Retratos da solidão: viver só não chega? | Praça da Fundação | vídeo

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[Música] [Aplausos] [Música] muito boa tarde a todos bem-vindos a mais uma conversa na praça da fundação sobre os retratos ensaios lançados pela Fundação Francisco Manuel dos Santos hoje vamos conversar sobre o retrato viver só da Margarida de Carvalho está connosco para conversar autora e Francisco Paulino que é presidente da associação

SOS voz amiga muito bem-vindos vamos com bastante público conversar sobre a solidão eu começava por te perguntar porque porque é que escolheste este tema e que relação é que tu próprio tinhas com este tema e esta vivência assim olá muito obrigada Felipe pela apresentação Obrigada aos presentes obrigada a fundação que me foi

Dado de facto um tema o tema não é meu é do António Araújo como eu acho que disse da última vez que falamos Que relação é que eu tenho com este tema a única relação que eu vejo que possa ter é que eu sou uma pessoa solitária

Não sei se existe interesse a estar com conversas mais privadas mas o fato de eu ser escritora sou escritora de ficção é a minha principal a minha principal ocupação neste momento é que é talvez o a profissão e quisermos chamar assim mais solitária que eu possa imaginar porque se pensarmos nós

Escrevemos totalmente sozinhas ah sozinhos não há qualquer relação com outras artista equipas só tem qualquer ou que tem equipas ou tens posições Em que em que conta Imaginem um pintor que tem um exposições em que pode ver o olhar do do de quem observa as suas obras ou um

Compositor de música que tem sempre os palcos e tem sempre uma equipa uma banda ou um trabalho de estúdio o escritor não tem o trabalho de revisão ou trabalho de edição é uma coisa lateral portanto é a única coisa que eu vejo a acrescentando o facto também de os critérios escrever

Para uma para uma pessoa que está só também portanto é um solitário que ah dirige Ah o seu trabalho a outros solitário que é quem ler é a única coisa que eu vejo assim mas essa ligação entre o escritor e o leitor a semana são uma frase muito bonita que

Tu tens no teu livro uma ideia uma imagem de que o bebê é humano tem poucas nenhumas possibilidades de vivência se não for assistido até algumas horas após o cordão o corte do cordão umbilical e a ideia que tu sugeres é que andamos a vida toda à procura de uma religação Não

É dessa ligação original tu falas disso eh se pensarmos que somos um ser agregado que está sobrevivemos em grupo e que a alta suficiência é uma coisa muito bonita mas é um mito não existe embora seja sempre uma exceções eu penso que talvez essa seja a nossa grande missão

Na vida ser a estar no outro não é existir a estar no outro existirmos sempre em função no outro e desde que nascemos desde que nascemos estamos sempre a tentar reatar qualquer coisa que é uma ligação com a outra que temos sempre a tentar integrar-nos num grupo

Numa tribo Numa família numa relação de amizade uma relação amorosa numa relação qualquer portanto nós sozinhos somos muito pouco ou somos nada embora depois desta definição do que é que é ser só do que é que é sozinho o que é que é estar

Isolado o que é que é eh sentir eh a solidão de uma forma persiva do que é que é sentir eh a solidão como um privilégio tudo isto paixão de definições que podemos podemos falar ou seja não há solidão à solidões Francisco Paulino foi começou por ser voluntário da da associação SOS amiga

Hoje à associação e a associação foi criada em 1978 na altura Em que ano Margarida escreveu o livro A indicação era que tinha recebido 380.000 pelo fonemas aproximadamente uma média de 30 chamadas diárias com a incidência mais intensa entre as 9 horas e a meia-noite da sua

Experiência é uma ligação anónima não é portanto quem telefone e quem atende não se identificam Mas provavelmente fica a saber dados e uma e uma realidade que é profundamente íntima como é que processa este este trabalho esta existência antes de mais boa tarde cumprimentar Ana Margarida e a Felipe e os presentes

Agradecer também o convite em relação ao nosso atendimento o dupla no animate é uma mais-valia porque a maior parte das pessoas têm dificuldade em colocar os seus problemas aos mais próximos neste caso da Solidão por vezes nem tem com quem mas também existem pessoas que têm alguém à sua volta

