Vídeo: Universidade e Ciência: quanto desenvolvem o país? | Praça da Fundação

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[Música] [Aplausos] [Música] muito botada a todos muito bem-vindos à Praça da fundação onde tem sido apresentados durante a feira do livro os ensaios os novos ensaios e retratos publicados pela Fundação Francisco Manuel dos Santos entre eles conta-se em sino e desenvolvimento José Ferreira Gomes de que falaremos hoje aqui nesta conversa

Para fazermos uma análise do sistema do ensino superior e da investigação científica em Portugal e do impacto que tem a investigação e a aposta ou não aposta no ensino superior no desenvolvimento económico e social do país temos hoje connosco Maria de Lourdes Rodrigues Instituto Universidade de Lisboa onde já

Liderou o conselho científico e é também investigadora executivo da Fundação Carlos de Rubens as reitor da Universidade de Lisboa e da Universidade técnica de Lisboa e ex-presidente do Instituto Superior técnico hã portanto temos três convidados dois além do autor que já tiveram responsabilidades governamentais e portanto que podem Ah vamos ver se tem

Opiniões divergentes sobre as questões que têm a ver com o ensino superior com a investigação e com a ligação também ao tecido empresarial Logo no início eu Este é um ensaio muito completa peramos muitos temas Ah vamos passar assim ah sobre eles e Ah podemos

Começar com a ideia que é dada num livro ou dado que nos é dado no livro de que é a economia portuguesa descolou da Europa em finais do século 18 o número de alunos em 1759 que é a data da expulsão dos Jesuítas só foi recuperado já na década de 1930

É um dado que nem toda a gente conhecerá não é portanto esta esteato entra em influência dos Jesuítas e depois algo que se passa na década de 30 já do século 20 Quer explicar a nossa a nossa história da educação é muito é muito resultado do das ideologias do século 19

Da recuperação de do Marquês Nacional esquecendo a visão que havia dele Poucos Anos Antes em que era marginalizado da história e acusado todos os crimes no caso no caso da educação e esses números referem-se ao ensino básico e secundário o problema resulta de que Jesuítas tinham atingido um nível de

Depolerância na Educação Básica secundária muito grande e mesmo superior a nossa história feita no século 19 não diz isso diz que foi criado o colégio o colégio dos novos e que foram criadas que foi criado o primeiro sistema público em Portugal tudo isso é verdade mas por

Exemplo em relação à criação da escola de primeiras metas passam 12 anos depois da expansão dos Jesuítas quando o encerramento dos colégios passam 12 anos sem nenhuma iniciativa Legislativa ao fim de 12 anos ao iniciativa de Marquês para criar uma rede bastante magra mas uma rede escolar

Mas as queixas da altura é de que os candidatos eram barbeiros Malta mais respeitado mas mas porque eram cirurgiões da altura mas mas a queixa é que muitos candidatos e muitos candidatos admitidos e portanto o processo de reconstrução do sistema educativo nas tarda e nesse manifestamente coxo depois

Quando entramos já no século XIX na na Regeneração que é o período em que há um se arreganham um dinamismo da nossa economia aí a lógica a ideologia da Regeneração foi uma ideologia de progresso material de melhorias materiais o que se traduz na construção da escolas na construção de dias essencialmente nos

Levaram à falência em 1890 mas a relevância da educação ficou completamente esquecida e mesmo de escola secundárias distrito isso é criada numa altura em que pelas gerações que passaram entre entre a expulsão não havia nem salas da aula foram utilizadas antigos Mosteiros etc não havia professores

E os alunos também já não estavam as famílias não estavam habituadas já a ver a relevância da educação e por isso é que todo o século XIX é quero depois de vista económico quero ponto de vista educativo século de de regressão e que lentamente se recupera a partir da

República mas a república foi curta teve um impulso Legislativo mas também não teve condições materiais para fazer para traduzir esse esse impulso não uma realidade mesmo assim superior diz que nasceu torto esperemos que sem direito ou seja na sociedade portuguesa Qualquer que seja o tema a impressão é

