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[Música] Olá bem-vindos à segunda parte da Vich soaz temos connosco Miguel Morgado antigo deputado do PSD antigo assessor político de Pedro passos coelho um comentador muito apreciado à direita sobretudo começamos por aí precisamente na quarta-feira na si notícias afirmou categoricamente que Pedro pass coelho não será candidato à presidência da república não lhe vou perguntar naturalmente Qual é a sua fonte mas vou fazer a pergunta vou fazer a pergunta de outra forma ADM aluma de Pedro ser convencido a avançar não não não não não há essa possibilidade Eu acho que posso dizer isto Sem problema nenhum aliás eu quis dizer daquela maneira tão categórica precisamente Eu acho que o disse a título preambular e na medida em que as pessoas também sabem a minha relação de proximidade e portanto eu não diria uma coisa destas em jeito de conjetura vaga ou de especulação Acho que sei o que é que estou a dizer e e Julgo que é uma decisão que ele acabou por tomar já há bastante tempo com as razões dele is aí terão de perguntar porque é que ele decide desta maneira Mas eu achei que era importante naquela fase porque parece-me que há muita conversa muita intriga muita inquietação foi sempre uma coisa que eu abomine na vida partidária e a propósito dessa dúvida e portanto eu quis dar o meu contributo para dissipar essa dúvida quando diz inquietação é medo que Pedro passos Coelho possa ocupar um espaço que outros querem ocupar não naturalmente de alguns será medo eh na medida em que uma candidatura de Pedro passos pelho esvazia todas as candidaturas pelo menos do espaço do centro até à direita não isso é evidente e e certamente das pessoas que sairiam do PSD de candidaturas que sairiam da das fileiras do PSD isso acabaria mas não é só o medo é falsas esperanças falsas expectativas há muita gente e nós aqui no observador falamos com muita gente do Pest CL H que ainda calenta essa esperança e que tem muita vontade que essa candidatura exista se existir uma vaga de fundo tal Pedro P coelho não será convencido não não me parece não parece com franqueza não me parece e acho que ele tentou sinalizar Ao jeito dele discreto para que não se criasse essa vaga de fundo porque ele não estava envolvido em nenhum tipo de iniciativa política que conduzisse essa candidatura portanto de um lado daqueles que tinham uma grande expectativa que ele regressasse como c belé e dos outros que enfim por razões do seu próprio interesse não estariam tão interessados numa candidatura dessas acho que é bom saber-se com o que é que se conta e assim as pessoas já sabem olha não vamos ter o Pedro passos Coelho como candidado então vamos ver o que é que se passa ao lado há um dado que é relativamente comentado nos bastidores do partido que a relação entre Luís Montenegro e Pedro passos coelho não é a melhor das relações neste momento pelo menos se o primeiro ministro interviesse diretamente e tentasse convencer Pedro passos Coelho isso poderia mudar de alguma forma as circunstâncias eu eu diria que eu não posso responder por ele evidentemente por Pit passes Coelho mas pelo que eu conheço dele e eu Julgo que ele não se deixaria embalar por um algo tão importante e tão grave no sentido moral do termo quer dizer tão solene como uma candidatura à chefia do Estado sobretudo alguém que já foi primeiro ministro já teve As mais altas responsabilidades num período muito difícil do país por ser persuadido por um aliado político ou por um companheiro de partido fosse ele primeiro-ministro ou Ministro das Finanças ou outra coisa Qualquer não me parece que seja o tipo de eh abordagem que funcionasse com Pedro P escolho Acredito sim que funcionasse com outras pessoas que eu conheço na política mas com ele Hum tenho as minhas dúvidas eh e a exigência que ele teve sempre que tem um lado ético e tem um lado eh político de pensar pela sua própria cabeça de formar a sua opinião com toda a sua honestidade interior tem um lado bom e também tem esse lado de isolamento relativamente a tentativas de pressão isso serviu muito bem o país quando el era primiro Ministro eu fui testemunha disso muitas pressões que ele sofreu de muitos lados sinistros é que ele sempre resistiu e talvez outros primeiros ministros não tivessem resistido mas está mas também as solicitações dos aliados dos companheiros de partido também não funciona assim muito bem com ele diria eu mas quer dizer temos que perguntar ao homem Aquele é que é o envolvido E deixa-nos então perguntar por pessoas que têm que ponderam eh candidatar-se Luís Marcos mes está em condições para enfrentar e vencer eh govel se avançar eu parece-me que neste momento não há nenhum candidato à esquerda e à direita que possa apresentar-se a país como com o crédito de que recolhe sen não o apoio dos 50% mais um de caras próximo disso não há nós vivemos uma uma fase diferente da política portuguesa nós estamos num período de transição eh muitas das certezas tanto ideológicas e intelectuais que fundam a política dos partidos como a prática política está a mudar muito não é só um fenómeno português é um fenómeno europeu e até norte-americano como nós