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Este programa tem o apoio da k [Música] pmg ora viva que grandes tendências podemos esperar dos vários setores de negócios no futuro próximo o que vai ser determinante para a sua evolução e que oportunidades e ameaças os esperam que inovações podem ser disruptivas e quem poderão ser os principais protagonistas são estas as perguntas que vamos tentar responder neste novo podcast GPS gestão pessoas e setores este podcast é uma parceria entre O Observador e a k pmg em cada episódio um especialista da k BMG e um convidado setorial vão ajudar-nos Então a ler o que podemos esperar das Indústrias mais importantes da economia neste Episódio vamos olhar para o setor segurador e temos connosco José galamba de Oliveira Presidente da Associação Portuguesa de seguradores e nun Esteves Partner de da Cap pmg neste Episódio vamos olhar para o setor segurador e temos connosco José galamba de Oliveira Presidente da Associação Portuguesa de seguradores e Nuno Esteves Partner da advisory da Cap pmg Muito obrigado pela presença disponibilidade bem-vindos ambos ao nosso GPS que tem três segmentos que nos conduzem pelo setor neste caso doos Seguros um número relevante uma ideia de futuro e um protagonista que está a ser ou poderá ser decisivo e José galamba de Oliveira vamos começar por si pelo número precisamente Qual é o número que destaca aqui do setor segurador O número que quer destacar é o número de 11.000 milhões de euros Isso é o quê repare que isto estamos a falar quase em 4,5 do PIB português é obviamente o número relevante Isto é o montante que é pago anualmente em indemnizações pelo setor segurador a quem tem um sinistro quem tem um Infortúnio numa situação qualquer na sua vida profissional na sua vida pessoal eh nas pelas empresas e pelas famílias portanto Este é de facto um um um número importante e dá ideia da dimensão social que o setor tem hoje em dia no desenvolvimento económico todos nós no nosso dia a dia corremos riscos mas corremos riscos porque estamos e e corremos esse risco de forma consciente muitas vezes porque sabemos que estamos de alguma forma protegidos se andamos na rua eh sabemos que existe um Seguro automóvel de responsabilidade civil que é obrigatório para quem tem o azar de ser atropelado levado um ter um acidente etc sabe que há uma proteção que garante que possa mais rapidamente voltar à sua à sua vida normal e o mesmo se passa na área da saúde ou n Seguros das habitações etc portanto Este é de facto um número e importante mas há aqui também um aspecto que eu gostava de salientar relativamente a este a este número ele apesar de ser grande quando comparamos a dimensão deste valor com com relativamente à nossa economia com outros países europeus o que vemos é que em Portugal os seguros ainda têm uma penetração baixa ou seja as perdas económicas relacionadas com os riscos todos corremos o dia a dia eh de facto as perdas que depois são seguras são baixas é um valor baixo e portanto há aqui um potencial de crescimento ainda muito grande para o setor segurador para nos aproximar da Média europeia e e sabemos nalguns eventos Podemos depois falar mais à frente alguns eventos que que assistimos no dia a dia fenómenos extremos etc é que as perdas económicas seguras são de facto muito baixas ainda em Portugal e portanto há aí uma margem claramente de progressão claramente e eh no nos teves e o o José Gal de Oliveira falou aqui de uma componente social e do setor que estes 11.000 milhões de inações pagas refletem que é uma forma diferente Nós não somos muito habituados a ver a olhar desse Prisma Sim antes mais Bom dia e obrigado pela oportunidade eh relativamente a esta dimensão social é de facto muitas vezes uma uma Face menos visível diria que o setor tem feito um caminho também importante para ar esta visibilidade social de da do retorno à sociedade que não é apenas através através das indenizações também é o tema da poupança também é um é um veículo importante de poupança da das populações Mas esta de facto é é é uma facee que também começa a ser mais visível em em em Ramos Como por exemplo o da saúde em que em que em que o facto de haver desafios do ponto de vista do serviço Nacional de saúde tem feito com que cada vez mais pessoas adiram e essa fase Talvez seja mais visível mas não só a e a APS é um bom exemplo de divulgar o papel que os seguros têm tido em muitas catástrofes o exemplo das cheias que que ocorreram o exemplo dos incêndios recentes eh no aeroporto ainda agora muito recentemente os incêndios a nível Florestal portanto em todos eles eh H apesar de haver este haver este desafio que o José falou que é Há muitos riscos que estão por segurar ainda assim eh o o retorno para a sociedade é é é bastante relevante E isso tem sido tem sido visível sim sim por isso eu eu só gostava de de salientar aqui que este aspecto da devolução à sociedade é obviamente um um mecanismo social de partilha de risco em que todos contribuímos um bocadinho para aqueles um certo mutualismo aqui no fundo no fundo aqueles que pagam sem