Que no final das discussões dos debates disso não mas a culpa é da educação e eu perguntava Maria de Lourdes Rodrigues enfim é este ministra da educação entre 2005 e 2009 O que é que a sociedade pode esperar de facto e de uma forma razoável da educação em termos de

Desenvolvimento do país e quais são as expectativas é que não pode responder a resposta do do Professor José Gomes Ferreira foi bem ilustrativa sobre Faro Gomes Desculpa foi bem ilustrativa da da necessidade imperiosa de organização de um sistema educativo para o desenvolvimento social económico de um país O tema da relação

Específica não apenas da educação mas do ensino superiores especificamente com o desenvolvimento o desenvolvimento económico ou Desenvolvimento Social dos diferentes países é um tema Ah muito antigo o livro apresenta vários exemplos não apenas exemplos como dados estatísticas sobre a importância dessa relação o livro também mostra que a relação não é

Linear e é uma relação muitas vezes complexa e que necessita de intervenção pública intervenção de políticas públicas para que sejam ativados os mecanismos dessa correlação agora aquilo devemos atualmente eu diria na atual conjuntura é uma perplexidade eh que é Bom Termos a geração mais qualificada de sempre temos inúmeros

Doutorados temos eh eh aumentou imensa produção científica desenvolveu-se o sistema científico e ainda assim não crescemos economicamente o PIB não cresce na mesma proporção continuamos com dificuldades na produtividade continuamos com dificuldades na competitividade e esta é que é perplexidade e a exigência existe existe existe o que existe é

Dúvidas legítimas e permanentes mas é necessário olhar com mais distanciamento e com o outro mesmo que o livro inspira porque o livro de facto inspira um otimismo e aquilo que nós podemos pensar é o que é que seria se apesar disso não tivéssemos feito um esforço de desenvolver o ensino superior e de

Qualificar a população O que é que seria o país se não tivéssemos este número de autorados ou se não tivéssemos desenvolvido o sistema científico e portanto eh eh a relação a correlação existe ela é óbvia precisa de ser ativada como medidas de política sobretudo política de inovação Mas isso

Não significa que não existam essas políticas e que o país não se tenha desenvolvido justamente porque desenvolveu o sistema educativo e sobretudo o sistema de ensino superior e o o livro dá um pouco conta dessa dessa otimismo diria que os Serra Como disse há pouco as reitor da Universidade de Lisboa e da

Universidade técnica de Lisboa o que eu lhe perguntava é um modo como se organizam hoje as Universidades em Portugal correspondem a este desafio de ligação entre uma população mais qualificada e o maior desenvolvimento do país Boa tarde a todos em primeiro lugar deixem antes de responder à sua pergunta

Deixe-me agradecer ao Professor José Ferreira Gomes o excelente livro produziu e a fundação Francisco Manuel dos Santos o apoio que deu ter sido imprescindível para publicação do livro é um excelente livro e o melhor elogio que lhe posso fazer é que eu não deixaria de recomendar a todos aqueles

Que chegam à gestão do ensino superior antes de começar a fazer estão com esse símbolo muitos pontos de vista O livro é muito bom e eu qualificado ia com essencial para perceber o sistema de ensino superior em Portugal a organização do nosso sistema científico a comparação com os com os

Nossos parceiros e com alguns que não são tanto parceiros assim do ponto de vista Internacional e portanto era uma primeira coisa era a primeira coisa que eu que eu que estava a dizer depois relativamente à sua pergunta e um bocadinho continuando com aquilo que a Maria de Lourdes Rodrigues estava a dizer

O que nós temos um problema eh quando queremos ah ah falar desta geração mais qualificadas e do seu Impacto Ah no desenvolvimento do país nós de facto hoje temos um sistema de ensino superior que se compara com os melhores ah sistemas de ensino superior da Europa não não fazemos mais porque temos um

