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Olá bem-vindos à aula prática do projeto Mentes Brilhantes uma iniciativa do Observador sobre investigação científica de ponta nestas aulas práticas conversamos com investigadores diferentes com currículos diferentes experiências diferentes mas que trabalham sobre uma mesma área a aula prática de hoje é sobre cancro do cérebro ou mais concretamente sobre
Cancro no cérebro que são duas realidades bem diferentes para esta aula prática de hoje os investigadores que temos connosco são Diana Matias licenciada em bioquímica com doutoramento em ciências morfológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro fez investigação no University College em Londres e é atualmente investigadora do Instituto de medicina
Molecular João Lob anunes em Lisboa temos connosco também Miguel castanho também investigador do imm o Instituto de medicina molecular professor da faculdade de medicina da Universidade de Lisboa licenciada em bioquímica e com doutoramento em química e um pós-doutoramento pela Universidade do Havai Miguel começo justamente por si bem-vindos amos
Obrigado pela vossa disponibilidade H um cancro no cérebro ou um cancro do cérebro são duas coisas completamente diferentes não é verdade Olá Paulo são de facto e e ainda bem que se Realce a isso são duas realidades diferentes que exigem soluções diferentes nós por exemplo estamos mais interessados em
Cancros que chegam ao cérebro porquê Porque nós estudamos formas de impedir que o cancro chegue ao cérebro portanto que um cancro Se transforme num cancro do cérebro h e e por isso as nossas abordagens o pensamento que fazemos Enfim tudo aquilo que desenvolvemos é pensar e nessa nessa nesse transporte das
Células tumor que chegam que chegam ao cé que não ocorra Tent garantir que não ocorra portanto para nós é fechar as portas do cérebro portanto não é só uma questão semântica do Du e no nu é é para para quem faz base investigação são duas realidades e diferentes que implica
Tratamentos diferentes para para quem nos está nos está a ouvir para quem está está lá em casa eh por vezes tentamos desconstruir a linguagem do dos clínicos e dos médicos H às vezes há quem eu consiga fazer um pouco melhor outr tanto é o que falamos entre um cancro primário
Ou um cancro metastizado eh é disso que falamos podemos considerar assim embora possam existir metastização em muitos locais diferentes né também o cancro primário pode aparecer em em em muitos locais diferentes Portanto o ccro pode aparecer num determinado local que não é o cérebro e depois espalhar-se para
Outros órgãos porque há células que se soltam e vão colonizar outros tecidos outros órgãos noutros locais do corpo alguns deles chegam ao cérebro como é que atingem o cérebro sendo que o cérebro é um é um órgão tão protegido já é de si um mistério fazer fármacos lá a
Chegar é Um Desafio eh enorme mas faz parte do conjunto Global em que temos que pensar para ter soluções para o cancro de uma forma Global Então já vamos falar em concreto desse projeto que que tenta evitar Justamente que que um cancro chegue ao cérebro eh Diana Matias Obrigado pela sua disponibilidade
Bem-vinda E no caso do projeto que que que a Diana investiga não falamos de metástases falamos de cancros que são primários no cérebro não é verdade sim verdade Portanto o meu trabalho é basicamente em volta destes tumores primários do cérebro especialmente o gó estômago que é o o tumor mais agressivo
Eh que acomete o cérebro e uma for tentamos desvendar um bocadinho dos mecanismos que estão envolvidos na resistência a múltiplas terapêuticas E além disso eh tentamos achar um ou tentamos eh en criar novas terapias possíveis para estes tipos de tumores para combater este tipo de tumor
Hum a Diana dizia que é um que é o que os glias Thomas são tumores particularmente agressivos e na entrevista que que que nos deu e e no artigo publicamos sobre o teu sobre o seu trabalho perdão H A Dada altura usou uma expressão que eu que eu que eu citu
Eh São tores aterrorizantes E é isso que me fascina são agressivos rápidos mas silenciosos são matreiros e sorrateiros isto para um investigador inclui aqui outras camadas de interesse o facto da a forma tão Tão misteriosa passa expressão com que estes ccos evoluem clo Claro o cérebro já por ele já é muito misterioso
Não é se for for voltarmos 20 anos 10 anos atrás muitos dos mecanismos e das doenças que estavam Associados neurológicas mal se sabia o que é que que que o que é que elas eh consistiam na verdade e quais eram os mecanismos e a sua origem etc portanto já o cérebro
