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Esta é a história do dia da Rádio observador Miguel Alves não resistiu à acusação O Observador noticiou que eu fui acusado e eu disse não e já e foi notificado não já falou com o seu advogado já e ele também não foi o que é que fazemos ministra da Justiça que
Contacta a senhor procuradora Geral da República para confirmar se não se Vai admitir só observador diz que que foi acusado há formas legais e normais da Justiça se relacionar com os cidadãos mesmo quando os cidadãos J secretário de estado costumam ser notificados António Costa às 9 da noite desta quinta-feira
Confirmava que aceitou a admissão do secretário de estado adjunto Miguel Alves à entrada para a reunião da comissão política nacional do PS o primeiro-ministro deixava ainda a promessa de substituição daquele membro do governo pronto eh foi uma forma original através do Observador mas Pronto está confirmado imediatamente a
Partir de Foi confirmado disse Pronto agora vou apresentar a minha admissão portanto apresentou a sua admissão e oportunamente assim será substituído um abraço perguntar-lhe pel por o ex-governador do banco de [Música] Portugal Miguel Alves demitiu-se depois de ser conhecida a notícia de que era alvo de uma acusação do Ministério
Público por suspeita de crime de prevaricação no âmbito de uma certidão extraída da operação teia durante semanas o agora ex-secretário de estado adjunto do primeiro-ministro manteve-se em silêncio silêncio só quebrado numa entrevista em que avançou explicações pouco convincentes vou conversar com Rita Tavares jornalista da secção de política
Do Observador que acompanha o governo e o partido socialista eu sou o Ricardo de Conceição e esta é a história do dia bem-vinda Rita Olá Ricardo Miguel Alves é acusado de quê é acusado de prevaricação eh numa investigação que se chama operação teia aliás eh foi eh com
Base numa certidão extraída e dessa investigação que que que está direcionada ao caso de outros autarcas e era dei os contratos que estão em investigação são contratos feitos em 2015 e 201 a altura em que ele era presidente da Câmara Municipal de Caminha e E era uma situação que já
Existia e prévia portanto é esta entrada dele para para o governo foi essa acusação que se conheceu esta quinta-feira H com uma notícia do Observador e que fez desencadear tdo o resto mas esse é o tal cas do Pavilhão que nunca chegou a ser Pavilhão em caminha curiosamente não é o mesmo caso
Esse caso é apenas o que mais recentemente foi conhecido e que desencadeou toda esta questão À Volta do novo secretário de estado e adjunto do primeiro-ministro H esta questão da operação Taia é outra e tem a ver com contratos que foram feitos entre a câmara de Caminha e um
Grupo Empresarial de de Manuel coto que era um um um ex milit anti autarca socialista H que tinha sociedades ligadas à comunicação ao clipping ao marketing que fez contratos e com a câmara de Caminha em 2013 e 2022 h e foi e e é no âmbito dessas desses
Contratos e da análise desses contratos que o ministério público deduziu então acusação e a Miguel Alves mas Rita Tavares ainda há um outro caso há um outro caso Vamos por partes que é para começarmos até não nos perdermos que é para começarmos do mais recente o mais eh recentemente noticiado foi pelo
Jornal público e acabou por desencadear toda esta questão foi h o aquele contrato que tem a ver com H um uma uma a obra para um centro de de exposições em caminha exatamente H que foi um contrato que levantou suspeitas eh junto do ministério público e que
Está neste momento a investigar mas no qual Miguel Alves não foi argo e portanto é um caso que está em análise neste momento só em fase de inquérito e não há ainda Constituição de arguido exato depois este fim de semana O Observador noticiou que apesar eh além
Do caso eh que já se conhecia em que Miguel Alves era arguido havia outro portanto são dois casos Quais são esses casos o da operação tiat que já falamos aqui e outro que é a operação éter eh que é um processo em que Miguel Alves também é avisado tal como outros
Autarcas e que também estão sob investigação uhum e que em causa estão eh suspeitas de participação Económica em negócio prevaricação e abuso de poder relacionadas com as chamadas lojas interativas de turismo hh Este é o outro caso em que também estava constituído arguido No fim diste tudo eh os outros
Ainda não sabemos como acabam eh no caso da operação Taia já sabemos como acabou eh até agora não é porque ainda eh Há todo um processo por acontecer mas por agora é acusado acusado formalmente e afinal de contas Rita Tavares Quem é Miguel Alves Miguel Alves é um socialista eh relativamente jovem ainda
