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Bom dia Pedro Ferraz da costa muito obrigada por ter acedido a ver aqui falar do 11 de Março mas eu acho que está de acordo comigo se eu lhe disser que não podemos falar das consequências brutais para a economia portuguesa do 11 de março de 75 sem Recordar apesar de
Tudo uma espécie de viragem económica que ocorrera já no país antes do 25 de Abril eh eu lembro-me que era muito percetível para o empresariado para as elites para para pessoas que pensavam o país que não se assegurava o crescimento económico apenas sustentado em África tá de acordo isso é verdade mas
Acho que há uma uma verdade maior então que é a que quer a formação da da da opinião pública nos primeiros tempos depois do 25 de Abril que era a própria formação das elites queiram da revolução estava muito baseada na análise do que tinha sido os anos 50 e o o início dos
Anos 60 muitos foram viver para o estrangeiro estavam muito longe do Progresso brutal que estava a acontecer em Portugal nós tínhamos começado a atrasar em relação aos países mais ricos da Europa no princípio de 1800 e a partir de 1960 começamos a retomar o nível de comparação com os países mais mais ricos
Da Europa no fundo os melhores 15 da União europeia em 1973 chegamos ao nível que tínhamos antes em 1800 veja lá o que é que foi o o que o país andou para trás com as invasões napoleónicas com um conjunto de de coisas correram correram muito mal e
E e e a república que também correu muito mal enfim é é fundamentalmente a partir de 1960 Que Nós entramos num grande num grande crescimento portanto uma parte dos dos problemas e que faziam que se queriam resolver com o 25 de Abril já estavam em marcha e foram severamente atingidos pelo
Pelo só para lhe dar uma ideia quantificada nós temos uma falta de empresas grandes que são normalmente as que se modernizam mais depressa que se podem atirar para vários mercados externos e nós tínhamos um número razoável tínhamos na bolsa 150 empresas 145 nas vésperas do 25 de Abril agora
Temos 14 Isto mostra o que é que foi de facto a destruição que do decídio económico foi foi causada pelo pelo pelo 11 de Março evidentemente que interessa a profundidade e interessa uma outra característica destes movimentos em Portugal é que depois demoram muito tempo a mudar nós não nos podemos
Esquecer que o mediterr em França nacionalizou a economia em 81 no no no mandato seguinte privatizou privatizou as empresas arranjou um um primeiro ministro menos virado para a esquerda e fez porque percebeu que a França ia por mau caminho nós Demoramos a nacionalizar até 19 finais de 76 não foi
Só o Vasco Gonçalves foram os governos provisórios a seguir até o sexto que tiveram até Passo a expressão à lata de nacionalizar a comunicação social depois do 25 de Novembro Exatamente exatamente ninguém que conseguiu inverter esse rumo porque nós Demoramos muito tempo a aprender os inconvenientes e tomar uma
Uma opinião um rumo diferente mas deixa-me só eu lembrar eh até para quem é é muito mais novo que nós que no fim de 1974 portanto 6 meses depois do 25 de Abril grosso modo estavam já acesos vários sinais vermelhos espino a anunciar a descolonização num discurso
Logo em Julho 28 de Setembro prenunciou o ar do tempo a prisão do capitalista Jorge de Brito em dezembro anunciou a revolução e as nacionalizações de que estávamos a falar do 11 de Março concretizaram a revolução tudo se faria era aqui que eu queria chegar para travar as eleições
Eh de Abril para as constituintes ou seja o combate da legalidade democrática contra a legalidade revolucionária foi brutal também não ajudou foi brutal e foi perdido porque porque a legalidade revolucionária praticamente porque ehost é um pessimista sabemos não eu não sou um pessimista estamos a falar do que
Aconteceu há não sei quantos anos o que é verdade é que se criou um Estado de Espírito independentemente das mudanças que ainda hoje há discussões acesas sobre se a TAP devia ser público ou devia ser privada independentemente dos milhares de milhões que ela queime portanto não se aprendeu nada eu acho
Que prendeu muito pouco e houve de facto uma vitória nítida da esquerda em termos culturais e uma Total falta de comparência nesse jogo do lado da direita ou total Ou pelo menos muito grande e e é evidente que os governos em democracia têm muita dificuldade em