Por ele si já é um um mistério não é já já nos estimul nós cientistas a tentar perceber melhor o que que as morfologias patologias associadas e que aparecem nestes neste tecido neste órgão e os gó estomas têm a particularidade que não há uma cura e
São muito rápidos H ao ponto de quando são diagnosticados já é numa fase muito tardia da doença portanto porque são silenciosos exatamente e muitos deles não são sequer não se consegue se quer fazer uma remoção cirúrgica e e a disponibilidade terapêutica hoje em dia para estes tumores é quase nenhuma não é
Já já vamos voltar a isso era uma questão que eu tinha Justamente que eu Depois gostaria de ver de ver consigo hum Miguel castanho h o o o tumor em particular que ou o projeto em que o Miguel castanho está envolvido este em concreto eh tem a ver com cancros da
Mama que metastatizam no cérebro ora o cérebro é habitualmente o órgão principal em que que ocorrem metástases a partir de um cancro da mama não é verdade é um dos órgãos principais pode ser o pulmão também por exemplo mas o o cérebro tem este apelo que a Diana
Acabou acabou de falar o cérebro quer por ser um tecido muito frágil e portanto pode haver um impacto muito grande o impacto negativo da metastização no cérebro mas também por causa da ansiedade que provoca não é a a a uma mulher ou um homem enfim vítima de
De cancro da mama sobretudo se for daqueles cancros mais agressivos como o triplo negativo por exemplo o facto de poder vir a ter metástases no cérebro causa uma grande ansiedade porque precisamente porque o decit também é muito frágil o impacto pode ser muito grande e ser muito debol tante para a
Qualidade de vida da da pessoa para nós cientistas eh o o cérebro tem ainda um uma outra uma outra questão que era que era aquela que falávamos há pouco que não tem outros órgãos que é o facto de ser muito protegido e não deixar que qualquer molécula qualquer composto em
Circulação lá chegue é protegido por um por um palavrão que que que os cientistas usam habitualmente que às vezes temos que traduzir ajude-nos lá que a barreira emato encefálica a barreira barreira Mat encefálica é é só a parede das artérias que irrigam o cérebro portanto a parede das artérias
Que irrigam o cérebro tem uma permeabilidade muito seletiva Isto é deixam passar os nutrientes que o cérebro precisa deixam paraar por exemplo hormonas que precisam que o cérebro precisa para regular não deixa passar quase mais nada precisamente para proteger aquele decide que é muito frágil e de que nós dependemos muito
Isto é ótimo foi ótimo do ponto de vista da evolução biológica para nós foi ótimo na altura de e de administrar fármacos para combater doenças ao nível do sistema nervoso central não só as metástases dos dos cancros as metastas dos tumores os tumores em si ou a doença de alzheimer ou as infecções
Do cérebro isto torna-se um problema aquilo que era que era uma grande força tornou-se na realidade uma grande fraqueza uma grande debilidade encontrar formas de penetrar nessa barreira e Mat nós nós temos que conceber fármacos que sejam eficazes a matar aquelas células tumorais mas ao mesmo tempo temos que
Saber fazer fármacos inteligentes que consigam passar essa barreira e matam encefálica que no fundo é só dizer que consigam passar a parede das artérias e que passem do sangue para dentro do do cérebro e Diana H trabalha em projetos diferentes trabalha em cancros nos GLI
Obas Tomas H que nascem e e e que se formam no cérebro mas a dificuldade em torno da barreira Mat encefálica é a mesma ou seja e é desenvolver a necessidade de desenvolver no seu caso um fármaco ou uma possibilidade de transportar um fármaco que que possa ser
Eh que possa furar essas essas defesas isso cria eh uns um um labirinto complicado de percorrer para um para um investigador para encontrar por este caminho não dá vamos por aquilo por ali não dá vamos por outro Claro sim é Um Desafio mesmo encontrar eh formas de de penetrar como como
Referiu essa barreira eh mas também existem nesta barreira estas células são extremamente especializadas em transporte Como como o O Miguel falou que h já por Elas por Elas próprias permitem o transporte de moléculas e e se olharmos um bocadinho para esse transporte e se estudamos um bocadinho mais este transporte talvez possamos
Usar esse transporte a nosso favor e é isso que nós fazemos basicamente é identificar receptores que são moléculas que são expressas na superfície dessas células que transportam outras moléculas que vêm do nosso sistema sanguíneo e que transportam essas moléculas por essa barreira para chegar ao cérebro e portanto nós tentamos recorrer a esse