ter nenhum Infortúnio o seu prémio está ajudar outros que tenham esse Infortúnio portanto todos pagamos um bocadinho para aqueles que têm um Infortúnio poderem ser ressarcidos mais mais rapidamente do total das suas das suas perdas mas há aqui uma segunda dimensão que o setor também tem que é importante que tem a ver do lado da prevenção o é o primeiro interessado em que haja mais prevenção prevenção rodoviária prevenção da Saúde de cada um através de hábitos do bo alimentação exercício físico portanto e o setor faz aí um investimento grande eh na na na promoção de boas práticas relativamente à prevenção nas várias áreas de atividade porque isso para além de obviamente ser potencialmente menos custo para o setor é na verdade é mais qualidade de vida para as famílias e para as e para as empresas uhum muito bem temos o nosso número então aqui fixado os 11.000 milhões de euros que são as indenizações pagas anualmente pelo setor segurador em Portugal e que reflete também este papel e a importância do setor na economia portuguesa vamos passar para uma ideia então para a nossa ideia no nosos qual é a ideia estratégica que para os próximos tempos gostava de destacar eu eu gostaria de destacar a parte da da da da distribuição dos Seguros e e e da orientação a cliente portanto sabemos que os seguros historicamente é um negócio intermediado que é distribuído através de parceiros é uma tendência que tá cada vez mais portanto continua eh os agentes de seguros os agentes de seguros neste caso os agentes sejam agentes corretores os próprios bancos enquanto enquanto redes de de de distribuição h o que está a acontecer nessa vertente eh apesar de uma maior orientação ao cliente e de haver um maior contacto direto da seguradora com o cliente eh é é deria um modelo misto em que por um lado e há há esta preocupação em perceber o que é que o cliente quer e e ter uma oferta mais orientada a a a essas necessidades Mas por outro lado dotar eh os distribuidores de mais informação de ofertas mais orientadas ao cliente parece-me que esta é uma das tendências que vai continuar a a ser muito vincada no setor com o benefício de haver um conjunto crescente de informação disponível eh o que permite dotar estes vários canais distribuição de informação mais orientada à necessidade do cliente Pens essa é uma uma tendência que nós temos visto muito vincada sim porque é que essa a figura do agente é É quase só existe no setor dos escuros Há alguma razão para isso quase só existe isto é tem desaparecido Tem havido uma desintermediação basicamente em muitos setores no caso no caso dos Seguros mantém sua gente Sim essa é é uma eu diria que é uma característica muito típica do setor segurador é que o canal de distribuição por Excelência é um canal externo é um Ou seja a distribuição de alguma forma está externalizada ou através de mediadores e ou ou ou através do canal bancário on são vendidos muitos Seguros por exemplo do multirrisco de habitação os seguros de vida etc e a verdade é que e e há muito investimento nas tecnologias e há questão de que se através se através de canais diretos esse esse paradigma vai mudar e nós acreditamos que os seguros apesar de tudo são é um produto com alguma complexidade no momento da venda pelas coberturas que pode ter Os Capitais se há muitas especificidades e portanto o aconselhamento é sempre muito importante por alguém que conhece e que pode dar essa essa consultoria a quem está a comprar um seguro e por isso esse canal descentralizado que que possa estar muito perto das das empresas pelo país fora das empresas das famílias é é fundamental ele vai continuar a ser fundamental independentemente da tecnologia que se possa colocar na na mesa para os ajudar a que sejam também mais eficazes e mais eficientes na na ao passar essas mensagens para os para os futuros clientes Claro o o Nuno teve estava há pouco a seinar e de facto também também o caminho de ter cada vez mais produtos desenhados à medida das necessidades dos clientes há aqui diia uma tendência nos produtos e nos serviços também nos serviços complementares mas a nível a nível dos produtos e isto é sempre um um equilíbrio entre entre a procura e a oferta áreas como alterações climáticas é um dos temas que se tem que se tem falado eh Em que em que os seguros começam a ter mais ofertas que possam abranger determinados determinados riscos a questão a questão por exemplo de de do do crime crime cibernético e e e e e e de eventuais fraudes que também começam a ter bastante procura Em que em que em que os escuros também têm essa essa essa oferta e do ponto de vista por exemplo dos dos serviços há aqui uma preocupação de complementar hum no fundo um produto que historicamente não é muito transacional é um produto em que há poucas interações com o cliente porque estamos a falar de riscos muitos deles com com frequências relativamente baixas e muitas vezes e ainda bem digo eu o cente de seguros prefere não ter que assinal verdade o os contactos que nós temos é quando compramos o seguro e pagamos o prémio ou renovamos anualmente e