sabemos nós estamos aqui num período de fluxo de transição não sabemos para quê e e e e é nesses períodos que também se nota eh as carências de liderança política e da autoridade no sentido romano do termo eh com que as populações vêm os seus representantes políticos e nós acho que estamos a passar essa fase Como estão outros países Isto é as pessoas não atribuem um crédito e uma autoridade política eh particularmente carregado dedicado a nenhuma personagem e a nenhum movimento a nenhum partido político portant assistir este este Episódio este período de fragmentação que é muito perigoso eu acho que não devemos ter receio de tirar as consequências eu acho que não des atração um período perigoso essa fragmentação acho que se vai traduzir também agora nestas candidaturas presidenciais mas vejam do ponto de vista do jornalismo político pode ter aqui uma licente É Que Nós já não temos uma segunda volta de presenciais há muito tempo e com o número suficiente de candidatos Imaginem que nós temos ali quatro candidatos que fica ficarem numa primeira volta quase todos empatados vai ha uma grande expectativa ver quem passar a segunda depois na segunda quem é que desemp não havendo os tais candidatos óbvios ou naturais aqueles senadores naturais que já houve nras corridas nós ainda tivemos repar deixa-me só acrescentar isso desculpa interrompê-la mas nós tivemos isso até Marcelo Rabelo de Sousa se olharem para o histórico de eleições da presidência da república algumas foram bastante disputadas Sampaio cavaco e fretas do moral Mário Soares e mas todas elas envolveram a eleição possível normalmente só de duas pessoas não é mas de enfim talvez a palavra senadores não seja mais interessante mas de grandes figuras nacionais umas mais à esquerda outras mais à direita não interessa e a eleição Final O Triunfo final nessas eleições consagraram pessoas a quem o país reconhece algum estatuto Cavaco Silva certamente General ramal anos com certeza Mário Soares até Jorge champa talvez a figura menor destes todos e Marcelo rabil de Sousa que gosta-se mais ou não gosta eu fui sempre crítico das presidências dele estou à vontade para dizer que não é uma figura qualquer uma figura característica do nosso regime e que com capacidades notáveis eh e eu acho que nós vamos agora entrar na primeira eleição para a assembleia da República desde desde que temos eleições para a presidência da República no no nosso regime democrático onde isso já não vai acontecer também é um reflexo daquilo Prim transição que eu estava a falar das perspectivas que existem agora e dos possíveis candidatos que existem agora Marcos Mendes é o melhor candidato para eh o espaço da diret moderada eu diria que se nós compararmos neste momento só temos a o interesse declarado Expresso do Marcos menes mas há outras pessoas que têm interesse em ser presidentes eu no entanto diria que algumas que se não todas essas pessoas do lado direito da equação eh também são muito realistas quanto às suas possibilidades e portanto elas estes mesos sim com certeza só só só para acrescentar isto eu acho que todas elas Eu não tenho falado com nenhuma delas mas todas elas acho que conhecendo-os como eu os conheço têm medido e as suas possibilidades reais e eu acho que eles estão a chegar à conclusão que não têm grandes possibilidades mas isto é sempre um jogo de força relativa se vem que a candidatura que está Preste a avançar no terreno não reúne consenso essas pessoas agora acalentam uma esperança que se calhar já tinham perdido anteriormente estou a pensar três nomes por exemplo acho que um tá fora das considerações não porque eue não desejasse ser presidente da república mas porque tem o calendário do exercício do mandato que começou agora que é o presidente da Assembleia da República o José Pedro guia branco mas Santana Lopes e Durão Barroso são duas pessoas que sempre também tiveram o o sonho natural e compreensível de serem chefes do Estado presidentes da república cada um por razões diferentes também sempre avaliou as suas oportunidades como não sendo suficientemente maduras para avançar com uma candidatura portanto eles têm de certeza esse sonho ainda provavelmente dron Barroso já acha que Neste contexto ainda podem avançar não dron Barroso acho que não mas Sant an Lopes não digo que e ainda não tenha a sua o seu desejo completamente adormecido alguma destas pessoas vias em melhores condições do que Marcos Mendes A mais só acrescentar mais dois nomes Aqui Esta esta esta Nossa equação há duas pessoas que também gostariam de ser presidentes da república e também foram testando a sua oportunidade e foram tomando as suas conclusões até Há uns meses de que essa oportunidade não existiria para 2026 Rui Rio e de quem um fã Incondicional eu Incondicional Incondicional como sabe eh eh Rui rio que sobretudo quando sai da da presencia do PSD eh e logo a seguir há um pouco tempo depois há um colapso de um poder socialista que se jogava que iria perdurar durante muito tempo eu dáme ideia que ele ficou com a impressão que o julgamento que se Faria sobre a sua liderança do PS em virtude desse colapso do Poder socialista deixaria de ser tão negativo