Mecanismo natural para nós próprios eh usarmos e boleia digamos assim para atravessar essa essa autoestrada não é e para chegar então ao cérebro e no caso concreto a Diana trabalha com nanopartículas sim o que são exatamente nanopartículas para quem nos está a ver para tentarmos perceber há uma questão
Que aliás do qual já já tínhamos conversado no início antes de começarmos a gravar só para termos uma noção uma nanopartícula em termos de tamanho falamos do quê em concreto falamos na ordem muito pequena não é de nanómetros e portanto se formos dar então o exemplo que eu costumo dar sempre esse exemplo
Porque acho que é um exemplo que toda a gente consegue pelo menos visualizar ou perceber que é o tamanho de uma bola de ténis é a nossa nanopartícula para o tamanho da terra portanto estamos a falar de dimensões extremamente pequenas que não são obviamente observáveis a olho nu e portanto Só através de
Microscópios e de de de máquin Especialidades conseguimos detetar e como é que estas nanopartículas podem ajudar para o para o projeto que que que está a desenvolver estas nanopartículas têm a particularidade que são eh partículas poliméricas portanto são formadas através de polímeros sintetizados em laboratório Ah e que tem a particularidade de
Podermos a manipular a sua superfície portanto estamos a falar as nanopartículas podem ter diferentes tamanhos e formas pronto no nosso caso as nanopartículas que com trabalhamos são partículas que têm um formato esfero não é de esfera e e Então essa superfície pode ser decorada podemos adicionar eh moléculas que vão utilizar
Os mecanismos transporte portanto vão fazer essa boleia dessas exato nessas nanopartículas para então chegar até a cérebro e então aí fazerem um uma entrega de drogas ou do que nós quisermos ou colocarmos dentro dessas nanopartículas serem entregues para dentro do cérebro então Aquilo em que a Diana trabalha em particular mais do que
Um medicamento uma molécula uma nova molécula é numa forma de transporte de moléculas que sejam que sejam desenvolvidas por e que neste momento estarão a ser desenvolvidas por milhares de investigadores em em milhares la pelo mundo fora justamente para levar eh para levar essa e essa medicação e para para
Transportar H E porque é que é é tão importante fazê-lo eh junto do globas estoma justamente pelo por pelo facto de ser extraordinariamente agressivo e Haver muito poucas o prognóstico é muito é muito mau no caso desse tumor esse prognóstico é péssimo digamos normalmente as pessoas que são diagnosticadas Com estes tores
Sobrevivem eh 5 anos após fazer uma terapia que não é eficaz de todo eh e muitas das drogas eh ou dos drogas ou composto de fármacos eh que são utilizados eh eles eh existem mecanismos de resistência de destas células que fazem com que essas ess esses fármacos
Não consigam quer dizer podem até chegar às células mas são expelidos das próprias células porque existem mecanismos como se fossem bombas com não é que conseguem expelir essas essas drogas essas células e então elas não têm qualquer eficácia e o papel delas é é redundante não não faz qualquer
Sentido estarem a ser utilizadas e Miguel castanho e no caso do do e do projeto em que está neste projeto em par em que está e que que que o Miguel coordena a a construção eh e a possibilidade de proteger e o Cérebro a da metastização do cancro da mama h
Representa desafios diferentes do que se fossem e voltando ao início da nossa conversa entre um cancro do cérebro e um cancro no cérebro representa desafios diferentes do que se fosse outro tipo de cancro em particular e que e iria metastar no cérebro porque é que esse cancro da mama em particular Que
Características tem eh para e que são relevantes aqui para o seu projeto repar quando quando fazemos o desenvolvimento de fármacos nós temos que saber qual é o ponto fraco da célula que queremos atacar temos que o identificar e temos que fazer um fármaco específico para esse ponto fraco ora
Eh olhar para uma célula e saber identificar um ponto fraco é algo que é particular daquele tipo de célula ou seja o cancro de mama triplo negativo por exemplo que é aquil a que nós nos dedicamos porque é aquele que praticamente ainda não tem outras soluções existem felizmente houve uma