Era a primeira vez que integrava um governo H tem tido sempre uma ascensão no partido socialista muito ligada a António Costa ele começou H com com ele como adjunto no ministério da administração interna e depois transitou com António Costa para a Câmara Municipal de Lisboa H saiu
Temporariamente da da da política e e esteve a trabalhar com o empresário Lacerda Machado que é um grande amigo de António Costa eh fez ess interregno e depois voltou novamente para o meio político para se candidatar e à autarquia de Caminha e De onde ele é portanto e candidatou-se
Venceu as eleições eh teve um percurso H bastante discreto só só talvez menos discreto cada vez que as as campanhas eleitorais passavam por Viana do Castelo onde H enfim Miguel Alves era sempre muito e muito marcante nas suas nos seus comícios bastante efusivo na última campanha até levou um ovo para o palco
Um ovo cozido que mostrou para fazer ali um trocadilho com uma eu não sei quem vai ganhar as próximas eleições mas sei quem vai perder Enfim uma expressão bem conhecida do Povo português e quem vai perder é quem achar que pode contar com este ovo no sítio
Onde as galinhas o guardam e Miguel Alves era é de facto perder um um socialista que era algo acarinhado por António Costa que se via nesses momentos em que Costa ia ao norte do país e em que estava com ele era um daqueles dos seus não é digamos assim manteve-se sempre
Suficientemente próximo de António Costa sempre foi alguém de confiança da confiança de António Costa e isso Ficou claro eh neste momento em que o primeiro-ministro precisa de alguém para a coordenação política e chama Miguel Alves e foi isso que ve fazer para Lisboa agora para o governo foi
Exatamente isso E quando é que ele aparece eh aparece quando o Governo está eh bastante fragilizado depois de um verão cheio de casos cheio de situações e que puseram a CR idade da maioria absoluta socialista em cheque eh António Costa tinha prescindido na formação deste novo governo de um secretário de
Estado adjunto do primeiro-ministro escolheu outra orgânica Teve sempre um secretário de estado adjunto desde o 2015 com Mariana Vieira da Silva depois com Duarte Cordeiro depois com Tiago Antunes neste governo decidiu prescindir disso organizou a comunicação de outra maneira não correu bem o verão deixou isso claro e António Costa deu eh Passos
Atrás quando e indicou o ministro da saúde para substituir Marta temido pensou também em dar fazer essa alteração no governo e e voltar a ter um secretário de estado adjunto do primeiro-ministro para garantir uma coordenação política que já estava a deixar desconfortável o próprio partido socialista que se questionava afinal
Temos um governo de maioria absoluta mas não está a conseguir dar conta do recado público já voltamos à conversa com a Rita Tavares Vamos tentar perceber como é que o governo tem lidado Com estes casos [Música] as armas e os barões ass e o resto é história com João Miguel Tavares e Rui
Ramos às quartas-feiras depois do Jornal do meiodia e sempre em podcast regressamos à conversa com a Rita Tavares jornalista da secção de política dosadores depois de serem conhecidas as notícias quebrou numa entrevista em que deu umas explicações um pouco atabalhoadamente a sua estar de consciência tranquila e diz que sai e
Por sentir que não tem condições e para continuar no governo h de facto é uma questão que que é fácil de analisar desse ponto de vista António Costa tinha o chamado como nós já falamos aqui eh para para eh enfim dar ali uma nota de maior coesão no centro político do
Governo e alguém que fizesse essa coordenação e essa ligação entre Ministérios garantindo que não havia eh mais problemas mais casos como se assistiram a tantos no verão eh era um pouca Cola entre gabinetes e acaba por ser ele o caso acaba por ser ele mesmo o
Caso eh por cima de todos os outros casos portanto é como se fosse uma enfim é uma bomba que explode no núcleo político do governo muito pouco tempo depois de António Costa ter encontrado uma solução que de alguma forma até apaziguou socialistas na altura quando Miguel Alves foi apontado nós falamos
Com com o partido socialista e estava toda a gente bastante tranquila com esta escolha e e achando e apontando que ele poderia ser uma figura importante para eh fazer essa enfim acalmar as hostes como se costuma dizer António Costa tem uma forma conhecida de lidar com estas
Situações vai dizendo à política o que é da política à justiça O que é da Justiça Rita Tavares como é que o governo tem lidado Com estes casos Qual é o modos operand deste governo em relação a estas suspeitas bom quando tem havido casos e desta natureza no no governo com
Investigações do Ministério Público a decorrer e constituição de arguidos h não tem havido propriamente uma regra H na reação H até porque houve um caso em 2017 por causa de de uma ida de três secretários de estado verem jogos de Portugal no Euro 2016 que levou a um
