Vídeo: José Manuel Fernandes: “Já não se trata apenas da guerra na Ucrânia. É uma guerra na Europa”

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É uma guerra europeia mas que não está a ser entendida como uma guerra europeia e porque de facto tem uma dimensão bem diferente das Guerras anteriores que tivemos mesmo aquelas que envolveram em território europeu a Rússia e refiro a invasão da Geórgia refiro-me à guerras enfim de alguma forma à guerra do dombas

Que existia antes já existia há 10 anos já tem 10 anos e ou a a chechênia por exemplo eh as guerras dos balcãs também tiveram outra dimensão foram muito perturbantes em termos de mortes aquilo que revelaram de regresso de métodos que esperávamos eh ter desaparecido da Europa câ de

Concentração por exemplo C concentração por exemplo eh E no entanto eu eh tive a ler um texto do timote garton Já sabes que de vez em quando falo dele e ele conta que recentemente esteve num eh na conversa de Munique eh que é uma conversa anual sobre defesa e que na

Conferência que fez panto na intervenção que lá esteve fez uma pergunta à audiência que era Estamos numa guerra na Europa e a maior parte dos Presentes levantaram o braço a dizer sim Estamos numa guerra na Europa e a seguir acrescentou outra outra outra pergunta que foi e há consciência disso nas

Opiniões públicas e já quase ninguém pôs o braço no ar já quase ninguém pôs o braço no ar eh e ele depois diz quer dizer de facto há uma guerra na Europa mas nós estamos eu saí do meu painel cheguei à Rua de Munique e as pessoas estavam nos cafés tranquilas vivendo a

Sua vida e é o que nós sabemos que é assim não é todos nós estamos passamos andamos por aí não é isso porque isso porque o continente Europeu está a viver uma guerra por interposta pessoa eu acho que é por causa disso e e não só por causa disso porque verdadeiramente nem

Isso está a fazer porque muito do que devia estar a fazer para apoiar a Ucrânia não não está a fazer e por isso é que estamos em boa parte a ter aqui esta discussão quer dizer pelo menos menos de acordo nós não não demos à Ucrânia os meios de que a Ucrânia

Necessitava e continuamos a não dar para poder e combater mais de igual para igual a a Rússia esta guerra é diferente das anteriores porque estamos a falar de uma envolver e não apenas uma potência como a Rússia e é uma potência nuclear e mas representar uma tentativa quer dizer já

Não há ali desfarce de proteger umas minorias apoiar Isto ou Aquilo ou no caso da guerra da cheen era uma guerra dentro da Federação russa as Geórgia já é diferente já é uma guerra de agressão a um país eh vizinho vizinho Mas enfim ali havia uma as circunstâncias apesar

De tudo eram diferentes desta mesmo a guerra a Crimeia e a primeira guerra de dombas começaram com eh enfim a Crimeia havia Os homenzinhos Verdes mas começaram como se fosse uma coisa interna da Ucrânia eh e não houve imediato uma invasão russa aqui não aqui não aqui houve uma uma uma operação tipo

Segunda guerra mundial não é entrada de colunas e e apontadas como uma seta às principais cidades particularmente Car kiv e Kev além de todo o sul kon Odessa eh e portanto veículos como nós não víamos no terreno enfim tínhamos tido nem sequer nas guerras do Golfo houve uma operação

Com o penso eu com o número de veículos en vidos nesta nesta nesta nesta operação enfim a competência não tem não tem comparação aquilo foi uma um uma ofensiva e chete no Sul onde apesar de tudo teve algum sucesso de resto muito mal eh conduzida os ucranianos Conseguiram fazer frente aquilo voltou

Para trás no entanto eh eu creio que nós Olha eu ainda há pouco estava a ouvir aqui o o Pedro Marcos deputado do partido socialista dizer que o problema na Europa são os partidos populistas que vão ter mais votos nas eleições parao Parlamento europeu Eu acho que o

Problema é mais complicado e vou começar por citar um nome que que eu me parte das pessoas não conheço e eu nem sequer eu nunca ouvi só li portanto não sei como é que se diz sou capaz de dizê-lo muito mal chama é uma senhora chamada Sara