Progressão enorme no combate ao cancro nas últimas décadas muitos tipos de cancro felizmente já têm soluções farmacológicas e tem-se feito um progresso imenso em em uma grande diversidade de cancros infelizmente noutros especificamente estamos muito a quem desses desses Progressos portanto Nós escolhemos trabalhar em cancro de mama chamado triplo negativo porque
Ainda não tem soluções farmacológicas eh reais Existem algumas experimentais ouve há uma muito recentemente aprovada mas há um vazio digamos assim de soluções específicas isso isso foi o ponto de partida nós quisemos estudar aquelas células pronto olhamos para essas células e temos que identificar o que é
Que há naquelas células que é um ponto fraco que nós queremos atacar ora a partir desse momento em que nós identificamos aquele ponto fraco aquele ponto fraco pode não existir nas outras células portanto estamos a trabalhar especificamente para aquela para aquela solução para aquela célula é um pensamento altamente dirigido
E depois tentamos fazer um um composto não é conceber um composto que interfira com esse ponto fraco ao ponto de matar matar a célula portanto nós nós a partir do momento que escolhemos um alvo passamos a trabalhar especificamente o mecanismo que nós vamos depois desenvolver para levar esse fármaco até
Ao cérebro aí retiramos aprendizagens que podem ser utilizadas noutras abordagens para outros C h e e que portanto podem ser replicáveis em outras situações mas o fármaco a forma como matamos aquela célula normalmente é é específico nós por exemplo nós desenvolvemos um fármaco que é específico para células de cancro
Triplo negativo porque metastatizam muito no cérebro a forma como levamos esse fármaco até ao cérebro não é exatamente a estratégia seguida pela pela Diana a Diana usa uma espécie de Cavalo de Troia exatamente farça a sua molécula vai a reboque de uma molécula real vai à boleia Nós criamos moléculas
Que induzem o seu próprio transporte acumulam-se na na parede da da na parede das artérias na zona do cérebro e induzem o seu próprio transporte eh para o outro lado é outro tipo de estratégia mas isso representa uma outra dificuldade que é o encontro físico
Entre as moléculas que que e eh entre as moléculas que que querem fazer lá chegar e as células e as células tumorais repar que quando Toma um medicamento qualquer isto agora é válido para qualquer medicamento quando Toma um medicamento qualquer sobretudo quando não é tópico Isto é quando o toma quando é um
Injetável vi oral estou a excluir aqueles que são tópicos Isto é aqueles que se podem aplicar como um creme diretamente sobre aele picado do mosquito Ou enfim al algo na pele ele é distribuído sobre todo o organismo e o que acontece só uma parte relativamente pequena é que vai chegar a onde nós
Queremos e vai interatuar com o que nós queremos tudo o resto acaba por se transformar acaba por se perder e eventualmente acaba por se ligar a outras células e ter os efeitos secundários que são os efeitos indesejados pronto isso aí nós também temos que ver qual é a dose que temos
Que aplicar para que uma fração pequena seja ainda assim suficientemente grande para atuar junto das moléculas que nós queremos repar que de todas as de todas a as moléculas que nós colocamos em circulação uma parte muito pequena é que chega ao cérebro mas essa parte muito pequena e depois vai difundir no cérebro
Todo portanto ainda é uma parte mais pequena que chega às células que nós queremos mas essa fração de fração pode ser mesmo assim suficiente para hh matar as células que nós queremos é claro que isto é muito mais fácil Como dizia aqui a Diana se nós estivermos numa fase precoce
Da doença da doença a barreira mato encefálica funciona nos dois sentidos é é uma barreira nos dois sentidos porquê Porque os fármacos é difícil passarem do sangue para o cérebro mas as eventuais compostos que nos permitiriam identificar precocemente o surgimento do tumor não estão a passar do cérebro para
O sangue passa-se O mesmo com a doença de alzheimer por exemplo é muito difícil fazer uma deteção precoce da doença de alzheimer por essa mesma razão sim proteínas que são próprias da doença de alzheimer permanecem no cérebro não vão para o sangue não passam para o sangue
Senão nós fazíamos uma análise ao sangue e dizíamos Oi desculpe o senhor tá Desculpe Não oi que está a desenvolver Alzheimer ou tem um potencial para isso h a barreira mato encefálica bloqueia nos dois sentidos O que torna muito mais difícil a deteção precoce das das doenças que ocorrem no cérebro no