como tinha sido no momento em que ele sai e que se calhar a presidência da república seria uma espécie de recompensa dessa desse esforço que ele sempre considerou patriótico qualquer coisa desse tipo e depois outra pessoa que também tentou preparar este caminho mais cedo ainda saindo e enfim das de deveres políticos e de atividade política logo quando cai o o segundo governo de Pedro passes coelha em 2015 com a formação da geringonça que é o Paulo Portas Paulo Portas tinha uma outra dificuldade que estes outros nomes que Eu mencionei que vêm todas as fileiras do PSD não têm é que Paulo Portas também gerou enfim passaram estes anos todos ele tentou reinventarse um programa de televisão toda a gente acha que se tiver um programa de televisão chega a Presidente da República é o presidente Marcel Rabel de Sousa Marcos menes julga isso Paulo Portas também julgava isso mas ele de facto Paulo Portas não apaga facilmente junto da Grande Família da do centro direita que é família do PSD a sua conduta quando foi parce de Coligação com Pedro PES Coelho isso era seria sempre um hbis contra ele H E eu acho que é mee também mediu a oportunidade e desiludiu-se com as possibilidades mas isto são conjeturas que eu faço acerca de todos estes nomes já agora queria só perceber nesta lista quem é que acha que está em melhores condições de facto eu não sei não sei sinceramente eu acho que há pessoas que teriam a experiência e e a maturidade política para fazer um bom mandato mas que enfim fizer uma carreira política que gerou um capital de rejeição da opinião pública que eu acho que é invencível acho que é o caso do Durão Barroso estou dar o exemplo de Durão Barroso porque como eu acho que não que não não será certamente candidato estou mais à vontade para falar dele do que outros que se calhar o quererão entrar agora era uma pessoa Claro com maturidade inteligência experiência como poucos políticos têm em virtude de também ter sido 10 anos presidente da Comissão europeia h e de ser um homem enfim que pensa a política e que e e que tem sentido estratégico das coisas H mas lá está Eu acho que ele tomou uma decisão Em 2004 que pagou políticamente que foi bom para eles ir para presidente da Comissão europeia mas arriscou as suas possibilidades futuras aqui no país com este diagnóstico que fez de fragmentação e incluindo à direita a vitória do almeirante com vml parece-lhe uma inevitabilidade Não não é uma inevitabilidade porque aqui há três há três lados deste deste não na verdade há quatro nós temos o candidato do centro direita H enfim diríamos que era o c do PSD do CDs digamos assim embora o CDs como partido também já não tenha relevância Nacional mas ser o candidato do PSD e não basta ser o candidato do PSD evidentemente é preciso ter 50% mais um dos votos mas percebem que seria a origem da candidatura neste momento com as relações como o chegas tem com o PSD e se as coisas tivessem só nesse plano haveria um candidato à direita do PSD chega teria de apresentar um candidato também não seria fácil envolveria dilemas estratégicos grandes para o André Ventura na medida em que ele ou se calhar Tá siim mesmo e tá a ir a todas a toda a hora o que depois também soua ridículo ou eh teria um problema de encontrar nomes nós vimos a desastrosa escolha que André Ventura fez na onde ele onde André Ventura perdeu uma oportunidade política e de ouro para para consolidar a sua posição das legislativas escolhendo um candidato pésimo para as eleições europeias e responsabilidade foi toda dele Portanto ele também teme Lia estratégica e depois para além do Almirante gov Melo que seria há aqui a candidatura I anista do Século XXI para a Malta mais nova que nos houve estou-me referir evidentemente ao General ramalhos que foi presidente durante 10 anos Ah e um grande artífice da Democracia portuguesa a quem os portugueses devem muito e mas teria um perfil idêntico uma pessoa que se queria apresentar como uma pessoa íntegra séria não dada ao a uma interpretação emotivista da política como agora está na modo e Marcelo Rabel de Sousa implantou com grande sucesso até há pouco tempo em Portugal e que tem os seus imitadores também à esquerda e à direita imitadores que às vezes não são tão bons como o imitado Mas isso faz parte mas também temos os problemas da esquerda também temos os problemas da esquerda o PS também vai ter problemas estratégicos grandes sobretudo Pedro Nuno Santos e António Costa que está também de certa maneira a tratar disto lá de de Bruxelas a partir da presidência do Conselho europeu ele não tá fora disto eh eles o PS e a esquerda o centro esquerda e a esquerda também tê problemas estratégicos na escolha dos seus candidatos portanto a fragmentação é transversal e e só perguntar-lhe falou do Marcel Reel de Sousa nunca escondeu que não é exatamente o maior fã do Presidente da República acha que vai sair pela porta pequena eu acho que ele perdeu uma grande oportunidade uma oportunidade Histórica de deixar um legado político pelo qual ele sempre ansou ele vem de uma família com pergaminhos políticos embora no Antigo Regime evidentemente ele é como eu disse uma grande figura da Democracia portuguesa