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Este programa tem o apoio da k pmg ora viva hoje falamos de saúde mais precisamente da utilização de dados na saúde e das vantagens que pode ter para todos vamos fazê-lo com o Nuno Costa que é administrador dos serviços partilhados do Ministério da Saúde e com a Filipa fixe diretora da área de saúde da k pmg a cada episódio olhamos para o futuro próximo de setores fundamentais da economia eu sou o Paulo Ferreira Este é o GPS gestão pessoas e setores um podcast do Observador com parceria com a KPMG sejam bem-vindos ambos este nosso GPS já sabem tem três segmentos que nos conduzem e pelo setor um número relevante uma ideia de futuro e um protagonista decisivo Hoje vamos começar pelo número eh Nuno Costa Qual é o número que escolhe e no fundo para este pontapé de de de saída nesta nossa conversa é os 3% os 3% de de dados H do universo total que apenas 3% são utilizados de dados em saúde para para para efetivamente para a prática Clínica e para a decisão ISO a nível Global a nível Global portanto recolhem-se dados por todo o mundo e depois só esses 3% é que são o que é pouquíssimo o que é muito pouco tendo em conta o potencial e e Filipa fixe porque é que se utilizam tão poucos dados bom eh em primeiro lugar porque eu penso que nunca se pensou na saúde como arquitetura que tivesse que ter uma interoperabilidade de dos diferentes sistemas eh entre eles e que garantisse que essa interoperabilidade depois nos desse os dados com eh com o respetivo conhecimento e que os pudéssemos utilizar de forma útil e portanto eh nascemos no ecossistema de saúde que se olhando para outras áreas estão um pouco atrás e portanto estamos a fazer este crescimento digital na saúde e fomos Crescendo com diferentes sistemas que agora precisam de se integrar e ter esta arquitetura de referência e para ter esta arquitetura de referência de entor operabilidade Aí sim poderemos cada vez mais eh utilizar os dados e beneficiar deles como já beneficiamos por exemplo no setor financeiro ou noutros setores da da nossa atividade pública e portanto ter a capacidade de utilizar esses dados vai nos permitir depois eh transformar efetivamente a jornada de cada um de nós na área da saúde muito bem e se leva-nos então aqui ao nosso protagonista que no fundo acaba por fazer as bases de dados globais nun Costa Qual é o protagonista desta área protagonista eh desta área é mesmo o petab traduza-os isso por Miúdos bom esse bom em termos de de de dados muito rapidamente hum se pegássemos nos nos livros todos alguma vez escritos na na história e os guardá no formato digital pariam cerca de um petabyte em termos de dimensão e a saúde Isto são são os dados gerais e o ano passado produziu 54 petab de informação an num anoo Hum o que nos leva um desafio enorme relativamente à utilização desses dados e como os utilizar em prol do cidadão em prol também da decisão política e em prol do sistema e da governação do próprio sistema é certo que uma boa parte desses dados não se pode fazer logo uma comparação Direta com outros setores h não são utilizáveis ou porque não tem Rigor Clínica ou porque não tem relevância clínica para serem utilizados o que levanta um desafio ainda maior relativamente à exploração desses desses próprios dados mas pegando um pouco naquilo que Filipe acabou de referir h hoje em dia a dificuldade e o trabalho que tá a ser feito é precisamente na interoperabilidade destes sistemas todos e a forma como eles correlacionam uns com os outros de forma a podermos agregar a informação toda e entregá-la quer ao cidadão quer ao profissional de saúde uhum Filipa quando falamos de dados só para deixar claro e portanto os dados medidas desta maneira ainda por cima são são registros informáticos tecnológicos medidos aqui nos bits bites e por aí fora e estamos a falar de quê De recolha de informação que análises exames cons de Diagnósticos de consulta que dados são estes sim os dados podem ser todos portanto estes petab que aqui falamos estamos a olhar para o nível do que é produção a nível dos hospitais se olharmos para todos os dados na saúde estamos a falar ao nível do zab porque a quantidade de dados a é mais ainda o petab são 10 a 15 os zab são 10 elevado a 21 elevado o 10 a 15 é 10 elevado a 15 10 elevado a 15 peço desculpa queis você habituamos é 10 elevado a 15 e o zabit é 10 elevado a 21 portanto é um 10 com 21 zeros à frente exatamente portanto seri um 2,3 trilhões de DVDs Se quisermos pensar nalgum nalgum modelo ou vários milhões de anos a ver jogos de futebol em contínuo portanto estamos a falar de uma quantidade imensa de de de dados que advém não só das instituições que prestam cuidados de saúde Mas