🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
viva está com o hora da verdade o nosso convidado é dom Américo Aguiar Cardeal e bispo da diocese de Setúbal a quem agradece ter aceitado o convite para aqui estar eu sou a Susana madureiro Martins e comigo está a jornalista do público Helena Pereira bem-vindo participou nos trabalhos do cino dos bispos no Vaticano que Terminaram a 27 de outubro até Junho vão funcionar 10 grupos de estudo sobre algumas questões pobreza e também por exemplo a participação das mulheres na igreja este sínodo eh no fundo começou em 2021 eh criar grupos de trabalho eh nesta altura não é adiar mais uma vez eh uma decisão sobre temas que podem ser considerados fraturante ou não uma saudação ao auditório da Renascença e do meu jornal público também há um ano estivemos por aqui e aqui h nos reencontramos dmos graças a Deus por isso eh primeiro dizer-vos que agradecer o convite como é óbvio mas dizer que a experiência do sínodo é muito é muito positiva eh para alguém que nunca tinha participado em nenhum é uma experiência Nações Unidas uma experiência de da pluralidade e da riqueza de nos encontrarmos diferentes de proveniências diferentes de culturas diferentes enfim é muito importante e muito positivo depois aquilo que o Papa eh empreendeu desde o início primeiro nós estamos o que o Papa quer é que nos sintamos em modo Sinodal é como aquela coisa do do telemóvel modo avião Portanto o papa não quer que seja um um espaço de tempo em que nos aplicamos ou que nos debruçamos sobre a sinodalidade ou sobre o sínodo mas qu é que a igreja entre com normalidade no processo Sinodal Isso significa que os problemas as dificuldades as oportunidades e os caminhos a percorrer no futuro no hoje e no amanhã que sejam falados discutidos e decididos naquilo que é a partilha dos irmãos e das irmãs e também foi dizendo que o sínodo era sobre a sinodalidade propriamente dita e que todas aquelas temáticas que viessem que fossem chamadas a ser avaliadas no contexto da realização do sínodo que seriam encaminhadas para as Tais 10 grupos de trabalho as 10 comissões para cada uma poder Enfim fazer o estado da arte fazer o estudo aprofundamento para também com o cuidado do ouvir e do discernir cada uma no seu tempo com a sua maturação própria poderem também respostas o mais próximas dos corações de tantos e tantas que pensam diverso de assuntos que são comuns a toda a igreja e se o grupo de estudo por exemplo que vai avaliar a participação das mulheres na vida da igreja concluir sobre a necessidade de ordenação de mulheres padres ou de mulheres diáconos o que é que acontece Olha primeiro vamos esperar o que é que a comissão e o grupo de trabalho vão decidir eu na minha mesa na mesa em que trabalhei estas decisões são ou não vinculativas não são depende do modo como o papa e as as as materializar não é porque quer o sino do quer estes grupos de trabalho normalmente quando chegam ao fim fazem recomendações entregam ao santo padre a conclusão o relatório final enfim o resultado final do trabalho que desenvolveram e depois cabe sempre ao Papa ao sucessor de Pedro olhem como ele fez agora e ele chegou o sínodo chegou ao fim e o papa disse eu não vou fazer mais nada o mento final pur e simplesmente está pronto para ser divulgado e para ser encaminhado para as igrejas e para as dioceses porque normalmente havia sempre um tempo de espaço para uma exortação p ps Sinodal que muita gente nem nem sonha ou que é não é mas também não interessa mas é um documento que o papa faz depois da realização de um sínodo em que assume ou não na totalidade ou em parte aquilo que são as decisões que esse sínodo tomou ora o Papa Decidiu não sei se para queimar etapas ou para acelerar ainda mais o processo da sinodalidade agora na geografia real de cada um decidiu que não vamos ter esse pandan e vamos imediatamente para o terreno para que os resultados finais daquilo que foi o sínodo sobre a sinodalidade possam acontecer no terreno aquilo que é o trabalho das comissões e e e eu eu tive presente em algumas delas tive curiosidade em algumas delas e o que eu noto é que o caminho está-se a fazer caminho Isso é que é importante eu gostaria de dizer aos nossos ouvintes leitores é que que o Papa Francisco nestes 10 anos eu penso que todos aceitamos isso estando mais de mais afastados ou mais próximos todos aceitamos que é um caminho que se vai fazendo em muitas áreas não é única exclusivamente nessa em muitas áreas vai-se fazendo perdão vai-se fazendo um caminho e mesmo aquilo por exemplo e este ponto propriamente dito da da questão que referiu e nomeadamente o o o tema do diaconado feminino é muito interessante que a votação desse ponto não é é a votação que tem um enfim o número mais significativo tem 90 e tal votos contra mas tem uma esmagadora maioria 200 e vos a favor a favor ou seja significa que se nós formos fazer os votos contra podem funcionar como um sinal de que a igreja pode dividir-se nessa se há uma coisa interessante que eu posso testemunhar aqui aos leitores e aos ouvintes é que durante este mês a experiência que fizer é uma experiença que eu recomendo olha recomendo para as famílias para as instituições para o Parlamento e para as outras entidades em que primeiro aprendemos a ter gosto de ouvir é muito importante nós termos o gosto de ouvir os outros mesmo que os outros pensem diferente de nós nós não estamos muito habituados nem gostamos muito de enfim de estar a ouvir alguém que pensa diferente e que defende outros caminhos e outras soluções e portanto o sínodo foi muito importante para estes representantes do mundo inteiro esta metod olia de ter o gosto e o prazer de ouvir o que é que o outro diz o que é que o outro pensa e depois a segunda parte ao contrário que é eu ouvi e vou ser ouvido e ao longo de um mês e eu gostava que sublinhar em um mês das 9:15 da manhã às 7:30 da tarde todos os dias né nós fizemos esta experiência tema a tema ponto a ponto bloco A bloco daquilo que foi esta experiência Sinodal e o que eu aprendi no fim né o que eu concluí no fim é que é uma riqueza nós podermos ter a oportunidade de estar juntos à volta neste caso não era uma mesa eram mais de 30 mesas com irmãos e irmás que pensam de modo diferente que sentem de modo diferente mas que também que nos sensibilizam e testemunham as suas urgências nãoé das suas periferias existenciais porque eh o exemplo que eu costumo dar quando nós por exemplo nesta geografia europeia ocidental discutimos com maior ou menor sangue na guelra a questão da dos Casados recasados não é os nossos irmãos africanos disseram-nos calma aí porque nós não estamos a entender essa prioridade a o nosso problema chama-se poligamia ora e isto para alguns é assim desculpe o que é que disse poligamia Não Para nós isso não é problema mas é para nós ou seja é muito importante que nós na nesta nesta mesa das Nações e das sensibilidades e das culturas aprendamos definitivamente que o que é diferente não é um problema o que é diferente é uma riqueza é uma oportunidade para aquilo que o Papa pede que é que a igreja e a sociedade de modo em geral quando tem problemas não construamos muros tu és contra eu sou a favor eu sou D E tu és de b não temos um problema Temos uma dificuldade temos um assunto em cima da mesa Vamos noos ouvir vamos rezar vamos discernir e vamos tomar uma decisão E eu acredito que em todas essas temáticas a igreja e estas várias comissões que a partir do verão do ano que vem vão comeara a transmitir ao santo padre aquilo que são as suas conclusões e veremos o que é que ele vai decidir Mas voltando esta questão das mulheres diáconos Qual é a posição do Senhor Cardeal é de que se deve integrar todos todos mas não todas todas não eu só tenho um é assim primeiro não tenho dúvidas da minha experiência pessoal não tenho dúvidas quanto à importância do papel da mulher na igreja nenhum zero não é seja na catequese seja na liturgia seja seja lá no que for eu sou há muito tempo que estou convertido há aqui as como é que diz outro aqui queem mam são as mulheres e portanto não há dúvida nenhuma quanto à importância à prioridade Mas acima de tudo que eu acho que é importante sublinhar