🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
A minha geração este país também é para novos e é por isso que recebemos em estúdio um Jovem Advogado mais conhecido pelo enérgico ativismo pelo direito à habitação atualmente é deputado Municipal pelo bloco de esquerda em Lisboa Mas nasceu em Coimbra e foi lá que fez toda a formação primeiro na
Infanta Dona Maria depois na faculdade de direito licenciatura e mestrado em Direito Penal mudou-se para a capital para trabalhar num escritório de advogados na altura em que decorria a fase da chada lei cristas em que houve um grande aumento de despejos e deu de caras com a violência e a facilidade com
Que aconteciam estes processos um choque de realidade que o levou a interessar-se pelo tema Depois de alguns anos em ações pelo direito à habitação sentiu que fazia falta criar uma associação como a Chão das lutas que não abdicasse de fazer processos em Tribunal em defesa das pessoas mais vulneráveis Vasco
Barata muito bem-vindo de novo a este programa agora a solo e com mais tempo conta-me tudo Vasco a habitação é um direito ou é um privilégio a habitação na Constituição diz que é um direito na verdade o que nós sentimos hoje é que é um privilégio ter acesso a uma casa que
Tu possas pagar que tu Tenhas conforto de vários tipos que tenhas um espaço adequado para as tuas necessidades que a tua vida Não fique bloqueada porque não Consegues mudar de casa e isso é um privilégio mas que não deveria ser e E é isso que nós também estamos a tentar
Transformar neste país que finalmente começa a olhar para a habitação como um direito e a ficar indignada com a falta de soluções e com com o empecilho que é para as vidas das das pessoas não terem acesso a uma casa nas várias Vertentes que pod as pessoas começam a olhar para
A habitação como um direito são as pessoas que vão às manifestações ou Portugal inteiro sentes que o Portugal inteiro percebe esta esta urgência acho que estão relacionadas porque as manifestações foram muito expressivas não é nós 1 de Abril tivemos 30.000 pessoas nas ruas de Lisboa H depois na
30 de setembro tivemos 40 pessoas ou até mais de 40.000 pessoas portanto isto já é uma expressão muito grande mas vemos pessoas na televisão a pequenaroupas dos números das manifestações acontecem em todo o lado poou dizer que é irrelevante quando é tudo menos irrelevante quando finalmente
Temos pessoas a levantarem o rabo do Sá para para lutarem as pessoas que eu vi na altura e menosprezar eram pessoas que nas próprias declarações que faziam mostravam que tinham interesses familiares ou pessoais na especulação imobiliária portanto isso aí eh era aquele famoso caso da do pequeno proprietário que tinha 12 casas no
Arrendamento não é portanto isso isso diz-nos bastante como é que ess exatamente Olha tu sempre tiveste casa sim eu eu fiz a minha formação toda na casa dos meus pais até sair para trabalhar e quando vim para Lisboa deu-se essa confrontação com com a realidade digamos assim de o mercado já
Estava muito aquecido na altura isto não é uma questão assim tão tão recente como algumas pessoas possam pensar e já era difícil encontrar casa em Lisboa para e e os salários continuavam baixos na altura 600 € era aqui um advogado muitas das vezes em início de carreira ganhava
A trabalhar para outra e eu perguntava ti is se sempre tiveres de casa para perceber também a tua a tua empatia em relação a este tema que te ocupa e muito no teu no teu ativismo porque é uma coisa que também me faz alguma confusão nestas marchas paraa habitação vemos
Cada vez mais pessoas e pessoas com casa e pessoas que estão nos jornais e que estão nas televisões isso é importante mas também vemos Mita muitas figuras públicas aladas não é que se podiam juntar à causa e quando penso nisso é porque Ok temem casa não não se
Familiarizam com este problema Sim Isso foi uma uma mudança recente que eu acho que foi positiva que é nós vimos que o apelo a esta manifestação vinha também de vários setores que também sentem esse problema mas que são figuras públicas não é portanto as pessoas que apelaram
Nas redes sociais da da manifestação à participação eram pessoas com grande expressão pública eu lembro por exemplo da capicua eh lembro de atores e atrizes muito relevantes e isso claro que ajuda a espalhar a mensagem porque são pessoas que têm uma grande influência no espaço público e isso é é relevante Sem dúvida
Mas vemos elites aliadas ou não Sim vemos nós sabemos que com com voz com poder com dedo alcance sim é isso é assim cada pessoa escolhe o tempo que dá e a forma como se relaciona e como usa sabemos que também às vezes não é fácil e nós tínhamos alguns contactos de
Pessoas que diziam eu gostava de poder dar o meu contributo poder apelar mas para a minha carreira são escolhas e às vezes são escolhas difíceis e nós temos que que perceber isso e fazer esse trabalho de que esta luta não é uma luta é uma luta transversal atualmente não
Esquecendo que há uma grande Há uma grande parte da população que tem problemas há muito muito tempo e que agora parecem ficar um bocado esquecidos porque se tornou um problema da classe média e isso é preciso equilibrar as coisas para que ninguém fique para trás nesta luta mas fugiste à minha questão