não só do lado do jornalismo antes até do 25 de Abril na na Fundação do Expresso Ah e depois como um colonista e um comentador eh de excelência que dos poucos comentadores que que geravam audiências enormes quando falava quando se punha a criticar ou elogiar os os político estava em Ação mas ele teve aquela experiência na presença do PSD que acabou da pior maneira e para alguém como Marcelo Rebel de Sousa Julgo que esse essa desilusão esteve sempre à espera de uma redenção e eu e e a oportunidade para essa Redenção aparece em 2014 2015 quando se pensa a candidatura depois dos dois mandados de Cavaco Silva Ah e ele que ele julgou a interpretar os tempos do país em que se ele fizesse uma magistratura de contraste com cavac Silva que sai eh com níveis de popularidade muito baixo como nós nos lembramos embora também seja uma pessoa a quem os portugueses devem muito eh na construção da nossa democracia na consolidação da nossa democracia mas Marcelo jul que se ele que ainda por cima tinha inclinação de caráter de temperamento para fazer uma magistratura de contraste com com cavaco que ele se tornaria um presente notável que o que o futuro olharia em retrospectiva a dizer bem Este homem reinterpretou o que é a sfia do estado e reinterpretou a relação política de um líder com o seu povo e eu acho que ele julgou que nos dois três primeiros anos em que parecia que isso ia acontecer ah Claro que ele ao mesmo tempo não preparou as bases para quando a situação se alterasse decisões graves que teriam de ser tomadas se tudo isso não revelasse que tinha uma espécie de pés de Barro quando teve de ser mais interventivo perdeu o mais interventivo tomar determinadas decisões e apresentar-se em momentos que exigiriam autoridade seriedade integridade e até alguma frieza ele teve sempre aquele aquela hesitação entre oscilar entre ser o Marcelo 1 e o Marcelo do e depois ele achou que só poderia fazer isso e foi uma das razões que eu sempre o critiquei ele só conseguiria ser um presidente notável se estivesse blindado e o que é que é um presidente blindado bem olhando para trás para Cavaco Silva ele achou que estar blindado era ter o apoio do PS e portanto ele fez tudo para obter o apoio do PS e conseguiu de António Costa o apoio Total mas em troca deu o apoio Total A António Costa e portanto ele ficou vinculado também ao fracasso que foram os 8 anos de António Costa dis ele já não se pode livrar ele quis comprar uma espécie de segurança comprou pagou o preço e agora o preço está aí ele T de o pagar vai pagando importações reagiu mudando aqui de órgão de soberania reagiu à comunicação do primeiro ministro sobre a segurança interna falando em surpresa e perplexidade H aquela declaração nos termos e nos modos em que foi feita demonstram algum desnorte da parte do governo eu julo que sim H primeiro eu exortar o governo e o primeiro-ministro para resistirem à tentação de supor aquilo que às vezes se supõe na política portuguesa Quando é o PS a governar que a comunicação faz milagres que há uma espécie de arte da comunicação política que se for bem acertada E se for executada pelos melhores profissionais e os mais caros profissionais do mercado que não interessa os erros de política os erros substantivos de política tudo se pode maquilhar tudo se pode Car arte facto governações como a de Guterres Sócrates e Costa em grande medida São isso mas eh constatarmos esses factos não nos devem levar a supor que a nossa estratégia política deve ser Idêntica portanto eu primeiro deixaria essa exortação não estou a dizer que é isso que se está a passar com este governo estou dizer que exorto a não ceder a esta tentação Eu também já tive daquele lado num governo de centro direita e sei como a nossa Malta muitas vezes também tem esta tentação não vamos fazer é como a PS e o PS faz assim e contrata este e depois dizer estas mentiras e se as mentiras forem ditas desta maneira as pessoas acreditam enfim se se fizermos números mediáticos as pessoas deixam-se hipnotizar por aquilo portanto eu sei que essa tentação existe não estou a dizer que que luí Monteiro tenha cedido a ela mas estou a exortar para que ele continue firme eh na rejeição dessa dessa tentação em segundo lugar isso agora uma observação mais substantiva Eu acho que tenho que reconhecer após estes eh se meses de governo S meses oito oit mes governo pass de pressa 8 meses de governo e eu tenho que reconhecer que há aqui um problema um problema político fundamental neste governo que é a ausência de sentido da sua própria governação quer dizer eu acho que o governo ainda não soube interpretar eh o seu exercício do Poder como tendo um alcance além da mera preservação do Poder estavam preparados só para para os se meses até o orçamento eu acho que nós também temos que justos que é a mais elementar justiça manda dizer que eles tem uma maioria muito pequenina no Parlamento e portanto também não dá para pensar em grandes coisas se depois isso imediatamente esbarra com a oposição do partido socialista do chega e portanto também há essas limitações e eu eu quero ser justo e sei que isso isso é um obstáculo grande no entanto parece-me que em dados momentos