Sistema nervoso central cancros por exemplo e e Doença de Alzheimer são dois exemplos Diana esta questão que que que o Miguel castanho falava da e dos efeitos secundários que e que algumas moléculas que alguma medicação eh pode ter H é é também não só mas também por
Essa razão que a necessidade de ativar o sistema imunitário para combater o próprio não só para reduzir os efeitos secundários e portanto portanto estas estas moléculas matam o que é mau e e matam também Infelizmente o que é bom mas esta dificuldade extra ou este desafio Extra da ativação do sistema
Imunitário é também uma coisa que tem muito presente e e que eh e que é muito refletido no vosso trabalho não é verdade é eh acho que são dois pontos muito sinceramente porque os efeitos secundários eh como referiu também podem afetar por exemplo um um fármaco pode afetar outras outras células no seu
Redor um microambiente que tá ao redor do Celeste Morais não é mas com as nanopartículas estas nanopartículas que nós utilizamos também tem a particularidade de que vão ser mais objetivas no seu alvo portanto elas não mais dirigidas mais dirigidas vai ser uma terapia mais dirigida neste caso e
Portanto o nosso o nosso objetivo é tentar que estas nanopartículas não a não não vão entregar estas estes fármacos na sua Periferia nas nas células saudáveis do nosso céreo porque elas já são tão poucas não é e com a idade vão diminuindo que ainda é pior agora sobre o sistema imunitário o sistema
Imunitário é um é um um caso particular do do cérebro porque até há muito pouco tempo não havia um sistema imunitário como como há no resto do nosso organismo Portanto o cérebro era um órgão extremamente especial e que não supostamente não teríamos nenhumas células imunitárias ou as únicas células
Imunitárias residentes seriam as células da microglia que e mas que hoje em dia já sabemos que eh existe sistema imunitário existem sistemas eh eh principalmente na zona da menis que eh TM células eh T por exemplo que são as nossas os nossos salvos e que eh poderão
Então ajudar no combate a esses a estes a estes tumores O problema é que estes tumores são mais pertos e portanto eles criam ali um um um microambiente que é imunossupressor portanto essas células não reconhecem as células tumorais como células eh malignas e que precisam ser
Destruídas e o que nós tentamos então é dirigir essas células eh imunitárias para que reconheçam essas células tumorais de maneira a que exatamente e que as as que reconheçam como células malignas e que precisam ser destruídas E que e portanto é modular o sistema imunitário no local é um uma terapia um
Pouco diferente por exemplo das das imunoterapias hoje em dia que coletam e os células eh do sangue Exatamente são manipuladas no laboratório e depois então são entregues no no no no doente aqui nós tentamos o que nós queremos é manipular localmente localmente e isso é um Desafio um
Desafio extraord é um desafio é Um Desafio pronto Miguel castanho em ciência nada se faz sozinho os trabalhos são desenvolvidos em equipa por vezes até com várias instituições h no caso concreto deste deste projeto trata–se de um consórcio não é verdade que envolve além do Instituto de medicina molecular eh outras três instituições
Quais são elas é uma uma portuguesa na na faculdade de farmácia da da Universidade de Lisboa para nós felizmente do outro lado do outro lado da rua portanto nós já já trazemos connosco uma bagagem de conhecimento de de de como colocar moléculas no cérebro bem como asas levar do sangue até ao
Cérebro os nossos colegas da faculdade de farmácia dominam e já dominavam na altura do do começo do projeto a tecnologia de anticorpos ou de fabricar ou ou levar células a fabricarem Se quisermos moléculas tipo anticorpos não são os anticorpos convencionais são os anticorpos mais aperfeiçoados e mais ajustados à função de fármacos portanto
Para nós foi juntar aquilo que eles já sabiam de potencial farmacológico contra estas células de cancro metastático cancro de mama met estático com a nossa capacidade de fazer o transporte dessas pelas até até ao cérebro depois juntamos esforços com duas equipas de San sebastiã em Espanha de de duas
Instituições diferentes mas ambas de de San sebastiã porquê Porque não basta ter as as moléculas é é necessário depois em determinada altura fazer experiências em animais para que consigamos testar as moléculas em ambiente fisiológico porque uma coisa é tas na bancada do laboratório só tem uma célula junta-los
Fármaco eventual é tudo muito simples e é uma parte importante porque testa Alícia molécula de facto está a matar a célula ou se não está a matar a célula se se liga se não se liga portanto mas chega uma parte em que é necessário saber se num ambiente mais complexo que