Prefere ligar-nos e numa relação vamos lá intimista porque é um telefone que está encostado deste lado o outro Ah num ambiente da empatia consegue ah por cá fora tudo aquilo que é se preocupa e muitas vezes para além da Solidão nós atendemos pessoas que estão a ser seguidas por

Técnica porque atenção que a depressão leva a solidão e a solidão pode levar depressão portanto é é um misto e às vezes até as pessoas com confessam-se que aquilo que nos estão a dizer ainda nem falaram com o seu psicólogo ou com seu psiquiatra nem assumiram Ainda bem para si mesma

Mas não é a sua condição é que os voluntários têm para prestar esse apoio mental portanto nós através de algumas semanas de convívio e de experienciação Fazemos o o que é chamado portanto a relação da proximidade com quem decide não é e nós seguimos pertencemos aí fotos que é uma

Organização internacional de ajuda e seguimos as suas normas não somos introduzidas não fazemos juízo de valor não pressionamos Portanto o principal papel que nós temos ali muitas vezes é esgotar e a pessoa aconteceu si própria acaba por descobrir às vezes soluções que nem ela imaginava nós sabemos que o sofrimento quando não

É partilhado tem tendência aumentar e ali naquele espaço quantas vezes as pessoas e isso no livro né As pessoas entram a chorar e no fim das chamadas nós conseguimos adivinhar um sorriso que nós estamos a ver mas conseguimos alinhar um sorriso e isso é extremamente gratificante no teu livro focas muito as mulheres

Maioritariamente são as mulheres que sofrem de solidão ou sofrem de um aliás disse que estão esmagadoramente perdidas desconectadas de si mesmas e por isso Tais muitos exemplos num livro tinhas consciência disso antes quer dizer os dados apontam para isso não é estatisticamente há mais mulheres soja do que homem chora também a mulher

Mais mulheres idos porque obviamente a mortalidade de há mais viúvas pronto a mortalidade masculina é maior em idades tardias a questão que eu senti e o que foram dizendo é que para uma mulher que se separa por exemplo para uma mulher que fica só ou por porque é solteira ou

Porque é divorciada porque é viúva é muito mais difícil refazer a a outra vez a família e os homens fazem isso fazem muito mais rapidamente isto tem a ver com várias questões as questões sociais também ah outra coisa que eu achava importante e por isso frisei muito muitas mulheres e acho que era

Importante até desligarmos um pouco da ideia se calhar antiga de que a solidão é uma coisa dos velhinhos das Aldeias do interior isso é verdade podem estar sozinhos eh podem estar isolados geograficamente pode é muito muito estimável aquele trabalho que fazem os eh as forças de segurança PSP GNR por aí

Mais a GN misericórdia também não é o provavelmente Pronto acho que sim mas de qualquer maneira enquanto continuamos a pensar a solidão como uma questão dos velhotes e ter enquanto tivermos esse estereótipo não pensa e não pensamos a solidão como uma coisa mais vasta e até se conseguirmos ah dividir em várias

Solidões como estavas a dizer e bem ou seja à solidão da da do adolescente que é uma coisa totalmente específica e muito complexa e cada vez mais grave não é cada vez mais grave e é preciso ter muita atenção a isso pois a solidão das pessoas que estão na cidade cheias de

Gente à volta não é tal Solitário caminhar entre a gente do que está mais falava não poema de amor mas de qualquer maneira é uma boa é uma boa e falei com pessoas que de facto viviam nessas aldeias isoladas é que não era o aldeias eram sítios em que não viam

Vivalma e e depois quando vinham Lisboa sentia-se muito mais sozinhas e isto explica-se como não sei mas ela sentia muito mais medo de de parecer e mortas no seu apartamento do que estarem no campo no seu ambiente em contacto com a natureza com os animais Ah não sabem

Explicar isso eu não sou psiquiatra não é mas só acrescentar um pouco ou ao que eu disse ah que existia a ideia que a sua liderança olha os velhinhos e principalmente mulheres porque são viúvas e tudo mais mas nós reparamos aqueles terreótipo cultural em que o homem tem que ser forte não pode

Chorar nem por cá fora os seus sentimentos e ainda continua a existir principalmente tem homens acima dos 50 anos já nos jovens Já percebemos que é mais ou menos 50% de chamadas que se temos um dos mais velhos as mulheres excedem bastante a chamadas em número e também em relação aos jovens