nestes últimos 8 meses que essa esse sentido histórico digamos assim esse sentido histórico da ação política do governo ainda não está definido na cabeça dos próprios Claro podemos dizer enfim que como muita gente e eu próprio também interpretei as eleições os resultados das eleições de 10 de Março eh que deram Vitória a Luís Montenegro com uma espécie de primeira volta de uma segunda volta que nós vamos ter não é em 2026 já com o novo presidente da república eh Julgo que este governo não consegue passar a 2026 é impossível estar a limitar e imaginar o que é que vai ser o futuro mas 2026 2027 Haverá novas eleições e portanto todos a preparar-se para essa segunda volta não é só o governo é a oposição também só que há aqui um problema é que o governo tem a responsabilidade de governar as as oposições como nós sabemos partido socialista eí chega em particular enfim podem dizer mais ou menos o que quiserem um dia dizem uma coisa dizem outra as pessoas penalizaram ou recompensaram Pedro Santos ou André Ventura Com certeza mas quer dizer isso não é consequente para a linha política que o país como too tem de seguir e portanto eu diria que a consistência deste governo vai de depender de se encontrar com inteligência criatividade e um sentido histórico para que é que este governo serve reparem que eu não estou a falar de coisas muito abstratas Pode parecer mas não estou eu posso dar exemplos dos últimos dois governos para não ir mais longe o governo António Costa o governo António Costa formou-se com um sentido eu a achei que foi um sentido péssimo para o país com certeza é o meu julgamento político acho que foi muito mal para o país mas tinha um sentido que as pessoas perceberam as pessoas que só opunham ao governo e as pessoas que apoiaram o governo António Esta que era vamos reverter o legado de Pedro passos coelo pronto e nós vamos estar aqui vamos dizer que eles eram muito maus nós é que somos bons Vamos fazer umas políticas diferentes às vezes Vamos fazer as mesmas políticas Mas vamos chamar diferentes mas nós até percebemos o sentido disso e Pedro P Coelho teve o sentido histórico de que era Óbvio na altura vamos lá salvar o país da da Falência recuperar o país para preservar As instituições e dar mais e um novo folo à democracia portuguesa com mais prosperidade etc e por não ter esse sentido histórico ou por não ter encontrado ainda esse sentido histórico este governo ainda está a ser um executivo de continuidade Face ao último Pois eu acho que isso é uma espécie de inércia não é se não se encontra esse novo sentido histórico que justifica a ação governativa noutros termos e tendo em conta a fragilidade parlamentar do governo então parece-me que é a via mais fácil não só para a sobrevivência no Parlamento para passar as votações desde logo o orçamento de estado parte social também parte social mas reparem mas ainda há um outro problema que é este eh eu acho que é óbvio para toda a gente que os três principais partidos neste momento só tem uma estratégia eleitoral aá retórica para todos os assuntos e para todos os grupos demográficos mas a estratégia eleitoral dos três é igual é ver quem é que fica com os pensionistas ou com a maioria dos pensionistas até agora os termos do jogo foram depois do governo Pedro passos Coelho os socialistas ficaram com a maior parte dos pensionistas pronto e lism começou a rachar aquilo até porque os os pensionistas também agora já nestas eleições também já começaram a abandonar o partido socialista e há um grupo de pensionistas que também apoia André ventur e apoia a che eu tendo a achar até que que os temas da imigração e da segurança vão levar até um um grupo cada vez maior de pessoas mais velhas em Portugal por sentirem mais expostas mais frágeis mais inseguras nas suas vidas cotidianas também a continuar a apoiar o chega portanto agora há uma luta destes três partidos e nós vemos nesta votação A propósito do aumento das pensões não é e em que se jula quem ficar com os pensionistas ganha quem ficar com os pensionistas com dos pensionistas é poder é governo bem a partir daí o que é que se pode fazer vamos imitar o governo que tentou e seduzir subornar comprar os pensionistas em cada dia da sua ação foi o governo de António Costa O que é que vamos O que é que H ali de mais parecido bem se é isto se eles conseguiram ficar com os pensionistas Então se calhar nós temos que ir por aqui também enfim também não quero fazer uma caricatura do que está a passar até porque há muitas coisas que eu elogio neste governo como sendo diferentes por exemplo a equipa de educação que me parece excelente com o Ministro Fernando Alexandre equip e só recentr na questão da comunicação de ontem levantou a hipótese de ter acontecido por não existir confiança de luí Montenegro em Margarida Blasco a ministra está a prazo nesse lugar e bem o o primeiro-ministro é que se abra ela está a prazo eu posso dar a minha opinião e a mim parece-me um requisito absolutamente indispensável do cargo de Ministro não de outros cargos não para ser presidente de de uma agência reguladora do Estado por exemplo ou para ser assessor ou sequer para ser secretário de estado mas para