mais que a questão do ordena ou não ordena é nós na sociedade e na igreja Definitivamente a entendermos que nós somos iguais nós somos iguais não é naquilo que são as responsabilidades naquilo que são as oportunidades naquilo que é o as oportunidades nós devemos partir da base daquilo que nos é comum que é o batismo n é é o batismo que nos faz filhos e filhas de Deus iguais e é deste batismo que deve emergir é possível haver igualdade sem haver sacerdócio agora eu vou não agora eu eu penso eu penso eu penso é que nós colocamos um um um sublinhado que eu acho que é errado n e eu compreendo mas acho que é errado que significa o seguinte eh eu quando nós falamos de ministério e eu falo de serviço eu entendo o ministério ordenado como serviço mas na sociedade e por ventura em muitos enfim areópagos entendemos o ministério ordenado como exercício do poder e então questionamos se o o ministro ordenado é o é o topo do Poder do exercício do Poder porque é que então os iguais não podem de igual modo aceder a esse exercício do poder e eu acho que aqui é que está o o o o busilis aqui é que está a pedra de toque que é refletir e aprofundarmos se isto está correto ou se isto enfim inica inica a reflexão porque no meu ver mesm questão de historicamente terem existido no passado as diaconisas que exerceram a mim não não uma causa especial problema nem dificuldade maior agora o que eu acho que é errado é quando nós colocamos no no no centro da reflexão que estamos a querer eh refletir ou distribuir a a questão do exercício do Poder associado ao ministério ordenado Eu acho que isso é que é o erro é quando nós e a culpa é nossa não é quando o padre quando o Bispo quando não quer partilhar o poder exatamente ou qu exatamente mas aí mas mas eu acho que o erro é associar é a história e os séculos e a prática ter associado ao ministério ordenado o exercício do Poder eu acho que esse é que é essa é que é questão sente que na igreja há padres que não querem homens que não querem partilhar o poder é isso ah mas tem ver com eu sinto na igreja que há homens que não lhes agrada partilhar o poder mas não é não lhes agrada partilhar o poder com mulheres não lhes agrada partilhar o poder com ninguém não é uma questão de do sexo masculino ou feminino mas eu acho que é uma aprendizagem que nós temos que fazer todos como sociedade por exemplo eu dou-lhe um exemplo que muitas vezes falei com senhoras deputadas na altura no Exercício agora já não por exemplo a questão das cotas não é a mim sempre causou grande não aceito não gosto Mas compreendo compreendo que se não for legalmente imposto que não se chega lá não é mas não gosto não não não defendo que aqueles lugares ou aqueles exercícios tenham que ter Obrigatoriamente um homem ou uma mulher por causa de cotas não cada se nós partirmos e reconhecemos a igualdade de todos há de exercer a função quem tá melhor preparado quem tem melhores competências para exercer e as mulheres diáconos podem ser podem estar bem Preparadas para nós temos nós temos caminho para fazer nós temos caminho para fazer e eu acho que hoje estamos muito mais perto de um caminho de de não digo de unanimidade mas de consenso do que tivemos no passado mais recente consenso sobre o quê exatamente sobre aquilo que significa esta avaliar a quando o texto diz que a comissão vai por continuar a aprofundar o estudo é separar o exercício ministerial de serviço daquilo que é o exercício por e duro do Poder quando ele está associado única exclusivamente ao Ministro ordenado e eu acho que isso é que é a questão de toque que nós temos que separar Ou seja a breve Tris podemos ver mulheres a Celebrar missas por exemplo não é uma coisa eu eu gostaria que não murá e o os os timings e os patamares não é eu estou a dizer o seguinte que a questão que nós temos em cima da mesa tem a ver com o exercício na nossa sociedade na igreja na comunidade daquilo que é eu entender o homem e e a mulher como iguais nas suas capacidades e apetencias para exercer as mais diversas atividades na sociedade na igreja e nas estruturas e nas empresas e em tudo o que podemos ter pela frente e o que eu digo é o seguinte que entendo que um dos erros que nós temos que aprofundar tem a ver com a a discussão do assunto na base de ter o acesso ou não ao exercício do Poder quando ele está eh demasiado ou exclusivamente associado ao ministério ordenado o que eu estou a dizer é que o ministério ordenado não tem que estar absolutamente associado ao exercício do Poder no limite e o que eu estou a dizer estou a dizer que nós podemos ter homens e mulheres a dirigir As instituições e os organismos e não sei quê isso não ter nada a ver com o ser sacerdote ou não ser sacerdote naquilo que são as estruturas e as mais diversas realidades da igreja coisa que hoje né quando falamos exercício do Poder normalmente associamos clérico realmente ao exercício do sacerdote ou do bispo ou do padre não é e o que eu estou a dizer é que este caminho que estamos a fazer aliás o Papa quando o Papa nomeou recentemente uma senhora para o governador at de Roma do Vaticano não é Ou quando o Papa um dia destes nomear uma uma uma perfeita de uma de um dicastério mas não não tem que ser motivo de admiração nem de desconforto pelo contrário agora é um caminho que temos que fazer e eu fico muito feliz quando numa empresa numa instituição numa estrutura e na igreja ninguém tenha precedência ou seja impedido na sua enfim na sua execução e na sua presença em razão de ser homem ou de ser mulher mas isso significa que as mulheres no futuro podem ter um papel mais mais cargos na igreja mas isso não significa que que tenham as portas abertas para serem ordenadas Ou seja vão ter de certeza mais cargos mais influência mais e eu acho eu eu acho e acredito que estamos em caminho estamos a fazer um caminho não é aliás sinodalidade significa caminhar juntos e aquilo que nestes 10 anos o Papa Francisco tem tentado e tem provocado e tem proporcionado é que a igreja em geral os seus vários protagonistas façam caminho e e nós uma vez disse um colega vosso não sei se daqui a 100 anos tivermos aqui em bocadinho mais não é mas daqui a 100 anos tivermos aqui para uma entrevista se calhar as temáticas Já não são estas já não já são outras com outras envolvência Mas nesta área específica e o que eu gostava de sublinhar e o que tenho repetido e peço desculpa de fazer desta maneira é que é importante separar o exercício ministerial do exercício do Poder eu estou convencido que uma coisa e outra podem podem e devem existir separadas hum eh sobre esta temática há aqui o risco de A Dada altura haver uma cisão na da igreja ou ou melhor de haver uma formalização dessa cisão entre a aula mais conservadora ou considerada mais conservadora e a mais Progressista eu na na naquilo que foi o ambiente do sínodo não não não não não não como é que é não não não não não não ia por aí Não não assinaria essa afirmação pelo contrário notei e no sínodo estiveram presentes todas as sensibilidades como eu já disse e não notei esse ambiente absolutamente absolutamente aliás eh se quem quem quiser ter o cuidado de ir ver tá publicado no site as votações e as votações são muito muito muito muito muito esmagadoramente da aprovação de quase tudo já dissemos aqui a única em que há maior expressão de de de de sensibilidade diferente é exatamente a temática do estudo aprofundado do diaconado feminino e mesmo assim maioritariamente a favor não então não se revê na ideia de que há uma mala mais conservadora e mais Progressista não não sentiu isso não eu não disse isso eu não disse é que na na que o caminho que estamos a fazer leva que essas duas sensibilidades se afastem não o que eu disse é que o que eu senti da vivência daquele mês inteiro é que fomos aprendendo uns com os outros a importância de nos respeitarmos de nos ouvirmos e entendermos que o facto do meu irmão ou da minha irmã pensar e defender uma coisa diferente daquela da minha não faz de nós inimigos não faz de nós opositores mas faz de nós homens e mulheres da igreja que pensamos de modo diferente e que temos que encontrar um caminho para percorrer juntos Isso é que é importante e tendo em