Da empatia da tua empatia O que é que o que é que há em ti é essa veia de esquerda e é a veia que te foi incutida familiarmente de de atenção ao outro talvez de resistência também bem eh porque tu confront ase inicialmente com com um problema de despejos na sociedade
Advogad Onde Estavas mas podias ter ficado indiferente e não ficaste tanto não ficaste que é a causa que mais te ocupa hoje sim eu acho que isso é foi uma perplexidade ou seja uma pessoa chegaram perceber que uma mudança Legislativa na altura tinha um Impacto Tão Profundo como aquilo que nós pagamos
De casa podia duplicar podia e terminar um contrato com muitos abusos porque era uma questão muito técnica do ponto de vista jurídico que as pessoas não percebiam e isso foi foi uma das fases uma das fases muito violentas deste problema e de facto é não podemos ficar
Indiferentes ou seja eu acho que nós enquanto pessoas que nos que dependemos uns dos outros para construir sociedade para construir vida temos que conseguir olhar para o outro e ter essa noção de que os mais fortes não podem sempre prevalecer para os mais fraques e temos
Que ter políticas e temos que nos juntar para que os mais fortes eh não possam fazer fazer valer a sua lei a todo o custo que foi um pouco o que aconteceu hh na questão da da lei crist da famosa lei cristas recorda-nos essa lei para
Quem não para quem não está eh recordado A lei foi um processo de liberalização do do mercado de arrendamento Portugal tinha uma política também errada um problema estrutural que eram foram 40 anos de rendas congeladas que é uma política que que também teve os seus efeitos perversos mas depois a forma
Como na altura o governo da direita da da troika fez o o problema resolver tentou resolver esse problema foi da forma mais agressiva e mais brutal que foi dizer agora os contratos vão reduzir os seus prazos as rendas vão poder ser cobradas em valores muito mais elevados
Não há nenhum tipo de controle de rendas não há nenhum tipo de eh segurança no arrendamento e um grande investimento e uma grande procura de dinheiro estrangeiro do Turismo de fomentar o turismo fomentar o alojamento local todo esse tipo os vistos Gold todos esses programas contribuíram benefícios fiscais todos esses programas
Contribuíram para que a habitação em Portugal passasse a ser aquilo que já já era noutros países que era um ativo financeiro em que as pessoas que têm dinheiro compram deixam o dinheiro nas casas e depois esperam que elas valorizem e tu entretanto e vvz tem vários processos em Tribunal relacionado
Com o despejos o segundo Torrão e as ocupações do laranjeiro são os principais for se foram os principais processos sim o que é que passou nestes dois casos eh no na questão do foram os dois processos em Almada e o processo do do segundo Torrão foi o mais recente
Tinha a ver com uma um um bairro que que tinha uma ordem de demolição numa certa zona D bairro por questões de segurança eh e o que estava a acontecer é que as pessoas H certas pessoas daquelas casas que iam ser demolidas não tinham alternativa onde viver ou seja a câmara tava a
Demolir a casa onde elas viviam mas não lhes estava a garantir eh Nenhuma forma de de habitação h e nós pronto nós na Chão das lutas fizemos eh o acompanhamento em conjunto com mu com outras associações que que estavam no no terreno hã e e fizemos essa ligação com
Os moradores com alguns dos moradores também houve outras advogadas que se envolveram e fizemos uma ação uma Providência cautelar para parar as demolições até que fosse garantida habitação àquelas famílias eu acho que ninguém celebra as pessoas ficaram com uma casa no final deste processo Mas é
Difícil uma pessoa H dizer que foi uma vitória ou dizer que aquela violência que claro o o caminho é tão violento é tão perverso a forma como usam as pessoas a forma como passam informação errada como tentam H criar narrativas que tornam as pessoas quase aproveitadoras é tudo tão violento e é e
Há uma criminalização da pobreza que no fim as pessoas mesmo tendo casa ficaram com trauma para a sua vida isso também nos diz que é necessário ver a política de outra maneira maior proximidade respeitar mais as pessoas Acho que essa é a grande lição que que nós retiramos e
Como é que o Direito pode proteger os mais vulneráveis para bono Sim nós trabalhamos para o Bono não não cobramos nenhuma nenhuma nenum valor por esta por estas ações o direito não é não vai mudar o mundo é a minha convicção os tribunais também não são espaços de
Grande libertação são espaços onde a pobreza também é vista de uma maneira muito preconceituosa por parte do dos tribunais agora o tribunal também tem esse papel que nós quando há direitos que estão a ser violados devemos tentar levá-los a tribunal eh colocar também o poder judicial a ter um papel e depois
Também o contestar argumentando naturalmente mas eh da minha experiência diria que nenhuma mudança ocorrerá pelos tribunais essa mudança ocorre através da transformação das políticas públicas através da democracia do debate Esse é que é o caminho não não não depositamos as nossas esperanças em decisões judiciais que podem ter em certos
Momentos um papel importante naturalmente sim e a habitação está hoje no centro de muitas discriminações certo várias negros brasileiros pessoas trans homossexuais mulheres ou seja todas as todas as e as discriminações que existem na na sociedade portuguesa se revelam muito na questão da Habitação isso é é é notório as pessoas racializadas têm