Vagen que eu creio que n nenhum vocês conhecem Ora bem Quem É Esta senhora Esta senhora é a líder de um partido que apareceu recentemente na Alemanha um partido chamado e justiça é uma dissidência de Esquerda do partido a esquerda eh é uma senhora dura com a

Imigração não é é muita coisa que dura com a imigração saída da Nato contra intervenção na na contra portanto acabar imediatamente com todo o apoio à à Ucrânia eh tudo tudo tudo tudo que possa e economicamente li uma cois o nome dela realmente não não não fixei mas mas é um

Partido é um Mas o problema deste partido é que ele já tem 7% das intenções de voto ela não houve eleições em que ela participasse ela vem do partido da esquerda tinha lá uma era da sua direção não conseguiu ser dirigir o partido o partido da esquerda é um

Partido que tem uma parte de ex comunistas da RDA e outra parte de deciência de esquerda dos sociais Democratas eh e ela vem dos comunistas da RDA da facção marxista lenista dos comunistas da RDA e agora além de apoiar Putin além de ser contra não sei quê Tem uma coisa

Que é está a conseguir não apenas 7% das induções de voto como nas sondagens a indicações de que de que há um quarto dos alemães que que consideram que não é impossível votar nela portanto naquele partido um quarto e são e vê todos os partidos são eleitores da afd o partido

Essim radical de direita até à esquerda eh o seu efeito pode ser tal que a esquerda pode sair do Parlamento alemão portanto estamos aqui porque é que eu estou a falar disso porque o sucesso que ela está a ter embaraça e a Coligação política no poder na na na na na na

Alemanha Portanto o Senor Chan sou é uma Coligação de três partidos que nunca como nunca tinha havido antes com estas características para governar a Alemanha portanto liberais verdes e socialdemocratas tem funcionado muito mal e imensas dificuldades em conseguir governar e apesar de ter E isto é complicado porque a Alemanha fez uma

Viragem muito importante há dois anos quando foi a a invasão declarou que i finalmente gastar dinheiro na defesa que ia apoiar e de facto em boa parte cumpriu esse esse trajeto talvez não todo como nós gostaríamos aquilo começou mal mas depois evoluiu positivamente neste momento é o segundo país em termos

De auxílio à Alemanha logo logo a seguir aos Estados Unidos eh mas as coisas enfim sabemos que muitas coisas aconteceram quase que arrancada a ferros não é foi preciso eh outros países por exemplo darem o primeiro passe no que respeita aos aos famosos tanques leopardo e há eh há coisas que são muito

Boas para os para os ucranianos nomeadamente os sistemas de defesa aérea eh eh de defesa antiaérea eh fornecidos pelo pela Alemanha mas há mísseis alemãs e al eh alemães que se estivessem a chegar à Ucrânia assim como mísseis americanos americanos e mísseis enfim os ingleses apesar de tudo TM sido mais

Eh disponíveis permitiriam à Alemanha ter uma profund à Ucrânia ter uma profundidade no campo de batalha que eh para atacar as linhas de abastecimento portanto as linhas de eh as linhas mais mais recuadas as linhas mais recuadas e de evitar que os digamos o abastecimento chegasse à linha

De batalha do lado do lado Russo porque há vários sí onde Aquilo é é pronto tem que andar por canais relativamente relativamente estreitos e portanto toda essa todo esse auxílio que podia est estar a ser dado não está a ser dado em condições os f16 não chegaram ainda à frente de batalha não

Não se sabe sabemos tudo que foi a discussão sobre essa matéria os os at camos que são os Aim Mares com maior profundidade também eh enfim não não enf há im a coisa que com aquele com o receio há uma coisa que é muito impressionante é estamos a a travar uma

Batalha e o receio boa parte das lideranças ocidentais é temos que ajudar mas não mas nunca é a pergunta nunca é o que é que podemos fazer para ganhar esta guerra é mais o que é que é um mínimo necessário para não perdermos Isto são atitudes completamente diferentes são

Atitudes completamente diferentes e até pela discurso que é necessário ter junto das opiniões públicas que não estão totalmente conscientes do que pode estar do que pode estar em causa eh e nós sabemos que na enfim na Rússia há vários discursos eh não totalmente coincidentes desde o maximalista de méa Dev que é o