conta as diferentes geografias h e tendo em conta que no documento aprovado se diz que se deve deixar de falar de uma igreja universal para se falar de uma comunhão de igrejas acha que as soluções adotadas serão iguais para todas essas geografias ou não não é assim o que nós notamos e constatamos é que eh eh as decisões tenm Obrigatoriamente que se enculturar eh Se assimilar daquilo que é a realidade local ou seja e podemos falar do nível Continental ou seja há decisões da igreja que eh nós temos que entender que são normais que o continente Europeu americano asiático africano ou ou da Oceania que apliquem de maneira diferente e isso não tem que ser Obrigatoriamente um problema não é porque aquilo e cada vez mais é visível e a era digital o mundo de hoje o século XX em que tudo acontece em direto no mundo inteiro eh facilita e também proporciona que qualquer decisão que o santo padre tome em relação à liturgia em relação ao que é que seja que imediatamente tenha um acolhimento e uma sensibilidade diferenciada eh naquilo que é a realidade do mundo e como eu dizia há bocadinho da poligamia e do divórcio podíamos dar muitos outros exemplos em que o sentir das igrejas locais em relação a esses assuntos é diferente Isso é um problema não é um problema agora para a figura do Papa que tem que legislar ou que tem que recomendar ou que tem que proporcionar ao mundo inteiro regras mais ou menos e comuns a todos isso levanta uma necessidade de maior cuidado e maior elasticidade naquilo que são as propostas outro dos grupos de trabalho que foi criado durante e ou após o sínodo É sobre o ministério dos bispos os bispos e cardeais estão preparados para exercer no mesmo patamar de um leigo o tal caminhar juntos de que Francisco falou no arranque dos trabalhos ou seja aquilo que eu lhe pergunto é e é é Cardeal acabou a ideia dos Príncipes da igreja é quer dizer para mim já acabou há muito tempo não é já acabou há muito tempo mas para outros cardais provavelmente não e vamos ver uma coisa eu acho que vamos encaixar naquilo que disse a bocadinho que é de existir em pessoas na igreja e não quero dizer homens ou mulheres mas existem pessoas na igreja que TM alguma dificuldade em partilhar ou ou ou abdicar ou partilhar daquilo que é e o poder o exercício do Poder propriamente dito não é agora há uma coisa no sínodo que se aprende e que também se vai tentar transmitir a todos os irmãos e irmãs que tem a ver com o seguinte que é é nós temos numa sociedade Numa família numa instituição nós temos que aceitar que alguém tem que ter a última palavra acho que é aceitável temos um problema e alguém tem que ter a última palavra mas essa última palavra não tem de ser a única palavra e às vezes confunde-se o ter a última com ter a única ora isto é um caminho que nós temos fazer e naquilo que é o governo de uma diocese o governo de uma paróquia o governo entre aspas de uma família de uma empresa ou de uma instituição só temos a ganhar em partilharmos aquilo que é o exercício desse mesmo poder quanto mais eu ouvir para tomar uma decisão certamente a decisão será mais certa agora não podemos abdicar de que é preciso decidir porque às vezes entramos num num CIC que vamos dialogar vamos dialogar vamos dialogar e entretanto Passou o tempo útil de tomar uma decisão e por isso e neste tempo e o o sino de convida o documento final convida é que os responsáveis seja o Cardeal seja o Bispo seja o padre seja a Dona Maria seja o senhor José que tem a quem foi delegado o poder de decidir que cada vez mais aceite e se converta aqui é importante é definitivo e é positivo aou escultar ouvir para tomar uma decisão cada vez mais certa e assim eu olho para a realidade da igreja Portuguesa e da espanhola e de muitas outras que eu conheço e lá está temos velocidades diferentes mas a realidade que eu encontro é uma realidade já muito diferente de algumas Décadas atrás em que eu quero mando e posso o quero mando e posso eu acho que já estamos para celebrar a missa sétimo dia e de mês porque acabou e se não acabou tem que acabar objetivamente a assembleia Sinodal assinalou o desejo de que o povo de Deus tenha mais voz na escolha dos bispos eh podemos ver a praso leigos a participar na escolha dos seus bispos por votação e assim o o o a participação dos leigos já acontece não é vamos ver uma coisa H as votações já aconteceram no passado se nós puxarmos isto uns séculos para trás existiram e os do tempo concluíram que não era a melhor e solução e nós hoje se calhar podemos tentar eh fazer aqui uma simulação não é apresentamos aí Alguns padres uma diocese vai haver uma votação e sabemos depois o que significa uma campanha uma votação uma escolha e se calhar resultado final Nem sempre é o mais enfim nem é às vezes a maioria não tem razão Às vezes a maioria não tem razão ou às vezes os critérios de escolha não são propriamente os agora eu gostava dizer o seguinte Hoje os leigos tomam parte na escolha agora não se sabe muito e porquê Porque quando o senhor núncio né está por exemplo agora vamos falar um caso prático porque as pessoas sabem não é o senhor Bispo da Guarda pediu já algum tempo para sair para fez 75 anos e pediu para deixar de ser o bispo da guarda e o papa disse que sim senhor e portanto está a correr o processo o senhor núncio até hoje ouviu padres ouviu autoridades ouviu leigos ouviu pessoas mais anónimas daquela geografia da Di da Guarda agora o que é que diz nas cartas quando a gente recebe diz sobre o segredo pontifício diz e senhor fulano tal vimos-lhe perguntar o que é que acha Quais são qual é o perfil que nomes porventura e Mas fica a saber que isto é segue de pontifício não é portant fica a saber que não pode dizer a ninguém que foi consultado fica a saber que não sei sei que mais portanto isso já acontece desta maneira podemos e porventura colocar a questão se h no fim do processo porventura se não era saudável porventura que o o foi escolhido o Bispo fano tal e no processo né foram ouvidos Fulano cicrano a Maria o António José não sei qu não sei o que mais pronto não sei não sei isso não sei avaliar agora que já são ouvidos são agora do termos conhecimento e da da dimensão da da da auscultação e se não temos conhecimento porque é um processo assim sobre o segredo pontifício se deve acabar ou não temos que avaliar e e temos que ver se o que é que é mais positivo para um processo destes é totalmente aberto em direta em a cores ou é uma coisa mais agora o que é que o um dos grupos um dos grupos de trabalho tem essa temática que é evoluir naquilo que possa ser ao século XX naquilo que são bem eu dou-vos um exemplo não é Vem uma carta eh Temos que devolver a carta o papel da carta Temos que devolver temos não sei que nós temos que perguntar se hoje porventura quer a metodologia quer a abrangência da consulta se pode ou não Ou deve ser diferenciada e eu acho que não há tabus e Portanto acho que quanto Voltamos ao mesmo quanto mais eu for capaz de ouvir para discernir quem é a pessoa mais indicada para ser Bispo diocese não sei quê certamente que vou acertar melhor naquilo que é o perfil naquilo que é a pessoa n Acho que sim como é que se poderá tornar as missas mais expressivas da sinodalidade como propõe ainda o o o documento final de que modo é que poderá aproximar as celebrações litúrgicas das atuais formas de viver a espiritualidade eu gostava de fazer aqui um sublinhado que é assim eu não não não lá está não sou sensível a que quando alguém me diz ah fui fui à missa não sei onde gostei muito tinha música saltamos Fizemos o pino fiz Estou a brincar estou a fazer uma caricatura não é foi um espetáculo é ah Fernando Mendo um espetáculo ora a missa não é um espetáculo não a missa não é um espetáculo agora não tem que ser uma missa de corpo presente de cinzentos inexpressivos e que não que só mexem as pestanas e entre aquilo que é uma situação e outra nós temos que encontrar sempre termo o meio termo e o sentir por exemplo há uma coisa bonita que tem acontecido no nosso país que é bonito que é positivo que tem a ver com Os migrantes e tem a ver com a presença dos brasileiros nas nossas comunidades cada vez mais visível que é assim quando há um toquezinho