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seja bem-vindo ao explicador das manhãs 360 hoje olhamos para este assunto a cor dos boletins de saúde infantil vai ou não mudar explicador para falar deste tema tem hoje como convidados Mário amorm Lopes da iniciativa Liberal também Bruno Vitorino do PSD a moderação está a cargo do Paulo Ferreira e do Bruno Viera Amaral a direção Geral de saúde anunciou que a cor dos boletins de saúde ia mudar de rosa e azul para amarelo e que já estava a tratar dessa mudança horas depois do anúncio o Ministério da Saúde obrigou Rita Sá Machado a diretora Geral de saúde a recuar nesta medida Bruno Vitorino bem-vindo Bom dia começamos por si decidir acordo dos boletins de saúde infantis é é uma das prioridades do país na área da saúde eh Bom dia muito bom dia a quem nos ouve Bom dia Paulo Bom dia Bruno Ah bom dia também ao Sen depal da iniciativa Liberal não de facto não é Julgo que o país terá coisas mais importantes para se preocupar nomeadamente a Senhora Diretora geral da Saúde eh Há aqui questões que TM a ver com o conteúdo e outras questões que têm a ver com a forma com o timing eu acho que indignou de facto as pessoas nós vivemos tempos muito complicados no setor da Saúde o resultado de uma pesada herança socialista que deixou os serviços públicos num estado caótico e a saúde em particular e vivíamos também esta situação específica do inem eh muito melindrosa o partido socialista deixou a emergência médica em Portugal com um conjunto significativo de meios em falta com mais de 800 pessoas em falta e é Neste contexto que surge esta notícia qu dizer isto para para o cidadão comum é quase ofensivo É é quase uma brincadeira de de de garotos com questões que são que são de facto muito sérias eh e a justificação que foi dada pela senhora diretor geral ainda é mais estranha porque no fundo vem dizer que que me pediram eh ou seja vai mudar as cores porque lhe pediram e e até se encontrava toda esta questão dos butins numa fase de transição para o digital ou seja nós vamos gastar tempo dinheiro recursos e a mudar a uma cor de um ble que o objetivo até Deixar de existir do ponto de vista material e passar a ser só digital portanto isto não faz o mínimo sentido não é e Há questões que vamos colocando é quem pediu porque é que pediu quanto é que isto custa Qual é o o objetivo digamos assim desta cor neutra neutra mas neutra porque há algum conflito em curso que é que seja preciso ser agora neutral até nestas matérias acho que isto não não faz o mínimo sentido mas sendo sendo uma questão menor não há aqui também uma reação desproporcion nas críticas à decisão da direção-geral de saúde eu Julgo que não se não fosse uma questão relevante a rádio observador por exemplo não estaria e neste momento precisamente a fazer um programa sobre essa mesma matéria porque porque houve também reações e críticas esta decisão aí a relevância do assunto as pessoas mais at não eu acho que a rádio observadora e bem Está a fazer com porque a sociedade também reagiu a esta ass não foram só os partidos políticos foi foi a sociedade em geral a ver os comentários e a ver as redes sociais também portanto isto nós percebemos Eu acho que um cidadão atento percebe que esta questão não é inócua não é um ato isolado isto vem de facto de uma determinada agenda e Internacional e que chegou a Portugal também já há algum tempo até da da mudança da linguagem com com alguns objetivos políticos repar mas já não são as mulheres que mestruam e por parte da dgs passaram a ser pessoas que mestruam onde se eliminou a palavra raparigas ou a palavra mulheres Nós já não temos pessoas com qual de utro Esta é a última também da direção-geral de saúde num num num programa de rasteio que estão a fazer de base populacional porque para rastrear a questão do colo do útero Também vieram a utilizar a expressão pessoas com col do utro já vamos já vamos a outras questões Bruno Vitorino deixa-me trazer à conversa marrio Lopes meso é tudo a mesma questão Um Fio condutor não é um ato isolado e daí alguma indignação Claro Mário amoril Lopes muito bom dia bem-vindo também a este explicador porque é que surge esta esta discussão qual terá sido a motivação da direção-geral de saúde para promover esta mudança bom antes de mais bom dia a todos Obrigado pelo convite cumprimento também o Bruno Vitorino e os nossos ouvintes h eu eu eu peço desculpa pela frontalidade não há outra forma de colocar isto mas tudo isto é uma enorme palermice eu acho que não outra forma de o adjetivar é mesmo uma uma palerm uma linguagem gráfica mas mas que adjetiva bem o que é que que está aqui em causa primeiro a direção Geral de saúde que tem coisas muito importantes para fazer de facto é uma entidade muito