Fazer aquilo que as pessoas não querem e portanto os problemas vão-se vão-se arrastando e nós temos sido muito lentos a resolver os problemas eh agora lembra-me vou formular a pergunta assim eh em função do que acabou de me dizer oficialmente a culpa das nacionalizações foi do Partido Comunista e a
Responsabilidade não é a mesma coisa como sabe culpa e responsabilidade foi desse foi desse Dessa espécie de mentalidade eh que tem vindo a descrever ou dessa caracterização do acho foi muito e a partir de uma cer altura foi foi foi a fuga das pessoas porque independentemente das nacionalizações
Logo em finais de 75 o estado chamou a si a responsabilidade no início de 75 chamou a si a responsabilidade de intervir eh na gestão das empresas e portanto houve muitas empresas que não tinham dimensão para ser nacionalizadas mas que foram intervencionadas e portanto os dirigentes passaram a viver
Numa situação de medo saber onde é que eram postos na rua no fundo e portanto houve houve muito pouca muito pouca resistência e e resistência organizada do lado da direita não houve praticamente nenhuma porque mesmo o CDs com algumas ligeiras exceções na discussão da Constituição de 1976 acabou
Por artigo a artigo aprovar quase tudo aquilo que depois teve que ser autorado contra constituição votou contra mas quer dizer foi um voto simbólico eu não diria gratuito porque é desagradável mas não teve grandes consequências eh como é que que então e está a falar de partidos
E como é que se explica a a a pressa eh ou a concordância dos partidos e das suas lideranças em aparentemente se integrarem tentão Velozmente no ar do tempo foi foi essa esse medo de que ao qual aludiu eh alguns tinham a convicção de que era assim foi uma questão de pur
Sobrevivência está-me a descrever um quadro difícil e pesado e eu agora estou-lhe a falar de como é que acha que os partidos não viram as suas lideranças não aparentemente porqueo que nos lembramos e sabemos e Lemos não terão acompanhado esse seu estado de espírito
Que está hoje aqui a a expor Eu não eu não eu não eu não diria tanto que era um estado Espírito eu eu surpreendi muito porque comecei logo em 75 a a a atuar muito na área patronal do lado da indústria na CP e Porque nas reuniões se
Se discutisse o problema do pagamento das indenizações pelas nacionalizações havia pessoas de Ah isso é muito inoportuno discutir isto e portanto eu acho que estava tudo completamente eh vencido e e convictamente a caminho do socialismo as pessoas eh o que é que aconteceu vencido porquê por medo por
Pelo efeito a barragem da informação e nós somos o país com uma literacia financeira muito fraca ainda hoje os inquéritos mostram isso aliás uma boa parte da nossa da nossa classe política também de testa matemática e tem muito pouca poucos conhecimentos de economia e portanto acharam que as pessoas acharam
Que era que era assim que de facto íamos ter foi uma espécie de ma de 68 porque aí também geral Geral com certeza sim é geral aliás eh o o domínio que o PC e a esquerda mais radical conseguiu nos meios de comunicação é é um é uma coisa
Surpreendente quando quando nós vimos agora e em boa parte ainda ainda existe nós temos órgãos de comunicação alguns até ligados a a entidades patronais fortes que são praticamente de extrema esquerda e subsistem dessa maneir está a falar de hoje hum está a falar de hoje AG sim sim sim
H portanto no fundo está-me a dizer que houve um país que se entregou eh um país e os seus os portugueses que se entregaram numa espécie ou que tomaram um barco eh é como se me estivesse a dizer que tomaram um barco que ia pel um
Caminho que não que não só não era o mais certo ou aquilo que devia ter sido como deixou consequências e estragos é isso é e Principalmente eu acho que as pessoas não interiorizaram na altura e que o voto era era era uma arma muito importante e que e que poderiam ter
Transmitido um sinal diferente nas sucessivas eleições e quase que dá ideia que as pessoas tinham medo de que alguém visse o que é que o que é que estavam a a votar nas primeiras eleições em cada cabin de voto e o que o que o que o que depois se verificou
Foi que nós fomos sucessivamente tendo um um uns resultados eleitorais mais equilibrados e mais parecidos com o que acontece nos outros países não com a democracia ocidental e um estado de direito e um e uma democracia pluripartidária O que exatamente mas o que é certo é que nós
Conseguimos com com com a revolução que tivemos em em em 74 seguir um um caminho muito pior para a economia e para desenvolvimento futuro do país do que por exemplo a Espanha que conseguiu fazer uma transição sem ter uma r p partida esquecer que havia um império e