qualquer nem que seja a colher no Cálice O brasileiro começa logo a gingar não é faz parte Ora nós às vezes que encontramos algumas comunidades que atendendo que a presença já não é um mas são 10 ou são 15 e já já jinga um bocadinho Não já já já não é mais um bocadinho já é escola de samba Ora nós temos eu acho que é a nossa obrigação da comunidade abrir-se também a estas realidades que são novas e que não são melhores nem são piores são a realidade da comunidade e portanto se nó nós podemos numa comunidade ir mais ao encontro daquilo que é expressão do Celebrar dos que estão ali presentes a mim não me repugna absolutamente nada pelo contrário agora não gosto não aprecio quando queremos quando o padre faz um esforço por agradar não é a todos de maneira a que aquilo seja um self service e um gosta da música outro gosta das flores o outro gosta dos paramentos o outro gosta não sei de quê Porque é um espetáculo e tememos agradar a todos acho que não éo o caminho mas o caminho é cada vez mais cada comunidade Celebrar o correspondendo às sensibilidades daquilo que são os presentes nessa comunidade e nessa por exemplo havia uma temática que a mim não me repugna não sei como na prática podemos concretizar que tem a ver com a celebração podia ter a participação por exemplo no momento da homilia n em que o padre ou alguém é é convidado a a fazer uma reflexão sobre a palavra de Deus sobre a vida das pessoas se o convidar alguém para o fazer seja numa celebração as pessoas terem disponibilidade para ouvir mais alguém por exemplo eu na minha mesa tive o superior dos Jesuítas o padre Arturo ozoro acho que é assim que se chama Sosa Arturo Sosa o superior dos Jesuítas a nível do mundo inteiro ele dizia-me que penso que em Paris que é uma paróquia dos Jesuítas em que no momento homilia o padre faz homilia mas depois faz a pessoa a a pessoa b a pessoa c e a pessoa D e as pessoas apreciam mas não estão a olhar para o relógio não é porque depois também significa que cada um vai falar 3 4 5 minutos 10 minutos seja o que for as pessoas estão com outra disponibilidade de tempo para para apreciarem e para assimilarem aquilo que é uma e eu acho isso muito positivo que eu perante a palavra de Deus explicável aqui pois lá está quer dizer é replicável mas é muito naquilo que é a sensibilidade daquela comunidade porque se eu for à Paróquia h dizer-lhe que agora Vamos experimentar nos próximos Domingos não vamos ter só a homilia do Senhor padre mas vamos ter a hilia do Senhor padre e vamos ter umas reflexões de cinco leigos Que bom também eu não sei se no domingo seguinte se as pessoas não tinham debandado quase todas porque enfim o tempo foi um bocadinho demasiado ora é caminho que estamos a fazer absolutamente e como é que avalia as resistências de alguns membros da igreja portuguesa a este esforço de mudança que está a ser ionado pelo Papa Francisco eu aprendi desde a minha vida civil e nãoé desde o meu cadastro civil passado que a mudança causa sempre desconforto não é e há pessoas que aderem com mais facilidade H outras que nem por isso há outras que estão tão distraídas quão por ela já aconteceu e e portanto a gestão da mudança e é sempre difícil seja qual for a instituição seja qual for a área seja qual for cada um de nós cada um de nós reage sempre de modo diferente àquilo que é uma mudança seja de estado seja de geografia seja de profissão seja lá do que for reagimos sempre com com com com com defesas eh e o que eu noto é que é verdade quando eu olho para a sociedade Quando eu olho para a igreja quando olho para as comunidades eu vejo né e eu conheço a Setúbal um bocadinho já conheço Lisboa conheço o porto conheço o norte e com a jornada model da Juventude percorri tive a graça de percorrer O país inteiro e e encontramos encontramos sacerdotes encontramos comunidades encontramos grupos mais com mais vontade de que fazer o caminho e Malta que tá um bocadinho mais colada no na na poltrona e no sofá para não partilhar o exercício do Poder para não partilhar Isto ou para não enfim descaracterizar aquilo que acha que é o importante e com maior dificuldade mas volto a dizer peço desculpa é caminho que estamos a fazer mas mas trava esse caminho é sim uma coisa na família nas empresas nos processos eh Se nós queremos fazer um caminho e e não nos preocup amos se alguém fica para trás fazemos mais pressa não é se temos a preocupação de não abandonar ninguém o caminho é feito com maior com menor velocidade de maneira a que alguns tenham mais tempo para digerir e para se converter àquilo que a proposta que se está a fazer o documento final do sínodo não deixa de lado a questão dos abusos e lê-se que é preciso esclarecer a verdade e pedir perdão a igreja em Portugal tem feito isso ou a mensagem eh que passa tem sido confusa nomeadamente sobre as indemnizações às vítimas Ora vamos ver nós eh primeiro eh hoje e eu gostava de dizer isso hoje e 2019 graças a Deus graças à comunicação social graças a tantos homens e mulheres de coração enfim puro e generoso fizemos um caminho fizemos um caminho e hoje eh as vítimas têm e devem ter e é reconhecido acho pela sociedade toda e na igreja eh tenhem um lugar e tenhem uma precedência que porventura em 2019 e daí para trás não acontecia Portanto acho que isso é muito importante termos consciência do caminho do caminho já feito em Portugal depois da comissão stress e depois da da criação do grupo Vita né Nós estamos agora na fase daquilo que significa as e a atribuição nós não costumamos usar o termo das indemnizações mas é por causa do do Peso jurídico da expressão mas as as as as compensações e agora é preciso é preciso concretizar esta fase também eh eh não perdendo o foco daquilo que é a importância e a salvaguarda da vítima ou seja porque de facto quando eu leio ou Quando Às vezes a gente toma contacto com até de outros países o papa agora na Bélgica eh referia essa essa circunstância que é nós agora chegamos à fase a fase não é final Porque isto nunca tem fim como a papa diz são feridas que nunca cicatrizam são Sofrimentos e memórias que nunca ser pagam e portanto não é fim de nada é mais uma etapa e Esta etapa da compensação Temos que fazer um esforço a igreja e a sociedade em geral fazer um esforço para que não venha agora acrescentar mais sofrimento ou dúvidas ou ou ou recalcar situações desnecessariamente eu acho que agora o caminho que deve ser eh realizada até ao fim e nós temos enfim aquilo que é conferencia Episcopal eu não sou no caso porta-voz da conferencia Episcopal nem ten nem estou a par daquilo que são as últimas decisões que vão ser tomadas nós vamos ter plenária agora de 11 a 14 de novembro eh não não estou a par portanto não não não tenho dados para dizer mas o que eu quero e desejo e rezo é para que nós sejamos capazes de Continuar a ser exemplares com altos e baixos com com incidentes com com enfim momentos menos felizes mas continuar este caminho para para concretizar aquilo que é uma fase que é muito importante que não vai resolver nada que não vai não vai indemnizar nada que não vai resolver nada mas será como eu tenho usado a imagem será um paliativo será um paliativo naquilo que foi uma vivência que não havia ter acontecido na vida dessas pessoas sim como é bispo de de stubal qual é que eh o o bolo das indenizações da diocese de stubal pode adiantar não peço desculpa não percebia a imagem peç desculpa há um bolo total aí um bolo não é ah ok eu não estava a perceber o bolo dinheiro estamos a falar de dinheiro para essas compensações qual é que é na diocese stubal essa esse bolo essa fatia das indenizações para as Reparações compensações primeiro primeiro e eu e eu não não não não não não estou aqui a fazer nenhuma nenhuma partilha de indevida do que é que seja porque eu não tenho conhecimento exatamente mas até Hoje não é a confess Episcopal naquilo que é o trabalho que o grupo Vita e naquilo que é o trabalho com os vários conselheiros que têm sido ouvidos do mundo dos tribunais do mundo da Justiça do mundo da como é que se chama aquilo da jurisprudência dessas coisas todas eh ainda não Não foi materializado qualquer valor n é até à data não foi materializado se é 5 se é 10 