Financiamento muitíssimo baixo sobre qualquer ponto de vista e comparado com com os países com quem gostamos nos comparar mas também porque os nossos graduados chegam ao mercado de trabalho com salários muitíssimo os comparado com aquilo que tem nos outros países e portanto há uma uma saída do país de

Gente muito qualificada Na minha opinião ou invertemos eh esta situação rapidamente ou ou isto irá piorar eu conheço os números em especial do Instituto Superior técnico dá dois ou três anos 20% dos gravados do técnico saíram para o norte da Europa para o centro da Europa e para os Estados

Unidos da América e obviamente dessa maneira há muito daquilo que nós fazemos todos os dias nação universidades e no ensino superior em geral que não se transporta imediatamente para a sociedade depois se organização do ensino superior estava apertado aquilo que que permitiria ter um impacto maior nos

Em metro do país razoavelmente acho que há muitas coisas que se podem fazer o regime jurídico das instituições de ensino superior a Aparentemente está em discussão pública ou ele ainda não vi nenhuma discussão mas imagina que alguma coisa poderá acontecer e eu Julgo que é necessário tomar medidas legislativas que permitam

Alterar algumas das situações de bloqueio Porque na minha opinião estamos no momento em que o concelho Geral de algumas das universidades está a capturados por interesses corporativos eh e portanto isso se implica que quem dirige as Universidades não pode tomar as medidas que seriam mais adequadas para organização da universidade para

Reorganização da oferta afirmativa e hoje O que são tema que deve ser abordado claramente obviamente com professores José Ferreira Gomes no livro Ah não faz propostas para o futuro também eu estava eu a dizer algumas mas não mas mas não faz com detalhe mas também era melhor acho que isso é tarefa

Para quem exerce funções do ornamentais e portanto faz algo a levanta as questões agora eu posso dizer por exemplo em relação ao conselho geral e a organização traseiro o que faria porque não tenho responsabilidades estão na universidade neste momento e portanto é mais fácil fazer fazer sugestões que sejam até de

Certa maneira eh mal encaradas para alguns setores das Universidades eu acho que a primeira coisa que as Universidades precisam é de eleger o reitor diretamente sem ser pelo conselho geral isto é a eleição do reitor pelo conselho geral tem feito com que os computadores no conselho geral tenham sido capturados por interesses políticos

E corporativos e isso é prejudicial para a organização da Universidade as Universidades Têm três missões que são constitucionalistatariamente atribuídas o ensino é investigação e o desenvolvimento que pode ser descrito de muitas formas transferência de conhecimento para a sociedade muitas formas mas de facto melhor e maior conteúdo que as

Universidades dão para o desenvolvimento é o ensino em si próprio e como finalidade própria quando milhares de diplomados chegam todos os anos às empresas às organizações públicas médicos Engenheiros advogados juristas economistas contabilistas sociólogos por aí fora assistente sociais esta tem sido a forma que nos últimos anos tem permitido às universidades contribuir

Para o desenvolvimento do país e este não pode ser desvalorizado e é muitas vezes quando se olha de forma Estreita para o problema da relação entre o ensino superior e o desenvolvimento esquecer que o primeiro contributo para o desenvolvimento é a formação de quadros qualificados para e depois outro

Problema é que condições é que tem as instituições e as organizações públicas e privadas para acolher estes recursos humanos estão altamente qualificados a minha visão é que estava de alguma maneira é que é que sem dúvida que a educação que a educação é um fator do desenvolvimento econômico

E social dos países em geral no entanto eu vejo as coisas pelos olhos de um químico de longa data já abandonando aqui abandonar a química na Química fala-se muito dos fatos limitante Isto é quando há uma reação entre entre duas substâncias aqui impõe o ritmo da reação é aquela que vai ser

Executada primeiro que é o fator ora na educação seguramente durante muitos anos que o volume de educação era aproveitava na nossa sociedade quando não tinha preocupação com o emprego porque se esperava que mais via menos dia tinha a tropa que também não era preocupação que eu era preocupação por