Muito mais dificuldade em conseguir um contrato de amente porque há esse preconceito a questão a comunidade brasileira em Portugal que é das mais expressivas é mais expressiva mesmo é mais é mais expressiva e sofre imenso porque não Confiam há uma há uma xenofobia eh existente n transversal ou
Seja estrutural isso isso está está mais do que notório nos contactos que nós recebemos mas as mulheres também todos estes processos que referiste do do laranjeiro e do segundo Torrão todas as pessoas Acho todas não mas 99% das pessoas que nós representamos eram mulheres e eram mulheres com crianças
Sozinhas eh e portanto há uma as mulheres ficam mais mais vulneráveis porque acabam por ser elas a cuidar da família infelizmente e portanto nós vemos que todas as discriminações questões LGBT também eh pessoas senhorias que por exemplo não querem que haja um casal homossexual que arrende a
Sua casa tudo isto está presente no arrendamento e no na habitação portanto são todas por isso é que também a luta foi tão transversal porque sentimos que há essa discriminação eh que se nota na habitação também nos problemas de habitação e como é que vês a habitação
Em 2024 em 2025 antes de de te perguntar como é que a vês em 2050 eu acho que estas manifestações que ocorreram em 2023 e tudo o que está para vir toda a organização que ainda pode ocorrer h não vai deixar o país na mesma Ou seja
Quando as pessoas têm a capacidade de se organizar sair à Rua criar movimentos eh discutir ganhar ganhar espaço para poderem dar as suas ideias e quando há uma indignação também tão grande porque os salários não chegam para a renda Eu acho que isso vai ter um efeito mas tal
Como Quando aconteceu o que se lixa troika aquelas manifestações tão expressivas não deixaram o país na mesma mudaram o país porventura um pouco mais adiante e eu Julgo que essa Julgo que nos próximos ciclos políticos onde eleições autarcas eleições legislativas acho que a habitação vai ser o sistema
Central pelo qual as pessoas vão guiar o seu voto vão guiar a sua opinião porque precisam de políticas estruturais e isso acho que vai ser um papel importantíssimo nas próximas eleições com um pacote mágico pela habitação ou mais habitação que funcione não há pacotes Mágicos as medidas até já estão
Bastante documentadas e e e ninguém vai inventar nada julgo eu agora é uma questão de vontade política tal vontade política de se tomarem ou não medidas e o caminho que países insuspeitos de de serem de esquerda ou de muito ou de extrema esquerda países que até têm uma
Política Liberal diria eu na economia estão a adotar medidas que vão ao controle de rendas vão à proibição da compra por não residentes para evitar que os Fundos tomem conta das cidades e das casas portanto essas medidas e tu defendes essas soluções defas medidas Quais são as tuas soluções para a Cris
Na habitação eu julo que é importante nós primeiro pararmos com uma política de benefícios fiscais e a fundos imobiliários a achar que dar mais benefícios a senhorios a proprietários a fundos imobiliários vai resolver o problema da Habitação isso já tá provado porque isso que não vai não Vai resultar
Foi isso que nós fizemos nos últimos anos e não resultou temos que controlar o mercado ou seja não é possível que nós possamos pedir aquilo que queremos por por uma por uma renda há uma medida agora num mais habitação que já limita um pouco Esses contratos O problema é
Que essa medida chega com 10 anos de atraso porque os salários eh não acompanharam o preço das casas portanto nós tínhamos que encontrar um consenso um processo político que baixasse o preço das rendas para já e que o e que o adequasse aos salários Portugueses e depois permitir aumentos da das rendas
Para não vivermos um um um um fenómeno de congelamento de rendas que ninguém defende mas que esses aumentos fossem possíveis segundo segundo critérios sensatos e que acompanhassem também os rendimentos das pessoas e depois atualmente nós temos essa grande esse grande problema que é todas as casas de
Portugal estão no mercado mundial e isso é muito atrativo para quem quer depositar o seu dinheiro em casas para esperar por um melhor momento para as vender e nós temos que e parar essa compra especulativa para que as casas que ainda existem em Portugal possam ser
Para as pessoas que cá trabalham que cá vivem não não residentes Sim mas tu queres nós queremos ou tu queres um Portugal em que um nada digital americano ou de qualquer outro país viva cá eh com o clima maravilhoso que temos e com as festas e com a comida e e e que
Se sinta bem E ao mesmo tempo que os portugueses também se sintam bem um Portugal para todos para todos qu a proposta que eu acho sentar é essa comprar uma casa para residir em Portugal acho que quem quem vem fazer cidade quem vem construir cidade quem
Vem viver na cidade deve ter essa deve poder comprar agora quem quem quer comprar uma casa apenas para a ter parada para esperar uma maior valorização para depois a vender isso já não é o fim de uma casa uma casa é para as pessoas viverem para constituírem