se é 15 se é 20 se é 1000 e portanto não há essa essa essa escala de grandeza à data que eu estou aqui a falar não dia de novembro agora pode eventualmente mas à data que eu estou aqui a falar não existe uma uma uma grandeza não existe e portanto eu não te posso dizer agora naquilo que é a diocese Setúbal se eu não estou enganado se eu não estou é a terceira maior do país sim mas não é isso que eu ia dizer ia dizer que os pedidos que eu tenho conhecimento eu penso que se eu não estou errado e penso que são eh dois três daquilo que significa pessoas que que tinham no passado apresentado denuncias que os processos foram e que agora tem que repetir novamente todo o processo para poder pedir a o que o que o que que eu disse bocadinho é que naquilo que diz respeito e por isso temos a plenária eu acho que não é humanamente cristam aceitável fazer repetir percursos e Sofrimentos e enfim cenários mas ISO está previsto não é quer dizer não não não não eu acho que não é discorda pois discorda da regra se se a regra diz que vamos Eh vamos dar vamos voltar à como no monopólio Não é vamos voltar à casa da partida para fazer o percurso novamente que eu acho que nós não devemos não devemos criar condições de repetir e de de voltar novamente a fazer com que as vítimas percorram o túnel do horror eh naquilo que significou uma vivência Agora eu tenho permita-me dizer Tenho total confiança na sensibilidade e nas recomendações da Dra ruta agulhas e da sua equipa Tenho total confiança naquilo que é o trabalho a experiência e naquilo que será que serão as recomendações e por isso eu espero que se na plenária que isso possa vir então acha que na Conferência Episcopal podem decidir a no fundo agilizar esse processo sem criar mais sofrimento a essas pessoas eu acho que é a nossa obrigação e e pegando no seu caso pegando nos dois ou três e casos que existem na sua na em Setúbal atribuir por simplesmente um valor a essas vítimas e não pedir que façam novamente novos Se tivermos peço desculpa se tivermos a falar de um caso novo de alguém que está a apresentar quer umaa quer quer aceder à à compensação isso acho que tem que fazer não é não tenho dúvidas que se é um caso novo que está acho que tem que fazer se estamos a falar de um caso que já percorreu o túnel da da do horror né do sofrimento e que agora passamos à fase da compensação eu acho que não é Dev ser diretamente Ach não acho que não é humano nem Cristão voltar a convidar não é honesto não é cristão não é humano voltar a convidar a que a pessoa passe outra vez pelos horrores dessa história sim o que está a dizer é que o processo e em existindo um bolo Total o processo deve ser acelerado e não à repetição da da sim se não é se não é novo se não tem nada de novo e se estamos a falar de uma situação que foi validada pelo Tribunal Civil pelo tribunal Eclesiástico pela comissão não sei de onde pelo não sei o quê Eu acho que se não há se e por isso é que eu digo toda a confiança no trabalho do grupo Vita e naquilo que são os colaboradores se se vamos imaginar que há aqui uma lista de de para checar não é uma lista de os depoimentos foram destruídos não é mas a igreja sabe eh o coisa repetir fazer repetir o o percurso de viagem no tempo com a pessoa daquilo que foi uma situação Já validada ou já eh esclarecida eu estou convencido que não que não será esse o caminho e é e sente-se acompanhado na Conferência Episcopal eh nessa visão sim sim mais uma coisa nós eh nestes anos de caminho e e eu acho também é importante sublinhar que todas as decisões da da plenária têm sido tomadas por unanimidade não é com mais ou menos enfim e conversação no espade chegar à à unanimidade não é porque é assim porque estamos a falar de 40 e tal pessoas que sentem diferente e que entendem diferente aliás tivemos a falar do sínodo não é portanto entendem diferente e vem diferente e portanto é normal que isso aconteça agora eh o a conferência principal portuguesa os biso portugues a igreja em Portugal quer quer tentar às vezes corre mal não é meia a culpa às vezes corre mal da maneira como se diz da maneira como se expressa da maneira como se apresenta Mas queremos e desejamos ser exemplares no processo até à sua conclusão e portanto aguardamos que que isso aconteça da melhor maneira eu quero e rezo e desejo que no final que em 2025 que possa encontrar alguém que infelizmente foi vítima e a quem peço perdão e desculpa porque aconteceu que não devia ter acontecido mas que a pessoa se sinta respeitada naquilo que foi a sua vivência a sua dor e que também se sinta eh humil milésimo de de contentamento se se pode dizer ou de enfim de compensação com aquilo que a igreja partilhou materialmente consigo Ah isso o que está a dizer é que em 2025 gostava que a igreja já tivesse terminado esses processos de compensação Pelo que eu sei e né os pedidos eram até 31 de dezembro portanto 31 de dezembro bem qu dizer acredito e desejo e até era bonito estamos no ano Santo de 2025 o ano jubilar e seria particularmente simbólico pudesse que os processos encerrassem não digo definitivamente porque estas coisas como eu já disse não infelizmente nunca se encerram definitivamente mas que mas que acontecessem eh um dos grupos de trabalho criados pelo sínodo tem a ver com o tema da pobreza eh e os pobres em Portugal eh São cada vez mais pobres 20% da população H vive no Lumiar da pobreza o que lhe pergunto no seu caso concreto uma vez que é bispo de Setúbal onde há várias bolsas de pobreza conhecidas e vários bairros sinal O que é que o senhor com Bispo tem feito por essas populações e que vivem no Limiar na pobreza ou em situações de pobreza extrema Olha nós temos tentado primeiro com e quero agradecer muito a Cáritas a Cáritas diocesana de Setúbal tem infelizmente tem pergaminhos né infelizmente tem pergaminhos naquilo que é corresponder às necessidades no terreno da da desta diocese desde o meu querido e muito saudoso Dom Manuel Martins não é que nos anos 80 protagonizou com a população eh O Grito de de de pedido de ajuda e de auxílio das populações que estavam a viver na miséria naquele tempo e nós temos e enfim infelizmente temos na península de Setúbal alguns bairros particularmente sensíveis não é eu não digo problemáticos porque eu sou do Porto e Vivi em Lisboa e no porto em Lisboa nós encontramos infelizmente situações similares e portanto não quero os me os meus bairros Setúbal são especialmente perigosos ou especialmente não sei quê comparado com outros mas estes são os meus não é e Estes são os meus e aquilo que significa primeiro um esforço que eu tenho enfim tomado conhecimento e tenho articulado e tenho tentado também sensibilizar um esforço das autarquias na pía Setúbal para uma uma resposta àquilo que é o problema da Habitação né Portanto o problema da Habitação é uma questão muito premente porque nós tivemos Nós andamos na península já a rondar os 900.000 habitantes e há muita população que é empurrada de Lisboa pelos custos de da Habitação e portanto há muita população empurrada para a margem certa não é para a margem certa e e nota-se a questão da da da do custo da da da Habitação que é impossível de corresponder e nós temos aqui cada vez mais por exemplo eu Há dias fui visitar a misericórdia de Almada e ao lado da instituição que eu Visitei está a nascer um novo bairro com problemas está a nascer né Eu agora não sei é o nome de uma terra mas é um bairro é um bairro ilegal ouir tá a nascer tá a nascer não é Ou seja é o nome de uma pois agora peço desculpa não me lembro tá a nascer não é tá a nascer para dar novos bairros ilegal aos olhos de todos e cresce uma velocidade impressionante né quando nessa em Almada que estamos a falar quando em Almada o município o iru e o governo estão a tentar resolver a velocidade Cruzeiro o problema dos bairros já com alguns anos que existem por exemplo o segundo Torrão eu tive infelizmente que ir lá a um funeral de um jovem que foi assassinado e confesso que o segundo Torrão e o bairro e da Belavista eh o da Bela Vista mas o outro que eu fui de santa de Santa Marta em corroios eu confesso que pensava que não que já não encontrava em Portugal pessoas a viver na aquelas condições