Nós sabemos como adolescência é um período tão difícil em que o corpo sofre modificações também a parte emocional também sofram modificações desconexão consigo mesmo todo dia alteram ou não se estes jovens não fazem parte de uma família estruturada à apoio andar partilha portanto está o caminho aberto para entrar

Em situações Na ansiedade tristeza nós recebemos chamadas jovens com menos de 15 anos 15 14 13 que já estão a ser medicados para ansiedade já há algum três ou quatro anos e nós sabemos que depois Se tiverem pais que possam pagar as consultas poderão ver algum alguns

Resultados o pior são aqueles que não podem pagar e nós sabemos como é que funciona o serviço Nacional de saúde especificamente nesta área de saúde mental que é o parente pobre da Saúde como consultas passadas portanto e a dificuldade que há em tratar tanto os homens portanto

É que é pandemia na vossa experiência com voluntária e os quais foram os efeitos da pandemia os efeitos foram que quem estava mal ficou pior e afetou toda a gente toda a todos portanto passamos a viver um período complicado de isolamento e é engraçado aqui focar porque tivemos chamadas

Diferentes tipos de convivência aquelas pessoas que se queixavam Porque deixaram de conviver com os seus entes queridos porque não podiam sair de casa nem podiam receber visitas e havia outros que se queixavam de conviverem muito igual horas com as mesmas pessoas assim não estavam habituados a isso portanto

Aliás duas situações ou seja para quem tinha chefe de convivência é tal questão que é dizia que é sentir sozinho no meio de uma multidão que são na verdade dizias não há solidão à solidões Há muitos preconceitos muitas ideias feitas ligadas a este tema todos os ensaios e Retratos da fundação servem

Também o propósito e os desfazer de apresentar os dados apresentar as realidades tal como elas são e mas há uma questão relativamente à solidão que é a ideia generalizada de quem é impossível ser sozinho e tu falas na diferença que existe entre viver sozinho estar sozinho e eu queria só dar

Rapidamente este exemplo que é maravilhoso que é grande Ermita do Século 21 que é célebre a vozinha patinadora ou octogenária bubaliba que vive sozinha num dos pontos mais isolados do planeta nas margens do lado by Call na Sibéria a Ana escreve naquela imensidão imensidão do deserto solado baba patina

Curiosamente patina com os patins oferecidos eh pelo pai dela quando era criança durante a patina durante 80 minutos 40 de ida 40 de volta para ir buscar mantimentos para Além disso cuida das vacas e das Galinhas que trata pelo nome E aparentemente é feliz aparentemente sempre não é o que quer

Dizer a solidão e o sentir-se só que é mais complicado que do que o viver só por exemplo é que sempre existiu é uma coisa transversal agora podemos falar em novas formas de solidão e talvez eh assumir-se como só e se calhar nas vossas linhas na vossa linha sentem isso

Assumir-se como só eh nesta neste momento em que nós vivemos é uma questão muito em Popular as pessoas era eu sou sozinha eu não tenho amigos eu vivo sozinho não saio à noite não sou sociável é uma construção também por causa das redes sociais não é a ideia

Que todos temos muitos amigos todos podemos estar ligados a todos dá uma distorção da realidade Exatamente tudo não é fácil amizade também os amigos tem que ser rápido e tem que ser e há três relações têm que começar logo e também a urgência nessa em arranjar companhia também tem que ser

Imediata e eh de facto neste mundo neste momento eu disse agora mas estou a dizer neste mundo acidental e capitalista e cada vez mais liberal é de facto considerado um falhanço que não é facilmente assumido a Hum e e e isso tens toda a razão as redes sociais

Distorce uma realidade e às vezes as pessoas não precisam de facto de ter muitos likes Não não posso precisam de uma conversa ou precisam de um abraço ou a precisão de saber como é que estamos de um fonema só saber como é que estamos não é é um bocadinho essa essa realidade

Ah do mundo assim então agora o que pode levar coisas até complicadas em termos políticos e até antigo democráticas porque as pessoas às vezes se sentem tão sozinhas que se agarram a qualquer aceita qualquer grupo qualquer tribo qualquer não ideologia se quiseres qualquer grupo negacionista que tem um