Pedido de Missão dos Três depois deles próprios terem eh requerido a sua constituição como arguidos e António Costa perante o pedido de Missão fez questão de fazer uma nota a dar a entender que não era eh aquilo que ele entendia que devia ser feito e dizendo que decidiu aceitar o pedido de
Exoneração e aqui cito Porque é importante apesar de não ter sido deduzida pelo Ministério Público qualquer acusação nem consequentemente uma eventual acusação ter sido validada por pronúncia judicial isso porque eram apenas suspeitos não foram constituídos arguidos eu o que estava aqui a dizer só que na altura isto queria dizer o que
Queria relativamente à Aquele caso é que António Costa com uma simples Constituição de arguido h não dispensava alguém de funções que para ele tinha que haver um pouco algo mais que era uma dedução de acusação eh que foi o que aconteceu agora com Miguel Alves e que curiosamente eh na tarde
Desta quinta-feira no conselho de ministros a ministra da presidência quando foi confrontada com com o caso de Miguel Alves falou eh e e disse que convidou de alguma forma os jornalistas a revis queh sidit nesta altura de 2017 não existe nenhuma diferente atitude relativamente ao facto específico que me
Questionou e basta revisitar comunicação feita nesse momento declarações do primeiro ministro nesse momento para poder concluir e perceber porque é que eu estou apenas a rejeitar a premissa da pergunta quanto ao mais não tenho mais nada a acrescentar próxima questão portanto houve aí quase uma ind pergun horas depois perante a notícia do
Observador era pouco provável que aquela linha vermelha que tinha acabado de ser ultrapassada por Miguel Alves não fosse aplicada e o partido o PS tem uma forma diferente de lidar com estes casos ou não nesta semana ficaram ficou-se a perceber que há quase cada cabeça a sua
Sentença sobre isto no PS ve o ex-ministra Alexandra Leitão dizer que que Miguel Alves já não tinha condições para continuar mesmo antes de ser deduzida a acusação dos casos H depois veio zambel Moreira a dizer que atenção Ele não tem condições políticas mas a simples Constituição de arguido
Não deve ser uma Norma para alguém sair de funções eh António Costa também achará isso H mas a verdade é que havia muita gente que apesar de poder existir esta linha esta a verdade é que as condições políticas eram sempre questionadas uma coisa é alguém ser arguída política do governo e de repente
Começar a ver a sua imagem a sua palavra a ser fragilizada diariamente por questões colocadas até de dentro do partido e como pessoas a assumirem e enfim também não só h não não não só em privado como mesmo publicamente como fez Alexandra Leitão como fez Isabel Moreira e que depois
Numa notícia dada pelo observador escrita pela Mariana Lima conhea semana também o partido socialista e muita gente dentro do grupo parlamentar por exemplo comungava desta mesma opinião portanto havia ali um ambiente que era muito desfavorável à continuação de Miguel Alves mas Rita quando Miguel Alves vem para o governo já sabia de
Pelo menos um caso ainda assim veio remontava a 2019 esse caso entretanto soubemos de outro em que ele também era arguido h e António Costa segundo esta semana também por contactos que fomos tendo a tentar compor este Puzzle eh percebemos que no PS toda a gente diz
Que António Costa conhecia cada um dos casos e Sabia tinha conhecimento de cada uma das situações sim sabia sabia mas ver o se estatuto há uma coisa que é preciso eu acho que é preciso fazer alguma pedagogia eh porque sobre como é que funciona o nosso sistema de justiça e
Quando O Observador questionou este fim de semana o gabinete do primeiro-ministro sobre o novo eh processo em que Ant em que Miguel Alves também era constituído arguido o próprio gabinete do primeiro-ministro eh fez saber que não havia nada de novo eh não não Se surpreendeu com a situação portanto António Costa conhecia a
Situação em que Miguel Alves eh estava mas não era uma questão de tempo até que tudo isto rebentar podia ser se fosse deduzida a acusação e acho que António Costa jogou nessa nesse Limbo vá de entre o poder e o poder não ser acusado nos processos em que estava a ser
Investigado e e achou que tinha mais a ganhar com a entrada de Miguel Alves no governo do que desconfiando à partida e e não o chamando para o governo enfim envelheceu um pouco mal talvez esta esta linha de raciocínio Obrigado Rita obrigado Ricardo [Música] Rita Tavares é jornalista do Observador
Da secção de política há muito que acompanha a vida do governo e do partido socialista esta foi a história do dia a sonoplastia e a música do genérico são do João Ribeiro eu sou Ricardo Conceição bom fim de [Música] semana