Família para E isso tem um Impacto Profundo na maneira como nós vemos as cidades e e eu acho que esse é o caminho é é regular o mercado acho que esse é o é o diria que é a proposta que depois tem muitas outras propostas mas regular
O mercado é essencial há anos que Lemos por aí grafitado ou tagado em paredes mesmo antes de da da crise da Habitação que chegou em força Ou começou a chegar às notícias em força no início de 2023 e 2023 aquele Tec que diz tanta casa sem
Gente tanta gente sem casa tem havido um levantamento sério sobre aquilo que são casas abandonadas e o que fazer porque quem passeia por Portugal e nas várias cidades vê este cenário casas abandonadas por todo o lado sim casas abandonadas falamos em Lisboa que é o cenário que eu conheço melhor há 46.000
Casas privadas vazias há 2000 casas públicas vazias há depois um Sem Fim de infraestruturas públicas que poderiam ser reconvertidas para habitação por exemplo falamos de quarteis falamos de hospitais que já não t já não têm essa Valência e isso era um papel muito importante na na resposta à crise
Habitacional que é disponibilizar essas casas isso também parte um pouco da nossa conceção de propriedade que temos em Portugal que é preciso ser alterado ou seja o direito a ter uma casa é um direito que tem tem expressão na Constituição mas não é um direito absoluto a casa tem uma tem obrigações e
Tem responsabilidade Tem uma função social uma casa é para foi construída foi planeada para que alguém lá pudesse viver e portanto quando nós permitimos que as casas estejam vazias durante anos 12 13 15 20 anos 50 anos e não há medidas que digam esta casa tem que ir
Para o mercado para Ou se quiser utilizá-la para viver ou para algum familiar seu viver tudo bem sen não tem que estar em arrendamento para que as pessoas também outras pessoas possam com a com com o pagamento de uma renda naturalmente portanto ninguém fica a perder e o património também não se
Degrada isso isso vale tanto para as casas públicas como privadas temos que ter as casas a servir o fim para quais foram construídas que é as pessoas viverem sim e de que forma é que o professor escocês Tom Slater te influencia a pensar nesta questão da Habitação foi um foi um escritor um
Professor que que me foi recomendado por uma por uma pessoa que também está muito ligada aqui em Portugal às questões da da Habitação h e e que de facto para mim que teve uma escrita muito muito profunda mas também ao mesmo tempo que simplifica que consegue ter um discurso
H que simplifica as ideias que que que desconstrói mitos que nós muitas das vezes temos como pré-concebidos relativamente à políticas de habitação por exemplo a ideia de que o controle de rendas se se aplicarmos as casas desaparecem do mercado porque há uma espécie de Greve de senhorios que não
Vai colocar as casas no mercado e e essa e e ele teve de facto esse papel importante na minha formação digamos enquanto eh pessoa que se interessava pelo tema da Habitação porque sentia tinha aquele interesse que falávamos há pouco de ver uma perplexidade fruto do contacto que tinha a nível profissional
Mas depois ele teve esse papel relevante Eu não o conheço através apenas do dos livros que Ele publicou e dos artigos que escreveu eh na formação dessa da formação teórica e de de perceber H porque este aspecto Quais os aspectos técnicos que também estavam aqui em
Causa e os aspectos políticos não é tu és Deputado municipal pelo bloco de esquerda e além da Habitação a cidade enfrenta vários outros desafios certo como é que Olhas para a governação de Carlos moedas à frente da Câmara de Lisboa ah som somos bastante críticos H das políticas que que têm sido seguidas
E da ausência de políticas há uma questão também de Tom não é Ou seja o Carlos moedas apresenta-se um pouco a dizer que não é político e eu tenho sempre grandes H questões ou grandes reservas sobre quem se apresenta a negar aquilo que é não é ou seja nós não
Podemos depender de pessoas que se apresentam negando aquilo que são eh eu tenho gosto em fazer política e eu acho que as pessoas precisam de quem gosto de fazer política e que não ten a vergonha de ser aquilo que é H E e esse discurso que já vínhamos um pouco também de
Cavaco Silva não é acaba por tornar as as pessoas um pouco plásticas eu não sou político mas depois governam uma câmara depois são primeiros ministros E essas discursos eu acho um pouco um pouco perigoso até e depois Nas questões eh concretas da Habitação por exemplo eh Há uma quase ausência de políticas eh
Não não não há não há Casas projetadas Novas metem na gaveta projetos que estavam que eram importantes anteriores de construção pública para aumentar o nosso Parque público Habitacional e depois na questão da mobilidade é um é uma governação muito Refém Da do setor do carro apoiada pela ACP eh e que e que
Fez a campanha contra as bicicletas e Acho que qualquer pessoa que seja que viaje pelo mundo eh que veja o o caminho que várias cidades têm feito de uma mobilidade mais suave de de de outro tipo de mobilidade olham com algum desagrado para uma cidade de Lisboa que
Ainda continua a privilegiar o carro então dirias que são os principais desafios de das cidades neste caso estamos a falar de Lisboa que é que tu realidade Tu conheces melhor como Deputado Municipal seria a habitação o trânsito a poluição a mobilidade Transportes energia acho que acho que as
