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Está com a hora da verdade o convidado desta semana é António Saraiva presidente da Cruz Vermelha portuguesa eu sou o Tomás anginho Chagas comigo está Helena Pereira jornalista do público António Saraiva em Julho tornou-se eh presidente da Cruz Vermelha tomou posse estabeleceu várias metas de
Lá para cá o que é que conseguiu mudar na Instituição Bom dia muito obrigado pelo convite em seis meses a caminho do sete não é possível transformar assim tanto de uma entidade que tem 100 59 delegações 2800 colaboradores 1700 viaturas enfim é passa a analogia um porta-aviões que não
Mude de rota em se meses aquilo que fizemos Neste período foi constatar a realidade da entidade os serviços os vários serviços sociais que vem prestando à população desde logo à à mais carenciada e definir um programa de ação eh um um rumo para alterarmos algumas tipologias garantirmos sustentabilidade à entidade e desenhar
Uns novos estatutos que estão em apreciação para serem alterados Obrigatoriamente teremos que os alterar de 10 em 10 anos até Por orientação do movimento Internacional e os nossos são de 2007 por isso mudar os estatutos eh dar sustentabilidade à organização e e fazer uma reestruturação de serviços já que temos serviços que
São rentáveis digamos assim não perdemos dinheiro e há outros onde isso não acontece sendo a cruz melho uma entidade não governamental sem fins lucrativos privada sem fins lucrativos não pode ter prejuízos acumulados e daí este plano de revisão esta verificação do que devem ser os nossos serviços e eh em oito
Pontos que definimos cumprir este objetivo do mandato de 4 anos e nessa d a ideia que quer realmente dar uma uma certa volta na na Instituição acha que a Cruz Vermelha portuguesa tem demasiadas valências que devia focar-se em algumas e deixar cair outras devemos na nossa perspectiva valorizar umas eh dar-lhe
Melhor alicerce e eventualmente abandonarmos outras porque as várias valências que a cruz melha tem o serviço social que presta eh auxiliando o estado nessa missão da função social temos como sabem desde e a emergência o apoio à vítima os refugiados Os Sem Abrigo os lares as Crest os infantários enfim H um
Conjunto de valências que diariamente 24 horas por dia 365 dias por ano a cruz melha vem prestando depois o estado lamentavelmente eh eh não cobre todos os custos daquilo que são os nossos lares daquilo que é o lar militar porque cada vez mais ano a ano os custos vão
Alterando não apenas em função dos salários que vão subindo mas todos os consumíveis eh as energias eh os produtos vários que adquirimos e o estado não tem vindo a acompanhar essa inflação razão pela qual não cobre totalmente muitos dos custos que suportamos e eh aquele o o serviço que
Lhes prestamos o que recebemos a maior parte das vezes é tardio temos aqui um problema de sustentabilidade da tesouraria porque aumento custos recebimento do Estado nas tipologias onde o substituímos a com pagamentos atrasados a cres melha tem aqui um problema de eh equilíbrio de de tesouraria e nem sempre isso acontece vivemos como
Vivemos como sabem de donativos estamos num período em que têm vindo a duplicar num tempo em que tem vindo a duplicar os pedidos de ajuda em 2022 tivemos o dobro dos pedidos de ajuda que tivemos em 21 já em 23 duplicamos praticamente o que tínhamos em 22 e este aumento dos
Pedidos de ajuda e uma redução dos donativos eh é uma equação difícil eh cuja cujo resultado tem que ser melhorado e é nessa perspectiva que fizemos a avaliação que fizemos e estamos a definir as linhas de orientação estas oito que lhe defini mas quando fala em alterar eh algumas
Tipologias e reestruturar serviços eh e ver eh O que é rentável e o que é que não é pode-nos concretizar Quais são as áreas eh que Possivelmente a vermelha deve apostar mais e quais aquelas em que H pode pode recuar um pouco ó Elena não é não é fácil responder-lhe a essa
Pergunta porque das 159 delegações que integram a Cruz Vermelha Nem todas prestam todas as valências nós cobrimos o território nacional na sua totalidade e cada delegação tem um conjunto de valências que vem prestando à população uns têm lares e creches outros têm infantários e e apoio à vítima outros