Que o e uma guerra que Durava há 13 anos e o ponto de partida era totalmente diferente não não eu eu não eu não eu não eu não me estou a esquecer disso tudo isso devia nos ter levado a tomar decisões com a reflexão mais profunda porque os espanhóis não tiveram que
Receber um quase um sexto da população exn como aconteceu foram integrados Sim foram integrados com sucesso contribuíram muito para o crescimento que eu seg É verdade mas eu queria eu queria voltar aí atrás porque não não se pode eu eu não posso e portanto queria ouvi-lo e não posso esquecer que
Eh quais sem quer dizer a esmagadora maioria dos portugueses reagiu e reagiu sem medo e reagiu com coragem e reagiu e publicamente na rua toda a gente viu atrás do Dr Mário Soares evidentemente depois com muitos apoios militares da igreja de instituições das Forças Armadas etc etc mas reagiu foi capaz
Disso eh e houve um sobressalto que conduziu e ao ao 25 de novembro e portant que ainda hoje não se quer festejar e que ainda hoje não se quer festejar mas isso já lá vamos mas portanto não não o ouvia apesar de tudo com essa descrição que fez de uma certa
Forma mes de uma certa mentalidade ou forma de ser eh da maneira como os portugueses se instalaram h no tal navio que que talvez não fosse na melhor direção sem que ninguém fosse dizer ao capitão que não era para aí mas houve um momento em que o país esteve
Junto e unido quase quase quase todo ele para contrariar um estado coisas eu foi capaz disso não podemos esquecer isso não isso aconteceu é é bom ter essa recordação positiva mas eu também não tenho grandes dúvidas que se o embaixador carlucci não tem convencido Washington que era melhor não deixar o
País cair e se o sor brnf na não tivesse dito ao Dr alvar cunhal que nós não queremos ter uma Cuba na Europa isto a história tinha sido diferente quer dizer não não não era o Arcebispo de Braga e quem me dúzia de sedes do Partido Comunista no norte que tinha virado a
Situação e um país inteiro na rua e um líder político se internacionalizou é evidente que que se criou uma uma uma uma oportunidade e que houve houve países que nos ajudaram muito eu vivi isso diretamente lembro-me dessas coisas Internacional Socialista e outros e a França e sabemos ISO Alem
Principalmente em termos de de mar alemães ainda na altura que eram muito necessárias porque não havia dinheiro para nada não havia dinheiro para nada mas havia um país que queria é isso só que eu quero e já passamos por outro tema que queria que ficasse claro que
Não que não se pode omitir nem pôr num num entre parentes Modesto que houve um país que desceu à rua e e mostrou não queremos isto depois não sei se terão feito o que o sen Doutor tá a querer dizer não terão feito o o aproveitado da
Melhor esse sobressalto ou esse elã como o que é que que retrato tirou do 25 de Novembro que foi onde conduziu este sobressalto que retrato tira o que é que foi para si o 25 de Novembro foi uma paragem foi foi foi foi o o chamar a atenção para para a necessidade
E seguir um caminho se calhar diferente e mas o que Eu recordo para mim foi talvez o mais impressionante foi que o general ramales deu uma entrevista ao Diário de Notícias poucas semanas depois do do 25 de Novembro a dizer no fundo aos deputados que tinham estado a fazer uma constituição condicionados
Pelo pacto mfa partidos exatamente e que podiam voltar para trás e tomar opções diferentes e e não tiveram coragem para o fazer porque de alguma maneira se tivessem alterado muito mostrava que o que tinham escrito se calhar era muito por falta de coragem e acho que tinha sido uma
Oportunidade de seguir um caminho diferente eh acha que eh então tenho que lhe perguntar assim eh na sua perspectiva o o 25 de Novembro que repôs o 25 de abril e Sem o qual o 25 de Abril não não não teria sido possível aquilo que se pretendeu com o 5
De Abril que era os 3das h o democratizar desenvolver e descolonizar h foi incompleto é o que me está a querer dizer não não foi incompleto nem nem completo havia objetivos diferentes nas diversas forças nas diferentes forças quer dizer desde os anos 60 que por exemplo eh o os os os líderes
Das maiores empresas económicas achavam que não se podiam desenvolver sem resolver o problema da da descolonização eu vou citar só um facto nós assinamos um acordo comercial com a união com a ce na altura em 1972 que vigoraria até 85 e que não era igual aos outros acordos comerciais porque no fundo
