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Bem-vindo ao se ou não esta semana debatemos a cultura um tema que é relevante mas que não tem estado nas prioridades dos debates televisivos para as próximas eleições legislativas e a pergunta que fazemos todas as semanas é neste caso concreto os governos têm feito o suficiente para incentivar o
Consumo de Cultura ou DIT outra forma a cultura é ou não uma prioridade num país que quer crescer e reter os seus talentos ora comigo tenho Nuno Artur Silva secretário de estado do cinema audiovisual e média e é atualmente autor e consultor na área da cultura e também
Dos mídia e e João Neto Presidente da Associação Portuguesa de museologia e também diretor do Museu da farmácia agradeço ambos a vossa disponibilidade H sabem que tem cerca de 1 minuto 1 minuto e meio para defender e até tese de de cada um Depois vamos ao debate se concordarem tratamos pelo pelo nosso
Nome próprio pronto prescindimos dos professores doutores dessas dessas coisas huno posso começar por ti e qual é a visão relativamente a este este tema que começa com uma provocação bem H antes de mais eu creio que a cultura e se é absolutamente fundamental que tenha um ministério que a defenda acho talvez
Ainda mais fundamental que a defesa da cultura Por parte dos governos seja feita pela totalidade do governo e daí que seja assumida desde logo pelo primeiro-ministro como uma prioridade porque por vezes é é fácil reduzir a cultura a qualquer coisa que é tratado naquele ministério e pronto está tratado
Quando eu acho que as questões fundamentais da cultura no nosso tempo passam por eh ser tratadas transversalmente envolvendo diversos Ministérios para além do Ministério da Cultura a educação a economia os negócios estrangeiros só para dar alguns exemplos e portanto é um tema que tem que ser tratado pelo governo como um
Todo e isso é que pode ser decisivo e eh desde logo na questão das Finanças Isso é que é decisivo ter um primeiro-ministro que digamos eh tem ascendente sobre as Finanças para poder ter de facto uma relação de financiamento efetiva e não como acontece muitas vezes em que o
Ministério da cultura tem uma voz relativamente fraca no conselho de ministros E esse tem sido o problema recorrente dos vários goos mas do ponto de vista de política pública eh defendes que eh enfim a ideia de de uma intervenção do estado na na na cultura ela deve haver é decisiva absolutamente
Fundamental num país pequeno Como Portugal e com uma tradição cultural que não é das mais eh vigorosas digamos assim é absolutamente determinante que haja um investimento por parte do Estado dinheiros públicos para poder incentivar a a prática cultural a atividade cultural aliás eu acho que o centro da
Política cultural Deve ser virado para o cidadão é da mesma maneira que na educação Deve ser virado para os alunos eh o centro da digamos da atividade da do estímulo eh à atividade cultural deve ser no fundo o acesso à cultura eh é óbvio que os ar são fundamentais é óbvio
Que as estruturas o património são absolutamente decisivos mas aquilo que eu creio que deve ser o maior esforço deve ser no estímulo e na no incentivo E na possibilidade de tornar o acesso à cultura eh uma coisa tão natural como como respirar ou como frequentar outros espaços de lazer como os cafés os
Restaurantes as praças públicas Portanto o estímulo H eh ao usufruto eu não gosto muito da da palavra com consumo aplicada à à cultura porque acho que é só uma Uma das dimensões económicas da cultura gosto mais da ideia de usufruto cultural eu acho que esse deve ser o estímulo
Fundamental Portanto o acesso à cultura muito bem João a mesma a mesma questão se os governos têm feito o suficiente para incentivar o consumo ou uso fruto da cultura não tanto não tanto há um grande esforço exatamente como o nun disse e eu tenho o hábito de dizer
Que Quem gera culturas são os primeiros ministros eu já nem passo tanto pelos ministros das Finanças mas muitas vezes por vezes quando eu tenho que defender aqui a causa do património eu chamo a atenção da importância que os ministros das Finanças T mas é essencial isso nós
Fomos ver pela a história e se pensarmos na história recente do mundo e com as guerras a cultura é sempre um elemento também essencial e na na vida da dos povos mesmo na altura mais nas nas alturas mais difíceis eu concordo com muito com aquilo que o Nuno disse agora