Têm Sem Abrigo enfim há uma tipologia variada que em que cada delegação presta esse conjunto de valências e a exploração de um lar aquilo que nós designamos por ERP estruturas residenciais para idosos eh é rentável a partir de um número de utentes se não tivermos esse número de utentes a
Exploração é negativa por isso temos que junto da Segurança Social e da comunidade local e em articulação a maior parte das vezes com as câmaras municipais a colocar em cada em cada estrutura destas o número de utentes que o tornem equilibrado quando quando digo temos não não podemos não temos que ter
Forçosamente lucro mas não podemos é acumular prejuízos é nesta perspectiva de trazer o número de utentes que dê exploração equilibrada ou e à estrutura que a delegação desenvolve eh temos depois eh determinadas tipologias onde verificamos nos centros de cuidados continuados eh na alguns n alguns lares
Como lhe digo eh n alguns apoios a aos refugiados porque o estado apoia-nos durante 18 meses a reção de refugiados e acolhemos refugiados inclusivamente até por aquilo que o país está Obrigado nas cotas que a nível da União Europeia vai definindo e depois durante 18 meses
Temos o apoio do Estado mas ao fim dos 18 meses esse apoio cessa e nós não vamos abandonar as pessoas nós continuamos a apoiar nestas tipologias mas ao fim de 18 meses vem totalmente a custo da estrutura da da estrutura que tem esse essa Valência Eh claro que não
Abandonamos ninguém não Deixaremos de auxiliar ninguém mas muitas vezes o termos que alugar a casa o manter a alimentação enquanto enquanto aquela família Ou aquele refugiado se es tiver sozinho geralmente são famílias dou-lhe um caso de espinho onde temos uma família pai mãe e dois filhos eh já vão
3 anos de apoio os 18 meses já ficaram lá muito atrás mas nós não vamos abandonar as pessoas até as pessoas terem emprego até terem meios sustentarem sozinhas isso é um prejuízo acumulado claro que nesta nesta questão de não podermos abandonar não queremos abandonar ninguém temos que ter aqui uma
Racionalidade e de e alterar estes comportamentos ou indo ao estado e hoje nesta neste ato governativo em que nos encontramos não é fácil ter interlocutores para alterar os 18 meses para eventualmente prolongar 24 meses eventualmente ou eh encontrar com as câmaras eh onde onde geralmente eh Estas valências são prestadas nas nas regiões
Onde Estas valências são prestadas um tipo de apoio auxiliar para como digo não querendo como não queremos abandonar ninguém à sua sorte mas termos um mínimo de exploração equilibrado para não continuarmos aumentar prejuízo mas faz sentido a Cruz Vermelha ter essas valências todas tem lares tem eh
Cuidados de saúde tem creches a ajuda a pagar a ajuda na alimentação ajuda na habitação rendas de casa também ou seja são eh são coisas tão variadas faz sentido e é sustentável este modelo em que a a Cruz Vermelha quer ajudar a tantos níveis diferentes isto faz algum
Sentido olena a função humanitária dos sete princípios básicos que perseguimos na cruz de malha na a questão da humanitária é uma das prioridades e por isso não eu tenho dito repetidamente ajudem-nos a ajudar quando pergunta se faz sentido esta abnegação este humanismo que caracteriza toda a rede não apenas Nacional mas a rede
Internacional como sabe que nos leva a este ímpeto de ajudar quem precisa de ser ajudado e sendo certo que a população portuguesa como lhe disse nos números que lhe apresentei a duplicação de pedidos de 22 fo em relação a 21 a duplicação em 23 em relação a 22 este
Aumento eh cada vez ano após ano maior do ano anterior leva-nos a não podermos abandonar aqueles que precisam de ajuda a sua pergunta é é de facto pertinente Então e o que fazer vamos manter todas as valências eventualmente não Helena eventualmente teremos que largar algumas delas mas
Como sabe também o estado o governo Central o estado Central delegou agora nos municípios muito destas valências sociais muito destes apoios sociais e as câmaras Nem todas diria a maior parte delas não têm ainda esta missão incorporada e por isso pede auxílio à Cruz Vermelha à Cáritas às misericórdias