Tem um discurso muito direcionado para apanhar Estas pessoas eh eh um pouco desamparadas e para agrega-las numa tribo elas sentem-se mais acompanhadas e isso é uma coisa que que deve se preocupar as próprias sociedades enquanto cidades de democráticas ocidentais a solidão é uma consequência do do pós-moderno do mundo para os moderno não

É que se caracteriza sobretudo pela entropia que é os sistemas que se consomem implodem não é hum nesse sentido como é que este plataformas de relacionamento Ah o que é que aparece ou se aparece em casos com efeitos dos encontros das redes das plataformas de encontros online por exemplo a procura

Que é feita de uma relação amorosa de uma relação sexual através destas plataformas que são em princípio impessoais à partida não sei se há efeitos vê isso não é nós não temos muitas experiências situações que nos seguem ah fruto da relacionamentos ou supostos supostos relacionamentos porque

Aquilo É mesmo Como dizia a Ana Aquilo é uma falsa amizade nós podemos ter agora decentes 500 mil pessoas eh por likes mas quando precisamos de ajuda nós estão ali portanto não existem e numa numa seleção simples a solidão é a ausência do outro não é todos nós precisamos de

Afeto e gostava de introduzir aqui um contraponto já portanto fugindo um pouco quase a sua pergunta mas porque não temos mesmo elementos ah sobre efeitos portanto na nossa linha sobre esses efeitos mas um contra pessoas que precisam proximidade dos outros mas tem um comportamento contrário àquilo que era desejável porque ocorreu agora

No livro aquele sonho que fazia 40 anos naquela noite aquilo ligou e que ninguém tinha dados um homem de 40 anos se liga Imagina a minha solidão faço 40 anos hoje ainda ninguém me deu os parabéns a primeira coisa que eu fiz Parabéns pronto mas depois no desenrolado a conversa o que é

Que se passava porque tinha família tinha emprego O que é que se passava com aquele homem ele tinha ainda aqueles estereótipo que o homem não tem que mostrar os seus afetos as suas fragilidades era um homem que achava que bastava contribuir para o suficiente da casa

Chegava à casa a cansado não agradecia à esposa o trabalho que ela tinha tido durante todo dia de preparar as refeições de cuidar dos filhos não se interessava por aquilo que os filhos estavam a passar mas as suas vidas escolares Portanto ele exigia uma coisa que ele próprio não

Dava não é todos nós precisamos da Fé ele depois interiorizou que realmente não tinha razão de queijo a não ser de eu próprio quando foi muito interessante desse desenrolar da conversa porque muitas vezes as pessoas querem receber mas não estou dispostas a dar esse é também um outro lado portanto

Nós Todos precisamos de afeto uma ação provoca uma reação e se ela não existir há outro tipo de solidão que falas que é muito importante que é o cidadão que se sente só na sociedade não é esta ideia de que o nosso século é o século da

Solidão e que os próprios cidadão às vezes que fazem encurralados não é que sem interlocutor queres falar um pouco sobre isso prende aquilo que eu acabei de dizer é essa sensação de não aulas de não não conseguir não conseguir exprimir e que as suas vontades tenham a

Repercussão na na nas ações políticas de ir imagina de uma forma mais para usar cairão a um serviço de urgência não ser atendido eh e pagar impostos e achar que eh depois não há retorno em termos de práticos da sua vida a melhorar em termos coletivos Ah mas deixa-me só faltar um bocadinho

Aquilo dos dos deatings online Há muitas plataformas de detings online e por exemplo uma coisa que eu acho terrível a que sempre aconteceu mas agora é Talvez uma nova forma de solidão e de como são para saber isso debaixo dos pés das pessoas que correm essas redes que é o

Girlsinho não é as pessoas ah de repente criam uma ilusão de um relacionamento que é virtual com uma pessoa que tem uma fotografia que pode não ser real não é ter filtros de coisas mas só que correspondem correspondente vão se alimentando vão-se conversando vão vão vão desculpem não é vão se concentração

Vão conversando vão se vão interagindo eh e depois essa pessoa de repente aparece isto é um vazio enorme desaparece de todo lado fantasma como um fantasma ghosting Eu penso que esta situação e que muitos caiamos pessoalmente e muitas mulheres alimentam por se dar-lhes algum gosto mas é isto isto