importante deixou-se influenciar por duas ou três pessoas eh que eh de certa forma se devem julgar aqui uns paladinos da modernidade e que acham que a grande luta pela igualdade de género passa veja-se lá pela cor dos boletins de saúde Isto foi dito pela atual diretora da dgs num podcast que havia pessoas algumas pessoas só podemos concluir ativistas a que eh pressionaram para que acabasse com esse eh enfim com essa grande questão dos boletins azuis e rosa dentro dentro da da dgs foi o não sabemos se foi dentro da dgs O que foi dito foi que algumas pessoas eh que pressionaram para que se acabasse com este enorme flagelo e e vamos pôr isto em perspectiva há 200 anos a luta que existia à esquerda era uma luta de classe económicas era o proletariado contra o os capitalistas e o o grande capital hoje em dia tendo em conta que essa essa luta eh morreu já não tem grande expressão política estes ativistas que nós hoje em dia chamamos como ouos fazem no fundo luta com identidades colocam toda a gente em caixinhas portanto deixamos de ser indivíduos e passamos a ser eh identidades pessoas que pertencem a um determinado grupo ora o grupo dos negros ora aos gis ora às mulheres e que no fundo estão aqui contra e o outro grupo que é o opressor eh que é o homem branco se género e e o heteropatriarcado e para Estas pessoas a sua luta passa também por isto passa por acabar para com a diferença de cores nos boletins é aqui a grande afirmação da igualdade de género e eu pergunto o que diria Carolina Beatriz Angelo que foi a primeira mulher que tentou votar em Portugal e depois os republicanos ano a seguir colocaram na lei a proibição de voto feminino mas foi uma sufragista feminista e que lutou efetivamente pela igualdade de género o que diria ela 100 anos depois a ver que a luta pela igualdade de género passa por acabar com a cor azul e rosa e dos boletins de vacinas de saúde dos boletins de saúde eh infantil e juvenil mas isto não exenta também depois do outro lado a resposta porque depois aparecem os quaisquer Guardiões da tradição que vê aqui rasgar as vestes eh e que acham que isto é a última defesa da civilização ocidental contra o caos que é evitar que se possa mudar a cor dos boletins já agora a cor dos boletins já foi mudada foi em setembro isto Só foi isto Só suscitou discussão por causa daquilo que foi dito eh no tal podcast em que P logista houve uma tal eh pressão e e portanto para concluir eu eu tenho aqui algo a dizer estes dois grupos portanto Este grupo mais W que faz aqui a sua luta política com estas questões de controle de linguagem controle das cores e sabe-se lá mais e depois Este grupo que tem esta reação manifestamente exagerada é que bom ninguém quer saber ninguém neste país com módico de bom senso quer saber destas questões porque ainda recentemente morreram 11 pessoas porque o inemo falhou temos urgências fechadas temos cirurgias atrasadas Ainda temos escolas sem professores alunos sem aulas a determinadas disciplinas os salários Miseráveis Portugal cada vez mais pobre e portanto ninguém quer saber ninguém com quer saber se a cor se mantém azul ou se rosa ou se muda de azul ou rosa para outra cor até porque o documento vai ser digitalizado e portanto nem sequer vai ter cor no limite cada um poderia escolher a sua cor escolhia lá numa escala panton a cor que queria utilizar muito bem Bruno Vitorino independentemente do da maior ou menor seriedade do do do assunto a questão é que temos uma diretora geral que foi desautorizada em poucas horas pelo pela tutela pelo Ministério da Saúde H terá condições para continuar ou isto fragiliza a confiança de alguma forma entre entre a tutela e a e a deor gão deixa-me só retomar aquilo que estava a dizer há pouco e cumprimentando o senhor Deputado Mário Lopes que não sei se eu fiz há pouco mas nós de facto assistimos a estas questões que parecem menores eh e para as pessoas mais atentas parecem e não não fazer qualquer sentido serem só pateticos eh mas não são isto tem um fio condutor tem tem tem uma agenda por trás Como disse na parte inicial da sua intervenção so Deputado Lopes e esta agenda é uma agenda perigosa é uma agenda que tem um objetivo de cagem social tem um objetivo de criar naturalmente o caos é a mesma agenda agenda sim uma agenda perigosa hisória das pessoas que mestruam e a eliminação da palavra reparas aou mulheres também não é só por si como ato isolado an agora falarmos de pessoas com col do outro e mais uma vez eliminarmos a palavra mulheres também não é preocupante e mas quando começamos a falar destas coisas todas e quando aí juntamos um aumento significativo de cirurgias em Portugal para a mudança de sexo um aumento significativo que tem vindo a duplicar de ano para ano ainda