Outro lado mas que mais dia menos dia teve hoje a situação é completamente inversa hoje o fator de educação quase a todos os níveis é um fator que não é utilizado em pleno deixou de ser fator limitante e Isto pode ser um fator uma uma razões para que o desenvolvimento não surge

Automaticamente Isto é a utilização desse recurso não é não é plenamente aproveitado um comentário no jornal diário em que na China o governo não estava a recomendar aos licenciados para arregaçarem as mangas Isto é para sujar as mãos no trabalho onde não seria preciso essa é a realidade isto porque porque

Também é um pouquinho o número [Música] mestrados com doutoramento a primeira vez o número de licenciados e a economia não está a utilizar plenamente esse recurso e portanto como aqui Como dizia o processo temos licenciados médicos e doutores com um trabalho uma participação na economia que pela medida da remuneração é

Seguramente inaproveitado há pouco falava da Fuga das estrangeiros não é um dos grandes problemas da Universidade que se fala muitíssima é o empreendedor ou seja os investigadores e os doutorando enfim os licenciados não saírem dos casulos não é portanto fico continuarem a fazerem a sua carreira dentro da mesma instituição o que de

Algum modo pergunte também facilita a ideia de que esses casulos não uma ligação depois com com o tecido Empresarial por exemplo ou não eu acho que são dois problemas diferentes acho que o emprego é um problema na universidade é provavelmente um problema menor do que aquilo que muitas vezes se

Faz querer é daqueles temas que é sexy e falar para falar mal da universidade e portanto mas existe mas existe eu venho de um sítio eu olha eu fiz o licenciatura na Universidade do Porto e vim assinar protecnico e portanto são um bom exemplo contrário no tecnico não

Sinto nada a isso é evidente que há medidas que podem ser tomadas até do ponto de vista legislativo e alguns países mais desenvolvidos sem medidas dessas no sentido de impedir que alguém que fez o doutoramento ou que numa numa universidade possa ensinar pelo menos imediatamente nos anos seguintes nessa

Universidade e tiver aqui para ter se quiser fazer carreira no ensino superior ter aqui para outra Universidade eu durante muitos anos fui contrário a essa a uma medida dessas e vou explicar porquê na altura tinha responsabilidade de gestão e e não só no Instituto Superior técnico e a minha convicção há

Muitos anos atrás teve Devo dizer não estou a falar hoje a situação é muito diferente para melhor há muitos anos atrás isso do ponto de vista do técnico era muito limitador no recrutamento de docentes com qualidade tínhamos muito não vou dizer não vou falar das outras instituições mas tínhamos muito poucas

Instituições onde pudéssemos fazer recrutamento ao nível que possa aceitável Eu juro que provavelmente hoje estamos em condições de poder de poder implementar uma medida desse tipo mas não acho que francamente que não acho que seja um problema grave [Música] sim não vejo que seja um problema maior

É um existe eu percebo que a crítica que eu Julgo que que o zéfragomes faz um livro relativamente à aplicação do decreto-lei que está em vigor e que permite temporáriamente Abrir abrir concursos internos de promoção na universidade portanto Ah que estão reservados a quem já está dentro da

Universidade ah pior um pouco a situação mas é preciso também enquadrar que a necessidade de abertura desses concursos de promoção teve a ver com o facto durante anos alguns casos durante mais de 20 anos nós não temos conseguido abrir concurso nas universidades por causa das regras esquizofrénicas que regem a nossa

Administração pública a necessidade de cabimentos quando sabe um concurso só se pode abrir Se tivermos dinheiro para contratar Alguém vindo de fora e isso durante anos em muitas instituições impediu a abertura de concursos aliás eu queria dizer que não nunca estive confortável até Talvez possa usar outras expressão eu tive vergonha várias vezes

Quando vinha colegas com o desempenho mais brilhante durante toda a sua carreira e que terminam a carreira sem ser promovidos a pessoa que é tráticos e muitos deles nem sequer a professora associado e portanto esta medida de permitir os concursos eh de promoção interna que devo dizer que também são

