na altura visto como quase sendo uma Missão Impossível que não valia a pena eh prestar nos pequenos negócios não eram não era uma não era algo que que que fizesse sentido eh pelo menos uma um negócio digital havia também quem achasse que o fintech Nessa altura era ainda um uma arte obscura eh devia ser proibida ainda houve discussões sobre isso quase que de de fao de diferentes visões de que a Inovação devia funcionar ou não Ou se devia ser a Inovação na banca eo devia ser tudo muito regulada e deviam ser todosos bancos ou e portanto isso ainda houve um pouco dessa discussão mas felizmente eh fomosos cruzando com pessoas ao longo da do nosso percurso e que foram eh permitindo eh que a empresa também fosse fosse fosse avançando e fosse ultrapassando algumas destas destas dificuldades eh uma dessas pessoas por exemplo foi na altura eh ou instituições quisemos ver o banco de Portugal que nos deu uma licença para em logo em 2 2015 e que portanto Nessa altura eh criou também do lado do banco de Portugal uma um um um compromisso de apoiar a Inovação de estar próximo da Inovação e de acompanhar a onda da fintech mais tarde onde Portugal veia a desenvolver programas especializados o o finlab e de onde hoje em dia já saíram muitas fintec eh e muitos bons negócios portanto eu eu de alguma maneira eu gosto gosto de pensar que estivemos na génese da criação diso tudo desse desse primeiro movimento que que que se iniciou a seguir eh porque de facto fomos a primeira entidade a ser regulada ainda sentiam ainda sentiam muita desconfiança por parte das nomeadamente das pequenas e médias empresas a quem se dirigiam mais diretamente sim bastante eu acho que hoje em dia completamente diferente tava a ver outro dia o o revolut tem 1.5 milhões de de clientes ou seja temos hoje e há uma panóplia de de de de fornecedores digitais ou exclusivamente digitais portanto que que operam e que enfim que interagem com empresas com com pessoas mas não foi não era assim em 2015 e não é preciso não estamos a ar muito quer dizer nem nem nem 10 anos recuamos não era assim em 2015 enorme desconfiança eh também havia uma acho que era também um tempo em que havia bastantes pessoas que ainda está eram influído não tinham grande formação ainda há ainda há Isto é um processo não é é um processo que demora o seu tempo mas pronto na altura era era era e ainda ainda ainda estávamos nessa nessa nesse ali o meu o meu primeiro quero que o meu primeiro smartphone tive em 2014 2015 portanto Nessa altura Apenas não é portanto antes disso e hoje em dia não fazemos nada sem um smartphone portanto é é o é o é o centro da da das nossas vidas Portanto acho que houve aqui um grande um caminho que foi feito e e e felizmente que e com perseverança e falamos há pouco de como é que se foi como é que fomos ultrapassando acho que um um sentido de sacrifício bastante grande acho que às vezes digga a brincar que se tivesse começar a empresa hoje e e fosse o mesmo percurso eh dificilmente se calhar teríamos conseguido eh acho que foi um timing especial uma idade também que tínhamos éramos mais novos eh tínhamos se calhar mais eh espaço para eh para para para construir sem sem pressão de família sem pressão de de se calhar sem grande pressão financeira também já falou da regulação no fundo da ros abriu o caminho para as fintec que depois surgiram porque quando vocês apareceram a regulação ainda estava a ser pensada eh nesta área h o que eu queria perceber consigo é se a regulação e a regulamentação já está consolidada neste momento para as fintec H há vários há vários há várias dimensões de fintech eh nós eu diria que para h a grande parte das fintec regulação está eh já materializada de alguma forma a ainda que a sua implementação em alguns espaços ainda esteja tem algum grau de subjetividade Por parte dos dos agentes Ok Portanto acho que e os reguladores têm um princípio eh de proporcionalidade tê princípios específicos que muitas vezes também aplicam tanto às Tec como às empresas de menor dimensão acha que ainda há zonas cinzentas eu diria que há zonas que não lhes chamaria cinzentas diria que são zonas de espaços de inovação e espaços de de de descoberta de que são importantes existir e e que é obviamente à medida que as instituições vão ganhando dimensão e vão ganhando relevância tanto ao nível do sistema como na vida das das das das pessoas e das empresas consegue darnos alguns exemplos só para que quem está a ouvir noos perceba melhor aquilo que que quer dizer ou seja que espaços são esses que ainda há margem para digamos só para que as pessoas possam perceber melhor aquilo que nos está a dizer sim eu acho que por exemplo nós nós temos algumas empresas que eh hoje operam eh são mais pequenas ou são startups que estão a prestar serviços que e por exemplo aos bancos é V dado esse género de de prestação de serviços ou há um maior aperto nesse nesse géo de prestação de serviços e serviços aquilo que se chama ciliares portanto falamos serviços de contabilidade ou serviços de outro tipo de e que e que estão a aparecer não é que e cá está e acho que faz parte e é importante porque o estão a Inovar no mercado e estão um bocadinho a prestar um um serviço que é útil e é importante H mas há mas cá está há este caminho e e da mesma maneira quando a Raise começou eh só os bancos é que podiam emprestar essa realidade já já já Mou completamente ultrapassada e portanto houve uma eh uma atualização e hoje em dia há Bancos que já não emprestam também ou não emprestam porque fazem outros negócios e que já não querem emprestar e que usam finex para emprestar enfim Há tudo Há tudo o tipo de arranjos Mas uma coisa eu acho que que acontece neste no mundo eh banca fintech é que há uma aproximação dos Mundos ou seja da banca à fintec sim é quando quando começou ou das fintec à banca também dos dois dos dois os bancos operam cada vez mais como fintec focados no consumidor focados na experiência eh focados na agilidade a querer disponibilizar novos serviços com H pronto e a procurar terem uma comunicação mais diria eu mais natural às vezes não é todos e e e mais próxima do do do cliente por outro lado as fintec também operam cada vez mais como os bancos operam cada vez mais como os bancos gosto sempre dizer já cobram comissões já ia lhe perguntar isso se as condições impostas quando começou sobretudo deve ter notado isso julgo eu mas que se as condições impostas pelo banc tradicional as comissões as anuidades enfim os prazos tudo isso se contribuiram decisivamente para o crescimento do do do Setor das fintec sim eu acho que o o o negócio da banca é h quando bem gerido é um é um muito bom negócio porque tem de facto e uma capacidade de tem um impacto na vida das pessoas em vários momentos que de de ser uma alavanca na vida das pessoas decisiva H que faz com que seja pronto natural conseguir monetizar esse género de apoio que presta às pessoas OK quer dizer dizer com isto é quando se quer comprar uma casa quando se quer comprar um carro quando se quer Eh PR avançar na vida Uma empresa abrir uma empresa