À Santa Casa para auxiliar neste apoio social que agora as câmaras cumulativamente vê desenvolvendo é uma avaliação que temos que fazer ver quem que organizações estão no terreno se existem se existe a rede das misericórdias da Santa Casa da Cáritas ver quem é que está mais habilitado ou
Quem é que por histórico de e serviços tem melhores condições e selecionar se nos manteremos em todas ou como nós nesta avaliação que a direção e que tom tomamos posse em julho do ano passado estamos a fazer verificar aquelas onde deveremos deixar de prestar esse apoio social não deixando repito não deixando
Ninguém para trás e tem alguma assim na sua mente alguma função alguma Valência que esteja na eminência deixar de de prestar temos estamos a avaliar neste momento algumas das erpes vulgos os lares eh Temos esta questão de da dos refugiados que temos que também avaliar algumas questões e e e solicitar apoio
De outra natureza também para prestar auxílio e àqueles que procuram em Portugal esse mesmo auxílio enfim temos dois ou três casos onde estamos a avaliar dou-lhe um exemplo o caso de Beja onde temos dois dois lados e que estamos a avaliar não porque eh queiramos abandonar Mas porque as
Condições daquele Edifício pelos anos que o edifício tem pela falta de condições é quase desumano manter aqueles aqueles 60 60 utentes 30 num e 30 no outro naquelas condições estamos a pedir o auxílio o apoio da Segurança Social porque repito as condições dos dois edifícios onde temos aquele aqueles
Utentes já não respondem às necessidades que hoje são obrigatórias quer em termos legislativos porque ter hoje um lar exige determinadas dimensões de portas rampas para para mobilidade enfim um conjunto de valências que aqueles edifícios não têm e por isso temos que reapreciar o que é que ali vamos fazer é
Esse trabalho de avaliação que estamos a fazer falava desse quadro financeiro mas em 2022 nós sabemos que ainda não era ainda não estava à frente da instituição o vosso relatório de contas revelava que o resultado líquido foi de 7 milhões de euros O que é que isto significa que sobraram 7 milhões de
Euros não quer dizer que e na na nas contas entre o deve e o haver entre os resultados e entre as despesas e as receitas temos a já m dar um número que eu neste momento não tenho presente há um salto Positivo pelo que diz 7 milhões
De euros e a cruz melha tem um orçamento anual de cerca de 90 milhões de euros mas e temos 40 milhões em dívida dívida como dos vários apoios financeiros que temos solicitado dos investimentos que têm sido feitos em equipamentos como digo em erpis em casa po Sem Abrigo
Enfim um conjunto de investimentos que temos temos vindo a fazer e com esta subida de juros temos algumas situa e em maior dificuldade e esse esse valor refere-se ao apoio que o covid o os testes covid que a cruz melha fez em Largo em Largo número trouxeram nesse ano um conjunto de receitas
Extraordinárias de iria que deram essa situação mais tranquila mas entretanto de lá para cá a ilusão as taxas de juro o aumento de custos toda a situação diária que mantemos e os números hoje já não apresentam esse resultado e por isso o primeiro fator que lhe apresentei das
Oito medidas que estamos a tomar é garantir a sustentabilidade da organização porque dou-lhe números se bem possamos ter no somatório das 159 delegações eh receitas em cxa digamos assim em depósito na ordem de 50 milhões Mas por outro lado devemos 40 milhões O que é uma coisa aparentemente absurda
Como é que uma entidade tem 50 milhões em caixa deve 40 milhões com o aumento de juros e o que isso nos custa de encargos financeiros é esta avaliação é esta reflexão e é este conjunto de medidas que a organização hoje exige que se faça e que a minha direção nas várias
Competências que cada um dos seus vice-presidentes tem na escolha e enfim que fiz e e que felizmente cada um deles aceitou temos hoje pessoas que estão a fazer essa avaliação precisamente para não cairmos em rotura e da tesouraria porque é pela rotura tesouraria que as empresas as organizações vão à falência
E por isso este problema da sustentabilidade é para nós um fator determinante e estão em pré rotura neste momento não não estamos em pré rotura mas com a diminuição de donativos com a diminuição de receitas estamos igualmente a desenvolver um conjunto de metodologias para ir junto das empresas e dos cidadãos mas fundamentalmente