de todos nós que hoje em dia com os nossos Smart watch smartphones produzimos também muita informação e até com os dispositivos que temos em casa se nós olharmos hoje em em média por nossa casa temos mais de 10 dispositivos conectados e portanto todos eles Se quisermos de alguma forma podiam estar a a produzir dados em saúde e portanto nós temos uma grande quantidade de dados que vem dentro das unidades de saúde e aqui O maior peso vem das imagens médicas hoje em dia nós temos eh muita tecnologia o que proporciona também que fazemos muito mais exames e esses exames de imagem eh tem um um peso Se quisermos em termos de dados muitíssimo grande ecografias RX RX e ressonâncias taxes portanto tem um peso muitíssimo elevado quando estamos a falar de laboratório de análise de laboratório ou de registro de clínicos feitos pelos Profissionais de Saúde aí os dados são são muito menores mas temos de olhar também para uma outra área que agora cada vez vai ter mais importância a os dados genómicos e Portugal tá bem posicionado até no no Consórcio europeu que se está a trabalhar eh os dados genómicos e portanto como é que eles nos vão ajud genómicos tem a ver com Genoma com o Genoma com o nosso ADN e portanto como é que nós trabalhamos numa medicina preventiva e também numa medicina personalizada Não é eu perceb que para um determinado cancro de mama por exemplo se tiver um determinado gene Eh que que causa esse cancro de mama então eu conseguirei eh para alguns casos já bem conhecidos e bem estudados conseguirei adequar a terapia eh reduzindo em muito os efeitos secundários e melhorando em muito a qualidade de vida para esse doente e portanto é nesta nesta lógica que nós temos de olhar como é que podemos utilizar os dados do ponto de vista do cidadão mas também do ponto de vista do profissionais nós vemos que depois do covid houve uma falha imensa de profissionais e o Burnout que falamos porque foi uma jornada contínua H há um há uma previsão faltarem 14 milhões de de profissionais de saúde até 2030 eh e portanto se eles dentro das instituições ainda perdem muito tempo a a duplicar muitas vezes e a registar em sítios diferentes seos dados se os dados estivessem integrados provavelmente estávamos a poupar 25% do tempo deles o que pode ser utilizado para outras eh áreas clínicas que é o seu propósito no final do dia claro não te gosta o que é que em Portugal na área da saúde e aqui estamos a falar do coração do do do SNS está a ser feito então nesta área de bases de dados e tratamento tratamento de dados apuramento por aí fora bom H em primeiro lugar o que nós tememos que fazer aquilo tem tem tem muito a ver com os quatro pilares do prr e está inte segmento ligado aquilo que nós estamos a fazer à própria execução do prr tem quatro eixos o o primeiro aixo tem a ver com as infraestruturas e a reformulação de todas as bases de dados Tecnicamente foi necessário evoluir as versões por assim dizer daquilo tinhas para as tornarmos mais robustas quer a nível de cibersegurança quer a nível de velocidade com que elas dão dão permitem trocar os dados isso é o primeiro segundo estas regras de interoperabilidade Ou seja é necessário ter um um tradutor poliglota que fala com os diversos sistemas deste ecossistema de sistemas de informação gigante djco que a saúde tem para poder H partilhar dados e entre os diversos sistemas depois ao mesmo tempo é criar todas as condições quer do ponto de vista de regras protocolares em termos de troca de de informação mas também e dar infraestrutura ao próprio sistema de saúde para que consiga suportar toda esta TR este tráfico de de dados por exemplo nós estamos a terminar a nova risco é a rede interna da saúde a passagem para para o novo que já é nova geração reativamos mais um reativamos não ativamos um data center diferente que está numa região diferente do país com anel energético diferente pela primeira vez na história desligou-se um data center e nenhum português sentiu porque isso foi uma redundância de alguma mane fo uma redundância que não existia anteriormente portanto temos que nos robustecer o tema em si estamos a preparar um datalake estamos datalake é basicamente um um centro de recolha de dados um centro de recolha e de passagem de dados que vai permitir recolher dados não só de todos os hospitais públicos todas as instituições públicas da da Saúde mas também privadas e da do setor social eh ao F caso para integrar tudo no fundo aqui o foco é o c o o ente o foto o foco é o cidadão Ok para que ele tenha hoje em dia já é uma realidade relativamente à própria ap do cs24 já lá estão as nossas vacinas já lá estão aquelas que que muitos de nós têm no telemóvel tem no telemóvel é isto que eu estou