é preciso muitas vezes é preciso o apoio de financiadores e os principais financiadores da economia são os bancos H até pela forma como a nossa sociedade está organizada eh e e portanto eu acho que aí é H esse esse esse peso da banca está lá as fintec sem o estão focado pronto nascem com um ímpeto de inovação muito forte e querem conquistar mercado a querem operar saem muitas vezes de nichos e tentam expandir a partir daí e o que é que como é que porque é que se estão a aproximar e em relação aos bancos porque tanto os bancos são hoje mais ágeis mais eficazes mais inovadores porque têm desde logo e já pessoas T vindo a contratar pessoas T vindo a reforçar os quadros T vindo também a fazer investimentos ao longo dos anos que os permitem hoje concorrer melhor que é o seu caso que é o meu caso hh já já lá iros já lá iremos mas também as próprias fintec existe do no meio do no meio investidor eh uma uma perceção de que as fintec têm que cá está aproximar os modelos de negócio ou os modelos de banca que é um que são modelos estáveis mas também eh não se não correm o risco de perder a vantagem competitiva ou seja eh quando se aproximam quando as fintec se aproximam da banca não correm o risco de perder a vantagem de serem mais baratas do que a banca eh de serem mais rápidas na decisão do que a banca eh portanto qual é a vantagem de se aproximarem ao modelo que a banca oferece eu há uma há há várias razões mas uma delas que se calhar vale a pena é rentabilidade rentabilidade ou seja muitas estas empresas dest fintec ao longo dos ao longo dos anos que foram crescendo e o foco principal das empresas destas empresas as fintec não era a rentabilidade ou seja até eh muitas até tem prejuízos enormes e e e operavam com em em em défices eh durante vários anos e as pessoas não percebiam apesar de terem muitos clientes tinam muitos clientes cresciam muito mas aquilo só perdia dinheiro e as diz mas que isto é um neg pronto e e de facto eh e há e há setores ou cá está e e de facto durante muitos anos esse esse foi o paradigma das fintec porquê Porque estavam a atrair investidores de risco capital de risco que financiavam estas perdas H do negócio porquê Porque acreditavam que estas fintec iriam crescer mais e mais e mais e lá na frente iam conseguir recuperar este valor investido ora o que aconteceu nos desde 2000 do final de 2022 é que esta perceção de capacidade de ir buscar os lucros lá à frente caiu completamente Ok portanto eu vou-vos dar um número que é muito interessante que é as fintec em 2021 eram um dos modelos de avaliar as fintec era um múltiplo de receita ou seja pagava-se na receita da empresa e multiplicava por um número era o valor da empresa eh e em 2021 este número era mais ou menos 35 a 40 vezes que é extraordinário se nós aplicássemos ou seja temos que perceber ao passo que o número que os bancos operam é tipicamente uma a duas vezes certo o que é que aconteceu com as fintec nos últimos do anos este número baixou para perto de cin vezes porque muito mais realista é uma que ainda mesmo assim ainda bastante superior ao valor dos bancos certo mas estamos a falar mais do dobro do valor dos bancos mas muito mais enquadrado com a realidade isto tem a ver com expectativ era um ajustamento inevitável na sua opinião completamente inevitável eh houve um ajustamento de perceção e também acho que há Que há que dizer também pelo bom trabalho que os bancos fizeram porque também mostraram à comunidade de investidores esperem porque não vão ter 40 não vão ter 40 vezes receita no valor desta empresa um retorno tão grande sim não vai ser assim E porque nós estamos aqui nós estamos a recuperar e nós estamos a fazer um bom trabalho eh eu acho que isso é a mas há aqui potencial neste negócio no fundo foi isso que a banca mostrou Exatamente exatamente e não atenção e não deixam de ter uma valorização ou seja uma uma perspectiva de valorização bastante superior à banca h e sim mais mais do dobro é muito significativo não é muito signif Ou seja a forma como os investidores olham para este tipo de empresas é tem maior perspectiva de de valorização de de de de do do ativo eh eh e e e por isso cá está é um é um Desafio que a banca tem que continuar a a a a a enfrentar não pode baixar os braços porque tem apesar de ter feito ter pto ter ter chegado aqui ter conseguido normalizar um pouco esta esta ideia de fintech eh muito mais valiosa do que a banca acho que ainda há trabalho a fazer e as fintech continuam a ter uma uma uma vantagem muito interessante eh na perceção dos investidores e apesar de já falou que que as fintec estão a ser absorvidas pela banca ou ou inseridas na banca está ultrapassada aquela questão inicial da da concorrência desleal no fundo era uma acusação feita pela banca eu eu Sim isto é eu eu diria que acho que é um acho que fazemos todos parte do mesmo ecossistema e este ecossistema eh da minha perspectiva e conheço muitas fintec eh realidade de muitas fintec conheço muitos bancos eh já tive contacto com muitos bancos na na minha até na minha vida passada eh antes de começar a Raise e e parece-me que o ecossistema hoje tem um tem um bom equilíbrio há um bom equilíbrio entre permitir a Inovação E permitir que as empresas consigam desenvolver novos modelos de negócio consigam apresentar novos modelos de negócio eh estimular o mercado e e também um um um uma certa eh estabilidade de sistema que é importante preservar Ok Portanto tem é importante que e o os grandes agentes de mercado sejam regulados e que hajam uma um um uma boa visibilidade sobre a atividade porque de facto são instituições com grande peso mas ainda não respondeu à minha pergunta eh esteve na ris e foi é fundador de uma fintec já não está lá eh agora está na banca eh acha que ainda existe esta questão da da da concorrência desleal acho que E a minha resposta é eh ainda que possa existir aqui ou ali Alguns alguns pontos de de de de discórdia de de interpretação acho que o o o ecossistema eu eu volto a falar nisto porquê Porque não se pode aplicar ou seja Isto são instituições com dentro com com com com propósitos Muitas delas e com e e naturezas diferentes e nós não podemos também aplicar e ou seja as mesmas regras ipsis verbis às mesmas instituições e eu falei há pouco num num num princípio é um princípio de de regulação que é o princípio da proporcion finalidade por exemplo que é não vamos aplicar as mesmas regras a alguém que eh Gere 100.000 milhões de de ativos alguém que gere 1 milhão de ativos ou que gere 10 milhões de ativos quer dizer São coisas completamente diferentes e Portanto acho que aí eh em termos da materialização da regulação eu diria que está e sanada a preocupação das das áreas cinzentas como eu falei a materialização da regulação agora não implica que na su implementação de facto no mercado e no ecossistema que eu falei há pouco não haja eh aqui aplicações de princípios de proporcionalidade diferentes e alguma subjetividade mas que eu parece e e e e e defendo que que faz parte do deste ecossistema Porque é importante perceber uma coisa as