Ministro o mínimo de competências comunicacionais tem de estar presente faz parte do currículo não é vamos ver se ele é licenciado é mais importante do que ser licenciado para mim é por uma razão democrática o ministro desempenha um cargo público que na sua origem na sua finalidade é de relação com os governados portanto isso pressupõe requisitos mínimos não tem que não tem que ser um morador Fantástico não tem que ser um grande manipulador das das das das multidões não é isso que eu estou a falar mas requisitos mínimos e eu parece-me evidente que o primeiro-ministro e se calhar o núcleo duro deste governo chegou à conclusão que com certos ministros não pode contar sobretudo se quiser aproveitar um tema como Luis Montenegro Ontem quis aproveitar de grande ressonância na população portuguesa o tema da segurança ou da insegurança eh e ele achou que não devia desperdiçar aquela oportunidade em quem não teria competência comunicacional não estou pôr em causa as outras competências da ministra para para capitalizar tudo o que podia ser capitalizado E H há quem entenda que essa essa declaração ao país e pode ser uma forma de retirar a iniciativa e agenda até eh ao chega concorda e e sim acha que foi uma estratégia bem sucedida não bem sucedida não foi e aquilo nem sequer foi uma estratégia foi um ato um ato que a mim parece-me falhado agora eu sempre defendi que vist V para Portugal V para os outros países europeus todos a razão porque eh os partidos populistas à direita valeu à esquerda também posso dar o exemplo para a esquerda que foi há 15 ou 20 anos vamos começar pel exemplo da esquerda já agora que é para não pensarem só que é um problema do populism de direita no populismo de esquerda que nasce ou que que nasce disparado mas que cresce e ali na no tempo da crise financeira 2008 2009 e aqueles primeiros anos eh uma esses partidos populistas de esquerda crescem às custas dos partidos de centro esquerda tradicional dos partidos trabalhistas dos partidos socialistas em grande medida que cresceram porque aqueles partidos do centro esquerda tinham renunciado como nós estamos a ver que renunciaram mesmo a defender a classe trabalhadora a falar das questões sociais a falar das desigualdades houve uma espécie de inebria com a globalização com a terceira via dos Tony BL e dessa gente toda eh que em que o o centro esquerda achou que se devia tornar mais à direita Porque iria ficar formar grandes partidos do centro partidos hegemónicos na verdade isso levou-os a apaixonar por todo o tipo de derivas ideológicas absurdas o alismo é a sua expressão Mais Evidente desistindo renunciando à sua à sua missão de representação tradicional vieram os partidos de bismo de esquerda e denunciaram desigualdades chocantes por exemplo e práticas de corrupção do setor privado à à governação e foi um choque muito grande para os partidos C de esquerda o que aconteceu à direita à direita aconteceu um fenómeno equivalente mas não com os mesmos temas um dogma um fechamento dos partidos C direita em Portugal também mas não só em Portugal que os partidos Cent direita agora estão a pagar muito caro de se ter achado que não se devia falar sobre imigração que não se devia falar de segurança em grande dia também porcentagem da esquerda porque se a esquerda dizia que falar de imigração eraa sinónimo de racismo Então os partidos centro direita achavam n falar da imigração ou como Pedro Nuno Santos disse ontem um disparado de observação que Luís Montenegro tem uma deriva securitária aqueles lugares comuns completamente ridículos que a esquerda patrocina mas de facto foram suficientes para até há pouco tempo até h há muito pouco tempo intimidar os partidos do centro direita pem depois os partidos populistas mas luí Montenegro tem optado por falar sobre essas questões a questão é é se está a conseguir H chegar mas eu queria corrigir mas eu queria corrigir aí uma coisa luí monego é presidente do PSD desde 2022 e ele demorou muito tempo já com chega em grande crescimento a perceber que o PSD não podia deixar de falar desses temas as pessoas têm que perceber que a democracia é o regime da discussão livre sobre todos os temas que são relevantes para a população e agora percebeu está a conseguir transmitir a mensagem certa se e essa intervenção parecer precipitada eh oportunista e inconsequente e não estratégica inconsequente as pessoas não vão atrás de primeiro estalar de dedos por isso é que eu digo isto tem que ser feito de uma maneira metódica respeitando a moderação política do partido portanto coisas com nós não podemos contar dos partidos populistas à esquerda e à direita que não são moderados nem neste mas nem nos outros Mas como estratégia e falar com sensatez e Constância à população e a partir daí Sim esses temas ainda deixam de ser monopólios dos extremos políticos e não é só esvaziar os tremos políticos que é sempre bom é os próprios temas em si os problemas não nos explodirem na cara e poderem ser atempadamente tratados com humanidade com sustentabilidade com inteligência porque se for em cima de o problema nos ter explodido já não haverá moderação já não haverá inteligência haverá apenas um apagar