é um número em absoluto um número baixo mas é um número que se vai tornar rapidamente preocupante E porque é que eu digo isto porque é o exemplo que tivemos noutros país noutros países como a Inglaterra noutros países como como os países nórdicos que neste momento já voltaram atrás em relação a determinadas políticas que tão fazem todas elas parte desta agenda e esta matéria sim que estamos a falar também do nosso serviço Nacional de saúde são matérias que deviam preocupar a direção-geral de saúde mas Bruno Vitorino precisamente por isso por esse Estado está colocado em cima da mesa na na sua opinião essa agenda está neste momento na direção Geral de saúde e a pergunta é se uma direção Geral de saúde com esse tipo de preocupações ou ou com essa agenda se quiser nas suas palavras tem condições para continuar de uma forma e concertada com com a tutela governativa e eu acho que essa avaliação tem de ser a Senhora Diretora geral a fazer se tem ou não tem condições a fazer e a senhora ministra também a avaliar não creio que por esta razão em concreto eh seja o caso e e haja logo razões para pedir a cabeça pedir admissão não tem condições acho que nós também não não não devemos dramatizar maneira Mas devemos estar atentos naturalmente e a própria Senhora Diretora geral deve repensar Qual é o caminho a seguir e que topeiras é que possam existir dentro da da da direção Geral de saúde que e eh eh lhe põ estas cascas de banana para ela escorregar eh eh nestas mesmas matérias portanto mas acho que é uma avaliação que é ela própria que deve fazer a mim preocupa-me de facto eh tudo isto como um todo não cada um dos atos isolados mas como um todo e o resultado do corolário em Portugal tem sido isso um aumento muito significativo das cirurgias para mudança de sexo feitas no SNS pagas por todos nós eh muitas vezes onde crianças onde onde onde jovens ficam mutilados para a vida com pouca possibilidade de retorno àquilo que era o seu corpo no início porque estamos a falar de tratamentos hormonais estamos a falar de bloqueadores de puberdade estamos a falar de mutilações de cirurgias para mudança de de do corpo e depois arrependem-se mais tarde porque temos este fen ess ponto ficou Claro Bruno Vitor estamos ess ponto tem tudo a ver com esta agenda que estamos a falar quase a chegamos ao fim do do do nosso tempo Maria Marin Lopes não deixa-me só sim sim para terar rapidamente para dizer o seguinte há de facto aqui h uma agenda ideológica por trás e eu referi-me ela logo no início que tem aqui aspectos muito graves quando nós olhamos para a tentativa de controle da linguagem quando nós olhamos para a tentativa de coação e de limite à liberdade de expressão quando nós olhamos e vemos eh humoristas a serem censurados Porque fizeram piadas com determinados grupos Tais grupos identitários h e portanto violando a sua liberdade de expressão e até porque uma pessoa Enfim uma das suas características que devemos ter é a capacidade nos rirmos de nós próprios quando nós olhamos para uma série aqui de de comportamentos que no fundo tentam colocar uma visão minoritária e e forçá-la aos outros é bom recordar que em 2016 eh no Canadá eh se alguém não usasse os pronomes que outra pessoa decidia que deveriam ser usados para se referir a essa pessoa havia uma multa pecuniária de 2.000 ou 3 3.000 e portanto tudo isto é obviamente preocupante é um Manifesto excesso eh e naturalmente eu não me revejo nisso agora eu acho que nós temos de escolher Aqui as nossas batalhas há coisas que de facto são relevantes Há outras que não são a cor dos boletins não é uma dessas batalhas que é assim tão relevante E se nós suspendemos esforço eh a tentar se contrapor estas questões eh depois eu acho que perdemos um bocadinho de credibilidade naquilo que é verdadeiro ente importante que é defesa intransigente do indivíduo e que não é nenhuma nenhuma nenhuma parte de uma identidade e portanto um indivíduo não deixa de ser indivíduo porque pertence a um grupo de seja ele qual for é a defesa intransigente da liberdade de expressão e e portanto aí que nós de facto temos de manter uma luta firme uma posição firme e não nos deixarmos enredar com estas eh questões menores mas seja como for eu fiz a crítica precisamente ao facto da dgs se ter deixado pressionar pelos Tais dois ou três ativistas que fizer isto aqui uma grande luta pela afirmação na igualdade de género que obviamente não passa por aqui pela cor azul ou pela cor agora vamos vamos ter que fechar não é prioritário nem sequer útil não faz qualquer Cido não tem cabimento nesta agenda bem-vindo à iniciativa Liberal a Esta luta an pções Claras Bruno Vitorino Lopes Obrigado ambos por terem estado no explicador nesta manhã bom dia obrigado obgado obrigado na