grandes instituições depois e precisam também de incentivos para Inovar não é e estes incentivos vêm precisamente de eh entidades de pessoas que desafiam a que tem hipótese de desafiar e e e por isso é é importante que este que este ecossistema se mantenha vibrante que se mantenha que apoia a Inovação e que se continua a ver este género de de abertura para que novas empresas mais pequenas consigam também encontrar espaços e crescer quando falamos de dinheiro e no caso falamos tanto nas vin como falamos de dinheiro não é É disso que falamos muito hum há coloca sempre a questão da confiança o que eu lhe perguntava é se se ainda nota que essa confiança é motivadora de decisões ou seja Se as pessoas por algum de alguma maneira continuam ainda a confiar mais na dita banca tradicional se é que lhe Posso chamar assim sim há a confiança tem H está ligada e está ligada necessariamente a marca conceito de marca e de facto os bancos em Portugal são das marcas mais mais fortes têm boas marcas muito conhecidas eh patrocinam eventos investem eh fazem conferências pronto são importantes alavancas nas vidas das pessoas até à data só bancos é que dão um crédito à habitação não quer dizer que não venha a mudar isto mas quer dizer toda a gente de alguma maneira a certa altura tem uma uma relação com com com a banca ou pretende-se que assim o seja e e e portanto esta marca é muito forte h e acho que isso tem um peso agora há marcas de fintec que pela forma como se conseguem relacionar com os nichos de mercado que são muito fortes e o revolut é um ótimo exemplo disso quando começou era uma aplicação para quem viajava muito eh e para quem oferecia o que não havia no mercado não é de alguma forma preencheu ali uma lacuna não é e com uma comunicação muito engraçada muito jovial eh na altura até podia haver quem de outras faixas etárias quem se sentisse ofendido pel aquela forma de Trato tão direta e tão eh assim eh vulgar às vezes e e e portanto Mas as coisas evoluíram e conseguiram crescer além do nicho e hoje são um obviamente um um grande Player e em Portugal em termos do número de clientes h e é um é um exemplo do do mas há mais exemplos acho que as pessoas estão mais abertas a testar e a testar marcas novas e acho que também somos inundados nas redes sociais e hoje em dia mais uma marca nova de qualquer coisa isto agora mais um ou um restaurante ou mais uma marca de roupa ou mais uma marca de ou seja e estamos habituados um bocadinho a esta esta eh panóplia de de marcas que nos começam a a e obviamente isso depois ou seja para o consumidor cansa um pouco não é e portanto não consegue registrar tudo e depois acaba sempre E aí ganham as marcas destaca é e as marcas que já lá estão há muito tempo ou que investem em grandes e por isso é que eu eu tenho notado que há um há um Regresso do chamado do investimento em eventos não é investimento em em pôr a marca só a existir só lá presente e e sobretudo em querer associar a marca a a eventos positivos H acho que antigamente se calhar o o o o análise e custo benefício do do do de quem de quem pensava nas marcas era muito Ah o que é que eu vou tirar daqui as pessoas que vão ao evento vão consumir ou vão comprar o meu produto ou ou e hoje em dia acho que há uma um foco muito maior também na como é que eu vou projetar a minha marca como é que eu vou colocar a minha marca ao lado de de outras marcas que são interessantes que eu quem eu me quero associar para também poder beneficiar disso e e acho que nisso até os bancos são são são bastante bons a a a fazer isso essa essas escolhas não é falamos há pouco ano passado do facto de acabar por ter sido contratado recentemente pelo novo banco h o que lhe perguntava é no fundo é para aplicar na nesta instituição financeira tradicional aquilo que já fez numa empresa menos tradicional na Rais na Raise É verdade é para é para trazer um pouco de de Rais para para o novo banco eu diria acho que é é é para trazer um um É para reforçar o foco na nesta atitude fintech e de de inovação e de foco no no cliente no compreendermos e termos uma preocupação bastante eh focada na experiência do do Consumidor eh acho que isso são tudo motivações que que fazem com que os bancos hoje em dia procurem trazer e quadros novos para para dentro de pessoas novas e parceiros novos para dentro do seu do seu ecossistema para muito na área empresarial só só para percebermos ou não neste caso também para Famílias neste caso fam Ah no seu caso é transversal ou seja aquilo para o que lhe pedem hoje não é não é que no Novo banco não é que trate só da parte Empresarial é é aplicar a lógica mas a nível transversal é isso ou seja o o banco está o banco começou o ano passado um um um programa de transformação muito interessante eh que Visa preparar o banco para para os próximos anos e e e e agora dar aqui um um um pronto dar aqui um um um gajo muito muito significativo ao crescimento que o banco tem tiddo eh que é eh tornar todas ou tornar eh as áreas de negócio muito mais orientadas muito mais focadas no consumidor eh no utilizador no cliente do Banco hh que é muito o princípio que é adotado já pela pronto pelas fintec E já começa a ser adotado por algumas grandes empresas lá fora também que estão também a fazer eh programas de transformação parecidos o no meu caso o que eu venho ajudar é fazer esta transformação eh associada à área de financiamento das famílias ou seja tudo o que tem a ver com eh financiar o aquilo que se diz o des que seja aquisições de automóveis aquisições de de pronto financiamentos de de apoio à educação de apoio à à as energias ao consumo de apoi às aos investimentos nas energias renováveis enfim todo um conjunto de de de de iniciativas que as pessoas pronto que as famílias têm têm de fazer e que é uma área muito importante e e que é também um as pessoas pronto não têm bem noção deste número mas hoje em Portugal há 3.5 milhões de pessoas com financiamento direto da banca ou seja com aquilo que se chama financiamento ao consumo uhum 3.5 milhões de português estamos a falar não estamos a portanto estamos a excluir daí crédito à habitação estamos falar de crédito ao consumo 3.5 3.5 milhões de pessoas com crédito ao consumo hoje só o ano passado é muito é e é um número nú clo vai responder depende da perspectiva mas é um número relevante Ou seja é um número e que está e que faz parte da forma como funcionamos em sociedade é a única é o único produto de financiamento que tem crescido consistentemente com a exceção do período do ano do covid consistentemente tem crescido ao longo dos anos eh e a a expectativa é essa também olhando para a frente H Ou seja é uma ferramenta das famílias eh é uma ferramenta muito utilizada pelas famílias pelas pelas pessoas e eu diria que e e está eh do nosso lado também assumir esta missão de conseguir fazer com que esta utilização e com que este recurso seja feito de forma sustentável e que permita que as pessoas também eh pronto consigam efetivamente utilizá-la para ultrapassar obstáculos duas perguntas sobre este financiamento ao consumo