Equivale uma outra vez ou uma superficialidade ou uma falta de de capacidade de sentir no lugar de colocar no lugar do outro de sentir o que é que o outro se sentiria acontecia a ele não é Ou aquelas coisas ainda mais se calhar ainda mais duras que é ir

Combinar através dessas plataformas de encontro um um encontro finalmente presencial e depois o homem ou a mulher diz agora vou ali à casa de banho e não volta porque fisicamente não era aquilo que que estava a espera ou por qualquer coisa ou Porque sim ou porque às vezes

Há pessoas que se entretem a fazer isto e portanto eu acho que isto é muito deve ser Suponho que seja muito duro eh e para uma pessoa que já sofra de solidão e muitas vezes as pessoas solitárias estão mais nessas redes frequentam mais destas redes ah este embate com este

Desamparo com com este uma espécie de abandono não é É pode ser pode ser pode ser complicado Ah também há casos felizes não é muita gente que me encontra casa tudo isso mas tem essa uma espécie de uma mediação entre o contacto falava o o Francisco

Que é o contacto a proximidade não é uma falsa intimidade a outra questão também que tem a ver com esta entropia que que dá em solidão Ah que é o facto de as pessoas também ficarem um bocado ligadas de si mesmo há uma espécie de uma

Alienação e uma tentativa não sei se tu concordas de corresponder a pouco tivemos eh Há uns dias tivemos a apresentação da coleção nova de nutrição e eh e um dos especialistas dizia eh que as mulheres eh eh querem corresponder a um estereótipo físico que na verdade não

Existe ou seja portanto é como se a pessoa se sentisse sozinha também relativamente às suas referências não mas isso é isso parece duríssimo não é porque a pessoa não se encaixa nem querem si própria não é e há uma uma grande pressão social sobre como é

Que a mulher se deve apresentar Qual é o seu peso ideal como é que se deve vestir como é que se deve Ah e os homens tirando a maquiagem ou também assim embora eu acho que isto seja sempre mais pesado para as mulheres mas mas é fruto se calhar das pessoas com quem

Eu falei do que eu fui investigando eu entrevistei cerca de 30 pessoas e acabei por eh algumas não não coloquei no livro porque acabava por ser repetitivas eh e não tinham histórias suficientemente fortes mas tem histórias terríveis de solidão masculina portanto não quero todo estar aqui a amenorizar o caso do

Senhor telefone porque não tiveram os parabéns aos 40 anos não é não é de todo de todo isso mas há de facto uma uma grande exigência uma grande carga em cima da da mulher Ah e isso até pode fazer com que a mulher trai e com que ou

Não falamos em mulher com que essa pessoa se retraia e com que essa pessoa deixe sair e depois ela tal vício da Solidão ah a pessoa já não considera satisfatório os seus contactos sociais então ah quase que torna um ciclo vicioso se calhar eu não não estou muito bonita

Portanto é melhor eles não me verem Portanto é melhor eu não ir e portanto agora já não fui da outra vez também já não vou desta é muito mais chance do Absolut fechando numa Concha do que eh quer dizer o de no fundo da frontear os

Seus medos e afrontar as suas os seus receios e a si próprio e assim própria ao mesmo tempo que nunca eu nunca o Cida não pediu mais privacidade não é portanto há formas ou tentativas de manter a privacidade de cada um há um respeito legislada inclusivamente para

Privacidade de cada um mas nunca as pessoas se puderam tanto não é portanto é assim uma Essa é a grande contradição não é quer dizer as pessoas põem-se muito mas também expõem-se aquilo que aquilo que querem expor ou seja se alguém tiver uma fotografia em que não

Fica bem nós põe se alguém tem uma fotografia que ficou bem e isto tem tudo não é Alguém teve um sucesso qualquer expõe portanto há quase um retrato virtual das pessoas paralelo ao da realidade agora qual é conta eh conta com os outros veem contra aquele que as pessoas

Eh são na realidade o que que é a realidade eu por mim já estou bastante confusa como é que a pessoa é nesses retratos virtuais aquilo a pessoa é aquilo que ela se sente ser é aquilo não é e depois tem um grande choque um balde d’água fria de realidade porque

Ela não é aquilo ela própria Não mesmo que não esteja em confronto com com outros que que eu coloca em que façam essa façam essa comparação mas eu próprio já não sabem o que que é real do que é que não é real eu própria estou