um uma extinção de um fogo que será essa a exigência da população num comentário muito rápido que estamos a ficar sem tempo fazemos esta entrevista na véspera da aprovação do orçamento do Estado H é é visto como uma espécie de fim de ciclo da destes primeiros meses do governo como dizíamos há pouco em retrospectiva faz um balanço positivo dos primeiros o meses isto era aquilo que a aliança democrática prometia eu faço um balanço positivo provisório provisório eh nestes termos nos termos do da vitalidade do nosso sistema democrático e como eu disse nós estamos num período de transição para algo que nós ainda não sabemos o que é isso também é o período de transição à escala europeia portanto vivemos aqui um período de grande determinação e em definição mas era Vital era Vital para o sistema político democrático que a exonia do partido socialista fosse quebrada e isso foi foi um feito e algo pela qual eu estou grato ao luí Montenegro ter removido o partido socialista do poder na medida que o partido socialista não foram as políticas públicas só que eu critico foi esta atitude permanente que o partido socialista não consegue eh ao qual ele não consegue renunciar que vinha de J sre já vinha de António Guterres também que é governar como uma ação de colonização do país o partido socialista acha que governar significa eh estender os seus tentáculos a todos os centros de decisão não é só no estáo e na administração pública no setor privado na sociedade civil as democracias não sobrevivem assim se os partidos não têm disciplina interior para se conterem e não subverterem as instituições que t à sua Mercer é vital que haja mesmo eh alternância no poder mesmo quando não há Alternativa de políticas públicas é vital aqui e em qualquer democracia no ocidente Luís Montenegro queixou-se Há dias de que o governo nunca teve um estado de graça não há uma responsabilidade do primeiro ministro nisso eh reparem eu nunca gostei muito dessa abordagem da análise do do Estado de graça isso foram coisas que se inventaram já há muito tempo por exemplo Roosevelt inventou aquela coisa dos 100 dias quer mostrar que o governo em 100 dias vai logo tratar dos assuntos todos enfim S lá está são os golpes de comunicação que começaram a aparecer primeiro nos Estados Unidos e depois contagiou aqui a a a nossa a nossa política europeia a ideia de que um governo quando ganha enfim um governo quando ganha o que há é apenas o alívio para o governo anterior se ter ir embora mas depois é uma questão da circunstância se o país está a crescer economicamente ou está em crise quer dizer eu acho que os Veres não têm direito a nenhum estado de graça e as coisas para o Luis Montenegro foram difíceis Porque tem uma maioria parlamentar muito pequena tem pela primeira vez oposição à esquerda e à direita coisa que nenhum primeiro-ministro do centro direita al uma vez tinha tido não é eh Claro em grande medida por responsabilidade dos presidentes do PSD depois de p passc nomeadamente Rui Rio e que o Luis Montenegro enquanto era líder da oposição também não conseguiu corrigir é preciso dizê-lo ah portanto Houve essa inércia essa inatividade essa complacência com o crescimento do chega enfim foi um erro que o PSD agora tá a pagar caro ele teve esses obstáculos e depois teve eleições europeias logo a seguir que correram francamente mal ao PSD eu acho que na altura a tendência do PSD foi para dizer não isto parece ganhou mas fossem legislativas estremos gan bem na verdade as sondagens mais ou menos confirmam que eu acredito que o PSD ganharia as eleições outra vez mas com o resultado próximo do 10 de Março parece olhamos olhando para as sondages portanto aquelas aquelas eleições europeias já eram indicadoras de alguma coisa se estava ao alcance de luí Montenegro ter feito uma coisa muito diferente a única coisa que ele podia ter feito muito diferente é verdade mas tinha muitos riscos políticos era ele decidir bem em vez de governar com uma maioria Pequenino faço uma Coligação à minha direita com o chega e era um mundo novo que nós não sabemos o que é que teria acontecido eh eu nunca fui a favor disso mas de facto era a alternativa estratégica que ele tinha nunca saberemos O que é que teria acontecido se ele tivesse feito isso houve uma escolha e portanto Ele nessa medida é responsável Claro ele é o único responsável pel uma escolha estratégica que fez foi Vamos fazer um minoritário fazer um governo minoritário em que ele ainda por ca escolheu explicitamente o PS como o seu parce de negociação então acabaríamos sim num governo que seguiria políticas muito semelhantes a do governo anterior era uma condição de viabilidade do governo Mig Morgado vamos entrar na segunda no segundo segmento do nosso programa bloco carne no peixe só pode escolher uma de duas opções se recorda Eu acho que esta vão ser mais fáceis quem levava a comer um gelado Santini tardio em vou dizer duas coisas eu não gosto dos lados eu sei é estranho eu não gosto lados mas eu eu gosto em termos pessoais gosto muito do luí Marques Mendes e portanto o também conheço o luí Marques Mendes Com certeza se me convidar para jantar Amanhã eu vou Dev estar um bocado