não sei se se se poderá responder e primeira qual é H por norma eh quanto tempo é que demora e um banco a a responder a um pedido de de de crédito ao consumo temos hoje depende um bocadinho da da da tipologia h e depende tipologia do montante para montantes mais pequenos eh os bancos hoje em dia muitos deles têm a capacidade de responder na hora ok dar um feedback na hora não quer dizer que todas as pessoas tenham resposta na hora há umas há alguns em que não é possível fazer esse essa essa aprovação mas já existe esta capacidade para montantes superiores estamos a falar aqui de dias portanto estamos a falar aqui de de feedback muito rápido e portanto foi feito um trabalho muito interessante ao longo dos últimos anos de procurar dar às pessoas esta experiência uma melhor experiência neste género de de de serviço portanto neste neste caso aproximam-se muito as respostas da banca e das fintec sim sem dúvida parce Sem dúvida muito da banca da fintec Eu acho que o que diferencia acho que a banca pelo seu perfil pode ser eh mais conservadora aqui ou ali o que eu acho que é também desejável e mas também por esse motivo provavelmente também será mais barata não é portanto aí e esse esses dois andam sempre um pouco lado a lado e o risco e o e o retorno não é Portanto o risco e o custo e portanto aí aí H diria que esse e essa é justamente a segunda pergunta é tem a ver com os custos e qual qual será a tendência e é para aumentar os custos destes e destes empréstimos deste crédito ao consumo não eu acho que temos há há sempre duas uma aproximação entre as duas ofertas portanto estamos sempre a comparar fintec e banca sim eu acho que eh neste mercado existe uma um é um mercado muito dominado por por bancos são instituições de crédito ou seja as fintec não tem não tem uma grande presença neste mercado do financiamento das famílias h e começam agora a querer dar alguns passos H acho que é preciso quando se fala de custos Temos que falar sempre de duas duas coisas diferentes não é uma é a taxa de juro e outra são as comissões ao nível da taxa de juro acho que é eh acho que a expectativa é estar muito a ver Pronto Muito alinhamento e do dos dos H porque depende muito do bce Depende de fatores macroeconómicos e queer coisas que estão fora do controle do do dos agentes individuais h e a tendência é para descer portanto nós estamos a ver observar agora uma descida as taxas durur a perspectiva que continue eh a haver um alívio da da inflação podemos falar um bocadinho sobre sobre isso e e mas mas de facto há uma uma uma redução espera-se que haja uma redução dessa nessa nessa essa parte quanto às comissões Eu acho que já os bancos são hoje bastante competitivos também eh genericamente eh não digo que que que são tão competitivos como alguns players fintech portono isso também não não conheço agora também essa essa em detalhe essa essa parte mas acho que vai ser uma acho que vai ser um processo de de a existir esse processo será um processo de aproximação e um processo de em que também veremos estudaremos as várias as várias eh o enquadramento no no seu todo e depois também os agentes indivídu tomarão as decisões querem baixar preço não querem baixar preço acho que é uma decisão que cabrá também a uma coisa é verdade eh para para aumentar Isto é um princípio económico que que eh que é para para aumentar a quantidade ajuda sempre a baixar um pouco o preço portanto Esse é é é é um princípio que que portanto quem tem mais desejo de de aumentar a quantidade tem que ser competitivo no preço portanto não pode não pode isso é e e as fintec agora para para crescerem o próximo passo será e o crédito às famílias é um é um dos objetivos das das fintec Sem dúvida eh nós vimos eu acompanho porque eu sou e além além de ter estado amigo do do do Ruben que é o que é neste momento o responsável do do revolut em em Portugal e e e sei que é uma das áreas que que estão a tentar no novo banco nós temos hoje provavelmente uma das propostas mais competitivas do mercado de de crédito pessoal h de financiamento às famílias portanto é uma das áreas onde banco é mais competitivo portanto é é muito é muito interessante e pronto é um é um é bom para o mercado eu costumo dizer que isto e falei há pouco no ecossistema estas coisas são são são são positivas e são boas para o mercado no fim do dia eh Há há temos é que tá preocupados a servir bem os os nossos clientes e os os existentes e os potenciais e Portanto acho que só vej vej coisas boas daí para quem nos ouve e para mim próprio já agora mas para quem nos ouve digamos o nível de risco no caso dos créditos pessoais é muito mais elevado para dar um termo de comparação do que por exemplo no crédito da Habitação sim é é mais elevado muito mais elevado elevado ISO pode explicar que as f também não não tenham chegado a tão depressa a esse patamar também por isso por esse nível de risco elevado ou não Não tanto não é não é tanto por aí eu acho que eh é preciso e o negócio da banca H é um negócio que na sua gese está ligada a depósitos não é portanto está ligada à capacidade de ter depósitos da das famílias das empresas e conseguir transformar esses depósitos em eh impacto na sociedade não é portanto em em alavancas como nós já falamos há pouco e e eu acho que isso Eh mas para ter depósitos Esse sim é um negócio muito regulado que tem que continuar a sê-lo eh e é um pronto e aí e não pode haver eh Pronto tem que ser bastante H um nível de dificuldade que tem que ser mantido não é sem dúvida porque e são os depósitos são as vidas as poupanças das famílias e e existe uma um um Digamos que existe aqui uma confiança generalidade na sociedade e ainda bem se não não podíamos operar de que o dinheiro que eu tenho no banco tá seguro e e está não é e Portanto acho que aí é porque as instituições são muito exigentes e há bastante regulação nesse sentido e portanto é importante que isso se mantenha mas Isso dificulta obviamente a entrada das fintechs no mercado claro H ainda em relação ao financiamento Mas no geral Portugal tem um problema de financiamento que que que que está relacionado com as fontes de financiamento Como já disse várias vezes somos uma sociedade muito dependente da banca eh como é que se pode ultrapassar esta questão como é que se pode diversificar como é que se podem diversificar as fontes de financiamento na sua opinião o acho que um caminho [Música] é explorarmos mais e mais os mercados de capitais e os mercados de capitais não é só bolsa como como nós vemos o psi é muito mais do que isso e é na realidade a atração de Capital à atração de investidores h e isso é um trabalho que é um trabalho de formiguinha é um trabalho que se vai fazendo todos os dias que é um trabalho que vive de muita estabilidade é um trabalho que vive de e de conseguirmos dar previsão às pessoas que têm vontade de investir em Portugal e há vontade de investir em Portugal H acho que há muita vontade de investir em Portugal e há um pêndulo forte para o imobiliário acho que isso é mais do que identificado é preciso orientar mais e mais os