É um ambiente interno a um ser vivo um ambiente fisiológico onde se passam milhões de reações ao mesmo tempo e de interações ao mesmo tempo se a molécula se vai comportar da mesma maneira E se ela deo vai chegar ao cérebro ou não E se a quantidade que lá chega é
Suficiente para fazer reduzir por exemplo o tamanho de de metástases de de tumores portanto é preciso uma equipa que saiba e h hum hum desenvolver um um animal que seja um bom modelo para aquela doença não é só um animal em abstrato como nós o conhecemos tem que
Ser um animal que desenvolva metástases cerebrais a partir do cancro de mama a partir daquele e daquele cancro de mama e daquele cancro de mama que até pode ser humano pode ser formado com células humanas e aí que entram estas duas instituições o biodonostia Health research institute e vou dizer com com o
Meu sotaque com o meu fraco sotaque Castelhano Associação de centro de investigação cooperativa em biomaterial ambas em em São sebastiã exatamente não vou tentar dizer exatamente em castelhana não mas mas seria também poder dizer si biom magun pronto não era precisamente mais simples seria de uma forma mhor essa equipa esta esta segunda
Equipa o que o que faz é a imagologia portanto eles são peritos em em exames imagiológicos para que no Animal nós consigamos acompanhar se o fármaco está a chegar ao local certo e se os tumores estão a reduzir de tamanho e se estamos a ter uma diminuição do número de de
Metástases e isso antes de entrarmos numa fase em que as pessoas com um termo que as pessoas até já estão muitas vezes familiarizadas que são os famosos ensaios clínicos e aí é que passamos paraar eh eh para para ensaios em humanos ponto esse esse já no léxico
Comum com a pandemia nãoé com com com a com a pandemia eh o Miguel castanho eh venceu uma eh uma bolsa caixa research eh de investigação eem saúde na altura chamava-se Health research no valor de 632.000 € a Diana Matias H tem uma bolsa de pós-doutoramento
Júnior Líder eh no valor de 305.000 € por 3 anos eh para quem ouve às vezes falar nestes números e pensam que são são valores extraordinários mas em ciência é tudo muitíssimo muitíssimo caro eh estas o valor das bolsas além de ajudar naturalmente a remuneração dos dos investigadores eh é também usado
Muitas vezes e nós no início da nossa conversa falávamos sobre isso para comprar materiais para comprar reagentes para comprar eh equipamento não é verdade Iana sim eh pronto os valores estes valores no meu caso para 3 anos tem que ser bastante gerido não é muito bem gerido
Até porque eu eu eu optei por contratar um uma uma aluna para fazer o a sua investigação o seu doutoramento e para ter um uma ajuda também e portanto esse valor essa bolsa tá a dar também oportunidade a outras pessoas também para desenvolver as suas capacidades
Científicas e e a sua investigação eh e portanto eh posso-lhe dizer que por exemplo o último ano vai ser pago pelo meu colaborador e portanto não não poderia de todo com esse dinheiro para 3 anos de investigação eh ter a oportunidade de pagar
E esta aluna não é e e é por é por essa razão que que estas bolsas de de investigação e que estes apoios à investigação científica e e e no vosso caso ambos da Fundação La cxa são tão e são tão importantes para para todo para todo este processo que é preciso ter
Noção que por exemplo os reagentes que nós usamos são de uma pureza muito elevada portanto não não tem paralelo com aquilo que são os bens de consumo num Supermercado ou enfim ou ou ou noutro local são porez muito elevadas os instrumentos são de elevadíssima precisão e de alta tecnologia portanto
Estamos a falar também de um padrão de custos que é muitíssimo elevado o financiamento dito assim de centenas de milhares de euros parece parece grande mas voa voa num instante voa voa num instante Miguel castanho Diana Matias eu quero agradecer a vossa disponibilidade por eh para Nesta aula prática de nos
Tentarem explicar a minim em particular e às pessoas que nos estão a ouvir eh estas diferenças entre cancro no cérebro e do cérebro um cancro primário um cancro eh metastizado e os trabalhos que estão eh a desenvolver para eh com vista a a à ao tratamento de eh de tumores
Esta Foi Mais uma aula prática do projeto Mentes Brilhantes obrigado a quem esteve desse lado é curiosamente também a última aula prática desta Temporada esperemos que tenham gostado e nós esperemos voltar em breve