Junto das empresas hoje elas empresas Estão obrigadas como sabemos aos critérios das ods os objetivos de desenvolvimento sustentável há relatórios de sustentabilidade que desde logo as cotadas não só mas principalmente essas Estão obrigadas a apresentar e nesse sentido estamos a desenvolver uma proposta de valor para ir junto das empresas responder a
Algumas dessas exigências dos dos objetivos de desenvolvimento sustentável e hoje lhes obrigam para oferecer na nossa proposta de valor algumas respostas a essas necessidades e por isso contratualizar com as empresas um conjunto de donativos nesta proposta de valor porque não é só ir pedir há tão bé que entregar qualquer coisa os pedidos
Que fazemos para lhe garantir quer sustentabilidade quer o volume daquilo que precisamos estamos a desenvolver uma nova metodologia paraou cartão Cruz Vermelha integrando os serviços do hospital mas dando ao cartão um conjunto de outras valências para que a população em geral possa ter com o cartão sendo beneficiário dele ter um conjunto de
Serviços e de acessos e de descontos que o cartão melhorado como estamos a melhorá-lo vai dar e com isso possamos captar mais sa como é que foi possível a Cruz Vermelha ter chegado deste ponto foi uma gestão ou muita muito boa vontade mas pouco profissionalismo na gestão foi desde logo por muito boa
Vontade muito voluntarismo porque e eh as delegações as 159 e nós próprios da direção Nacional eh não somos remunerados é um trabalho de voluntário não não temos ordenado e e apesar de de estar muito grato agora enquanto presidente da entidade H aqueles que diariamente desenvolvem essas lideranças
Nas delegações mas muitos deles têm esse voluntarismo tê esse humanismo e que diariamente põ ao serviço da entidade mas há muita elcia Há muita falta de conhecimento de gestão neste sentido global e do que é e gerir uma conta caucionada do que é fazer cálculos do investimento que se vai fazer dou-lhe um
Exemplo Helena a câmara e temos câmaras que nos estão a fazer essa oferta atendendo até esta delegação de competências que lhe falei as câmaras oferecem o terreno oferecem o terreno oferecem precis anos eh dão encomodado oferecem durante 30 50 anos um terreno para que aí se instal um lar pois mas é
O terreno então e depois a edificação e todos os equipamentos e a mão d’obra para pôr em funcionamento esse lar há todo um investimento que tem que ser contratualizado dou de um exemplo nós temos a estamos a terminar um aqui na Portela que a câmara de Loures nos deu o
Terreno para aí para aí instalarmos um centro de cuidados continuados e a junta de Freguesia como contrapartida da do do das do do terreno durante os anos que nos é cedido o mesmo mas contratualizar com a caixa geral depósitos um empréstimo de 7 milhões de euros que agora verificamos pelo brutal aumento
Das matérias primas de todos os custos inerentes que os 7 milhões não chegaram para agora concluirmos a obra há que gastar mais dinheiro eventualmente mais três ou 4ro milhões para que a obra seja concluída depois não é só a edificação não é só a construção civil é todo o
Equipamento que é necessário a cozinha Os elevadores enfim há todo um conjunto de questões para que o edifício fique funcionante além dos dos recursos humanos que é preciso os enfermeiros os auxiliares e tudo isto tem um custo a crescido e cada vez mais Custoso do que
Era há 1 2 anos atrás isto leva a que tenha que haver uma correta gestão um plano de negócios porque não é só porque eu quero na zona x y um lar ou uma creche ou um infantário é preciso ver que número de utentes é que eu vou
Captar Qual é o efeito de receita que me vai dar há que fazer contas há que ter um um plano de negócios e isto nem sempre para não dizer a maior parte das vezes é feito o que leva depois a desequilíbrios que a organização no seu todo tem que compensar porque temos
Apenas um número de contribuinte e é a direção nacional que é responsável por toda a rede e por toda a boa ou má gestão má no sentido e de da do pouco do pouco profissionalismo há muita há muita abnegação há muito humanismo há muita dedicação das pessoas mas nalguns casos