investidores para investir nas empresas h para investir em negócios que não seja só no imobiliário ainda que o imobiliá seja muito importante para para o país na industrialização por exemplo na industrialização nós Hoje ainda temos uma percentagem baixa de utilização de Capital Face ao fator trabalho portanto isso em termos económicos significa que ainda dependemos muito das pessoas para para escalar as empresas e menos do capital para escalar as empresas mas e isso é um é um fator um bocadinho limitador não é porque as pessoas só podem trabalhar 8 horas por dia 8 9 horas por dia e e e o capital da realidade pode funcionar de forma bastante diferente e e pode tem outra capacidade de eh uma máquina por exemplo pode trabalhar o pode estar sempre a funcionar e operar e portanto eu acho que esse é um é um é um exemplo H que nós temos de atrair investidores internacionais para Portugal temos feito um caminho interessante no com Portugal nos últimos anos tem desde programas de chamados residentes não habituais eh temos também programas de eh tivemos também uma uma reforma muito importante ao nível da da regulamentação do do do da gestão de ativos portanto que é a regulação dos investidores eh dos investidores e que foi e que tem estado a a surtir efeito E aí um um bom trabalho feito pela pela cmvm que tem conseguido eh motivar eh motivar investidores a virem para Portugal eh com este pronto com a nova regulação que é mais aberta que é mais próxima temos aqui um tema de fiscalidade Portanto acho que isso é é é um tema fundamental EA lhe perguntar isso como é que se atrai mais investimento nomeadamente por causa da parte da fiscalidade não é como é que a sua opinião se tivesse que decidir agora o que é que diria há aqui duas três coisas que mudaria que tenho quase a certeza que conseguiria com isso atrair Mais investiment Capital o sim eu acho que há três Fontes Vamos pensar nas fontes deste capital há três Fontes grandes empresas pessoas empreendedores com muito dinheiro individualmente e nós temos aqui um posso dar um exemplo e mas indivíduos que tê capital e ainda Fundos especializados de Capital portanto três fontes diferentes de instituições que T capital nós para as grandes empresas é uma discussão é um tema do dia neste momento eh que é eh estabilidade que damos a estas grandes empresas a atratividade ao nível da falid que conseguimos ofrecer esta empresa estas empresas é no meu ver chave para Portugal conseguirmos conseguirmos Portugal é fiscalmente atrativo Não não sou eu que o digo são os Tex foundation são vários estudos do instituto mais Liberdade H é um país muito pouco atrativo para as grandes empresas muito penalizador ao nível fiscal o que é que isso faz estas grandes empresas são altamente profiss profissionais na altura de escolher os seus centros altura de escolher onde é que vão instalar e o seu centro chamemos-lhe de Capital não é o centro que vai agregar depois todos os fluxos que vai pronto e mesmo o O que vai ter lá uma série de de de que vai concentrar investimentos na no país e e e olham naturalmente para a fiscalidade di Portugal é pouco atrativo é imediatamente excluído ao passo se a fiscalidade fosse mais Atrativa se fosse mais em linha com a média mais não precis se calhar bastava ser na média para justificar que algumas destas grandes empresas já se viessem instalar e há aqui uma a falar da Média europeia sim e há aqui um um ponto que é importante referir nós temos de falar mais da Ligação Direta entre empresas lucrativas e salários altos é uma relação que nós temos de eh temos de estabelecer e e e eh se calhar eh Há uns anos atrás ou há umas décadas fo um princípio da redistribuição cer da redistribuição há umas Décadas atrás as pessoas não distribuíam os lucros ou não não remuneravam as pessoas e havia quase ali um uma subserviência forçada do do do do Trabalhador hoje em dia o mercado de trabalho é diferente eh os líderes das empresas são diferentes a forma de ver as pessoas são diferentes e portanto nós temos mesmo de de de forçar esta ligação e de continuar a passar a mensagem desta relação entre empresas lucrativas Ou seja empresas que pagam irc são também as empresas que podem pagar salários mais altos e que podem empregar mais pessoas e e esta relação que não sendo uma relação direta porque obviamente há sempre a opção do acionista da gestão de não contratar ou não pagar salários mais altos Mas esta relação indireta tem que ser vista quase como uma como uma relação caus efeito caus efeito e nós temos de passar Esta mensagem é muito portanto eu Portugal viveu nos últimos 10 anos um em muitos sentidos e obviamente que isto não não quero que isto seja interpretado como Statement político Até porque sou partidário não não tenho qualquer filiação partidária mas Portugal viveu um pequeno milagre ou um milagre mesmo nos últimos anos ou seja a nossa qualidade de vida a nossa eh pronto A forma como vivemos também as nossas as nossas empresas Hoje Somos quer dizer o próprio estado português hoje tem é uma consequência da entrada para a união europeia a comunidade económica na altura sim é uma foi um milagre do dinheiro que entrou em Portugal do da valorização que fizeram do nosso país eh e isso e e e e que é é para continuar ou seja e e que vai para continuar e eu acho que o milagre português tem duas tem duas alavancas pode ter mais mas eu acho que ele tem duas alavancas O Milagre português dos próximos 10 anos eh porque é preciso pensar no Milagre dos próximos 10 anos que esse esse é que é interessante e o milagre português dos próximos 10 anos para mim tem duas alavancas uma fiscalidade Atrativa para empresas e Fundos que são o tal capital que falamos há pouco conseguirmos trazer Estas pessoas que têm dinheiro para Portugal para investir pessoas e entidades para investirem para estarem aqui entre nós para gerarem lucros pagarem salários altos para para pem para pem capital a rodar na na na economia e a outra alavanca é uma aproximação crescente que nós temos com os Estados Unidos os Estados Unidos é o tem sido nos últimos anos o f x do crescimento da economia portuguesa eh representa hoje em termos de de de turismo é o terceiro país Eh estamos a falar de 2.5000 milhões de de euros em valor que o que o mercado americano traz para Portugal que eram que se calhar para muitos ouvintes não é direto os americanos se calhar são só meia dúzia deles não 2 milhões de americanos visitaram Portugal o ano passado são 2 milhões de americanos h e temos um o o a América o os Estados Unidos nos últimos 6 anos foi o segundo país que mais investiu em empresas em Portugal em termos de de investimento que veio de fora o primeiro é Espanha que é o nosso principal parceiro comercial nós temos que perceber que há aqui um fator de relacionamento com os Estados Unidos que é também uma alavanca há um país descobriram Portugal ou fomos nós que que nos soubemos vender bem digamos assim esses dois e um terceiro com construímos pontos com os Estados Unidos eh na altura já há uns anos atrás a tá passou a voar muito para os