Ficava a aguardar até 85 que nós resolvêssemos o problema das colónias portanto para quem estava muito metido nas atividades internacionais era muito evidente que Portugal não tinha quaisquer condições de Resistir à pressão internacional no sentido da descolonização e e isso e marca essa viragem
Eh eu eu eu recordo que que que a CP que eu que eu era membro da direção Na altura foi a primeira entidade a pedir publicamente à adesão à comunidade económica europeia porque a primeira entidade privada não em pir à adesão porque nós achamos que a Adesão era um seguro de
Vida para a atividade privada Claro e fizeram quando lembra-se Exatamente é eu eu acho que que que é que é em em 1976 sim Quem era o presidente o da eram era eram o António Vasco de Melo Vasco de Melo e reuniram e acharam que tinham que sim que que que pedir isso
Exatamente muito bem pedido Esse foi transmitido ao Dr Mário Soares que era há muito tempo a pessoa que obviamente podia fazer isso da República socialista passou-se para a entrada na ce eh era um seguro político já me deu a entender eh era também uma necessidade económica era uma espécie
Solução global para os problemas vamos desenvolver aquilo de que estávamos a falar H tinha sido feito antes do 25 de Abril mas tinha sido completamente esquecido o o a análise e as conclusões que se tiraram do segundo congresso da indústria que foi em 1957 salvo erro em que na sessão final o
O ministro da presidência que era que era o Marcel citano tinha anunciado a necessidade de acabar com as substituições de importação de importações e lançar um setor industrial muito virado posterior é na sequência disso que nós assinamos o o o acordo com com a efta que fomos fundadores em 1960
Somos subscritores do acordo de tarifas da do GATE e fazemos o acordo com a União Europeia o acordo comercial em 1972 tudo isso eh era no fundo uma integração económica nesse espaço nesse espaço europeu e e e é isso que se vai fazer as negociações demoraram imenso tempo porque foi uma
Altura em onde a Europa estava em estagnação e Com inflação elevada e com grandes dúvidas sobre o que é que devia ser o caminho o caminho do Futuro entre a França e a Alemanha como como como é como sempre exatamente Depois acabamos de entrar praticamente sempre 10 anos
Depois da da da negociação e isso correspondeu a um a um período bom porque nós em estamos a falar de que ano estamos a falar a partir de 86 Nós andamos a negociar de 76 até 86 PR sim sim perdemos Nessa altura um período de grande recuperação da da da
Economia internacional do os anos 80 eh porque porque ainda não estávamos dentro e porque tínhamos um conjunto de problemas nomeadamente financeiros para para resolver internamente mas eh o o período que vai desde a entrada que é em 86 até 2000 é uma das épocas dor da economia portuguesa onde nós voltamos a crescer
Quase tanto como se tínhamos crescida até ao ao 25 de Abril portanto a época de Ouro da parte final do Marcelo e depois à época dor dos dos governos de maioria absoluta do Cavaco sim ah mas do Cavaco eu acho uma certa graça porque e ninguém se
Esqueceu que a CP e o seu então Presidente na altura Pedro ferras da Costa com quem tenho o prazer de estar agora a falar combateram o cavaqui vindo a reconhecer cito que tinha havido um todo global que fazia sentido citei eh e também não apreciaram o modos fendy a maneira como for foi
Processado o o a as as o processo das privatizações passa redundância eh Portanto acho graça agora dizer-lhe que o período dor da economia foi o caquis não eu eu acha acha acha acha graça e e poderá ter graça mas o que acontece é que crescemos mais nessa altura
Comparado com um período em que crescemos miseravelmente portanto era era que ter is em conta era preciso ter isso em conta mas eu acho que podíamos ter crescido muito mais e já lhe vou dar uma uma um exemplo disso mas gostava de dizer que e os aspectos com que nós
Estávamos contra em relação ao ao ao cavaquista uma excessiva intervenção na economia e uma incapacidade de negociar com o setor privado o rumo que nós Devíamos seguir Isso é uma era um um is e um autoritarismo de estado que não era m é uma coisa que dura até hoje é um
Pequeno ent parentes dura até hoje eu Dá a ideia que os portugueses gostam disso eu não não deixo de falar no assunto mas mas as as pessoas acham que e deve ser se calhar o primeiro-ministro A de cedir as carreiras Da TAP e os horários dos comboios e enfim uma data