Balanceados porque o número de concursos internos tem que ser tem que ter uma relação entre os concursos abertos ao exterior Ah foi uma medida que Talvez transitariamente possa se possa em teoria argumentar que aumentou impedindo francamente se formos ver a casa e se compararmos com o que teria acontecido

Se não houvesses com coisas promoções internamente concluiríamos que nada aconteceu eu gostava que comentasse uma afirmação que é feita pelo professor Ah quando diz no livro quando diz o setor privado em ensino superior cresceu em Portugal na década de 85 95 numa em que o sector estatal não conseguia dar

Resposta à explosão da procura estudantil hoje em dia o número parece ter estabilidade sub 20% da população estudantil estudem a universidades privadas eh O Que é Que comentário é que pode fazer é este este diagnóstico foi uma um fundição dado relativo às condições de desenvolvimento de todo o sistema de

Educativo no pós 25 de abril um dos elementos mais importantes foi a pressão da procura de a educação em todos os níveis de ensino no básico no secundário e também no ensino superior e o país respondeu de forma diferente o país de complicações públicas respondeu de forma diferente a pressão da procura não

Ensino básico e no ensino secundário porque procurou responder foi um movimento enorme de construção de escolas de recrutamento de professores de construção de programas de manua as políticas públicas de educação responderam à pressão da procura tendo-se atingido muito rapidamente os 100% de eh como de taxa de cobertura na

Maior parte das idades pelo menos até aos 15 16 anos já a resposta do país depois do 25 de Abril não respeita o ensino superior foi muito mais fechada muito menos aberta não apenas porque as instituições de ensino superior não se esquecemos mas havia apenas quatro ah universidades duas em Lisboa uma no

Porto e outra Coimbra e depois havia as Universidades na na emoção e que é Angola mas realmente o sistema de ensino superior antes do 25 de Abril era muito reduzido e não conseguiu responder à pressão da procura que foi imensa e Por Isso evidentemente que houve instituições privadas a constituição

Consagrada e consagra o princípio da liberdade de ensino de aprender ensinar e portanto muitas instituições organizaram quando a resposta por parte das instituições públicas foi mais adequada aquilo que era a questão da procura mas sobretudo quando o governo que resolveu regular a procura do acesso ao ensino superior a procura

De entrar no ensino superior coisamos no ensino secundário houve uma relação e uma baixa enorme dessa procura e o ajustamento de todo o sistema mas eu diria que isso é um ponto relativo às condições é que se desenvolveu o sistema de ensino básico e secundário E também o ensino superior em Portugal o

Que eu gostava de sublinhar são alguns aspectos muito importantes neste livro que também gostava de saudar o professor já lembrou aqui que é um cientista que é um químico e na na elaboração de extensaio ele não perde essa alma de cientista e portanto ele usa o método de

Ciência e para fazer um ensaio e portanto oferece-nos um livro que não é apenas de achismo da opiniões soltas informação é a metodologia científica e portanto com informação com o argumentação fundada em dados e informação e isso é muito interessante neste livro mas ah de uma forma muito

Sutil eu diria de uma forma muito educada enfrenta alguns mitos do nosso sistema de ensino e eu gostava sublinhar de regular esses mitos alguns dos quais nos apoiam nos apoia Campos contrários mas pessoas que sequer coisa interessante o professor Ferreira Gomes revela o impacto negativo que os o sentido isomorfismo nas instituições em

Todo o ensino superior tem tido de negativo por exemplo nas questões de desenvolvimento Este é um ponto o outro ponto é o mito eh o o mito relativo à importância das estações do ensino superior em todo o território Ah o objetivo de ter uma instituição de ensino superior em cada concelho faz com

Que se percam o sentido da da da da da Universidade plena Ah e portanto defendendo que aquilo pode permitir um desenvolvimento mais equilibrado não é espalhar ensino superior do país é concentrar instituição superior a instituições relevantes de qualidade e que possa fazer diferença e eu podia ir