pensava não é porque aquilo que era o meu conhecimento de bairros e bairros problemáticos e bairros com problemas confesso que fiquei chocado com aquilo que é dimensão e aquilo que agora H Nós nós só podemos resolver isto de mãos dadas todos e nós na dias eu tive a oportunidade de falar com o novo presidente do iru o antigo presidente da Câmara de expos zende e falei-lhe eu estava estava em Roma e falei-lhe exatamente deste meu e minha preocupação de estarmos à estarmos sociedade em geral a acudir a tentar resolver os problemas daqueles bairros que já TM uns anos de existência e ao mesmo tempo estar a nascer um novo ora e nós não podemos não é não podemos permitir de aquelas pessoas tenham problema que nós temos que tentar ajudar agora não ajudamos permitindo que de um momento para outro né como os c gomelos começ a surgir agora as pessoas como dizia o dom António Francisco dos Santos no porto os pobres não podem esperar e quem não tem casa não pode esperar quem tem fome não pode esperar Quem está doente grave não pode esperar e que respostas é que a igreja pode dar a essas pessoas a igreja e a igreja de Setúbal e com as suas instituições a Cáritas as as os centros paroquiais as misericórdias eu Visitei eu fiz um périplo e só me faltam duas falta-me sesimbra e alcochete sesimbra alcochete e Barreiro faltam as três misericórdias que eu não Visitei e tenho visitado muitas ipss que não são da tutela da igreja e vejo que vivem no Limiar também da capacidade não é vivem No Limiar da capacidade as próprias misericórdias têm dificuldade em dar resposta aliás eu fejo e eu fico sempre enfim triste quando e se anuncia o aumento do salário mínimo que é uma coisa muito importante e positiva e estas instituições tremem não é porque essas instituições que vivem na com a no limite da linha vermelha orçamental quando há uma miséria de um aumento não é essa miséria de aumento vezes x funcionários aflige aliás Olha tenho estado com os bombeiros até os bombeiros nos nossos bombeiros também o porque assim nós concordamos todos com o aumento do salário mínimo mas estas instituições tremem Sempre que há o aumento e o que eu estou a dizer que não somente não o que eu estou a dizer é que quem direito não é que subsidia e que apoia e que paga os serviços destas instituições deve ter em consideração que se aumenta os seus os seus encargos de remuneração e de vencimento do seus colaboradores ao mesmo tempo também tem que aumentar aquilo que são as suas prestações porque não há meios para responder a outras porque assim vamos ver uma coisa e o a diocese tbal a diocese tbal nós temos de feito há dias nós ainda ontem fizemos mais uma tranche para a terra santa para Jerusalém mais 10.000 € conseguimos nestes dois meses recolher 30.000€ e un cêntimos não é da generosidade das pessoas 30.000€ e 1 cêntimos para é muito significativo para Jerusalém infelizmente é uma é uma gota Mas é uma gota mas para Setúbal é muito complicado abrimos agora a campanha para Valência para que porque assim eu também estou habituado é dos é dos mais pobres e dos mais simples que nós conseguimos sempre a generosidade e a partilha para agir em ajuda dos outros e o que eu peço é que mesmo para a igreja de Setuba para as instituições estub nós estamos no terreno nós temos Noal de capacidade de resposta e de e de proximidade às pessoas Mas precisamos também que nos ajudem E que nos enfim partilhem connosco para que seja possível nós partilharmos por exemplo eu tenho iniciado também neste último ano porque sou muito sensível a isso por exemplo aquilo que tem sido uma partilha de bens com por exemplo o estabelecimento prisional de stubal e o estabelecimento prisional de Montijo os presos não é porque também é uma área da sociedade que nós infelizmente não damos muito valor ou não temos muito presente a não ser quando alguma coisa corre mal e e que tem sido também motivo da diocese também partilhar com alguma generosidade dos pouco que tem e mas temos feito isso e fazemos isso e não fazemos contas a isso e e e aos bairros eh mais pobres e a esses bairros Ilegais que até estão a a nascer a igreja chega lá ou não Sim a a a rede Paroquial seja em Setúbal seja Enfim no porto eu conhecia de um modo particular e aqui na grande Lisboa a rede paroquial é é uma é um é uma mais-valia para quem quiser e e e chegar às pessoas não é Ou seja a rede das ipss e as redes das das paróquias dos centros das misericórdias da da Cáritas é é é é um é uma é uma solidariedade de proximidade não é se a gente pode dizer porquê Porque conhecem o nome conhecem o rosto conhecem a família não é não é eh como é que eu i dizer não não é o número não é um uma uma não é anónimo né e e nós temos e as nossas paróquias por exemplo a paróquia de da Senhora da Conceição na cidade de Setúbal tem lá um padre o famoso Padre Constantino que inaugurou e que já há alguns anos tem uma clínica dentária não com Voluntários que já tratou da higiene oral e dos dentes de mais de 3.000 pessoas né e da alegria que ele me fala e nós às vezes não pensamos nisso uma pessoa desdentada ou uma pessoa com problemas dos dentes é um grande bloqueio para emprego é um grande bloqueio para namoro e relação e afeto é um grande bloqueio para socializar para sorrir para falar com as pessoas à vontade ora são pormenores muito importantes para a vida de cada pessoa e a gente bem nós temos desdobrado a diocese as paróquias têm-se desdobrado o mais possível em ir ao encontro e não somos só nós já gostaria de dizer nós não temos o exclusivo do apoio e da Ajuda às Comunidades no território de Setúbal existem muitas instituições civis de não religiosas e existem muitas outras até de outras confissões religiosas que também no terreno tentam fazer o melhor possível nas últimas semanas houve desacatos em Lisboa na sequência da morte de Odair Muniz no bairro pobre o bairro dos zambujal houve também na sequência disso alguns desacatos na margem sul eh como é que viu esta situação e o que é que acha que deve ser feito Olha primeiro uma palavra de solidariedade e permitam-me de oração no caso do do air e da sua família por um um uma coisa que não devia ter acontecido n é depois eh também em relação ao ao ao Tiago ao motorista da Carris uma pessoa que não tem nada a ver com o assunto né que foi protagonista acidental da pior maneira de pronto de de uma expressar de sentimentos que degenerou na na situação de violência que todos infelizmente sabemos e depois também para aquilo que são o trabalho dos eu tenho muito carinho e muito respeito pelos pelas forças de segurança pelos polícias pelos guardas pelos militares e e também não quer não não tem conhecimento do caso em pormenor acho que ainda ninguém tem E também há versões e há histórias e há contraditórios mas tenho sempre também muitas vezes penso naquilo que significa um homem e uma mulher mido de uma arma e que tem no Exercício da autoridade que lhe foi confiada pelo Estado naquelas milésimas segundo tomar uma decisão Em relação a um ato que pode provocar ferir ou a morte de alguém portanto não quero fazer juízos sobre esses mil mas segundo em que alguém tem que tomar uma decisão agora aconteceu uma morte e isso é motivo para pararmos e para refletirmos Portanto a morte não não devemos eu não defendo que ninguém Deva ser morto por razão absolutamente nenhuma nenhuma e portanto se alguém morreu num contexto de uma operação policial é preciso que o estado de direito funcione sem qualquer gaguez sem qualquer limitação Isso quer dizer o quê temos que saber o que é que aconteceu se foram cumpridos os protocolos que eu não conheço não conheço quis são os protocolos da utilização de fogo por parte das autoridades policiais não conheço e portanto não sei se foram cumpridas se não foram cumpridas e depois o que é que aconteceu e eu lembro-me de no porto né até na uma vez um um da judiciária uma em perseguição de não sei quê deram uns tiros aquilo furou o carro e tinha uma criança na carrinha e a criança morreu e portanto eu sempre tive o coração partido naquilo que foi a criança que morreu mas também naquilo que foi o policial que não sabia que a criança estava lá dentro e disparou e que não portanto nós acho