Esse humanismo é acompanhado de falta de profissionalismo de gestão o que aqui ali faz perigar a sustentabilidade falava há pouco do Hospital da Cruz Vermelha portuguesa faz sentido manter o hospital em funcionamento ou é também uma das valências que pode deixar cair e perguntava-lhes já caiu a hipótese da
Parte que pertence à par pública ser vendida à Santa Casa da Misericórdia nós há duas direções anteriores no tempo do Presidente Francisco George eh deixamos de ser os donos o deixamos de ter a operação do hospital somos os senhorios e há uma entidade que aluga o espaço que
Nós Ali temos somos os donos do do espaço Não somos os responsáveis da exploração do serviço isso é da Santa Casa e da par pública com uma comissão de gestão liderada por professora Alberto cantos Fernandes por isso a gestão do hospital a cruz melha não tem
Nada a ver com ela aquilo que me pergunta é se faz sentido a Cruz Vermelha manter uma marca uma insígnia equipamento sim a Cruz Vermelha é de facto uma marca que goza de Excelente notoriedade excelente efeito reputacional e por isso tudo aquilo que leva que marca Cruz melha passe a
Imodéstia da minha afirmação e mas tem de facto um valor imenso e e sim faz todo o sentido manter um hospital debaixo da marca Cruz Vermelha e o hospital como esta comissão de gestão está a tratar está a modernizar-se está a incorporar novas valências e e está a
Reabilitar o edifício eh e está a ficar até eh muito muito muito agradável eh quer em termos de em termos de hoteleiros passa expressão quer em termos de aumento de serviços estamos a avaliar e a possibilidade de melhorar todo aquele espaço porque há uma enorme dificuldade de estacionamento quer para
O hospital quer para os residentes daquele daquele barro e aquilo que estamos a avaliar é fazer ali um investimento um parque de estacionamento Enfim estamos a avaliar o que é que é necessário para dotar aquele espaço de uma melhor funcionalidade o hospital é uma a gestão hospitalar é de
Responsabilidade como referiu quer da Santa Casa quer da parte pública há o que sabemos Não fuja à pergunta uma vontade tanto quanto conheço da parte pública poder alienar a sua parte eventualmente num conjunto de outras alienações que estarão a pensar na na na na naquilo que está na órbita do Estado
Mas desconheço O que é que está a ser pensado a única coisa que mantenho é que de facto um hospital com a marca Cruz Vermelha traz aos utentes uma eh uma qualidade acrescida pelo efeito reputacional da marca há pouco falava no aumento do número de pedidos de ajuda
Isso também se verifica eh com pessoas em situação de Sem Abrigo também eh há duas valências que temos vindo a constatar uma enorme subida é os Sem Abrigo mas em todo o país Obviamente as grandes cidades Lisboa e Porto desde logo mas em todo o país eh vimos
Assistindo a Esse aumento dos Sem Abrigo e há violência doméstica porque nós também na nossa teleassistência também área que também estamos a dinamizar e a melhorar dotando de novas valências e porque hoje a teleassistência é uma das áreas que tem elevado potencial para a captação de receitas estamos a melhorar
Muito esse serviço estamos a aumentar-lhe valências e para proteção à distância e verificação prévia de qualquer incidente de saúde que o utente que o contratualização e violência doméstica são duas áreas que temos vindo a constatar um aumento significativo e e ainda no pedidos de ajuda H tinha dito que tinha tinham duplicado
No ano passado e agora voltaram a duplicar e nomeadamente os problemas de de pedidos de apoio financeiro eh Mudou alguma coisa no perfil das pessoas ou seja tem tido pedidos de mais famílias da classe média o que é que mudou no último ano eh sim al temos
Sentido ao longo destes últimos anos que e o nível e a condição e social digamos assim em que as famílias se encontram temos vindo de e famílias mais carenciadas de classe baixa e para alguma um algum aumento de chamada classe média que até agora e até há tempos atrás estava com essa
Designação e agora há uma pobreza envergonhada há um pedido de ajuda cada vez crescente não apenas de tipologias mais carenciadas mas também daquelas que até há pouco tempo atrás viviam enfim eh equilibradas chamemos-lhe assim não digo com com com com alguma alguns excedentes mas sim sentimos que tem
