Vídeo: Como se devem comportar as famílias em férias?

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[Música] Boa tarde bem-vindos a mais uma edição do porque S não é resposta com o psicólogo Eduardo Sá eu sou o Bruno Viera Amaral hoje falamos de férias e de uma realidade que é cada vez mais comum as crianças que circulam entre pais durante as férias Boa tarde Eduardo Esta é uma nova realidade já já não tão recente Quanto isso mas que implica aqui uma série de desafios para os pais e para as crianças Olá Bruno e Olá Eduardo é é uma realidade cada vez mais frequente H se houve uma altura em que era muito muito raro e at era quase motivo de alguma exclusão eh que houvesse casais divorciados e naturalmente filhos de casais divorciados a a realidade trouxe-nos tantas novidades de facto isso é banal cada vez mais banal eh e portanto nestas circunstâncias de férias inevitavelmente é é compreensível e é e é de aplaudir não não devia ser mas é que que os pais reclamem muito a presença dos filhos junto de si h eu não eu não acho que isso traga tanto sobr salos assim aos filhos assim os pais sejam razoáveis e este aspecto é que é capaz de ser um bocadinho mais escorregadio porque nem nas férias Muitas vezes os pais dão tréguas em relação aos seus ressentimentos aos seus rancores asas suas lutas h mais ou menos intermináveis por mais que eles tenham justificação para isso e e e de facto há pais que vivem as férias dos filhos nestes contextos de separações e de divórcios ao cronómetro ou seja se ele esteve milimetricamente tantos dias até às tantas horas com a mãe inevitavelmente vai ter que ter o mesmo tempo meticulosamente com o pai eh ou eh nestas circunstâncias Há muitas situações em que os pais aproveitam para fazer férias sem comunicar a ninguém e portanto ou a surpresa quando era suposto que um pai vá buscar o seu filho a Lisboa por hipótese ele está a passear por trás os montes e com a mãe e portanto são tantas situações às vezes tão tristes que eu acho que os pais não não se dão conta do modo como isto magoa não é pela separação às vezes nós somos um bocadinho demagógicos não é não não é pela separação claro que no início a separação dói a todos os filhos mas mas aquilo que está em questão nestas alturas não é a separação é o modo como os filhos são colocados numa num fogo cruzado muitas vezes de uma forma aberta outra de um modo insinuado mas isto sim coloca-os permanentemente num conflito de lealdades e a ter acesso a tantos ressentimentos e a tantos rancores que depois ficam ali no meio do campo sem saber muito bem o que é que hão de fazer e com a sensação de que estarão em férias Tecnicamente Sem dúvida mas que estes ambientes de férias TM muito pouco e além desse controle eh digamos cronométrico eh como é que se pode manifestar esta esta Desconfiança de uns pais em relação aos outros no período de férias eh Há há por vezes tentativas de controlo excessivo até das atividades não só dos locais onde vão mas até das atividades que os filhos podem fazer durante as férias é que durante o período normal da das aulas para para as crianças que já estão na escola e as atividades são mais ou menos previsíveis e aqui nas férias os pais por vezes podem decidir fazer outro tipo de atividades Há Há muitas vezes essa tentativa de controlar o que se faz do outro lado mais do que saber e o exatamente o que é controlar evitar que certo tipo de atividades se realizem perturbando assim as férias do filho dos filhos com com o outro pai há há e não devia haver Bruno com toda a sinceridade porque é bom que fique claro que na ideia do legislador quando se começou a falar com grande mal-estar no meio judicial de guarda conjunta e Residência alternada bom A ideia é razoavelmente Clara é o pai e a mãe ao reclamarem para si um exercício efetivo da parentalidade consideram-se competentes para o gerir podemos dizer sim há mães e pais que às vezes não são tão competentes como deviam mas a determinada altura nestas circunstâncias há de facto eh provent mais mães do que pais que funciona um bocadinho como mães helicóptero ou seja a que horas Tee com quem é que estiveste e o que é que tu comeste Vamos lá fazer vídeochamadas não tanto ou não só porque eu esteja com saudades de