Cidades hoje em dia enfrentam dois grandes desafios e que depois T vários outros temas tal não é possível falar de mobilidade sem falar de alterações climáticas não é portanto mas eu diria que sim habitação e mobilidade são são as grandes prioridades de uma cidade hoje em dia como Lisboa e que tem que
Ter soluções e que tem que ter medidas que às vezes são que tem que ter coragem política tem há que ter uma visão da cidade que queremos e isso caros moedas claramente não tem até pelo pelo pelo pelo interesse que tem em assumir outras funções a nível Nacional não é mas o que
É que vai acontecendo em Lisboa em relação a a às proibições de certos carros agora é até 2007 carros a diesel não podem circular no centro da cidade em Estocolmo Por exemplo agora só carros elétricos podem eh andar nas cidades que parece-me bastante interessante mas também parece-me bastante distante
Daquela que é a realidade portuguesa sim e e sobretudo ganhar espaço para as pessoas ou seja eh transformar as nossas cidades em espaço em que as pessoas não dependem do carro e isso tem um grande Impacto numa cidade como Lisboa que recebe 500.000 carros acho eu todos os
Dias de pessoas que vêm trabalhar para Lisboa Ou seja criar alternativas eh mais sustentáveis comboios metros eh autocarros que sirvam As populações e depois também ter uma configuração do espaço que não permita o trânsito em todas as pontes da cidade para que as pessoas quase que possam estacionar à
Porta de todos os sítios onde vão por exemplo olhar hoje para o chiado olhar para h por exemplo eu conheço bem o bairro de Campo do oric em que se permite um trânsito absolutamente redundante é preciso criar espaços para que as pessoas possam ocupar a rua para
Que as crianças possam brincar para que eh as pessoas possam sentar e estar a desfrutar da sua cidade que é isso que nós vemos noutras cidade mes mesmo criando espaço Já que as pessoas estão dispostas a fazê-lo a abdicar do carro porque muitas vezes o que acontece é o
Condutor dentro do carro a reclamar com o trânsito esta Car Esta cidade é só carros mas a pessoa que está a reclamar está ela mesma dentro de um carro também que foi essa a opção que escolheu Claro é é preciso é preciso as pessoas irem percebendo e é um caminho que as pessoas
Vão percebendo que o carro deixa de compensar se nós tivermos eh mecanismos e isso implica criar restrições aos carros eh não compensa usar o carro Isso é uma opção política Isso é o que nós temos que fazer é não permitir que seja possível entrar com o carro e ou que
Seja ou que o não permitir por exemplo que seja mais barato andar de carro do que Transportes por exemplo e isso são políticas que vão dando sinais importantes mas que no final é eh um caminho que tem que ser uma visão política da cidade em conjunto com as
Populações explicando qual é que é a visão que se quer e depois implementar medidas porque eh hoje em dia porque beneficiam todos por exemplo há ume Há uma grande questão que é que sempre que se corta uma via de trânsito e diz Isto vai ser terrível para o comércio isso é
Absolutamente falso quando há a espaço quando as pessoas não têm o carro e as pessoas podem circular livremente o comércio beneficia porque as pessoas vão para lá vão para esses sítios vão com as crianças vão ter com os amigos vão beber um copo a um sítio que tem uma nova
Explanada portanto isto beneficia todos e tem uma cidade muito mais vivida e muito mais rica do que do que a lógica de que temos que permitir que o carro de minha casa até à porta do local onde eu vou vou onde eu vou ter com alguém tenho
Que estacionar à porta e isso acho que é um caminho muito interessante para o futuro e os deputados municipais Vasco são ovidos tu já tiveste muitas oportunidades para ser ouvida em vários fóruns especialmente neste tema da Habitação sentes que és ouvido sim eu acho que o papel da Assembleia Municipal
E é um é um pouco é importante naturalmente mas eh na política autárquica acaba eu acho que há muita gente que não sabe que existe uma assembleia Municipal e isso Municipal Vasco no fundo [Música] [Música] fiscaliza-la nos só só faz só é bom reconhecer isso mesmo até para pensar e
Evoluir os modelos que possam existir mas é um papel que como a pessoa quando dá o seu tempo à à comunidade e quando acha que tem alguma palavra a dizer eh deve exercê-lo com a maior eh capacidade que consegue investir e o seu tempo para para conseguir ter resultados Há
Questões que são importantes que se podem denunciar caminhos que se podem abrir tem um papel importante de ouvir a população que se pode inscrever para para participar e e isso é o que nós também tentamos fazer o grupo Municipal tem quatro deputadas e portanto vamos rodando e e vamos rodando nos temas não
É ah e isso é acho que é um papel importante apesar de tudo e o bloco de esquerda por o bloco de esquerda o bloco de esquerda Foi numa fase muito importante da minha vida em termos de politização diria eu que foi o o tempo da troica em em Portugal eh foi aquele
Partido que que que eu já já me envolvendo um pouco nas questões de habitação etc senti que era necessário também juntarmos algumas forças neste caso a minha força a um projeto que e que me parecia aquele que que me parece aquele que responde melhor às questões nacionais mais relevantes e tens uma