De de coisas dessas que para mim não fazem não fazem sentido nenhum onde é que foi de facto A Grande Luta foi em relação ao problema das Nós destruímos quase 50% do decido económico da economia portuguesa depois do 25 de Abril com as nacionalizações o 11 Marim sim
Dis ficou por resolver Porque as pessoas foram desossadas das coisas em França foram nacionalizadas em 81 receberam as indenizações pouco tempo depois e foram fazer outras coisas com esse dinheiro aqui não as pessoas foram Roubadas e nós perdemos essa capacidade de iniciativa e essa experiência Empresarial não era o
Patrão ou o dono era toda a estrutura que existia nessas empresas que na maior parte dos casos teve aqui para o Brasil ou para Espanha e portanto foi capacidade de gestão que nós nalguns aspectos até tínhamos mais do que em Espanha que se perdeu nós não nos
Podemos esquecer que o grupo cuf não tinha nada Dimensão comparável em Espanha por exemplo e que toda essa estrutura dirigente se desfez porque eles voltaram a refazer o grupo 10 anos mais de 10 anos depois mas portanto está a falar dos melos estou a falar dos
Melos o o que eu queria dizer é que era preciso pagar-lhes não havia dinheiro o que o primeiro-ministro achava eu isso eu percebo é que dar dinheiro a 1000 ou ou 3.000 ou 30.000 acionistas EA cair mal na opinião pública no geral porque estamos a falar de cavac Silva estamos a
Falar de cavac Silva mas nós achamos e trabalhamos nós na cip que era possível avaliar o que é que as pessoas tinham o direito de receber e entregar-lhes títulos com que eles pudessem concorrer às privatizações e Que nós tivéssemos privatizações em leilão para que não houvesse acusações
De que estes ou aqueles andavam a ser beneficiados e eu acho que nós teríamos chegado a soluções melhores um dos setores que sofreu muito com a má privatização foi a banca e a banca portuguesa praticamente desapareceu e e porque houve houve acionistas que se meteram a comprar os bancos e a
Concorrer às privatizações sem ter os recursos financeiros para isso ficando muito pendentes quer do governo quer do banco de Portugal portanto nesse aspecto de construção de uma nova de uma nova economia eu acho que que que devia ter sido feito de uma maneira completamente diferente o o em todo caso reconhece que
Como cam cá rios de dinheiro como caíram em portug Rios dinheiro na na altura da da Adesão o o o o primeiro-ministro cavac Silva negociou muito bem o o os acordos de para para a política de coesão da União Europeia e portanto nós tivemos imensos recursos que foram
Utilizados a fazer obras públicas agora um um país de futuro fundamentalmente obras públicas um país de futuro não se constrói só com autoestradas e nós temos tido dificuldades e continuamos a ter hoje a entrar em novos setores e são esses é que podem trazer melhores remunerações e evitar que os jovens
Emigram as coisas modernas normalmente não se pode dizer antes quais são porque há pessoas que as descobrem agora o que acontece quando há condições no sistema económico para que as pessoas invistam um dos grandes problemas que nós temos é o sistema fiscal em que na generalidade dos casos a autoridade tributária não quer
Assistir ao crescimento das empresas e torna a Vida Empresarial muito difícil e muito insegura e e e os e os governos têm têm medo de tomar ou têm tido até agora medo de tomar decisões nesse aspeto nós Devíamos fazer mais para ter empresas de maior dimensão Devíamos fazer mais para que houvesse sucessão
Dentro das empresas para que quem quisesse vender tivesse quem queira comprar porque o o morrer de morte natural nas empresas é um desperdício de recursos enorme tudo se deita Fora as pessoas As equipas que demoram anos a fazer os equipamentos os terrenos é tudo desperdício e há países que conseguem
Com condições fiscais mais favoráveis fazer com que haja outros interessados em comparar aqui quem vende tem medo de pagar impostos muito elevados Quem compra tem tem tem muita dificuldade também em termos em termos fiscais isso deriva de não ter a vida até agora sete pequenos períodos
Nomeadamente o da troika onde de eh as os governos não não não querem não querem facilitar isso e numa visão de curto prazo só querem aumentar as receitas fiscais como é que explica que apesar de tudo houve eh em 1979 Sá Carneiro completamente SAC Carneiro com com o PPM o CDs e os