Qual é a questão que eu sinto é que os os vários governos não têm sabido criar esses estímulos porque isso nós vamos olhando para os graus de ensino e vemos exatamente como é que o lado das humanidades e o lado da da da cultura cada vez está a ser mais maniatado mais
Amordaçado para privilegiar as cências exatas eu tenho o hábito de dizer que os os governos não é só o de Portugal mas os vários governos têm estão preocupados para nós chegarmos a Marte e neste momento segundo dizem os cientistas o nosso pensamento já tá em ventos que eu
Acho muito bem mas temos falhado sempre que é como aproximamos nós do próximo e o próximo também é a cultura é o conhecer é o conhecer a cultura da pessoa que está ao meu lado das suas origens de onde é que veio de onde é que está mas sobretudo conhecer a cultura da
Da minha área da escola do meu Quarteirão da minha cidade da minha vila da minha região do meu país eu tou a dizer quando digo meu país não é di o país onde nasci o país onde eu resido e eu Julgo que tem existido falta dessa estratégia porquê também
Eh porque o sobretudo na minha área da do património há aqui uma enorme confusão que é a confusão entre saber gerir o que é do estado e saber gerir e criar condições para uma política cultural patrimonial a nível Nacional antes de irmos aqui a a números O que é
Que na vossa opinião explica eh pelo menos até agora à data que estamos a gravar este debate nos debates televisivos ainda ninguém falou de de de Cultura portanto estamos a falar das eleições legislativas de 10 de Março h uma pergunta paraos sim e e os debates têm
Um Tempo muito curto para dizer verdade eh para dizer verdade verdade temos assistido mais ao comentário sobre os debates do que aos debates propriamente ditos e os debates até pela circunstância política em que nos encontramos T vivido numa espécie de Hiper dramatização que procura muito mais os efeitos confrontativo eh do que
Propriamente a discussão da substância para qualquer do dos casos a cultura de facto não não tem uma Central neste momento na vida dos portugueses jamos Francos não é eh Há temas infelizmente muito mais graves à habitação por exemplo H que estão muito mais no digamos no centro da vida das pessoas do
Que a questão cultural a questão cultural tá lá sempre E é claro mas não é neste momento nem um tema decisivo para estas eleições e muito menos com o tempo que é dado eh nem é um tempo mediaticamente interessante para ser explorado pelos jornalistas porque não
Dá o fronto que dá a audiências aliás há partidos que nem pensam nisso sequer e a tua visão a cultura não é sexy a cultura a cultura é sexy a cultura é sexy Mas e o problema é que o os votos que saem pelo lado da cultura se calhar não são
Suficientemente fortes para que os os partidos dediquem alguma atenção ou a melhor atenção não é alguma é a melhor atenção a a estes pontos e e Julgo que claro que vivemos em em épocas difíceis não vale a pena nós mudarmos mas é mas é podia ser importante o os partidos
Abordarem e e os líderes abordarem porque a cultura faz parte de um determinado bem-estar aliás se nós pensarmos em 1948 na declaração dos direitos do homem a cultura está lá e é um dos pilares da Democracia é um dos pilares da Cidadania e nós se nós pensarmos bem
Eh O que vale um sorriso o que vale um uma pessoa sentir-se bem num espaço de um de um castelo de um Palácio de um monumento vale muito vale muito por isso é que as pessoas também procuram e isso por vezes também passa por alguma eh distanciamento dos assessores que que
Produzem o pensamento dos líderes nestas alturas e isso é é um problema que que nós na cultura temos a sensação também quero dizer em defesa digamos não só do governo em que que FZ parte mas dos dos últimos verdes e não só digamos do poder autárquico também que eu acho que as
Coisas hoje estão muito melhores do que estiveram no passado do ponto de vista de haver uma uma consciência de que sobretudo num país pequeno é fundamental trabalhar eh em rede e trabalhar em em utilizando é é é no fundo a velha máxima ganhar escala com um sistema cooperativo
Eu acho que a colaboração entre as autarquias entre o governo e também entre o poder económico e a digamos o lado que pode vir mais do mecenato e do investimento privado com os poderes públicos e o investimento público isso é decisivo Mas Era exatamente isso que que