Grande admiração por Francisco lã porquê porque acho foi o rosto da foi o rosto teve esse esse papel de ser o rosto do bloco de esquerda no nos inícios do do seu do e a sua afirmação Foi uma foi uma liderança muito marcante em todo o tempo que a que a exerceu
De grande capacidade de trabalho Isso é isso é notório de grande capacidade de aprofundar temas ainda agora recentemente nas crónicas que vai escrevendo temas muito diversificados com uma grande cultura geral e uma grande cultura política h e e é curioso porque na altura eh quando C deu a sua
Transição para neste caso para João semedo e para Catarina Martins na na tal coordenação e de duas pessoas eh Foi um momento que para muitas pessoas eu conheço algumas pessoas que também pensaram assim dessa forma foi Ao vermos sair alguém que nós considerávamos que no fundo nos representava e que o
Partido estava completamente eh bem Entregue digamos assim ao vê-lo sair eh também foi um uma certo questionamento que nós gostávamos de fora do do do bloco dissemos bem agora se se perdemos esta referência digamos assim temos que nos juntar todos para também dar essa forma essa força e acho que essa é a
Grande lição que é em momentos de transição em momentos em que liderança importantes eh saem também é possível somar novas forças e e novas pessoas que vêm de fora e transformam o partido e a sociedade e e foi na fase da troica em que de facto Eu via o país e via as
Pessoas à minha volta pensionistas os meus os meus meus pais eram eram reformados são reformados hh pessoas da cultura à minha geração a ver que não a minha geração a não conseguia não conseguia arranjar trabalho a tempo com salário Digno foi foi um tempo de grande ataque a a quem
Trabalha e a quem se forma etc e vi que aí tínhamos que juntar a nossa força para tentar mudar um pouco est o estado de coisas sim mas tu queses ouvir falaste dos teus pais tu crestes ouvir conversas de resistência ao salazarismo formas criativas de como é que se
Resistia ao fascismo eu pergunto-me como é que se resiste eh com extrema direita a crescer também eh na Europa eh algo é comparável esses tempos ao estado novo ao fascismo de mussolin ou ao nazismo de Hitler é assim acho que tem as suas comparações eh mas não não não me atrevo
A comparar o que é um regime fascista eh implementado e Avassalador na sociedade com um com partidos fascistas que têm representação apesar de tudo vai uma grande diferença acho que a geração dos meus pais e que fez de certa forma fez o 25 de abril e em Coimbra fizeram a crise
69 muito importante eh acho que talvez não esperassem que tão cedo nós víssemos e eclodir as as velhas ideias Mas acho que isso também é fruto de H de alguma falta de resposta que tem havido Por parte dos governos sucessivos nos vários países aos problemas das pessoas ou seja as pessoas não
Encontrando uma resposta aos seus problemas acabam por depois eh tentar eh canalizar alguma algum descontentamento para estas forças e acho que no caso português a troika teve um grande um grande papel no crescimento dessas dessas novas forças porque eh um pouco e noutros países também ou seja o o PSD
Desde a troica acaba por não ter nenhuma capacidade de de sair desse armário em que se enfiou porque se virmos hoje em dia não não consegue ter um discurso que que motiva as pessoas e depois apareceram dois o CDs desapareceu não é e daí surgiram uma nova reconfiguração
Em que surge o chega uma força eh conservadora fascista S Desista do Salazar e surge depois a iniciativa Liberal comp pensamento liberal mas surgem a do PSD e do CDs portanto há uma reconfiguração pela necessidade de se apresentar como algo novo aquilo que era aquilo que antes estava no CDs e no PSD
E o que é que esperas das próximas eleições que vamos ter que são as as europeias precisamente com chega potencialmente a chegar ao Parlamento europeu pois essa essa essa Será O Grande Desafio acho que é importante tentar sobretudo que esse tema passe para as pessoas e que as pessoas votem
São eleições com grande taxa de abstenção historicamente e e apes e e com todas as reservas Que nós tínhamos e eu tenho também de que a União Europeia não tem tido respostas para os problemas e que que que os países vivem tem sido mais uma mais uma força a criar
Problemas do que a resolvê-los E discriminações E H até historicamente da forma como foi implementado em Portugal retirou noos grande poder económico da nossa do nosso tecido económic ou social eh mas acho que é importante disputar essas eleições e com uma visão que sinira no que naquilo que poderia ser um
Projeto europeu interessante e não aquele que que temos entretanto não é que em que se estabeleceu este regime olha Neste contexto em que não há habitação a emancipação jovem e dificulta as notícias quando ligamos os telejornais só nos dão conta de de guerras e mortes e a saúde mental dos
Jovens e Portugal mas aqui a minha preocupação tem sido mais Juventude temse vindo a degradar aos poucos Todos nós temos amigos em barnaut com grandes crises de de ansiedade e eu pergunto-me não como é que se vai solucionar a a crise de saúde mental porque tínhamos