Vindo a crescer eh também à classe média eh também recorrem à Cruz Vermelha pessoas da designada classe média sim temos vindo a sentir esse crescimento quantas pessoas é que ajudam Qual é o universo Helena tenho aqui os dados posso lhe dizer o nosso universo nós temos na emergência 65.000 pessoas
Apoiadas temos em pessoas apoiadas no todo no Social 157.000 pessoas temos na área da saúde 99.000 pessoas temos em Saúde Mental área que está a crescer também o ped de ajuda 10000 pessoas temos em cuidados consin continuados 400 eh pessoas temos a intervenção Comunitária 52.000 pessoas crianças e jovens
29.500 apoio alimentar perto de 50.000 eh a informação nas nossas escolas formamos 14.000 pessoas Estes são digamos os grandes números que temos eh apoiamos eh pessoas idosas em solidão na ordem das 150.000 pessoas desenvolvemos recentemente o programa Emília eh porque foi a senhora da Dona Emília que nos
Ligou a que fôssemos lá dar-lhe um abraço porque pessoas nós temos que cerca de 500.000 idosos em abandono em solidão e nós apoiamos desses 500.000 cerca de 150 eh e é um problema também e que temos vindo a sentir cada vez uma um aumento de pedido de apoio a essa
Solidão eh e lamentavelmente eles T este número 500 6000 pessoas idosas que vivem a solidão e também aí um cuidado especial tal como lhe disse e repito Saúde Mental é uma das áreas em que estamos a desenvolver metodologias porque a saúde mental as depressões e outras tipologias desta natureza têm
Vindo a aumentar e é necessário nesta área que a saúde olhe para esta área da saúde mental E possamos aí ter também apoio e porque é um tema que tem vindo a crescer em novembro a Cruz Vermelha foi alvo de buscas eh por causa do os testes
Covid como é que está esse processo a Cruz Vermelha não foi alvo de buscas pela questão do covid a Cruz Vermelha e foi alvo de buscas de documentação porque pelo que os inspetores referiram eh estavam à procura de elementos de prova para o ex-secretário de estado já
Não me recordo o nome do senhor João exatamente e que era Cruz melha que era Ricardo Jorge que era um conjunto de outras entidades eh foram e enfim e foram foram lá buscar documentação no nosso caso era um protocolo que teria sido feito lá atrás e e que pronto levaram a documentação
Que solicitaram mas não foi a cruz de melha que foi alvo de buscas por qualquer dúvida ou qualquer suspeita que houvesse sobre a cruz melha a cruz melha foi e uma entidade onde os inspetores foram reunir provas que visavam tanto quanto sabemos e um processo em que o senhor secretário de estado estará
Envolvido estamos em momento do pré-eleitoral a crise política e que nos mergulhou até aqui eh congelou ou agravou a situação da Cruz Vermelha portuguesa eh pegando na sua expressão eu diria congelou porque este ato governativo leva aqui os interlocutores em funções porque se sentem já em eh
Abandono de cargo já não tomam decisões a não ser aquelas que são mais urgentes ou que em termos legais em termos do que é hoje um governo em gestão pode fazer E e essa ausência e de poder decisório leva aqui algum iato que penaliza não apenas a cruz mha mas as entidades que
Se relacionam com o estado assim sentimos alguma dificuldade na interlocução que fazendo a Cruz Vermelha um trabalho diário permanente 24 horas por dia como lhe digo e Há questões que não se compadecem como é e o despacho desta ou daquela natureza ou o pagamento desta ou daquela tipologia de trabalhos
Que já desenvolvemos e que hoje temos maior dificuldade em contactar quem quer que seja para agilizar um pagamento que nos é devido e daí o atraso nós recebemos para lhe dar este exemplo nós recebemos há do meses 6.000 € das brigadas covid veja das brigadas covid
Porque a cruz melha foi a única e passo também aqui a vaidade da afirmação Mas é porque ela é real e reconhecida ainda há dias a senhora ministra Ana mesinho me referia a gratidão que tinha para com a cruz melha porque a cruz melha foi a única entidade que nunca abandonou lares
E foi inclusivamente a lares que não eram da Cruz melha prestar auxílio e as brigadas covid como nós lhe chamamos e recebemos há do meses os 600.000 € de serviços que prestamos nessa altura é esta falta de agilização Esta falta de cumprimento por parte do Estado através