Reformadores de António Barreto o o e de meiras Ferreira e apesar de tudo cercados eh pelo ambiente pelo mfa pelos pactos por isto por aquilo pel outro pel constituição pela constituição começaram um pouco a dar a volta depois houve os 10 anos do cavaquin depois citou aí o
Período da troica foi um período que não é comparável nem percebi bem porque é que o cita porque não é é foi tão H incomum O que teve que se fazer que que eu não sei se pode ser visto como um um um período onde se po Eu só acho que
Tem uma característica notável que é o facto de ai notável Com certeza nós termos regressado a um a um crescimento saudável que não tínhamos nos anos anteriores sim sim apesar do aperto quer dizer o que se dizia que com esta política vai morrer tudo e não morreu de tudo morreu e começou a
Crescer em 2013 S 14 Sim nesse sentido sim mas portanto então Eh pegando em em alturas em que o centro direita eh governou que é mais também já tinha crescido desculpe interrompê-la a seguir Aos aos dois acordos com o com o com o fundo monetário internacional tanto quando aparece alguém que diz meninos
Acabou o recreio agora é preciso acertar as continhas e fazer o que é normal a gente faz muito bem então então vamos Qual é a sua conclusão é que que há um problema de liderança mas cresceu se se a Carneiro sinalizou que queria virasse para para a importância para o para o
Desenvolvimento económico que a riqueza do país virar-se para a iniciativa privada fez mesma cois mas mas parou logo a seguir quer dizer o os os os governos de de balsemão logo a seguir já são eh já é um governo cercado pela esquerda e pela constituição e imensas dificuldades eu
Lembro dele ter anunciado as as as medidas que era necessário tomar e começou salvo com a extinção da luz ou qualquer coisa nunca mais conseguiu discutir assunto nenhum a única coisa que fizeram foi a extinção do concelho da revolução estava prevista de estava prevista mas fizeram Sim era era o que
Faltava que não fizessem nós não podíamos estar na União Europeia com um concelho da revolução mas fizer Ó mas foi possível juntar o PS e o PSD e fazer uma revisão constitucional em 82 e e e e obter outras coisas que não foi só extinção do Conselho da revolução que é uma espécie
De emblema houve houve e outras coisas H Portanto o seu o seu olhar é de uma forma geral H negativo ou ou ou pouco afável eh pouco simpático pouco Generoso para esta estes o modo como se encarou pelo menos de um ponto de vista económico que está
Ligado com o desenvolvimento do país que é o que se pretende sobre estes 50 anos não é um olhar amá não eu eu eu de facto não estou aqui para ser amável e aliás o o que o que eu tenho dedicada à participação na vida económica do do meu país
E acho que é um dever e e portanto Tenho encontro sempre vontade fazer exclui amabilidades inúteis é evidente aliás há muita gente para dizer amabilidades inúteis portanto eu aí não não não teria não teria P nenhum o que a mim me faz pena é porque eu vejo algumas pessoas que conseguem ultrapassar as
Dificuldades e fazer Coisas extraordinárias em vários setores e faz-me penamos a falar indústria da da iniciativa privada de de ah da música do da pintura do cinema do que quiser mas são muito poucos são muito pouco apoiados mas agora falou-me da arte a arte é a arte tem sido mais apesar de tudo
Olhada com mais generosidade do que a iniciativa privada ou o empresariado e e o desenvolvimento económico ou não é por isso é que é que a minha posição é mais de Surpresa porque quando se soltam um bocadinho as condições e se deixa que o bichinho da iniciativa se desenvolva
Os resultados aparecem Isso não é bom porque é que não se quer isso de maneira nenhuma há um um parece que um medo de que se desenvolvam coisas maiores e com outra dimensão isso era bom para nós é muito interessante porque está-me a falar de uma coisa à qual não se atribui
De facto importância que é olhar para um ser humano e dotá-lo de meios para que justamente essa possibilidade intuitiva às vezes mais que racional ou mais racional que intuitiva de provar que a iniciativa vale não tem sido cuidada nem olhada com com sequer como um com o mínimo quer dizer nós
Temos um sistema educativo muito mau como é que deixamos gerimos a pandemia em termos escolares da pior forma possível entramos depois na greve com com com os professores há um país que demora 3 anos a resolver o problema da contagem do tempo de serviço é é uma
