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Esta é a história do dia da Rádio observador o PS tem um guião para lidar com o chega em [Música] eleições quando no regulamento diz que em caso algum a criança deixa de comer independentemente do pai ou mãe ou encargado não pagar vamos ter que alterar isso e por isso comigo não há hipótese e por isso vamos credibilizar o sistema eu sei que vocês estão espantados com uma pá eu penso pela minha cabeça meus meus amigos vamos ter que credibilizar o sistema e por isso o que vamos fazer é que o pai ou a mãe não pagam só porque aproveitam-se da fragilidade do sistema então aí a crença não come esta declaração de Ricardo Leão causou grande polémica o presidente da Câmara Municipal de Loures veio depois tentar aquilo que chamou de reposição da Verdade enquadramento falava sobre as refeições pagas pela autarquia às crianças do concelho há 2 milhões de euros em dívida diz o autarca de Loures e acrescenta que haverá abusos que contribuem para esta situação a estas declarações somaram-se depois outras na sequência dos tumultos na grande Lisboa por exemplo Ricardo Leão defendeu o despejo de casas de habitação social para quem participasse nos distur estas declarações todas somadas agitaram as águas e de que maneira no PS há quem diga que o discurso é típico do chega a quem peça reflexões Profundas sobre como deve o partido socialista abordar estes temas sensíveis que existem e é importante resolver terá o PS criado Ou irá criar uma espécie de cartilha um guião para saber o que fazer e dizer é sobre isto que vou conversar com Tavares jornalista da secção de política grande repórter do Observador eu sou o Ricardo Conceição e esta é a história do dia de sexta-feira 6 de [Música] dezembro bem-vinda Rita Olá Ricardo para começar temos de regressar aos casos de Ricardo Leão presidente da Câmara de Loures e também de Sónia sanfona autarca de alpiarça São dois casos portantes e é preciso perceber o que disseram para percebermos também o resto desta história do dia vamos aqui começar pelo caso de Ricardo Leão que fez umas declarações que causaram polémica sobre o despejo de Inquilinos quando já tinha falado na como ouvimos naquele som de abertura da história do dia que os pais não pagam a criança não come aquele foi uma um episódio polémico e depois surgiu então este novo episódio polémico que coincidiu com a onda de protestos que tivemos nos bairros é verdade temos que recuar esse tempo quente dessa onda de protestos na zona da grande Lisboa depois da morte da Odair Munis em que semanas depois em Loures numa reunião de câmara foi aprovada uma resolução do chega com os votos favoráveis do partido socialista que defendia o despejo de Inquilinos em habitações municipais e que tivessem participado na onda de desacatos o presidente da Câmara socialista Ricardo Leão pediu mesmo a palavra para dizer que era preciso agir sem dó nem piedade utilizou esta expressão e isto chocou muitos socialistas que vieram falar de direitos humanos básicos e do direito à habitação e acabou como te lembras na num pedido de missão de Ricardo leão do cargo que tinha há muito pouco tempo na altura como presidente da Federação do PS em Lisboa esse episódio soma só o outro e da criança não come assim ficou ficou conhecido E agora temos um episódio ainda mais cente da presidente da Câmara Municipal de alpiarça Sónia sanfona o que AC foi num tema diferente mais parecido com esse do criança pai não paga criança não come que é H Sónia sanfona a presidente da Câmara de alpiarça defendeu que os apoios sociais escolares não sejam atribuídos a crianças cuj os pais exibam sinais exteriores de riqueza o que é que aconteceu Nova Onda de críticas dentro do partido socialista que não quer aparecer colada a uma linha de raciocínio e de ação política que normalmente encontramos mais no chega Isto é aquela eh aquela lógica de eh vivem no bairro social e tem um carro de alta cilindrada parada à porta não é portanto é é é este discurso que está a motivar todas estas reações e até tivemos pelo meio um artigo eh no público Assinado por três socialistas um deles António Costa que também picava para ser simpático este esta estas questões É verdade pelo meio um um uma opinião vinda de Bruxelas do então presidente eleito do do do Conselho europeu h e ele assinou o artigo conjuntamente com Pedro Silva Pereira e José Leitão outros dois socialistas e Para quê Para fazer a defesa da honra do partido socialista dos valores do partido socialista só