Estados Unidos e construíram-se muitas Pontes com com os Estados Unidos e tem aumentado as rotas para para Destinos norte-americanos e eles têm aberto porta eles têm aberto Slots também para Portugal e tem sido um também um dos focos de crescimento ou de sucesso Da TAP também é o mercado americano e e por isso há um falamos de de estamos a falar de de de três razões e H que era se se nos descobriram se nos vendemos nós bem ou se e essa última que é no fundo cru estas estas Cruz estas já agora eh como é que como é que posiciona neste taboleiro a China Porque não falou da China mas a China é uma potência em crescimento e e tem também relações com económicas com Portugal temos turistas chineses temos investimentos chines eh Como é que coloca esta esta peça da China no neste tabuleiro e com enorme interesse e e e acho que a China é um é um grande agente Internacional e portanto e vai continuar a sê-lo h a China fez uma aproximação a Portugal numa altura em que mais precisamos e foi na altura do do resgate da troika a China foi um pronto e as empresas chinesas e os os chineses acreditaram em Portugal se calhar quando ninguém acreditou e portanto eu acho que há aí também algum reconhecimento que tem que ser feito pela a a à lideranças chinesas e também na altura à nossa capacidade de criar essas Pontes hum de uma perspectiva comercial não estou a dizer que com isso pronto mas mas de facto os chineses tomaram posições relevantes nas muitas das nossas empresas eh bancos energé elétricas enfim é sim sim sim e e e tomaram uma posição eh bastante relevante e de facto houve muita gente De de muitos chineses que vieram viver para Portugal Nessa altura eh foram durante muitos anos o principal mercado do do do do dos vist Gold hh e pronto que é uma eh é uma realidade o os chineses estão e a minha perspectiva aqui a fazer uma uma avaliação eh mais profunda sobre e a forma como querem interagir com a Europa h e não é claro acho que houve também uma eh acho que eles investiram bastante na Europa têm querem continuar um relacionamento com a Europa que é muito importante para eles somos um dos principais mercados dos produtos chineses portanto há aqui uma relação de de dependência muito grande mas de facto eles para mas há aqui al mas há aqui um conflito que que que está e que que na Europa é um bocadinho um um um e que procura o equilíbrio na Europa que é o cfit entre os Estados Unidos e a China eh e nós podemos ficar ali no meio corremos esse risco eu acho que nós nós nós somos conhecidos por sermos diplomatas não é portanto secretári Geral das Nações Unidas presidente da Comissão europeia agora um Presidente do Conselho nós como nós temos essa faculdade os portugueses são diplomatas por por e com a nossa dimensão também não nos resta muito mais não nos resta muito mais é verdade e temos que conseguir estar bem com todos e saber tirar o melhor partido de todos e eu acho que eh é preciso reconhecer que os chineses continuam a ser muito relevantes para a economia portuguesa H são um e temos ainda muito a explorar seguramente com com com com com os chineses e com as empresas chinesas e portanto há que saber também aproveitar essa essa oportunidade Por falar em aproveitar Eh estamos Eh vamos receber mais um mais uma edição da web summit Eh estamos a saber aproveitar este evento dimensão internacional a nível Empresarial é é sem dúvida um dos maiores eventos e chamar de de inovação e de de empresariais de Portugal Portanto acho que [Música] aí que arrasta sempre centenas milhares de pessoas dezenas de milhares centenas de milhares pessoas muitas vindas de fora também H acho que foi foi Acho que é um evento que tem naturalmente e sido acompanhado de concorrência não é portanto hoje em dia o ep summit não é a a a única coca-cola no deserto H há mais e e Portanto acho que isso tem sido um fator acho que nós como nação foi um uma aposta ganha e acho que foi uma aposta ganha seguramente trouxe enormes benefícios ao ecossistema trouxe Muitos daqueles investidores que falei há pouco a Portugal para conhecer Portugal para explorar Portugal foi uma aposta ganha acho que devemos e acho que é uma coisa que cruza todos os eixos e partidários Portanto acho que mas estamos a saber rentabilizar esse essas oportunidades acho que os números aí acho que e o ecossistema a forma como nós podemos medir isso é várias formas de fazer mas uma delas é vermos se o nosso ecossistema empreendedor de startups é hoje mais vibrante e atrai mais capital tal e gera mais empregos eh faz mais inovação do que era há 10 anos atrás e é e é seguramente e portanto quanto a isso ou seja nesse eh nessa balança o websummit e da medida em que o websummit contribuiu para esse ecossistema foi um sucesso e é um sucesso e portanto temos de eh agora pronto não não sei o que é que são eventualmente não sei se o o é preciso continuar a explorar e é preciso que os empreendedores continuem a aparecer keep showing up as empresas continuem interessadas na inovação e a fazer pontos com com a Inovação pelas razões que já conversamos aqui e que continua a existir a infraestrutura as infraestruturas e as as parcerias necessárias ao nível governamental ao nível Municipal Pronto aos vários níveis que permitam que este gnero de eventos também se realiz em Portugal e que e que também façam a sua parte nós vamos começando à à medida que o tempo se aproxima do fim isto passa sempre rápido ainda sem datas para o lançamento ou garantias o bce continua a avançar com o projeto do eurod digital acha que é inevitável esse caminho e sim acho inevitável acho que há acho que o eurod digital e está para breve provavelmente nas próximas semanas novidades sobre sobre o sobre o eurod digital H é um projeto que é visto como s estratégico para a a gestão monetária da da da Europa da zona euro e portanto porque tem aqui subjacente aqui um um um construir ou dar ao ao banco central europeu uma infraestrutura que reduz a dependência das visas das mastercards que são empresas Americanas e sobre as quais nós hoje em dia operam todos os sistemas ou praticamente todos os sistemas de pagamento e portanto há aqui um um um uma ideia de criar esta infraestrutura H por parte da da do do do Banco Central europeu com tecnologia que hoje em dia é cada vez mais madura e que já permite fazer eh este género de de de construir este gênero de sistemas com eh robustez h e com e e temos hoje também eu diria a experiência e as ferramentas para conseguir desenhar o modelo Eh macroprudencial ok eu já Posso explicar o que é que isso quer dizer que permita fazer ouou lançar um um um um sistema de pagamentos desta natureza sem que isso eh provoque o colapso da da da da do do resto do sistema de pagamentos do sistema e e e sem pôr em causa a segurança e sem pôr em causa a segurança e portanto eu acho que essa experiência eh e essa eh as ferramentas eh o temas hoje e e portanto o uma das coisas que está a ser definido eh e que está a ser bastante debatido eh é qual é a quantidade de EUR digital que cada pessoa vai poder ter eh imagine tem uma