Do governo de apoio a tempo e horas e de interlocução para agilizar determinados procedimentos sim sentimos esse esse esse congelamento como lhe chamou e como é que tem acompanhado este conjunto de propostas que estão a ser apresentadas pelos partidos e estamos perante um leilão eleitoral e estamos a figura e que Rui
Moreira empregou há tempos eu próprio repeti estamos de facto perante um leilão eleitoral e cada partido a tentar apresentar aos eleitores o que dá mais do que o outro eh e estamos como eu também tenho dito eh lamentavelmente cada partido e na nesta nesta campanha que estamos a viver está mais a olhar
Para o retrovisor do que para o parabrisas aquilo que eu acho que a população Portuguesa e as entidades quer privadas quer e sociais que o país tem gostariam mais que as propostas fossem de futuro que os os partidos nos dissessem em relação à justiça à saúde à
Educação enfim as funções do Estado O que é que cada partido tem para oferecer ao país eh olhando como eu digo para o parabrisas e não para o retrovisor de quem fez mal quem tem culpas quem não fez Isto ou Aquilo E é isso que na minha opinião sem entrar em questões políticas
Pelo menos partidárias é isso que eu acho que hoje que a política que está ausente da política são medidas objetivos a atingir para que o país tenha um modelo de desenvolvimento diferente tenha o alj de crescimento económico que todos desejamos porque não vale a pena repetir aquilo que todos nós
Conhecemos é através do crescimento económico que nós poderemos ter um país diferente mais justo mais mais coeso e sem se gerar esse crescimento com reformas que forçosamente têm que ser feitas o país não evoluirá e era isso que eu gostaria enquanto cidadão de ouvir dos partidos que estão a concorrer
Às eleições e repito em vez de olharem para o retrovisor quem é que fez mal e quem é que teve culpas olhassem para o parabrisas do Futuro que nos temos pela frente mas quando fala de quando falamos de leilão o que é que que medidas é que
Acha que o chocam mais por assim dizer ol Elena aquelas que são meramente eleitoralistas Olhe algumas de alguns partidos sem querer obviamente estar aqui a para para não ser acusado de preferências desta ou daquela natureza mas aqueles partidos que apresentam medidas porque sa a quem as ouve e sabe
Bem ouvir mas depois não tem a sustentabilidade e independentemente se umas custam 25.000 milhões e não se sabe onde é que se vão buscar ou se custam 9.000 milhões e não se sabe onde é que se vão buscar por isso aqueles partidos que deveriam se ter cons deviam ter as
Coisas bem fundamentadas bem estruturadas e quando oferecem quando dizem que nos vão trazer melhorias desta e daquela natureza que nos vão fazer e evoluir neste ou naquele sentido de das insuficiências que nas na na na nos seus programas detetam que as coisas fossem fundamentadas credíveis e que
Sustentassem as medidas com os Fundos e onde é que os Vão buscar por só há duas maneiras ou reduzimos despesa ou amos impostos porque a captação de receitas nós Portugal é um país de exaustão fiscal Nós já estamos exauridos fiscalmente quer as empresas queer os cidadãos por isso se oferecem mais têm
Que ter receita para oferecer mais eh seja na saúde na educação na defesa e onde é que vão buscar essa receita acrescida é eh aumentando os impostos é reduzindo naquela que é uma das medidas que deveriam deveria haver unanimidade na na na na reforma que é a reforma da
Administração pública do tant de maior eficiência maior eficácia reduzindo as redundâncias que a mesma contém a burocracia que nos asfixia e aí fazendo a reforma eventualmente reduzindo despesa nas várias áreas e ou reduzindo despesa ou aumentando as receitas pelos impostos que nos digam objetivamente onde é que vão buscar essa aumento
Receita para cumprir as promessas deste leilão que estão a fazer e sobre isso como é que tem olhado para estas propostas de alívio fiscal foi sempre uma das suas lutas enquanto presidente da C vejo que algumas têm eh critério fundamentado Como eu disse porque disse mesmo agora quando nos apresentam as