Que pensar também na como é que se vai solucionar a crise do SNS mas pergunto a ti vaso O que é que te dá saúde existencial assim eu Isso é uma questão importante também se relacionava com a habitação que er quando as pessoas ex ter uma casa para dormir e descansar e
Repousar depois de um dia de trabalho mal pago dava jeito ex E cria bastante ansiedade esse agora dos dos Prazeres que tenho diria que o maior será o cinema nas séries mas Sobretudo o cinema é é algo que que gosto bastante e que tento tanto quanto possível ir
Acompanhando agora tem sido mais difícil eh E claro também gosto de futebol e também gosto de de ler mas diria que o cinema é a questão que que onde eu invisto mais tempo então sabes que na Universidade do porto estão a treinar jovens médicos para fazer prescrição cultural nos centros de saúde que
Prescrição cultural é que Poderias fazer já aqui falaste de cinema talvez uns filmes para para podermos ver é assim eu por acaso Acabo de sair do do cinema eh e e o último filme do Nani Moret e o sol do Futuro acho que que valeria a pena
Mas se se eu tivesse que dar assim um realizador a acompanhar que que para mim é é um filme não perc um filme deste realizador O ostlund que que tem ganho agora não sei se é norueguês se é dinamarquês ou se é suec mas é um é um é
Um realizador que tem tem duas Palmas de our portanto é assim uma uma pessoa que até por isso já tem tem muita pressão sobre si próprio para continuar a fazer grandes filmes Mas recentemente fez H fez o quadrado que que teve nas salas de cinema fez o agora agora estamos a
Escapar o filme O o último filme dele eh o triângulo da tristeza eh que foram os dois filmes que ganharam a Palm dor mas outros filmes dele também são são muito importantes porque eh tem sempre uma crítica social muito aos nossos tempos muito marcada e muito mordaz e tem a
Capacidade acho eu de nos confrontar a nós próprios com com a nossa existência e com as nossas H com os nossos medos com as nossas inseguranças acho que tem um filme muito interessante e que é a força maior que põe um pouco a masculinidade mas sempre tudo Tratado de
Uma forma que eu acho muito muito muito capaz e sempre muito diferente diria que esses filmes do do ostlund são são acompanhar assim eu estou a inaugurar este momento da prescrição cultural porque conhecia este terma há pouco tempo e achei muito interessante no Canadá faz 20 anos os médicos prescrevem
E depois eh podes descontar no IRS isso é é muito interessante não é portanto agora vou começar a fazer esta esta pergunta porque de facto a cultura eh nesta questão da Saúde Mental é essencial e acaba por ser relegada se se se temos que ter dois empregos para
Pagar uma renda como é que onde é que fica o espaço para ócio E e ter tempo para ter tempo qu nós falamos de H rendas altas é é nós estamos numa fase em que nem conseguimos E H questionar essa parte tão importante que é as pessoas poderem ter uma dimensão
Cultural na sua vida terem tempo para os seus lazeres para os seus interesses porque a escolha atualmente está entre pagar a renda ou comer não é e portanto as necessidades ainda mais básicas mas a cultura e o acesso ao lazer o acesso à fruição cultural tudo isso são direitos
Que deviam ser muito mais garantidos num país como Portugal que nem 1% para a cultura tem não é e portanto isso é é é absolutamente fulcral ter uma política cultural relevante e ter rendimento às pessoas para elas também poderem hh Ir ao teatro ir a um concerto eh ir ver um
Copo com os amigos isso também é muito importante as pessoas socializarem as pessoas não estarem nas redes sociais termos essa dimensão intersubjetiva estarmos Cara a Cara o toque tudo isso que que a pandemia agravou eh essa distância é preciso retomar e Para retomar é precis ter condições para
Fazer sim nesta questão da Habitação eu vejo os os xadrez partir bem dividido em vez de estarem rumar juntos parece que às vezes estão aqui paraem expressar mas no mesmo não tem acontecido em relação à associações e organizações que se têm juntado no sentido de de defender o
Direito à habitação na na marcha nas marchas vimos várias associações juntas é suficiente é eu acho que a divisão partidária não não não será um mal eu acho que é até eu vejo como positivo porque H nós precisamos de saber qual é a visão Clara para para a habitação eh
Que que as várias forças defendem a e e isso é é muito importante e acho que é uma conquista do tema e das pessoas que o debateram e das associações que que andaram a lutar durante muito tempo para conseguir pôr este tema na agenda H política porque a ideia que dava
Antigamente é que e qualquer medida é boa isto não é um problema lá está aquela questão isto não é um problema político é um problema político de políticas públicas eo quiséssemos aprofundar em Portugal eh foi uma escolha política termos este este regime e políticas de habitação em que as
Pessoas foram obrigadas a comprar casa não há uma tradição Portuguesa de às vezes nós dizemos isso Ah nós em Portugal gostamos muito de comprar casa temos essa tradição não foi uma tradição foi as pessoas foram empurradas a comprar casa S as renda não para aumentar eu por queria comprar casa por
Causa disso pronto isso isto neste momento neste momento foram empurradas porque as rendas eram mais altas e continuam mais altas do que a prestação e no pós-25 de Abril a política Foi mesmo essa foi financiar os bancos para os bancos emprestarem dinheiro e as pessoas comprarem casa e a politização é