Por aqui fora porque há outros mitos que ele enfrenta aquele que eu acho que nos coloca em que eu gosto de particularmente é eh a visão para o desenvolvimento dos estágio mecanismos de ligação que é necessário ativar Para que assim superior e desenvolvimento eh eh tem uma população

Positiva é como é que se faz do lado da intervenção pública tanto no ensino superior como na ciência é com mais planeamento mais orientação e mais escolhas uma vez que os discursos que os recursos são os casos ou pelo contrário é o modelo que temos seguido nos últimos

Eu diria nos últimos 30 anos de desenvolvimento ah aberto autônomo Apostando em que a escala vai criar esses relatos e isto é uma discussão que não é que está lá dentro ela não é colocada no debate público como na minha opinião devia ser mesmo ah estando em desacordo concordo em absoluto que este

Era um tópico que devia estar no debate público para podermos tirar partido da reflexão de diferentes reflexões de diferentes formas de pensar os problemas para os poderem enfrentar o que é que relativamente ao crescimento do investimento na investigação nas universidades é que foi real e que e que todos os investigadores

Lidam com essa com os efeitos positivos desse investimento eh O que é que apontaria como positivo e como ainda a fazer nesse campo no campo de eh de de de do apoio aos investigadores acho mesmo que era preciso evoluir no paradigma vou dizer assim peço desculpa vou dizer no paradigma da política

Científica Maria no gago há um tempo que marianegado para a política científica e nós precisamos de evoluir nesse Paradigma e na minha opinião há um elemento que está presente neste livro que é uma proposta deste livro é que se encarte de forma diferente a vinculação e a criação da carreira de investigação

Mas que se encare de uma forma planeada digamos assim que se encard de uma forma política que se façam escolhas e o outro aspeto que não está tão presente no livro mas que eu defendo como a evolução do paradigma Ah Zé Maria vou vou existir neste nome é fazer

Entrar as Universidades como verdadeiros Play como verdadeiros atores no sistema científico mais de metade daquilo que se passa em ciência Neste País é atributário da atividade dos docentes e dos investigadores que vivem no perímetro das Universidades era preciso que este papel fosse reconhecido era preciso que as Universidades estivessem

Recursos financeiros e meios e condições para ser players efetivos nas escolhas que se fazem neste momento em investigação e significa em termos simples terem uma percentagem a lei espanhol acabou de aprovar que uma percentagem pequena do dos orçamentos das Universidades devem ser dedicados à investigação isso era uma coisa que

Podíamos fazer era uma grande inovação e podia permitir dar um grande salto em termos de desenvolvimento por outro lado um lado importante neste livro e que enfim medir a seguir entende como uma crítica justa ou não é destacar porque as Universidades nunca foram avaliadas pelo seu desempenho na investigação

Pela qualidade do ensino o que é que responde a esta afirmação mas eu Julgo que isso não é uma crítica às universidades isso é o constatar de uma de uma situação que temos hoje e que a maioria de Lourdes Rodrigues estava a levantar nós temos que evoluir relativamente a organização do sistema

Científico por quantos a Mariana gago promoveu a grande mudança que tivemos os últimos 30 anos no sistema científico e que fez que se com que sejamos hoje numa situação de robuster do sistema científico com que todos nós todos nós que estávamos no sistema há 30 anos não acreditaríamos que pudéssemos estar hoje

Mas ele quando fez isso lidou com uma situação que é muitíssimo diferente à atual ele teve necessidade de retirar o financiamento da ciência de dentro das Universidades porque havia um poder instalado eu diria tinha um reitores muito retrógrafos do tempo e que se o dinheiro vai investigação entrasse no orçamento das Universidades iria

Seguramente ser usado para outras coisas para pagar mais um centro para fazer mais um edifício para o ensino etc hoje estamos numa situação muito diferente o sistema está esquizofrênico a palavra não é exagerada Porque como é que se deve entender porque uma parte enorme eu eu sempre discordei