Medidas têm que as quantificar e dizer onde é que vão Obter ou a redução das dos impostos ou a redução da despesa e de facto repeito Portugal está exaurido na carga fiscal e por isso a reforma fiscal eu há pouco falava vos das reformas que os partidos têm que em sete
Parlamento fazer na na minha opinião enquanto cidadão e enquanto fui dirigente associativa enquanto liderei aip foquei sempre em três grandes reformas a reforma da administração pública não produzir funcionários porque eventualmente existirão funcionários a menos NS lados e a mais noutros tem que se fazer uma correta gestão dos recursos
Humanos e assistentes dos cerca de 800.000 funcionários públicos mas dotando a ela administração pública num tempo digital em que nos encontramos de maior eficiência de maior eficácia um um melhor serviço prestado aos cidadãos a reforma fiscal e a reforma da Justiça estas três reformas são nucleares para
Que o país possa eh fazer um caminho de crescimento económico por isso a reforma fiscal é bem-vinda E desde logo o IRS o irc eh dando às empresas que exportam mesmo sendo seletiva cheguei a pedir uma redução do irc geral baseando-me na reforma do irc que o governo Pedro
Passos coelho com o acordo na altura do PS liderado por António José seguro e consensualizada setores determinadas empresas que exportam mais que empregam mais mas sim uma redução de irc para tornar o país mais competitivo em termos de atração de investimento externo e melhorando o interno e dos cidadãos as
Taxas de irc de IRS perdão têm que ser reavaliadas porque temos uma carga brutal sobre os cidadãos e sobre as empresas desde logo a a reforma fiscal nesse sentido além de outras que hoje são absurdas as tributações autónomas nas empresas o iuc dos automóveis e a forma como está feita mais para captar
Receita do que eventualmente para a descarbonização que nos vão ap pergando enfim há um conjunto de medidas que exige uma reforma fiscal pensada e exequível e como é que vê a proposta do novo líder do PS Quer pôr o estado a apostar em em determinados setores específicos da
Economia que o estado eh queira apostar em determinados setores é louvável mas é a iniciativa privada é a dinâmica da iniciativa privada que define eh que mercados que dinâmicas que setores de atividade porque não estamos num estado embora alguns o tentem a presente em todas em todas as
Atividades nó estamos num num modelo socializante é a iniciativa privada que deve definir isso o estado deve regulamentar agilizar procedimentos mas eh entendo isso como uma constatação que o país já tem como tem hoje determinados setores muito dinâmicos muito exportadores ol o caso da metalurgica e metalomecânica exportou qualquer coisa
Perto de 30.000 milhões de euros tem vindo a crescer ano após ano é um setor que pouco se fala falamos mais na moda pelo textil local sado mas o setor Metalúrgico e metalomecânico sozinho exporta mais que os dois juntos enfim há determinados setores há novas tecnologias há novas áreas de negócio a
Inteligência artificial vai nos trazer um conjunto de melhorias vai nos trazer inquietudes ao mercado de trabalho vão desaparecer profissões vão aparecer novas profissões há aqui todo um conjunto E é o que eu digo é o país que tem que ser pensado para no quadro em que nos encontramos de uma economia
Global na e nas limitações que a União Europeia nos dá com excessiva regulamentação Mas neste mundo novo em que nos encontramos é deixar à iniciativa privada essa dinâmica Empresarial e o estado regulamentar agilizar desburocratizar por isso se o PS e descobriu agora que há setores por constatação que merecem alguma apoio alguma
Eh algum apoio no sentido de como lhe digo da regulamentação da agilização eh Aproveitando os Fundos comunitários que temos ainda disponíveis quer o que falta cumprir do prr com o atraso significativamente significativo que já alvem quer o PT 2030 e é aproveitar esta oportunidade e alavancar determinadas tipologias determinados setores para
Cumprirmos estes dois objetivos garantindo Com estes apoios comunitários que o país é entra numa rota de desenvolvimento económico diferente Muito obrigado António sariva foi o convidado desta semana do Hora da Verdade eu sou Tomás Chagas comigo esteve Helena Pereira jornalista do público