a falar já lá tem agora o p sumary o resume de saúde os diagnósticos que que teve já tem os resultados das análises mas apenas ainda para aqueles que têm Convenções com o estado já tem lá também os exames mas os pdfs só os resultados por escrito pelo médico ainda não tem as imagens propriamente ditas tem a prescrição eletrónica a dispensa eletrónica aquela história de já me enviaram três caixinhas ainda tem lá lá duas Isto são são é o mesmo sistema mas envolveu uma interoperabilidade dantesca para que isso pudesse acontecer e eh do ponto de vista do registro S eletrónico o que nos está a faltar mesmo é a parte da imagem que é isso que nós estamos a desenvolver também é mais pesado em termos de tratamento digo eu não é o mais pesado em termos de de tratamento em termos de abordagem também em termos de arquitetura de dados muitos dados vão ter que ficar localmente e têm que ser puxados de acordo com as necessidades de cada um não é panto pôr todas as imagens dos portugueses todos num sítio para além de ser um C Duck para um ciber ataque Claro é algo que não é desejável claro e tudo isto que estamos a falar agora eh São meios no fundo para atingir o fim o do aqui a finalidade não é ter excelentes bases de dados eh mas é de facto levar-nos à aquilo que é a nossa a nossa ideia para para para este Episódio de GPS que é precisamente a qualidade dos serviços de saúde e para todos Filipa Fix como é que isto tudo eh nos vai levar a isto isto é como isto tudo nos vai dar melhores qualidade melhor melhor qualidade de tratamentos de saúde por exemplo hã sim eu vejo que enfim falamos muito na na centralidade do do cidadão e como é que gerimos eu acho que só pode haver a centralidade no cidadão quer do bem-estar quer no tratamento se eh tivermos os dados centrado em cada um de nós e portanto os dados não podem ficar em cada instituição tem que seguir eh o cidadão E aí sim nós vamos ter uma jornada do cidadão pelas vantagens que já aqui fomos falando alguns exemplos eh só para dar noção se nós tivermos um conjunto de dados F Digno com com valor como já mencionou aqui h alguns exemplos um um uma grande instituição Isto são todos exemplos europeus uma grande instituição a nível europeu todas as noites percorre 5 milhões de registros de saúde eletrónico e consegue antecipar para o médico de família Quais são os utentes que têm maior propensão para algumas doenças crónicas e eles prioritizar algumas a diabetes osteoporose e a hepatite C porque hepatite C depois é um é um antecipa outras doenças mais mais complicadas eh e isto eh consegue fazer o screening por exemplo da Hepatite C Eh 100 vezes mais rápido do que eh os típicos rastreios eh fazem à data de hoje muito humanos muito humanos e muito eh e muito eh Journey de presencial de recolha e portanto este Claro que não termina ali aquela análise mas é um indicador para aquele médico de família conseguir antecipar eh um outro exemplo é a redução da lista de espera para cirurgia nos casos mais críticos com com grande peso nomeadamente os oncológicos H pegar nos dados que a instituição tem quer de profissionais de saúde quer de recursos físicos eh e colocar alguns algoritmos sobre o tema eh para preparar equipas um bocadinho como vemos na Fórmula 1 a mudar os pneus na os pneus que impressionam sempre eh como é que essas equipas e eh e com dados as podemos orientar para que não haja espaços eh ditos mortos entre diferentes cirurgias e com isso eu consigo em vez de fazer em sete dias passar a três dias e portanto Este é um é uma lógica também de no final do dia melhores resultados para para os doentes e portanto a capacidade que nós temos hoje em dia já de utilizar ou por exemplo quando eu estou a falar na na fase de de rastreios eh os algoritmos de Inteligência Artificial não é e cada vez mais estamos a olhar para isso e Portugal Já tem alguns Alguns bons exemplos Claro que isto exige sempre que estes algoritmos sejam certificados como dispositivos médicos não podemos utilizá-los eh se eles não tiverem certificados bem treinados e eh continuamente atualizados mas por exemplo ipar doenças do nível do foro neurológico antes delas se manifestarem portanto com isto os dados não devem estar presentes na saúde devem orientar os cuidados de saúde um bocadinho quase devem ser o elemento absorvente se compararmos com a matemática para para a saúde para garantir que temos a continuidade dos cuidados claro isso muito na Ótica do do do utente e do e da qualidade dos dos cuidados de saúde no negócio Isto também permite uma gestão muito mais adequada dos recursos numa área que essa gestão é muito complicada sim hum hoje em dia os dados e A análise dos dados é fundamental para para a gestão e é um