eventualmente como quando existe um sinistro mas estão estão a existir cada vez mais ofertas complementares eh que vão muito também no sentido que o José falava de de termos por exemplo no fundo promover um um um estilo de vida mais saudável o facto de promover o bem-estar termos ofertas à volta de nutrição de de ginásios ter checkups regulares para para garantir um determinado estilo de vida que no fim do dia beneficia as duas partes portanto vemos um pouco essas duas tendências por um lado do ponto de vista de de da oferta alguma diversificação do ponto de vista de serviços um complemento criando aqui o que tipicamente se chama ecossistemas sejam eles na área da saúde na área da mobilidade na área da casa e e e e e do Lar portanto é uma tendência que vemos também na no setor Claro José galamba de Oliveira a ideia que quero sublinhar também é esta de há riscos cada vez mais diversificados Sim há aqui vamos lá ver nós e o setor adapta-se tem que se adapar tem que se adaptar isso é é uma questão de sobrevivência do setor Mas é uma é é uma questão de entender para onde é que caminham a sociedade o perfil de risco da sociedade vai-se alterando em funções de dinâmicas que são estratégicas e que nós não controlamos a demografia é uma delas nós obviamente estamos e Portugal é é isso é muito Evidente temos uma população que está em Vel ser E com isso traz desafios diferentes obviamente de tipicamente doenças crónicas à medida vivemos todos mais e ainda bem que vivemos mais mas isso traz alguns algumas questões doenças crónicas custos de saúde mais elevados etc eh esse é um um desafio e traz o outro desafio que é do lado da das das pensões de reforma a própria sustentabilidade do do do do da Segurança Social não é que ela esteja em causa mas pode estar em causa a ta a taxa de substituição Isto é o a primeira a primeira pensão relativamente ao último salário e o ajuste vai sendo feito por aí E nós nós conhecemos os aging reports que é un uns rotes que todos os anos saem colocam dizem que em Portugal em 2040 pode ter uma taxa de substituição de cerca de 50% em média o quer dizer que uma pessoa que tem um um salário de 2.000 € De repente pode ter um salário de 1000 € com a quebra ou seja que há uma quebra no no seu nível de vida numa altura da sua vida onde provavelmente já é mais difícil complementar isso com qualquer coisa adicional e portanto tudo que que seja pensar eh na poupança a longo prazo para a reforma é fundamental e o setor segurador tem muita experiência nisso à escala nacional e escala Global o PPR é um produto de estrela que nasceu em Portugal há uns anos atrás eh e e é muita enfim é é claramente um dos mecanismos de se complementar com a nossa poupança para para o futuro mas portanto há o tema da demografia e depois há o tema das alterações climáticas que são incontroláveis que é fundamental portanto tudo isto altera o perfil de ris da sociedade e o setor tem que ir adaptando as as ofertas para dar resposta a estas novas realidades que da da do desenvolvimento econmico só dois dois dois complementos para acompanhar esta ideia no caso da Saúde hoje em dia é é é visível no mercado por exemplo ofertas para para segmentos Senior que há uns anos eram segmentos que estavam excluídos deste tipo de de de de produtos as doenças graves é outro exemplo começa a haver produtos que complementam a oferta tradicional do seguro de saúde com doenças graves graves e do ponto de vista da da poupança e do aforro para para para para os seguros acho que aqui o maior desafio depois de um período em que tivemos historicamente com taxas baixas ou mesmo negativas em que em que os seguros de alguma forma alteraram a sua O seu padrão da oferta até por questões de também de solvência e de sustentabilidade do setor que fez com que a procura descesse de forma bastante significativa em alguns dos produtos eh o facto de agora começar novamente a aparecer produtos com capit T garantido com algum rendimento faz imediatamente uma mudança na procura portanto aqui diria que o desafio do setor é este também equilíbrio entre o retorno a sustentabilidade financeira a salvabras pessoas procuram porque obviamente as pessoas procuram estabilidade para este investimento de longo prazo sim isso isso eu acho isso é fundamental eu diria que uma O que diferencia um produto de poupança no setor segurador noutros setores de atividade como o bancário e outros é é a ideia do Capital garantido que é obviamente muito apreciado por alguém que tem uma preocupação a longo prazo de perceber que quando eu chegar à minha reforma lá à frente daqui a uns anos o capital pelo menos o capital tá lá garantido eu quero lá ter aquele pelo menos e aquele pelo menos está lá e portanto e obviamente o que neste momento também o enfim nós nós vivemos de facto aqui uma década de taxas as taxas europeias até negativas as taxas de base de referência obviamente que isso corrigiu-se hoje em dia já são já já é possível o o setor não só garantiu o capital como dar taxas um bocadinho mais atrativas e de rentabilidade e E com isso obviamente aliciar as pessoas