Um bocadinho do número da Maria de Lourdes sobre a percentagem de investigação que é feita nas universidades porque ela é muito modesta e diz que é mais de 50% eu diria que é para aí 90% é uma coisa estava em menos disto do que nós e

Portanto ah e também para os que não sabem há muita investigação feita nas feitas bem acha que é fazem parte do sistema científico não mas tiram partido das isenções fiscais que resultam de terem palavras cientistas a fazerem análise portanto grande parte do sistema científico é feito por pessoas que têm

Um salário pago Pelas universidades e aquilo que acontece é que as Universidades o reitores que não sejais os diretores das faculdades e das escolas não têm a capacidade de determinar e de fazer uma estratégia que permita Ter uma estratégia de desenvolvimento científico e portanto está na altura de alterar a situação isto exige

Muita muita capacidade e força política do ministro da tutela para poder alterar a situação é uma necessidade permite eu estou completamente de acordo eu estou a dizer um bocadinho de forma um bocadinho mais clara aquilo que a Maria de Lourdes estava a dizer isto também tem a ver com

A organização do nosso sistema político tal como tem a ver com a nossa organização sistema político o fato de termos uma universidade há um politécnico em que todos os os conselhos do país ou pelo menos em todos os distritos é por acaso deve ter a ver com

Facto nem todos os distritos do país a ver uma federação distrital ou uma comissão política Distrital de um dos nossos dois maiores partidos Essa é a razão de termos o o a rede ensino superior espalhada para um ponto para lá do racional não não disse foi porque mas mas é a

Razão é esta não é eu lembro de um primeiro-ministro que era de um sítio e falar criado uma universidade e lembro muitas vezes em muitas situações antes das eleições legislativas as epções do do do das organizações locais partidos fez com que se fosse para este caminho nalguns casos deve dizer que foi muito

Feliz do ponto de vista do desenvolvimento Regional mas não do ponto de vista do desenvolvimento do sistema científico do ensino superior em alguns casos bom mas Voltando à organização do do sistema científico eu estar mais de acordo que precisamos evoluir a situação é hoje muito diferente como é muito diferente em

Muitas situações eu aqui há tempo Estava a ler eh a esta motivos nos arquivos da Google Em que ano e estive a ler tudo aquilo que foi considerado na altura em que se criou o Instituto golenkan de ciência há uma excelente análise do que era o o o o sistema Universitário

Português na altura quais o que é que quais eram as dualidades que impediam o desenvolvimento de sistemas científico e é com muito prazer que quando se lê aquilo se percebe que eles vivemos numa época completamente diferente os desafios são outros e exigem é o tipo de organização ah precisamente sobre Enfim

Uma pergunta que pode ser a pergunta final ou a reflexão final que coloca no ensaio é seremos capazes de nos adaptar para prosperar e diz o seguinte as Universidades em institutos e os seus membros mais permanentes e responsáveis de saber encontrar formas de se adaptar para prosperar e nisto as Universidades

Nunca deram boas provas o visitador Real medieval tinha direitos que hoje não queremos sequer imaginar possíveis como não queremos imaginar o resultado de um primeiro-ministro Iluminista que decide subir instalar sem qualquer das nossas instituições durante um bom parda anos para conseguir reformal mas tudo isto já

Ocorreu no passado pergunto qual é a sua ideia mais positiva mais Luminosa e iluminada também do que se espera no futuro do ensino superior em Portugal nós temos hoje uma uma taxa de transição para o superior que é das mais altas da Europa Há caminho 55% da horta ou coisa

Urgente e a Universidade ao ensino superior em geral está longe de ser suficientemente suficientemente adaptado a esta transformação Isto é quando eu cheguei ao ensino superior tínhamos a volta de 1,5% ou 2% da corte a chegar ao ensino superior hoje temos perto de 60% e por isso é preciso um