te ver mas para ter uma ideia mais ou menos precisa do que é que onde é que tu estás de que maneira é que tu estás a dormir durante as férias de verão e tudo mais e com e telefonemas recíprocos mensagens de advertências e outras coisas do género que fazem com que invariavelmente as férias não sejam férias e aqui sim volto a dizer eh às vezes os pais não se dão conta e eu vou dizer uma coisa que se calhar vai magoar alguns pais mas às vezes os pais não se dão conta de como são um bocadinho invejosos em relação ao modo como uma relação como uma criança tem um relacionamento com o outro dos pais e e é quase como se de uma forma um bocadinho Insana digo eu reagisse muito mal quando uma criança Tenta só ser paritária Tenta só corresponder àquilo que recebe e gostar da mesma forma ou de formas diversas mas com a mesma determinação da mãe e do pai e às vezes há pais e mães que lidam tão mal com tudo isto que controlar e controlar excessivamente é uma forma de estar a e a esquir funch a estragar Às vezes as férias de uma maneira que não é razoável e portanto sim os horários de férias não são iguais para todos Sim a hora de almoçar e a hora de de de deitar não são milimetricamente idênticas quando se está com a mãe e com o pai sim os pais são pessoas cuidadosas mas também não são aquelas pessoas tão irresponsáveis como algumas mães dão a entender e portanto Portanto o controle excessivo que se faz de tudo isto não beneficia seguramente as crianças não é sequer amigo das férias e serve com mais uma areia na engrenagem que vai complicar a relação entre mã e o pai e obviamente os filhos não ganham rigorosamente nada com isto e há outro dado também relativamente às férias que muitas vezes complica H A forma como as crianças desfrutam dessas férias que é quando os pais não podem proporcionar o mesmo tipo de férias sim sim sim sim sim Brun É verdade é rigorosamente Verdade há férias com o pai que por exemplo acabam na Disneylândia e há férias com a mãe que se passam em casa porque e São às vezes os formatos mais comuns e porque manifestamente os recursos financeiros de um não se comparam aos recursos financeiros dos outros mas atenção há também Há também um outro menor Bruno que eu acho que é importante que são aqueles pais que na ânsia de darem a entender aos filhos que a relação dos Pais apesar de tudo ficou preservada marcam férias em conjunto e portanto de certa forma acabam por estar em em em apartamentos contiguos as duas famílias a nova família da mãe a nova família do pai e e este tipo de convivência que aparentemente se faz h de uma uma forma muito aberta e muito tranquila em muitas circunstâncias é muito confusa para os filhos porque de repente o raciocínio dos filhos é bom mas afinal se eles estão assim tão bem tão bem tão bem tão bem porque é que é que não ficaram juntos porque é que não ficaram juntos e e isso isso acontece muito agora esse tipo de férias acontece acontece Brun até porque há tendências ali muito no centro da Europa nomeadamente Holanda e Bélgica em que que em que as férias são prolongamento de um formato que eu não me canso de chamar a atenção de que é é muito mais escorregadio do que pode parecer que os pais separam-se de facto mas depois passa a haver uma casa das crianças e semana sim semana não o pai muda lá para casa na semana a seguir muda a mãe e isto e na ância de dar às crianças uma dimensão de continuidade quase como se ilidade sim faz de conta que não se passou nada ainda assim e acentua a confusão que se passa num contexto destes porque lá está às vezes estes pais fazem viagens em conjunto vão fazem jantares tê muitas atividades em conjunto E a determinada altura aquilo que parecia qualquer coisa de benéfico e e de algum sossego até para as crianças acaba por ser sobretudo embrulhada numa atmosfera de uma grande confusão que elas não percebem muito bem e confusão é coisa que não se deseja para para as férias bem e já agora também para nenhuma outra altura do ano Eduardo chegamos ao fim de mais um Porque sim não é resposta estamos sempre em Podcast nas plataformas habituais e no site observador.pt pode sempre enviarnos questões dúvidas e partilhas através do e-mail eduardos @observedobject um Grande brato PR até manhã [Música]