País não existe eh temos que ocupar keve temos que mandar embora os políticos que estão hoje no poder portanto temos que transformar aquilo numa bielorrússia até a e se isso não acontecer há uma guerra nuclear ele voltou a dizer coisas desse género eh nos últimos dias o lavrov o ministr negócios estrangeiros parece

Mais razoável dizendo a nossa base de negociação é o que ocupamos portanto se a Ucrânia desistir disto a gente até pode conversar eh mas sabemos que no meio disto continua o discurso sobre o regime nazi desnazificação E por aí adiante portanto olha Eh eu creio que começa a

Ver muita gente a falar da necessidade de estabelecer entre outras coisas linhas dear fogo e portanto encontrar ali uma um status qu foi isso que aconteceu há 10 anos praticamente quando foram os acordos de minsk é uma situação que percebemos que não leva a parte nenhuma e percebemos isso com esta

Invasão portanto se não houver ali Vamos lá ver se não houver uma derrota da Rússia não é apenas não perder a guerra e ficar ali alguns no não sear fogo cois se não houver uma Dota da Rússia a Rússia vai continuar a achar que pode ambicionar a a aos seus objetivos

Maximalistas porque a Rússia continua a pensar e só isso é que e quer dizer desde o primeiro artigo do artigo inicial de Putin nós estamos a publicar aqui agora no observador um um uma série de sees especiais sobre a história da Ucrânia do João Carlos Fernandes Que eu

Recomendo que que Leiam já publicamos dois Aliás hoje está publicado hoje ou ontem já não sei qude é que ele está hoje não um peitos quem quem for lá encontra e sou precisamente uma contestação aos livros de história que o Putin terá Aldo e portanto que eu acho

Que é interessante para se perceber digamos todo o passado desta daquela daquela região mas feito este pequeno parênteses e parece-me que é muito importante e na Europa perceber se vamos continuar de alguma forma a quer apenas Não se perca ou se temos a ambição de outros líderes que eu na minha

Perspectiva estão a dar o exemplo eu vou dar o exemplo de dois que são duas mulheres de dois que são duas mulheres estou a falar de e da primeira ministra da da da da Estónia e caia calas tem sido Impecável em tudo este processo e também da primeira ministra da

Dinamarca Mat ferix acho assim que se diz e que levou tomou já decisões que são muito muito importantes e que são exemplo outros países a Dinamarca disponibilizou para a Ucrânia não as suas reservas de artilharia e e reparem as armas de artilharia neste boa parte da Batalha na na Ucrânia neste momento é

Uma batalha de artilharia e sabemos que há um enorme défice ucraniano no que respeita quer Eh portanto a canhões não é quer sobretudo às munições a e Dinamarca ofereceu toda sua artilharia toda não estamos a falar de ver o que é que nós precisamos cá não ofereceu toda e também

V irão f16 da Dinamarca para a a Ucrânia e depois com Petre Pavel Pet Pavel o Presidente da República Checa estamos a falar de dois países países pequenos todos mais pequenos que Portugal Estónia muito mais pequeno de Portugal Dinamarca mais pequeno que Portugal República Checa mais pequeno que Portugal o

Presidente da República Checa que foi um antigo General da Nato eu não sei como é que eles fizeram isso mas andaram à procura de munições e descobriram meio milhão de munições de não sim meio milhão de munições de artilharia daquelas que fazem mais falta 155 MM a

Europa devia ter devia mandar 1 milhão até à primavera não mandou e agora é preciso ir comprá-las ao mercado não é eles já sabem onde é que elas estão portanto eles estão a dar o exemplo para onde se deve ir e apesar do do Chanel schs estar um passe adiante do

Presidente macron estamos a falar dos dois principais países da União Europeia eh o chces schs continua a ter que lidar com uma Coligação em dificuldades e agora com esta senhora Sara vagen acho que assim que se diz que é mesmo alguém que parece vir do Out de outro tempo

Literalmente ela vem da velha RDA e com a cultura da RDA em todos os aspectos que não é só o aspecto de amizade com a Rússia e com Putin é também o aspeto como Helena bem recordou aquilo não er um países particularmente amigos dos Imigrantes e dos e das e dos refugiados