Coisa impensável mas eu acho que estou praticamente no mesmo sítio onde estavam há 3 anos depois andar a pí a tentar falsificar a estatísticas agora apareceram os resultados e tá tudo de cabelo apareceram os resultados do próprio Ministério da Educação de de um estudo feito ministério e de facto como
Todos nós prevíamos é é muito mau agora eu o que a mim me preocupa mais é que os jovens quase todos começam a a partir dos 14 anos a dizer que querem ir para o estrangeiro eles nem sabem porquê mas criou-se uma onda nesse sentido e se
Aqueles que se movem melhor querem sair é muito mau sinal Porque saíram com certeza aos mais Corajosos nos anos 60 porque emigrar Nessa altura era uma aventura dolorosa e tinha que ser gente com muita fibra com muito pouca preparação para fazer aquilo e que apesar de tudo depois sim para
Frente só um entre parenteses e depois houve muita gente que saiu que se exilou eh por causa da Guerra também nos anos 60 não foi por causa da guerra era por causa da Fome as pessoas que se viviam nas nas zonas piores quer dizer sabiam
Lá o que é que era a guerra entravam num num quartel quando eram quando quando eram recrutados não fazia uma mais pequena ideia onde é que era Angola sequer não não não não era não não era isso era era a consciência de que Portugal na sequência dos Tais 200 anos trágicos nós
Vivemos desde o terramoto tínhamo-nos baixado de nível comparado com com com os nossos parceiros a Espanha também ao princípio menos mas depois deram uma queda brusca com a guerra civil portanto a península ibérica estava muito mal em termos de de de condições e as pessoas quando não encontravam resposta cá
Dentro saam saam com certeza e foi o que aconteceu houve uma vara de imigração outra vez e é isso é que eu considero dramático porque nós estamos não é que eu acho que isto seja a geração mais bem preparada de sempre porque acho que eles podiam ser muito mais bem preparados do
Que aquilos que são e têm grandes limitações em em em em muitas coisas aquilo que se chama normalmente os os soft Skills mas em todo caso em todo caso temos que ver temos muita gente temos muita gente mais capaz do que tínhamos há 30 anos em termos de formação discutível e nós não
Conseguimos encontrar pessoas para trabalhar porque mesmo com com com carreiras perspectivas de carreiras semelhantes eles cá não acreditam e portanto o o o o país tem um problema grave quando deixa de acreditar no seu próprio futuro e eu acho que os jovens deixarem de acreditar no seu
Próprio futuro é o pior atestado que se pode passar é o que escolhe como o Pior atestado eh eu eu vou acabar e como o Pedro Ferraz da Costa começou por porque e temos um um minuto e meio porque disse-me que que havia uma situação económica e em Progresso e sólida e que
E e que emitia bons sinais antes do 25 de Abril mas está-se esquecer que não havia nem liberdade e que era uma uma ditadura mais amena a do Marcelo citano Com certeza mas de qualquer maneira uma ditadura não se escrevia o que se queria não havia partidos políticos não era um
Estado de direito eh era compatível uma coisa com outra um minuto ou seja esse esse Progresso económico e esse desenvolvimento e de facto o país um país com saúde económica eh não não já o 73 as pessoas tinham outra mentalidade queriam outra coisa A Guerra Não podia continuar era
Possível pronto havia uma certa folga económica nós tínhamos problemas políticos indiscutivelmente não tínhamos problemas económicos e destruímos a economia muito bem falei com o pessimista não não como to cá muito obrigada por ter vindo aqui conversar comigo sobre o 11 de Março e sobre as consequências e sobre o dia de
Hoje que não vê com olhos com os amáveis mais amáveis olhos mas são os seus e esse sinal dos dos dos jovens quererem se ir embora é uma pce Dex libris e do de algo que lamenta profundamente e que tem muita pena não é percebe-se que isso
É muito Genuíno em si Muito obrigada até um destes Dias Muito obrigado
5 comentários
Bem eu não tenho nada a ver com isso, mas esta rapariga anda todas as semanas a dizer, (eu estive lá) mas sempre com homens diferentes, bem acho que não devia fazer tanta publicidade digo eu mas olha bom apetite 🤔
Continuamos a viver sobre um manto de politicas de esquerda, que nos condiciona e impossibilita evoluir e transformámo-nos num país economicamente desenvolvido
A história não dá de comer à ninguém fala de coisas importantes
Sempre fui fã de Pedro Ferraz da Costa!!!
Não assisti ao 11 de Março porque estava em Angola a tentar sobreviver…