carteira que cono digital é que eu posso ter na carteira e h os últimos dados da há um ano atrás que foi sensivelmente quando quando também eh Houve alguma comunicação mais sobre isto estavam nos 3.000 € por pessoa por euro digital atualmente o que se fala é que podem vir a ser cada pessoa pode vir a ter muitas contas um máximo haverá sempre um máximo provavelmente 3.000 € enfim eh Há país que querem mais outros que querem menos portanto tá há um debate ao n depend do chamado poder de compra de cada país não é exatamente porque há uma questão aqui subjacente que é eh se eu tenho o eurod digital eu não tenho depósitos nos Bancos não é Portanto o o a criação do eurod digital vai levar naturalmente a uma eh fuga ainda que vai ser ali temporária de depósitos para h para as carteiras de eurod digital eu estimei na altura o ano passado que seria entre 8 a 12.000 milhões de euros de de depósitos que sairiam dos bancos e que iriam migrar para a as carteiras de EUR digital com informação que eu tenho hoje não tenho razão nenhuma para achar que vai ser menos do que esse valor pelo contrário poderá até ser um pouco maior eh falamos aqui eh para dar aqui uma ordem de grandeza estamos a falar aqui de 10 a 15% dos depósitos à ordem que os depósitos que nós temos que as empresas têm que não têm remuneração h e e e e por isso é um valor valor significativo e dependendo das negociações dos estudos que estão neste momento a ser feitos com enorme cuidado pelo banco central europeu H que vai acabar por definir as Tais regras macroprudenciais que eu falei há pouco para garantir que tudo isto acontece e de forma segura entre outras coisas os bancos continuam a conseguir fazer H financiamento à economia com condições boas não é porque e se de repente aumentamos o o custo de financi dos bancos os bancos vão ter que passar esse custo às famílias às empresas e portanto não é para pessoas perceberem se retiramos esse dinheiro dos bancos estamos a retirar-lhes liquidez portanto eh o o o custo do do crédito acaba por aumentar sim é uma das implicações e atenção o eurod digital não vai remunerar em termos de depósito ou seja não vai haver uma taxa de juro na remuneração do eurod digital eh isso já tá definido pela pelo banco central europeu h e portanto é uma é um é uma arquitetura que está in the making como se costuma dizer e Mas acho que vai ser um projeto muito interessante e muito importante para para para a zona Euro há pouco olhava olhava há 10 anos queria só perceber o que é que estamos de facto começamos a correr agora qual é a sua expectativa em termos de evolução de coisas como inflação taxas de juro não expectativa responder me que as taxas de juro estão a descer Mas se olharmos a 10 anos consegue dizer-me que vão descer que vão estar a descer na próxima década 10 anos 10 anos é é é é mais do que um ciclo 10 anos é mais do que um ciclo e hoje em dia os ciclos economicamente o que se tem verificado é que os ciclos têm ficado mais curtos os ciclos económicos são mais rápidos nós temos eh recessões que duram menos tempo temos expansões que duram mais tempo ou enfim e e e temos um um e portanto é a 10 anos é difícil ter essa eh visão estão olhando para um limite que lhe pareça razoável eu acho que os e as nossas autoridades a têm hoje ferramentas H prudenciais ferramentas monetárias e para fazer ou com bastante eficácia eu diria um controle da e atividade económica e foi o que nós vemos foi é o que estamos a observar agora por exemplo com a inflação na zona Euro que já está abaixo do 10% h e que não nos lembramos se calhar mas há há um ano e meio era estamos a ir estamos a irava aos 10% e e e e e estava altíssima e fomos e a Europa foi acusado ou bce foi acusado de não agir rápido mais mas agora já estamos abaixo da fasquia e os Estados Unidos ainda estão acima da fasquia portanto é uma eh eu acho que há um compromisso forte e a isso a teoria económica eu acho que não vai mudar nos próximos 10 anos há um compromisso forte em ter um nível de inflação baixo eh positivo porque senão ninguém investe mas baixo eh e portanto esse compromisso não vai mudar não acredito eh não há e portanto a minha expectativa é que sim nos próximos 10 anos continuemos Neste regime em que trabalhamos para ter uma inflação baixa se é 2% depois é 3% Isso poderá haver alterações dessa natureza agora dizer não vamos controlar a inflação mais ou agora queremos inflação negativa esse de alterações não vão acontecer e a taxa de juro também baixa a taxa de juro dos bancos vai ter de baixar necessariamente isso vai acompanhar eh e e e e vai e e vai acompanhar e e vai ter um um um um reflexo positivo nas famílias e nas empresas Portanto acho que essa vai seguramente com o com à medida que as orbor forem descendo os os juros das pessoas também vão e acho que isso vai ser muito bom porque vai aliviar também a e as famílias as e as empresas para é um é um aspeto positivo H pergunta incontornável eh continuamos a assistir à à redução do número de trabalhadores na banca e e continuamos a assistir à evolução tecnológica à digitalização a aplicação Eh agora com a introdução da Inteligência Artificial esta tendência vai se manter ou seja o futuro da banca é termos balcões completamente eh digitais Eh vamos eh eh já temos balcões que são Fronte eh Office que são basicamente máquinas é isso que vamos ter acho que o a digitalização é um processo contínuo portanto resposta à pergunta eu não sei o desenho do balcão do Futuro daqui a 20 anos eh provavelmente ainda está eh no campo da da da ficção científica mas eh mas é uma mas mas acho que como tudo vai haverá de ter a sua evolução não é portanto haverá de ter a sua evolução à medida que também for aparecendo novas tecnologias e novas formas de interagir com o cliente que sejam que sejam H que sejam mais úteis para e e mais valiosas para o cliente o em relação à Inteligência Artificial eh acho que há um é de facto um um um um game changer Ok acho que o os números mais recentes de estimativas de do mercado apontam para que eh nos próximos 10 anos o impacto Inteligência Artificial aqu se quisemos diência artificial generativa que é aquela eh aumento 10 vezes Faça aquilo que é hoje em dia portanto seja 10 vezes e maior do que é hoje em dia presente nas nossas vidas nas empresas etc H temos hoje um desafio grande que é H implementar isto na nossa na na nas empresas implementar nas empresas implementar isto nos na nas nossas vidas eh Há temos muitas startups focadas entre ên artificial eh com grandes valorizações não quero dizer que tenham muitas receitas aliás há H há uma estatística interessante que diz que os grandes beneficiários da da em termos de receita da Inteligência Artificial é obviamente a nvida e os produtores de chips e depois os Consultores que estão a ajudar as grandes empresas a implementar Inteligência Artificial e portanto há de facto um cada vez mais ao nível da Consultoria uma parte significativa das receitas vem de Inteligência Artificial porque é também O que as empresas também pronto mais e mais querem comprar e e