que no dia antes desse artigo ter saído já o secretário-geral do PS Pedro nundo Santos tinha falado sobre o caso tinha mostrado não gostar das palavras mas defendia o autarca Ricardo leão e tudo aquilo acabou por ser entendido aquele artigo como um ataque ao Líder evidentemente que tinha falado no dia anterior e também foi considerado por muitos socialistas algo despropositado tendo em conta que era o presidente eleito do Conselho europeu a voltar à política nacional por causa de uma questão em Loures Uhum E já agora Rita O Que é Que disse na altura Pedro Nuno Santos perante o que disse Ricardo Leão sobre a questão dos despejos eh disse quis fazer ali um bocadinho a a defesa do autarca e e enquadrar da de alguma maneira as declarações tinha feito dizendo que foi um mau momento mas que isso não marcava o que ele tinha feito como presidente da Câmara de Loures nestes últimos 4 anos e que essa separação devia ser feita dizia então o líder socialista até porque deve ser o o Provável recandidato não é sim aliás foi uma das coisas que se soube logo nessa altura porque na carta de demissão de Ricardo Leão o próprio afirmava que era recandidato e Pedro Nuno Santos não se veio opor a essa recandidatura disse mesmo me criou ali a primeira regra para as autárquicas que ainda não se se conheciam que é autarca que esteja em funções e que queira recandidatar se pode fazê-lo já voltamos à conversa com a jornalista da secção de política do Observador Rita Tavares afinal de contas o PS tem ou não tem um guião para saber como lidar com estas situações [Música] tirei tirei a faca fui empunhe e mesmo no momento em que esta é a história do padre obsecado com infiltração do comunismo na igreja que tentou matar o Papa em Fátima e do misterioso segredo fechado num cofre que os unia assume-se como um protegido vir de [Música] ftima pap é uma série para ouvir em seis episódios que faz parte dos podcast Plus do Observador é narrada por mim Pedro Laginha com banda sonora original de Rodrigo leão e participação especial de Adriano Luz na voz de Juan Fernandes cron estamos de regresso à conversa com Rita Tavares grande repórter do Observador Rita e perante essa linha de acontecimentos que já Aqui passamos em revista surgiram várias vozes no PS também outras fora mas agora vamos olhar para as do PS que apelavam para uma reflexão quase um toque a reunir É no mínimo isso uma reflexão um debate é reconhecida no pé essa tentação para localmente alguns dos autarcas socialistas sentirem alguma pressão para replicar o discurso que está a ganhar terreno na sociedade e que o chega tem explorado muito nomeadamente nos temas relativos à imigração mas também a atribuição e justa de apoios sociais os autarcas que lidam mais de perto com os problemas que que advém dessas desses assuntos acabam por e eh acusar mais o toque e até há um com quem falamos para um artigo que escrevemos no observador sobre este assunto e que falamos com ele por ser o presidente do o representante dos autarcas socialistas da Associação Nacional de autarcas socialistas que se queixa até de muitas vezes a legislação que tem de ser aplicada ser feita com uma perspectiva Nacional chocando depois com questões com que na prática os autarcas que que se confrontam com as realidades locais e têm à sua frente e perante este perigo de repente o PS mais parecer na forma o chega há alguns socialistas que ou já tomaram medidas como por exemplo no texto falamos de André pinotes Batista ou defendem uma reflexão caso de prefirio Silva teve no programa vichi soaz e do deputado Eurico brilhante dias ou até os que querem uma espécie de cartilha para que ninguém tenha dúvidas de como há de agir perante estas questões colocadas localmente caso de André pinotes Batista de Francisco Assis que eu tinha dito ao público e outros dirigentes com quem falamos mas essa essa cartilha ou esse guião essas linhas de orientação já estão escrita já estão já está feita ou ainda não não por agora é um desejo e uma pressão que está a ser colocado por alguns socialistas eu chamo-lhe pressão na medida em que já São muitos os que falam e na necessidade de haver ali um uma linha condutora para para autarcas e não só H mas é um assunto sobre o qual ainda não se ouviu a direção nacional e embora Pedro Nuno Santos tanto no caso de leão como no caso de Sónia sanfona não tenha ficado pela simples condenação do que foi dito e chegou mesmo a dizer no caso de Ricardo leão e até eh perante o artigo de opinião que foi escrito e que nós já