Eu queria introduzir aqui que é muitas vezes olha-se para as questões orçamentais na na área da da da cultura e já sabemos que são sempre verbas muito reduzidas e que depois são Eh confinadas Ou são adjudicadas e a algumas entidades públicas que é determinante aquela aquela verba e não vou fazer
Considerações acerca disso mas bom É certo que o dinheiro vai muito para ali mas também já se falou muito dos temas doato e do papel de de Fundações mas continuamos a ter um verbas ainda muito reduzidas portanto uma resposta é funcionar melhor em articulação em rede seja com autarquias seja com com
Votações mas como é que se dá a volta e a pergunta mais uma vez a ambos à questão da restrição orçamental eu eu Julgo que passa pelo início da nossa conversa passa sempre pela pelo primeiro ministro e passa também muito por esse Ministério da da cultura ser um
Ministério para o país e não apenas o ministério para as áreas que ele está descrita porque não tem havido uma campanha não tem havido exatamente este lado de de ser sexy de saber mostrar exatamente a importância que a cultura tem tudo também passa e eu tenho que
Dizer que novamente que o ensino os as crianças precisam de ter uma cadeira de Cultura a história cadeira de história que muitas vezes as pessoas acham que dá cultura não dá cultura é apenas uma parte da história e isso eu Julgo que nós não vamos ter frutos não vamos ter
Árvores para respirar cultura se nós não tivermos uma estratégia exatamente aplicada para que as pessoas os jovens mas os jovens mesmo jovens possam saber o que é a cultura se nós hoje perguntarmos aos jovens que quem é os grandes atores de determinados períodos da história de Portugal de grandes
Filmes possamos gostar ou não gostar mas que foram filmes marcantes peças de teatro de balê de música Quem é que conhece o Viana da Mota faz parte do nosso património E é isso que eu sinto que muitas vezes não há este lado que é o lado de olhar a
Cultura neste esforço conjunto que é uma missão nacional e eu Julgo que este lado de sair da esfera normal e trazer mais as pessoas para a para a gestão porque o estado pede pede para a sociedade intervir mas quando a quer intervir muitas vezes põe trancas à porta não
Aqui não entram mas ele exige E aí é que eu Julgo que não houve uma abertura estou a falar da minha área não houve não tem existido uma abertura abrangente para essa situação queria só terminar pelo seguinte existem mais de 1000 museus em Portugal em que a grande maior
Parte são museus da da da esfera autárquica isto representa também algo uma coisa eh da importância que o património também tem e eu acho Julgo que este lado transversal e da coesão eh deveria ter a uma estratégia mais Nacional mas seja e podemos falar de museus podemos falar de de vários
Espetáculos enfim podemos falar do serviço público de televisão podemos falar de an matérias que temm a ver com com a com a cultura em em Portugal as pessoas muitas vezes associam só só ao teatro mas introduzindo aqui alguns temas e de medida orçamental ou ou ou
Fiscal h a ideia de haver um cheque um cheque de 200 € ou de 100 € não sei para um público mais jovem é algo que tem realmente efeito ou cois descon continuado por só por si só isolado não não tem não tem grande consequência tem
Que ser uma coisa que faça parte de um todo é que nós falamos muitas vezes da responsabilidade do Estado mas por exemplo Portugal a nível das empresas eh Digamos que o nosso Patronato e os nossos empresários não têm uma cultura de grande investimento nem em arte nem
Em ciência É muito raro haver eh sensibilidade e Normalmente quando o fazem fazem numa cultura muito conservadora com muito pouco risco digamos música clássica opera qualquer coisa que que que que não não crie eh polémica e portanto também não há tradição nenhuma portanto as culpas não estão unicamente nos governos as culpas
Estão muito no nas pessoas que geram riqueza e que têm com honrosas exceções É verdade mas têm muito pouca sensibilidade para devolver à sociedade sobre a forma de Fundações mecenato iniciativas culturais ou científicas e portanto há esse lado também agora o o que me parece eh que
Neste momento também Acontece isto é é um fenómeno eh global é que é que de facto há desafios novos e por exemplo os hábitos de leitura hoje em dia qual o papel do livro no mundo dominado por ecrãs qual o papel de uma narrativa mais longa num