é que coloquem uma parte das suas poupanças em produtos de longo prazo em que o objetivo é que o produto está lá disponível à frente quando quando eles precisarem de de complementar a sua reforma muito bem vamos para o último segmento que é de facto o protagonista José gala de Oliveira quem é que no setor segurador em Portugal poderá ser protagonista nos próximos tempos eu eu que neste momento o protagonista que eu gostava que eu gostaria de salientar é o seguro de saúde é um é um seguro que tem tem tido um crescimento Fantástico nos últimos anos em especialmente no no período pós-pandemia e que em que o acrescimento foi de facto acelerado é hoje em dia o segundo o segundo Ram mais importante n carteiras das da do setor segador já tem esse peso portanto logo a seguir o automóvel é o seguro de saúde e o automóvel é obrigatório e o automóvel obrigatório Este é um seguro facultativo de facto é um seguro complementar ele não pretende substituir o SNS nem nada disso mas é é um complemento em que as famílias podem comprar portanto é uma proteção adicional muito valorizado por dois aspectos o primeiro aspecto é liberdade de de de de acesso e liberdade de escolha do acesso no sentido em que nós sabemos que o SNS tem tido dificuldades acrescidas nos tempos mais recentes para um conjunto de de Atos médicos consultas de especialidade algumas cirurgias etc e portanto aqui isto que dá a oportunidade das famílias irem enfim para o setor privado eh e e ter um uma um acesso mais rápido e a liberdade de escolha que é também poder escolher o médico ou o hospital onde vão ser eh tratados eh é também o as as enfim das das análises que fazemos no mercado Este é neste momento o seguro que é mais valorizado pelos consumidores em geral Provavelmente porque também vem um retorno eh ou se há uma utilização mais frequente e diferente do tal sinistro exatamente do do Seguro automóvel em que por exemplo uma pessoa a maioria de nós tem um seguro que paga todos os anos e Graças a Deus não temos nada não neste a verdade é que todas as pessoas acabam por fazer uma análise aou uma consulta e etc e portanto tem vem um retorno Imediato do da proteção que compram ao comprarem o seguro de saúde e isto a perspectiva portanto Como disse é hoje é uma é é é claramente um um protagonista central e eu acredito que vai continuar a ser um protagonista central nos tempos mais próximos não tes concorda com este protagonismo do segor de saúde não e sem dúvida que sim concordo eh Lançar aqui também algum algum alguns desafios este não não é não é um Ramis ente desafios o tema da utilização é obviamente Um Desafio Às vezes a questão da própria perceção e alguma confusão que o mercado tem entre o que é que é um plano de saúde e o que é que é um seguro de saúde Porque o mercado tem tem tem muita oferta de planos de saúde que que basicamente o que dão é um acesso a uma rede convencionada com preços convencionados mas no fundo não há aqui nenhum risco a ser a ser a ser segurado eh versus um seguro que que que que no fundo e vai proteger para riscos incertos tem componentes que são de utilização tipicamente de ambulatório que são muito valorizadas eh e e diria que os o os desafios têm por um lado esta esta diferenciação por outro o próprio preço porque naturalmente é é um é um ramo eh Em que em que as as taxas de sinistralidade no fundo a relação entre o o que a seguradora paga e o que recebe eh pressionam muito porque os próprios custos do ponto de vista da da da da do Cuidado hospitalar estão a aumentar bastante e isso faz com que haja muita muita pressão e o preço esse tema do preço é é é um dos Desafios mas Concordo totalmente que é que é um dos protagonistas é é é um dos motores é quase uma Âncora para para para o setor eh e permite também depois complementar com com outro tipo de de de ofertas e e e e no contexto também falávamos há pouco do do envelhecimento da população e tem vai Estou convencido vai ter um papel crescer na na neste nesta liberdade de acesso e e e na possibilidade de poder complementar alguns Alguns riscos e o tema das doenças graves é claramente um dos temas que está que está a ser muito muito trabalhado assim a queima roupa quantas quantos discursos de saúde já temos porcentagem da população temos neste provavelmente estará à volta dos 3,9 milhões de de portugueses que já tem um seguro de saúde 40% da população sim 40% da população números rondes eh e e como digo Isto vai continuar a aumentar isto tem sido um crescimento quase constante nos últimos 3 anos muito bem Ficamos então com esse protagonista que se junta aqui à ideia de facto do setor eh não só acompanhar tendências da distribuição como também adaptar-se a novos ricos novos riscos e não ricos novos riscos e também o número que nós trouxemos para este GPS 11.000 milhões de euros são as inumações pagas pelo setor segurador todos os anos não esteve José galamba de Oliveira Muito obrigado por terem estado neste GPS gestão pessoas setores Este é um podcast do Observador em parceria com a k pmg até o próximo episódio Muito obrigadoo obrigado [Música]