que não nunca é nunca é claro nem é nem é humanamente fácil e tomar partido seja pelo que for e portanto aqui acho que toda a solidaridade e adoração com a família do oir não devia ter acontecido ponto o motorista da Carris não devia ter sido vítima de como foi dano colateral muito grave da expressão da raiva e da da e do do enfim e e da dor dos dos concidadãos que se manifestaram dessa maneira e os Agentes policiais também temos que enfim abrigar o que é que foi feito o que é que não foi feito porque vamos imaginar que chegamos ao fim e tudo foi feito dentro das regras do estado de direito mas que infelizmente resultou na morte de alguém que não devia ter acontecido mas há muitas pessoas desses bairros mais pobres que se queixam de discriminação por parte das forças policiais nos bairros que conhece não lhe chegam relatos também nesse sentido é assim não diretamente nunca me chegou mas tenho os latos que são intermediados via via imprensa e principalmente Quando acontecem estas situações não é Quando acontecem estas situações é mais visível não é é mais é Tornado mais visível e mais público que aqui ou ali ou AC lá isso acontece e depois também tenho a perceção anualmente há um relatório da inspeção da inspetora das polí e e de vez em quando tenho na noção que é dito que na geografia e a b ou c houve um excesso de forço houve um desrespeito não sei quê Ora nós devemos em todas as áreas não é é assim há um padre que comete uma falha os padres não são todos não é há um polícia que comete uma falha os polícias não são todos e assim sucessivamente já agora jornalistas também portanto não podemos generalizar agora acho que é é é é nós vivemos num estado de direito e como sociedade eu gostaria que todos né crescemos sempre olha naquilo que é o início da nossa conversa no respeito e na no entender como uma riqueza aquilo que é o meu concidadão que por motivos económicos raciais ou outros é diferente de mim vive de maneira diferente de mim mas eu não posso à partida e fazer uma acessão de pessoas se ela me chega de gravata e de facto passado da marca x ou se me chega sujo e de facto macaco vem do trabalho ou porventura não tem condições para outro tipo de higienização portanto isso não podemos permitir que aconteça e se existem profissionais nas mais diversas áreas que da sua cultura ou da sua maneira de tenhem esse comportamento é obrigatório que as suas chefias diretas que hajam inconformidade para corrigir deixa-me perguntar-lhe sobre uma situação que na e na zona de Setúbal nas margens do do test tem sido muito visível que é aquele pequeno Exército de mariscadores de pessoas na apanha de bivalves junto à ponte Vasco da Gama há aqui suspeitas de e tráfico humano muitos muitos destas pessoas são Imigrantes não é ali preciso fazer alguma coisa que não está a ser feita minhas queridas eh interlocutoras não sei se posso dizer assim eu aqui há poucos meses fiz tudo o que tinha ao meu alcance para ordem do dia o assunto e agradeço muito aos mídia às televisões e às redes que de facto durante aqueles dias bombaram não é a temática e o problema e a dificuldade mas infelizmente como acontece no nosso país é assim é como marinos não é Portanto o assunto vem a de cima barramos discutimos zangam decidimos e depois ficou o assunto esquecido até que aconteça outra Fatalidade e infelizmente a questão dos mariscadores de alcochete vamos dizer assim ou de Montijo ou do Seixal infelizmente só voltará a ter a atenção de quem de direito quando morrer mais alguém e eu estou convencido tem morrido mais gente eu estou convencido que tem morrido mais gente mas não se diz não tem havido e conhecimento e eu estou eu estou a arriscar mas eu estou a arriscar porquê porque estamos a falar de pessoas que infelizmente não interessam a ninguém infelizmente Ou seja que são tratadas Sem respeito e são 10 são 20 São 50 São 100 não sei e por isso se não são os próprios amigos e concidadãos a dizer que falta ao José ou que falta ao António se ninguém denunciar ou chamar a atenção que falta Algum deles se calhar infelizmente tens recebido dessas denúncias e eu quando andei lá enfim naquela semana recebi de acolhi vários as pessoas têm medo há uma coisa que me pediram que eu fiquei baralhado não quer invisibilidade Isto é capaz de nós se calhar entendemos para visibilidade que eu lhes quis dar e eles entenderam como uma ameaça não é quando não era esse o objetivo pelo contrário Mas eles entendem que quanto mais visibilidade mais enfim insegurança vivem daqueles que os exploram porque é assim eu lembro-me que a senhora senhora provedora de Justiça eu penso que foi aqui numa entrevista que ela dizia Quanto mais tempo Os migrantes tiverem a situação ilegal mais as redes os apanham porque eles têm medo porque eles estão Ilegais mais os apanham e portanto este estes irmãos irmãs vivem na na mas não há aí um uma uma falha das autoridades estatais ou seja da da fiscalização por um lado e das autoridades judiciais que deviam investigar rapidamente há uma falha há uma falha minha como Bispo como padre como cidadão há uma falha do do das autoridades policiais de investigação de governo de legislação há uma falha transversal da sociedade de todos como é que explica isso como é que é possível pois é é qu o bem comum e olhem peço desculpa é a doutrina social da igreja é a dignidade da pessoa humana é o bem comum a subsidiariedade e a solidariedade quando uma destas não nos preocupa de modo especial porque depois é assim mas quem é que ganha com isto pois quem que ganha com esta situação porque é assim eu quando falei com algumas autoridades disseram que de vez em quando fazem uma não sei se é rusga faz usga e B mid e fazem umas ações e faz não sei qu se pronto e fazem isso três em três meses fazem isso de quanto em quanto tempo e depois dizem-me assim ah mas a solução era colocar aqui uma purificadora não sei dizer o nome uma não sei o que isso resolvia o problema mas resolvia o problema mas matava a clandestinidade e matando a a clandestinidade do do do negócio já não É vantajoso e portanto ou seja há aqui vários poderes e várias enfim vários ajustes que que não permitem ou que impedem ou que levam a que não seja tomada é assim eu por exemplo quando a gente fala fala com os autarcas locais todos eles dizem que ten impedido que seja feita que haja uma tasque Force transversal com vários representantes porque das forças de segurança do ministério não sei de quê disto daquilo daquilo daquilo daquilo mas o que é certo é que até à data isso não aconteceu porque é assim porque não basta barrer aquelas pessoas de diariamente nãoé não basta barrer e é o problema que eu gostaria de sublinhar Os migrantes não são problema os as pessoas as migrantes não são o problema e eu fico muito zangado e triste e enfim dói-me quando eu ouo protagonistas a colocar o o peso nas pessoas migrantes Ora Bolas as pessoas migrantes precisam é que a gente ajude ponto final o problema são os protocolos as metodologias as legislações as instituições as várias redes de responsabilidade e de jurisdição que tudo junto esmagam a pessoa ou ignoram a pessoa isso é que nós temos é assim é preciso Um Simplex para resolver o emaranhado daquilo que significa porque assim quando a gente vai e porque eu não consegui né mas quando a gente vai tenta perseguir uma dessas pessoas onde é que ela mora e encontramos não é encontramos alugueres de colchões já não é de quartos é alugueres de colchões não é en contentores e encontramos as pessoas que lhes é lhes pago uma miséria e dessa miséria é lhes tirado para o colchão e para não sei o quê portanto Isto é miserável né mas somos nós não é o admira somos nós e nós infelizmente temos muitas odem miras espalhadas pelo território porque é assim para ver uma coisa eu visitei as empresas principais de Setúbal da agricultura e e disseram assim ai de nós se perdessemos Os migrantes ai de nós né mas isto num registo oficial e formal de trabalhadores com tudo direitinho e não sei o quê mas nós sabemos muito bem que por exemplo sazonalmente seja na agricultura seja na na em tantas outras áreas que sazonalmente toda a gente vai procurar trabalhadores que aparecem não sei de