Exercício superior muito mais diverso que responda de maneira muito mais ajustada as ambições aquilo que jovens e a família está a caminho de piorar infelizmente não está feito porque Como dizia a bocadinho o professor procede em relação ao técnico e eu tenho de concordar um bocadinho contra as

Minhas vontades que tem que concordar com ele técnico seguramente que teria dificuldade nesse tempo eu já estava a referir-se em recrutar docentes fora do seu do seu seio mesmo assim mesmo assim nós Faria mal saírem para poder ressarçar e mesmo assim eu sempre tenho trauma quando era aluno ter consciência de que alguns

Equipamentos de química alguma coisa porque o único contato entre as duas universidades é quando um velhinho concurso e nessa altura tudo havia muito nervosismo dos docentes que iam ser examinados ou escuteizei os cortinados do seu trabalho por alguém que usava outra linguagem vou pegar precisamente nessa imagem na ideia do que cada

Universidade compõem o seu rótulo daquilo que esperam dela e daquilo que oferece deu o g deu a indicação de que uma das qualidades desejável no futuro é a diversidade de Maria de Lourdes Qual é se tiver que escolher uma qualidade em que deve ser feito um investimento não é assim superior quase colheria

É uma frase aqui no livro que na grata particularmente que diz assim só a variedade assegura a riqueza de o sistema portanto manter a variedade e a pluralidade de instituições e isso só é possível de células não forem todas iguais umas às outras e portanto é preciso especializar a especialização

Das instituições a definição Clara da sua missão e da sua vocação no confronto e no conjunto do sistema educativo é um conjunto de sistema de ensino superior é na minha opinião uma uma um fator muito importante mas gostava também de terminar com uma nota muito positiva e exigente com aquele livro termina porque

Diz assim parece haver sinais de que estamos a entrar numa nova fase na qual o potencial científica acumulado no ensino superior contribuiá na criação de valor na indústria e nos serviços com novas empresas de Raios tecnológica que manterão alguma atividade em Portugal O que é que se exige é que cidade

Científica seja orientada para estas novas necessidades portanto estão levantando o problema e estão feitas muitas sugestões dos Tais mecanismos que necessitam de ser acionados para que ensino superior e desenvolvimento seja de facto uma correlação mais simples tenham em Portugal uma correlação mais simples ou seja feito o diagnóstico identificados os pontos essenciais onde

Se esperam a melhorias e mais investimento Antônio ah faço que é a mesma pergunta qual era a qualidade que destacaria e que gostaria que fosse no futuro aquela que evidenciam ensino superior em Portugal eu queria dizer isso eu concordo totalmente com o que disse a Maria Lurdes e provavelmente ela não tivesse

Feito intervenção eu iria por aí mas só uma coisa que é muito importante para perceber o que é que é mais importante em termos de desenvolvimento do ensino superior e conseguirmos cumprir a nossa missão fazer a transferência de conhecimento para a sociedade fazer mais formação ter mais alunos para

Amar mais gente fundamentalmente É Preciso aumentar muito financiamento do ensino superior nós não temos noção que o financiamento em Portugal é baixíssimo comparado com qualquer país desenvolvido eu vou lhe dar um exemplo não vou falar da árvore Maitê das grandes universidades da Europa a Universidade de São Paulo tem um orçamento superior a

Todo o ensino superior mas tem seja como seja mas tem e portanto isto é uma medida da fragilidade do nosso sistema durante muitos anos nós tínhamos algumas boas vou dar um exemplo de uma uma grande escola Suíça de engenharia técnico de losango como um objetivo de trabalho atingir

É uma Escola de Engenharia o técnico tem um financiamento por aluno que ronda aos 5000 € e eles têm um financiamento oito vezes maior 8 não é 8 + 8 Esse é o grande problema de reflexão então diversidade especialização e financiamento ficam como os pontos que

Que saem deste deste debate a partir de ensino superior e desenvolvimento o ensaio de José Ferreira Gomes muito obrigada a todos muito obrigada senhor presidente [Música]