dos propósitos da transformação digital não só do c da Saúde mas como todas as outras áreas e é utilizar os dados para decidir e e até há bem pouco tempo os dados vinham com muito atraso até mesmo dentro do próprio hospital ou seja quando os dados estavam presentes à frente do do do gestor público do decisor E já tinham passado tempo já não refletiam a realidade ala Man refle a realidade hoje isso está a melhorar Portanto o objetivo aqui é potenciar cada vez mais informação para a decisão ser não reativa mas proativa uhum ou seja conseguir analisar o histórico e já modelos de gestão para Por exemplo agora tem que reforçar mais a equipa daquela área tem que maisar reforçar o ambulatório pegando um pouco naquilo que a Filipa também acabou de referir também criar condições também com alguns algoritmos para começar finalmente a olhar para o futuro e não constantemente olhar para o retrovisor e se estivermos sempre a olhar para o para o para o retrovisor eh não é difícil para aqueles que conduzem eh às vezes não vemos o que tá à frente não é claro e e o objetivo é é acabar com esse paradigma com dados com informação com muito conhecimento também próprio da da das pessoas com inteligência artificial não vai resolver os problemas todos do mundo temos todos consciência disso mas acima de tudo analisar os dados para que possamos eh tomar decisões e é nisso que estamos a trabalhar relativamente aos dados para a gestão também porque o o Core aqui é mesmo o tronco da árvore os dados do ponto de vista global Depois temos a parte toda capilar e temos as especializações e cada hospital está a fazer o seu caminho e bem relativamente a isto mas por isso nós temos que alimentar aquela máquina eh de dados para uma boa decisão uma coisa é um hospital decidir com base nos dados que tem do próprio hospital mas outra coisa é o hospital decidir com dados que tem no próprio hospital mas de todos os outos de todo o sistema faz toda a diferença relativamente à qualidade sist muito bem Filipe fiz quase quase chegarmos ao fim deste nosso GPS isto de que estamos aqui a falar algumas coisas fomos vendo já são realidad Basta ver a nossa app aqui do do SNS é um futuro muito distante e esta integração toda e ou não Ou está mesmo aqui ao virar da esquina está acontecer nos Bastidores e e vai ser visível para o utente a meses Poucos Anos digamos eu acho que vai continuar a acontecer ela já tá a acontecer e os eu acho que nós enquanto cidadãos já Portugueses e europeus porque até 2030 dentro do espaço europeu nós vamos ter que partilhar o nosso registro saúde eletrónico portanto quer eu esteja em Portugal ou na Holanda eh o médico terá a possibilidade de ver um um sumário Clínico sobre mim e algumas e algumas outras condições portanto eu acho que ela tá a acontecer vai acontecer há objetivos dentro do espaço europeu temos o eh temos o espaço europeu dos dados em saúde que nos vai também fazer percorrer um caminho de ter eh utilização primária de dados saber os nossos registros de saúde eletrónico ter acesso às imagens como nun tava a dizer entre outros e portanto tudo isso nos vai fazer eh eh percorrer este caminho ele já está a acontecer H mas para isso nós também temos temos que pensar que vamos ter que capacitar quer o cidadão uhum quer os profissionais de saúde e portanto a formação de base quando olhamos tem também de ser pensada de forma diferente porque toda esta tecnologia eu tenho de a saber utilizar e fazer de forma diferente e os modelos de organização dos cuidados os modelos de financiamento e a capacitação também de gestores e para esta nova realidade e Portanto acho que há aqui outros fatores não só eh técnicos tecnológicos mas eh que têm que ser também pensados para que isto aconteça de forma harmoniosa e que eh quer os profissionais sintam o a mais valia de ter a tecnologia os gestores também e no final do dia o cidadão tenha a sua informação Claro e telegraficos temos ainda aqui 30 segundos estas Vertentes estão todas a ser tratadas no no snn neste caso sim algumas vão demorar mais tempo do queal que as pessoas possam querer e necessitar porque exigem desenvolvimentos profundos outras hh a partir de agosto setembro eventualmente do ano que vem estamos a falar 2025 embro 20255 já vão ser uma realidade como a parte dos exames por exemplo já já já vai ser uma realidade muito bem Admirável Mundo Novo na na na saúde também nos Bastidores é um uma área que não é muito visível mas que depois como explicaram muito bem terá impacto na qualidade eh da Saúde de todos nós e e na melhor gestão dos serviços de saúde eh foi um gosto n Costa Filipe AF fixe em tê-los aqui neste GP nós Voltaremos próximamente com novo tema e novos convidados até lá