querem expar e formas de ganhar eficiência Esse é uma nota importante acho que hoje há um grande foco e tanto na Europa como nos Estados Unidos de ganho de eficiência nas empresas mas a Europa está atrasada nesse Campo o o a economia americana é em várias medidas mais competitiva do que do do que do que a do que a europeia e mais flexível também eh nos Estados Unos pode se despedir e ou seja há menos há menos restrições por exemplo para o despedimento na Europa nós não temos esse s a falar a nível da Inteligência Artificial Mas o que eu quero dizer com isto que ao mesmo ou seja a economia Americana a flexibilidade que ela tem permite-lhe também olhar para os investimentos de inteligência artificial com outro tipo de eh de enquadramento e dizer bem flexibilidade flexibilidade e conseguir se calhar de forma mais rápida encaixar a inteligência artificial nos seus modelos de negócio com isto dito é uma empresa europeia que é uma temos empresas europeias que estão a liderar H neste Campo da implementação ação da Inteligência Artificial agora uma coisa é certa eh o grande valor hoje em dia está no chip está obviamente também na na no open aa e nas nos nos nos nos eh nas empresas que desenvolvem modelos H modelos base de inteligência artificial e esses estão todos nos Estados Unidos Portanto ou praticamente todos nos Estados Unidos e nós não temos ainda a data a Europa não tem a data uma empresa de Inteligência Artificial que consiga rivalizar com e as empresas Americanas e portanto isso é algo que nos devia fazer refletir Dev fazer pensar H da mesma maneira pronto que que que é importante eh porque é de facto uma tecnologia do Futuro preocupa os custos sociais que essa nova realidade vai ter eh eu diria que eh a resposta é vai haver é na transição tecnológica há sempre custos sociais portanto tal quando foi na Revolução Industrial é sempre assim ou seja há sempre quem eh no processo de transição de de tecnologia ou de implementação de uma nova tecnologia há sempre custos sociais Associados hum eu acho que estes custos ainda para mim é difícil medir com exatidão o a dimensão dos custos sociais desta desta desta desta revolução tecnológica desta revolução de Inteligência Artificial hum porquê porque ainda estamos a assistir ao processo nó estamos muito incipientes no processo de implementação desta tecnologia ao nível das empresas h e vou dar pronto uma das áreas eh ainda estamos à procura daquilo que se chama os use cases que são verdadeiramente que são verdadeiramente úteis não é e e e ainda não há muitos mas há um que se está a destacar e entre entre alguns e que é o apoio ao cliente hum os contact Centers o apoio ao cliente e esse é um use case e que se está a destacar de facto e Evidências que que estamos a ter já de empresas da Linha da Frente é que a máquina se calhar é melhor a a fazer apoio ao cliente é mais rápida é mais barata a fazer apoio ao cliente a A mesmo a atender chamadas a orientar os assuntos a a dar respostas mais rápidas e e tem melhorado esse atendimento e tem melhorado sempre portanto se perguntar um um trabalho que se calhar não existe da a 10 anos eu diria que se calhar eh o Sen serviços de contact Centers é um é um é um é um é um tipo de trabalho que provavelmente vai vai sofrer alguma disrupção mesmo mesmo para terminar não resisto a perguntar-lhe até porque lidou com práticas internacionais de gestão é professor como é como é que é o gestor tipo em Portugal o o estor TIP É é tem uma acho que está a É mais eu acho que cada vez mais está em transformação acho que o setor tip está em transformação porque que é muito interessante Ah o estoro tipo tá em transformação Ah o houve acho que está mais e mais aberto eh às às melhores práticas eh está disponível para fazer o caminho Provavelmente o legado é um bocadinho pesado não é em termos de de de porque são H Porque não houve se calhar ao longo dos últimas da última década e aquele aquele aquela ideia de que temos que ir formação cont que temos de de continuar a a acompanhar as tendências não só da nossa área específica do nosso do nosso mercado mas também das outras outras áreas outro tipo de e e e se calhar isso não foi tão não houve tanta tanta preocupação com isso mas hoje o que nós vemos ao nível das até das Universidades obviamente católica H é um exemplo disso é uma preocupação crescente das empresas em em em que os seus quadros tenham uma formação atualizada que se mantenham a par das das melhores práticas e que consigam com isso também obviamente refletir no no no nos negócios eu dos eu que conheço alguns quadros de de empresas grandes empresas médias pequenas micro h e e tenho a dizer que ao longo dos anos tenho visto de facto uma uma melhoria notável da qualidade dos quadros e eu acho que essa pode ser uma um um ser um um Joker se calhar do dos próximos 10 anos menos um fator de diria eu pelo menos um fator de esperança dissemos no início que era fã de música eletrónica nunca terminamos sem tentar junto dos nossos convidados perceber Qual a música da sua vida ou o tema musical que apesar de tudo admira mais do que qualquer outro que quer revelar-nos a sua escolha explicar-nos um bocadinho um bocadinho porquê eu eu eu não há muitos anos atrás mas se calhar há há 8 anos atrás tenho que pensar descobri a música eletrónica e e foi um eu diria Amor à prima e ao primeiro timbre e e e foi e de facto e tem sido a minha companheira e ao longo dos anos mais e mais e mais não ou só música eletrónica Mas tem sido a minha mais e mais e mais e se calhar faz de mim um bocadinho alternativo mas eu acho que isso é giro e gosto disso e e e tem e tem sido a minha companheira tanto em momentos de entusiasmo de celebração como momentos de de alguma descompressão ou mesmo de de Reflex eh gosto gosto do ritmo gosto da forma como procura elevar as pessoas eh eu acho que muitas das pessoas que gostam hoje em dia de música eletrónica também veem nela um bocadinho de mindfulness um bocadinho de de de oportunidade de uma música que que puxa à reflexão ou que pode puxar à reflexão pelos seus Tom pelo pelo seu pelo seu ritmo pela sua forma como é construída e e de facto é é tem musicalmente tem tem preenchido nos últimos anos vamos lá a escolha dois então a escolha dois a minha a minha a minha escolha doje é um é uma música de de uma de uma banda eletr eletrónica australiana e chamada rufes do Sol hum é um é um tema chamado Inner Bloom que é um é um Hit Mundial portanto é em todos os festivais onde onde vou e é sempre um dos pontos altos do do do festival quando os DJs fazem um Remix em cima desta música eh e Portanto acho que é um é um é um prazer partilhar um pouco dessa dessa emoção com com os ouvintes e e esperar que que que também apreciem se calhar fiquem descubram aqui um novo novo estilo musical a escolha musical de José Maria re fundadora da re agora quadro do novo banco o nosso convidado hoje de dúvidas públicas esta edição teve o apoio técnico de Rui Glória S plastia de João Campelo a imagem de Marta Pedreira mão regressamos na próxima semana uma boa semana n