zangado comigo por causa de outras coisas mas se não tiver zangado comigo com ou oado ou lado pronado prefer ver Pedro PC regressar à liderança do PSD ou Sebastião bogalho a conquistar o partido Ah mas eu nem percebo essa esse dilema quer dizer eu até estou perplexo enfim a comparação a mim parece não é uma comparação mas há como há capítulos que se fecham não não não não não mas com todo o respeito não leva mal mas é mesmo absurdo não é comparar o incomparável Pedro passos coelho é um dos grandes estadistas dos últimos 30 anos em Portugal e alguém que se regressasse à política enfim obrigar iria obrigar-me também a mim a regressar à política é tão simples quanto isto eu tenho uma relação pessoal e política com Pedro passes Coelho absolutamente inquebrável se bastante galho galho foi meu aluno Quero dizer tá a dar os primeiros passos acho que não fez uma boa campanha nas europeias acho que ele não devia ter sido escolhido para cabeça de lista das europeias digo isto com toda a amizade a minha opinião h e acho que enfim acho que não estou comer nenhuma Inconfidência acho que o Sebastião não vai não se vaiar comigo para dizer isto mas eu sempre disse ao Sebastião para ter paciência e esperar acho que é o que ele deve fazer deve esperar e não deve estar a pensar em ser presidente do PSD acho que que ainda tem muita muitas escadas para subir com quem é que passava uma semana de férias numa ilha deserta Miguel prata Roque ou Rui Rio e pá não eu não vou responder à pergunta qu e pá eu gosto muito de vocês mas eu essa pergunta não vou responder eu e pá não não vou responder essa perg mas eu eu eu doume bem eu com Rui rio não tenho nenhuma relação levar os dois e depois ver se os três jun uma ilha deserta esta disar uma ilha deserta Depois tinha que aturar os dois não pensar eu não tenho nenhuma relação pessoal com o ru Rio nenhuma mas com o Miguel prata eu dou-me bem com ele dou-me bem com ele eh temos lá aquelas eh aquelas discordâncias às vezes vientos mas mas acho que nem eu nem nem ele quereria e Def feras comigo Quer dier tel aos amigos dele não não nem um nem outro vamos ver se est é mais fácil falávamos há pouco numa possível segunda volta das eleições presidenciais vamos imaginar um cenário em que só sobram dois socialistas qual escolhia António José Seguro ou Mário Centeno Ah eu acho que essa resposta também de outro caras embora não vá certamente votar em nenhum candidato socialista nem tenho nenhuma simpatia política Embora tenha pessoal pelo António G seguro mas se a escolha for essa Ah isso acho que toda a gente adivinha o que é que eu vou dizer não é Eu voto no António Jé segor é evidente mas caras e sem nenhuma hesitação toda a gente sabendo que eu nunca apoiaria um candidato socialista Mas entre Mário centen e António José Seguro eh há uma diferença de enfim eu não quero estar a utilizar palavras agora excessivas já disse o que tinha a dizer ontem sobre Mário c marrio s está a levar a cabo uma subversão total do Banco Central português do banco de Portugal ao serviço de da sua ambição e eu acho que isso não se faz e é imediatamente eliminatório para mim dele ter a ambição não é de ser presidente da república não pode voltar a ser Ministro das Finanças sequer eh e esta foi a sua conduta como Ministro das Finanças que eu tentei sempre expor porque considerá-la muito no Cível teve o a proteção do Poder socialista na altura Implacável teve a proteção dos mídia ten que dizer teve uma proteção inacreditável dos meos de comunicação social na sua generalidade eh mas a mim parece-me o tipo de Conduta e o tipo de político que que o país deve repudiar Miguel Morgado como é hábito do nosso programa o convidado traz uma sobremesa no caso uma música que música é que nos traz e porquê Ah eu trouxe uma música já antiga os meus gostos musicais nunca evoluíram a lei de 1990 91 Fiquei parado no tempo trouxe uma música de 90 de uma daquelas muitas bandas inglesas que apareceram naquela época ótimas est chamam-se Ride e esta música chama-se Now e se as pessoas tiverem atentas lá ao refrão ele diz qualquer coisa como e o comboi passa a correr tal como um dia que passa depressa e depois no final ele até diz não só Like A Day gone to Fast mas ele até diz like a life Então parece que ele está a dizer e depois o refrão é a única coisa que eu sei eu aqui agora parece-me que esse é o problema que nós temos agora na política em Portugal e na política na Europa nós só temos políticos e líderes que estão a pensar no aqui e agora e no entanto Nós estamos neste período de transição o Comboio tá a passar e quando ele passar nós vamos perceber pera lá Aconteceu tanta coisa e nós tivemos a cuidar do acessório eh e portanto eu eu espero que os políticos europeus agora não quero falar de Portugal despertem porque nós estamos com desafios muito grandes o tempo a aceleração do tempo histórico é enorme e nós não temos muito tempo a perder para resolver problemas que a Europa tem muito graves e em Portugal mais graves ainda mado muito obrigado por ter regressado AAS os nossos ouvintes eleitores já sabem podem ler e ouvir esta entrevista no site na rádio nas plataformas habituais até à semana [Música]