onde que fazem o trabalho que se lhes paga qualquer coisa e eles desaparecem e tanto apanham ubas aqui como apanham peras ali como apanham flores ali como apanham não sei quê não sei que mais e nós humanamente e como concidadãos temos Obrigatoriamente de criar mecanismos para que estes irmãos sejam respeitados no mínimo sejam respeitados porque depois ven a conversa sabeis que é muito é muito perigosa ah senhor Bispo o pior daqui é melhor da é é o melhor na terra deles isto dá para Muita maldade e e deixa-me perguntar e como é que viu a suspensão da manifestação de interesse por parte do governo achou acha que é justo que é uma medida que vem ajudar os imigrantes o vamos ver uma coisa naquilo que foi e o primeiro eu eu gostava não não tive oportunidade de o fazer porque enfim as as coisas vão vão-se amontoando e sucedendo eu tenho muitas dúvidas naquilo a precipitação político-social do processo cev não é portanto nós no nosso país tínhamos uma entidade chamada CEF que tratava destes mal ou bem tratava dos processos tratava não sei de quê tinha uma experiência e um acumulado de fazer e não sei se que mais e a certa altura tivemos eh um grave gravíssimo problema da morte de um de um concidadão de um cidadão ucraniano que gerou tudo que a gente sabe to não sei que mais e uma das decisões que foi tomada foi a extinção do CEF e a criação de uma nova entidade não sei quê depois eh soubemos uma mudança de paza ministerial com sensibilidade diferentes com não sei que mais e o Dr José luí Carneiro tentou mas agora esta medida dest governo agora espera não espa aí que é assim e depois chegamos ao ponto de eu fiquei surpreendido de termos 400.000 proc e eu fico eu confesso quando euv 400.000 era aquela conversa do 40.000 4.000 400.000 processos de não sei quê E agora o que é qual é o meu posicionamento sobre estas questões eu não sei se a porta deve estar aberta ou fechada ou escancarada não é que às vezes são as imagens que a gente ouve no discurso político partidário agora o que eu queria e o que eu quero é que as pessoas sejam respeitadas e quando há um cidadão do mundo que olha para Portugal e sonha concretizar a sua vida em Portugal eu acho que Devíamos tentar criar condições para que ele se sinta acolhido amado e respe resp não não não e respeitado e respeitado no nosso país agora eu não sei eu não sei naquilo que é a capacidade de resposta do nosso país o que é que é melhor e o que é que salvaguarda mais a dignidade de quem quer vir para cá é abdicar do declaração de interesse É sim é não são as cotas são os números e o eu confesso que não sei responder agora sei que tudo que não respeite a dignidade de alguém que quer sair da indigência dos problemas das dificuldades do seu país e quer concretizá-las em Portugal e eu gostaria de os acolher de braços abertos sem qualquer impedimento que isso aconteça vamos avançar eh gostava de falar consigo sobre o orçamento do estado e uma provocação se a Igreja Católica Está aprovado não é em teoria a Igreja Católica não teve aqui um papel algo tímido publicamente já que não houve um apelo a que o poder político se entendesse até para resolver problemas de pobreza de que já aqui falamos ó ó setor Olhe que não olhe que não eu fiz a minha parte não é e Dev primeiro é o problema de sempre o que é que é a igreja quem o que é que é igreja igreja e eu nas entrevistas que dei e no nos comentários que fiz sempre disse que era fundamental no tempo que vivemos que o se entendessem e e aprovassem aquilo que era o orçamento sempre disse e disse publicamente e disse em entrevistas respeitando aquilo que é o o desenrolar do processo no Parlamento né Tu és este tu és aquele eu não tu sim não sei qu sei essa coisa é normal que aconteça com mais ou menos enfim e sangue a fervilhar e confesso que eh enfim aplaudi aquilo que foi a decisão do do Dr Pedro Nuno Santos entendi o a argumentação dele que ele aliás assisti eu estava em Roma não é no no sínodo e assisti tentei não aproximar-me num televisão para para eh Aliás a certa altura fiquei preocupado com aquele elenco parecia que iaar aquele elenco que ia ser o por isto tudo não não mas mas por isto Tudo sim H mas eh enfim aplaudi aquilo que foi uma decisão e achei importante que a pessoa o dissesse que dis e eu penso assim e eu defendo isto mas há um bem maior que é enfim a governabilidade e a situação do país e do mundo e portanto e também aquela sensação que eu também tenho que é se fôssemos as eleições não estou convencido que o resultado fosse muito diferente na conjugação PS PSD estou convencido que também não seria absolutamente sim e portanto eh fiquei contente agora o que é importante é que o Parlamento Faça o seu o seu trabalho e que cada um com as suas responsabilidades e que pronto e que de vez em quando também se baixa um bocadinho a não é o o sangue na guelra e a porque às vezes porque assim eu sei que faz parte faz parte não É mas às vezes para os cidadãos e quando vem assim der rompante na televisão ou nos mídia parece que aquilo é muito feroz é muito violento e portanto agora é importante que o que é importante é que quer o governo quer o Parlamento as diversas bancadas nunca deixem de ter como prioridade o melhor para Portugal e para os portugueses e o melhor às vezes não é propriamente aquilo que é a minha opção não é e portanto às vezes temos que enfim tomar decisões e de votar de maneira diferente que aquilo que é a minha ideologia que é o meu pensamento para que o melhor possa acontecer e vamos ver desejamos que o orçamento aprovado permita o melhor possível para Portugal para os portugueses Só mesmo para terminar esta terça-feira H houve eleições na América eh trump tem um discurso contra a imigração camala haris fez campanha pelo aborto até uma fase adiantada da gravidez o do América guiar Se tivesse de votar nestas eleições a escolha para si era difícil o Papa Francisco respondeu essa questão numa no regresso de uma viagem das últimas viagens que fez e disse muito que Estás a dizer ele disse assim quando lhe perguntaram ele disse os dois são contra a vida um é contra a vida naquilo que significa a sua política dos Migrantes e a outro é contra a vida naquilo que significa a sua opção quantra o aborto eu estou preocupado quer um quer outro com aquilo que é o quarta-feira para a Europa e para o mundo eu estou preocupado né porque eu não vejo nem na na na Doutora camala nós temamos a mania dos doutores nãoé na camala nem no trump não vejo que olhem para a Europa com com com respeito com como prioridade como como enfim como uma relação especial isso preocupa-me particularmente e preocupa porque quer um quer outro e podem enfim causar à Europa um um desconforto e uma desproteção seja na segurança seja na economia que leva a Europa a ter que enfim a ter mais uma vez que ter consciência que e o baby sitting dos Estados Unidos já acabou há muito tempo e isso preocupa-me independentemente da da opção dos Americanos e nós não nos podemos esquecer disso opção é dos Americanos porque já a a Doutor está ele a Hillary Clinton venceu na Europa e no mundo mas perdeu em casa e o bobam que dizer nós temos sempree esta coisa não é nós depois inflamam e temos do nosso candidato mas a realidade profunda dos Estados Unidos às vezes trai noos naquilo que é a nossa percepção e leitura da realidade e o que eu peço é que os americanos possam expressar o seu voto em liberdade e que não aconteça o que aconteceu da última vez com a não aceitação dos resultados porque eu nunca pensei ser possível ver as imagens do Capitólio a ser invadido e um presidente eh a ser dúbio quanto àquilo que foi a sua participação nem o incentivar a violência para não aceitar os resultados eleitorais portanto presidente trump Presidente camala presidente Presidente camala que que seja o melhor mas tenho tenho receio que a Europa Vá a Europa a Europa vai ter que se virar independentemente do resultado está assim terminado este hora da verdade o nosso convidado foi Dom América Aguiar Cardeal e bispo da diocese de Setúbal a quem Renovo o agradecimento para estar aqui h tivemos a gravação vídeo de H Lara Castro e a gravação áudio de Beatriz Garcia regressamos na próxima semana