Confusa mas não é de facto que estamos na era da comunicação E não era da Solidão ao mesmo tempo sempre a solidão mas agora quase não há maneira de sozinhos porque a maneira de conectarmos de imensas formas e e todas bastante fáceis a começar pelas rotas de avião

Estreradas e até as redes espirituais eh existem agora inclusivamente aqueles filtros não é que a pessoa fica Lindíssima e tem uma vida online que é maravilhosa e Lindíssima e depois a realidade é completamente de maneiras de editar fotografias através de filtros e através de caseiras à Inteligência

Artificial é que já pode construir os nossos próprios textos à maneiras de de facto de construir uma vida para nós diferente e portanto isso pode trazer novos problemas novos problemas Francisco é a realidade e o que é que não é a realidade e estava a fazer uma estrapolação para aquilo que nós

Aprendemos na nesta linha de apoio que a palavra de normal deixa de fazer sentido fazer sentido porque cada um tem a sua normalidade e nós não temos um padrão se nós fizermos uma estatística não sei quantas milhares de pessoas existem em solidão mas cada pessoa por si tem uma

Solidão diferente de todas as outras portanto é um pouco por aí também eu mesmo mas uma confusão muito grande sobre o que é que significa isto e muitos filtro ao mesmo tempo existe uma romantização da Solidão também é um atrelado Ana fala e distrai-me um bocadinho um mito que

Fala brasileiros são aquelas figuras não é e idealizar românticas o que olha para o infinito do mar pois foi eu pensei qual será a profissão mais solitária do mundo devem ser já que não existem mulheres que estava no alto da montanha só podem ser eu fui assim eu falei como sabem o

Faroleiro tá integrado na carreira da Marinha pedi autorizações e penso em qual será o faroleiro mais isolado aqui do país acho que há um nas flores na terceira que é o das contendas foi onde eu fui e encontrei dois senhores alegres incontes nada solitários que disseram que às vezes o seu problema era

Justamente o contrário era o chefe de turistas chefe de visitas a entre os homens Passos privados que entram por ali dentro sempre pedir licença e os grandes curiosamente falaram muito nos drones que vão fazer vão fazer fotografias vídeos e andam por ali às faltas portanto sim ah é um mito quer

Dizer agora com as estradas eles estão meio caminho entre a capital da terceira e a praia da Vitória portanto sentem-se mas muito pouco isolados e dizem até que lembro-me de um deles dizer que eram uma espécie Vieiras as Porteiras de antigamente da Ilha porque conseguem controlar tudo do lado do mar os barcos

Que passam de trás para diante e o dele à terra também tem uma boa visibilidade se calhar Se fosses ter com os bons budistas de ti muita coisa não é então no silêncio e no sossego até aparecer um motorista como a câmara exatamente esses esses essa parte de da Solidão

Institucional é outra coisa a parte da Solidão dos monges que fazem votos de é outra coisa é outra coisa é uma solidariedade que eles se sentem tudo menos sozinhos Porque estão acompanhados por ah entidades de Deus e tal mas então e quer dizer e também digo isso quer

Dizer de ser emoji ou ser irmão numa numa dessas Ah como é que se diz desculpa e fraternidade pronto é preciso uma grande lógica de ligação e há muito acompanhamento entre eles para aquilo poder funcionar é quase como se fosse uma colmeia portanto eu não diria que se fosse um espaço solidão

Eh mas seria um ponto a explorar claro deixa aqui a indicação de que a linha se eu é só as amiga está disponível todos os dias entre 3:30 da tarde às vezes um pouco mais se for preciso Quais são as estratégias o é a pergunta que eu lhe faço mas creio que talvez

Alguém já tenha feito esta pergunta o que é que eu posso usar como estratégias para não sentir sozinho cada casa é um caso evidentemente não há um Elixir antissocial mas é doando aquelas pessoas que estão limitadas ou por doença ou por falar com a mobilidade ou por problemas económicos

É sempre algo que nos impede de sair nós tenta nós não estamos conselhos não vamos conselhos Podemos estudar sugestões que é uma forma em captada questionar porque já pensou portanto vem portanto sair portanto para um grupo portanto sei lá gosta de dançar gosta de ouvir música Porque é que não frequenta locais onde