falamos e Assinado por António Costa que o combate à extrema direita no mundo na Europa e em Portugal não se faz com proclamações mas com políticas concretas para resolver os problemas das pessoas portanto aqui já eh dava a entender que era preciso haver uma abordagem diferente do combate aos temas que a Extrema direita ocupou e agora a direção eh socialista relativamente ao caso de Sónia sanfona veio dizer eh muito concretamente sobre os pois sociais que eles podem e devem ser fiscalizados parecem sinais no sentido de não dizer que não se pode ficar alheio a estes temas que são cavalgadas e pelo chega a toda a hora mas também não há mais do que isto não há qualquer orientação nesse sentido nem sequer se percebeu se há sequer essa intenção embora exista uma pressão de alguns socialistas nesse sentido mas por exemplo mais uma vez o líder da da Associação Nacional de autarcas socialistas diz que nada disso é preciso e que os autarcas do PS sabem muito bem Quais são as linhas pelas quais devem guiar a sua ação porque isso é muito interessante e é e é também muito importante no no no tempo que atravessamos porque já assistimos a isto e o chega pega em vários assuntos que dizem respeito ao dia a dia das pessoas e quando estamos a falar de autárquicas isto ainda se calhar é mais é mais presente e isto leva-nos a leva-me a uma pergunta que é a estratégia dos partidos mais tradicionais ou do centro como PS PSD que estamos a olhar para o PS passa por combater este discurso fácil do chega como dissemos tem o carro não sei quantos milhares de euros parados à porta não há subsídios para ninguém não é e este é o discurso do café que ouvimos que ouvimos muitas vezes na por parte de do chga a estratégia passa por combater este discurso com mais Discurso ou com política com ideias com apresentação propostas que as pessoas podem avaliar e votar ou não não até agora o que tivemos Por parte dos partidos e não só do partido socialista mas aqui estamos a falar do partido socialista é muito o combate a perceções falsas que o que o que os socialistas por exemplo Dizem que o chega cria sobre realidades esses exemplos que estiveste a dar por exemplo h de coisas muito concretas sobre os carros de alta cilindrada estacionados à porta da escola H enfim há aí uma houve até agora uma tentativa de desmontar esse discurso eh cruzando com factos eh por exemplo no caso da imigração cruzando com dados sobre o que os imigrantes produzem no país e a mão de obra necessária em setores que os portugueses já não querem por terem qualificações mais elevadas hh mas agora parece estar a querer levar-se a coisa para outro ponto e mais mesmo da ação política de resposta no terreno e não só ficar no desmontar eh eh o discurso eh parece haver aqui uma intenção de não enfiar a cabeça na areia eh nestes temas que são muito da cota do chega até porque isso é deixar o terreno livre para ser Lavrado apenas por André Ventura o que com autárquicas no caminho as primeiras em que o chega tem uma implantação a nível Nacional mais significativa H isso cria naturalmente uma pressão extra eh sobre aqueles que vão a votos nestas autarquicas portanto muitos destes autarcas que estão agora a falar e a produzir discursos um pouco mais acalorados sobre sobre estes temas e é natural que também eles queiram eh meter a sua foice nessa Seara e não deixar que seja só lavrada pelo chega a preocupação existe no ps e as campainhas essas já soaram e essa forma de atuar que acabas de de descrever é consensual no PS há um consenso no PS em torno dessa dessa forma de responder não até porque há quem queira um guião há quem Ache que deve que não devem ser feitas linhas orientadoras e que Deva ser feita apenas uma reflexão alargada uhum e há quem Ach que Cada um deve saber autorregular-se e fazer a defesa dos direitos dos direitos humanos e dos deveres dos cidadãos de acordo com aquela que é a ideologia socialista e e que portanto não precisa de nenhuma orientação sobre como fazer isso tendo em conta a realidade em que sincero Obrigado Rita Obrigada Ricardo Rita Tavares é jornalista da secção de política e grande repórter do Observador esta foi a história do dia a sonoplastia é da Mariana Sousa Aguiar a música do genérico do João Ribeiro eu sou o Ricardo Conceição bom fim de [Música] semana se gostar deste podcast pode seguir dar cinco estrelas e comentar o episódio na Apple podcasts ou no Spotify pode também subscrever e gostar no YouTube Assim recebo uma notificação sempre que houver um novo episódio