Importante porque nos diz que há duas visões uma visão mais da direita do centro direita com que que o Montenegro por exemplo defende ou defendeu que é eh deixar o mercado funcionar não colocar grandes entravas ao mercado não regular o mercado eh que o PS também tem
Defendido e o mais habitação acaba por ser isso com uma outra medida que tenta eh aplicar alguma limite ao mercado e depois pronto Há outras visões mais mais à esquerda de regular o mercado tentar proteger os inclines de de despejo tentar controlar o preço das rendas as Tais limitações que falamos de
Investimento estrangeiro e acho que isso ajuda a clarificar e dá as pessoas também mais Eh mais argumentos para para poderem eh ver quais é que as por quais é que são mais convencidas eh nas associações o que acaba por por haver também há uma grande divisão Se fores
Ver as associações eh que acompanham inclines que acompanham despejos que se posicionam pelo regulamento por eh regular o mercado digamos assim tão a sair à rua mas também tem muitas outras associações que fazem o contrário Associação Nacional de proprietários eh associação do do Turismo dos investidores Imobiliários todas essas
São associações que representam também um set setor que é o setor do Lobby imobiliário e de e de quererem deixar o mercado livremente funcionar porque sabem que também TM mais rendimento Se tiverem um mercado não regulado é como canto Lu cargel à cidad e vai virar só
Até ao parat turista é assim que vai ser é e tivemos a oportunidade de ouvir na segunda na segunda manifestação e tal como a garota não são dois artistas muito relevantes na intervenção de intervenção pris não é e e além da intervenção com uma qualidade também muito muito grande artística e com
Grande expressão no Nossa Na nossa cidade e no nosso país o que tem grande expressão na cidade de Coimbra é a praa académica da qual Não és muito fã porquê para fecharmos não sou não sou acho que acho que é uma uma uma tradição Se quisermos usar o termo que eles próprios
Usam sem sem Grande sentido a céfalo que perpetua uma lógica de que alguém é diferente apenas porque chegou agora e E isso não não não não não acho que haja nenhuma legitimidade para alguém apenas porque está há um ano a mais na cidade do que outra pessoa que acabou de chegar
Uma uma instituição de ensino possa dar ordens e possa e humilhar e possa insultar e e isso quando nos dizem que isso é forma de integração e a forma como eu me integrei foi da forma mais natural que foi ir bebendo um café com pessoas conhecendo-as bebendo um copo
Saindo à noite criando relações de amizade acho que isso é muito mais saudável e a tua veia à associativista já extia nessa altura sem ser a praz eu sim ou seja eu fiz parte da da secção de Fado e curiosamente não do ponto de vista não do ponto de vista de tocar e
De e de cantar porque não teria muito jeito para isso mas do ponto de vista organizativo eh acho que a associação académica é muito relevante tem muitas secções culturais que fazem um trabalho muito importante até histórico de do teatro ao cinema passando por pela pelo fado passando por por muitas outras
Atividades é de facto um um mundo cultural hh e essa minha veia estava mas a parte mais política de mais de de de organização eh e de debate de ideias políticas e de foi foi uma politização diria eu feita desde o berço junto com os meus pais com a minha família que tem
Essa tradição mas sobretudo no tempo da troica Acho que foi o e ser Deputado Municipal em Coimbra fora de questão Ah eu acho que Coimbra é uma cidade muito difícil para as pessoas regressarem e as pessoas quando saem saem muitas vezes forçadas por não terem opções de oportunidades de trabalho e acho que
Também não tem sido feito grande caminho para deixar de ser uma cidade apenas Universitária que é muito relevante Sem dúvida mas há muito mais para uma cidade do que ser apenas a Cidade Universitária e esse caminho se fosse feito e se as pessoas certamente seria um gosto de
Voltar à cidade onde onde cresci mas isso está muito longe disso cruzamos noos nas duas marchas para habitação e tem-nos cruzado algumas vezes junto à Assembleia Municipal em Lisboa onde é deputado vem de uma família de esquerda com um tio que foi uma das figuras da crise académica de 69 em Coimbra dos
Seus pais e amigos recorda conversas da resistência ao salazarismo e das formas criativas de como se resistia ao fascismo aderiu ao bloco em 2011 na altura da Noite longa da troika precisamente no dia em que Francisco lã por quem tem uma enorme admiração saiu da liderança em miúdo Era bastante
Irrequieto muito mais ligado ao futsal e à capoeira do que aos estudos começou a durante o curso por gostar da matéria apesar de não ser um apreciador da pra considera que dar o nosso tempo a uma associação a um coletivo ou um partido é um ato de grande importância que nos
Mostra o quanto podemos aprender com a partilha de opiniões e experiências é um exercício constante de questionarmos as nossas certezas e de contribuirmos também para que as outras pessoas questionem as suas empati com esta ideia e agradecemos ao Vasco barata por toda a partilha da última hora na3 e na R tv3
Obrigada obrig o que vamos fazer [Música] n