As pessoas normalmente aparecem e portanto ah provocar provocar situações em que possa portanto deixar estar nessa situação porque porque não fizeram o movimento se tiver um cartaz na janelas que estão sozinho procura não é terá que sair e eventualmente e procurar portanto controlar essa situação e portanto mas conselhos não damos

Falar de muita coisa não é nós membros da sua história que sugestão é que tu darias depois desta experiência e baseado também nos testemunhos vários que existem no livro para alguém que sente de uma forma malsa só sinto também não também não dou conselhos nem vendo nada nada de

Conselhos na nossa sugestões pronto mas eu eu penso que isso tudo como tudo na vida de diferencia um bocadinho entre ser rica e ser pobre uma pessoa rica consegue arranjar pessoa com dinheiro consegue arranjar soluções eu lembro-me da história não sei se se recorda ou se

Falamos disso já mas de uma de uma senhora mais ou menos Milionária ou seria mesmo Milionário e que passava a vida a fazer Cruzeiro então no Cruzeiro a senhora tinha companhia tinha um médico a Bordo tinha entretenimento sentia-se acompanhado e era bem mais interessante do que estar sozinha em sua casa e Claro

Com os outros eh bom se a senhora não tivesse dinheiro obviamente não podia fazer esta vida de dar-te cruzeiro em Cruzeiro portanto também há essa questão que não foi focada que é às vezes não há capacidade financeira se quer para ter uma internet vamos para terminar eu gostava que

Houvessem um bocadinho do livro da Ana que está maravilhosamente bem escrito Ah e acabar com uma homenagem creio que nós estamos em Lisboa toda a gente conhece esta figura ou se lembra desta figura é uma espécie do Solitário não anónimo não é como se o soldado incógnito ah Este é

O o solitário muito assumido e sem gastar dinheiro nenhum à procura dos outros através de uma cena então diz o seguinte na memória Coletiva dos habitantes da capital do país permanece urgente e o Senhor que esse cenava ritualmente aos automobilistas da noite lisboeta como um senhor do Adeus tornou-se

Ícone da cidade com os seus óculos de massas cura tu eh cabelos escorridos e porta aristocrático ele dedicava as noites a fugitar a solidão saudantes conhecidos que passavam na zona da Praça do que de Saldanha dizia ele essa senhora é uma malvada que me segue por entre as paredes vazias da

Casa para eles escapar vem para aqui assinar é a minha forma de comunicar de sentir gente dizia ele de João Manuel Serra que morreu aos 79 anos em 2010 e da sua realidade pouco se sabe aliás diz a realidade e músico meu homônimo Felipe Melo com o administrador de uma página

De Facebook de Tertúlia de cinema em homenagem ao Senhor do Adeus dessa ambiguidade vinha e o seu encanto a sua poesia diziam que era um homem simplesmente louco um Milionário apanhar um desgosto um artista que usava aquele gesto para se exprimir E unir as pessoas alguém que apenas tentava conectar com o

Outro e combater a solidão certo é que diziam também tornava a cidade menos impessoal era uma presença uma saudação um gesto amizade que espalhava uma espécie de alegria o senhor do adeus não é aquela pessoa Somos Todos nós diz Felipe Melo tinha tanta curiosidade por cima que chegava a ver tudo o que

Encontrava em cartaz e depois repetia os filmes este o Felipe Melo não um senhor Deus segundo era o Senhor Deus ou o Felipe Melo era o próprio senhor de Deus segunda pôr o Felipe ele era oriundo de uma família de Posses não trabalhou nunca casou viveu sempre com a mãe e não

Teve descendentes mas solitário que isto é difícil não é provavelmente por isso mesmo pode dedicar toda a vida ou olhar para o lado interessante da vida o que fazia com que ele não fosse normal era o seu lado extraordinário ele tinha um elevado grau de poesia diz Felipe a

Estranheza do seu hábito A análise dos gesto do Acende e se cabras as pessoas interpretarem no memorial que existe em homenagem ao senhor a Deus uma placa em pedra incurstada no alcatrão e com 1 m de diâmetro estão duas pegadas com mãos dentro acenar aproximadamente num sítio

Onde o senhor do Adeus usualmente estava lesse também a frase que costumava dizer e como que vamos fechar esta conversa da minha solidão se saiu muito obrigada [Música]