Mundo que tá cada vez mais dominado por narrativas curtas como é que podemos desenvolver uma indústria eh de cinema e audiovisual quando a população mais jovem tá a consumir eh já nem filmes vê já nem séries vê vê pequenos vídeos e qual o desafio dos média por exemplo
Como é que podemos ter H enfim eh dentro de um conceito mais vasto do que é a cultura onde os média também têm um papel e eu tendo sido secretário de estado do cinema visual e média não foi por acaso foi porque havia esse entendimento da importância da ligação
Entre estas realidades e portanto no mundo em que os desafios são enormes e há eh de facto desafios paraos quais os governos não têm resposta a sociedade vai atrás da tecnologia criam-se novos hábitos e tudo o que o que exige mais esforço mais tempo vagar a fica como
Como é o caso da fruição cultural em muitos em muitos aspectos a traz Desafios que neste momento não estão sequer a ser pensados Quanto mais a ser legislado sobre isso e portanto eh quer dizer quando pensamos hoje por exemplo hoje vivemos no mundo de ecrã o que curiosamente veio também estimular outra
Vez o prazer pelos espetáculos ao vivo e a fruição ao vivo ess digamos há aqui um uma espécie de dois movimentos que que jogam em conjunto socialmente e que é interessante explorar não é nunca tivemos tantos ecrãs iPads telemóveis televisores nunca consumimos tanta cultura e de imagem mas ao mesmo tempo
Se calhar nunca se valorizou tanto h a presença ao vivo o teatro o espetáculo ao vivo e isto tem que ser pensado do ponto de vista do que são as políticas culturais de uma maneira se calhar nova pegando à mesma na ideia do do cheque o cheque tem um efeito eh incentivador de
Facto sei lá junto público mais mais JEM eu eu vou dar aqui o caso da Câmara Municipal de Lisboa que tem Exatamente Essa política e é interessante que e a área e ainda aquilo que o nun disse a área que tem tido maior aceitação é exatamente o teatro Os teatros têm estado
E repletos exatamente por um público jovem portanto Isto mostra exatamente que de uma boa estratégia Dea boa estratégia de uma boa estratégia de comunicação é possível porque eu aquilo que o não estava a dizer eu tenho outro termo que é hoje vivemos o todos nós mas
E sobretudo os mais jovens a época da Velocidade Furiosa porque é tudo tem que ser muito rápido Tem que ser tudo muito estimulante e o Julgo que também tem que haver exatamente aqui uma transformação das competências de quem de quem Ger Mas também de Quem transmite porque o grande
Problema muitas vezes está é exatamente na forma como nós transmitimos e isso é o grande desafio os museus têm que ser cada vez mais descodificadores não é apenas mostrar explicar Essa época eu acho que eh ela é importante mas temos que ser cada vez mais uns descodificadores e todos na nossa área
Temos que mas mas eu nesta questão dos dos dinheiros portanto desculpem estar a insistir porque obviamente teríamos pano para mangas Mas nesta questão dos dos dinheiros eh eh há duas questões uma é o orçamento ele acaba por ser capturado entre aspas por meia dúzia de de entidades e depois já não fica muito
Mais liberto sim ou não e e o tema de novo do do dos do do cheque se senhor pode estimular um público mais mais jovem mas H mas sei lá se não for continuado eh já aconteceu museus terem apoios para audiovisuais por exemplo eh termos as as questões do dos áudios
Do dos 3DS etc e depois Afinal a coisa acaba ao fim de alguns meses eh porque depois não há dinheiro para a manutenção porque não há dinheiro para a manutenção por exemplo e como é que isto como é que isto se resolve não de facto Tem que haver um investimento maior para as
Questões digamos para as infraestruturas básicas e depois tem que haver uma sensibilização para que insisto não seja só a responsabilidade não é só do estado eu acho que como é é é muito facil dizer bom isto começa com a educação mas quem já foi professor ou quem acompanha a
Realidade das escolas sabe da dificuldade que hoje em dia um professor tem eh perante uma turma de 25 ou 30 alunos para dar um programa e ao mesmo tempo manter digamos e uma uma quantidade de alunos interessado a e aberto às novas realidades é muito complicado e ainda estimulá-los para ir
Ver teatro ou para ir ver museus quando a competição é feroz do lado de tiktok ou do a competição da atenção e portanto os desafios são são tremendos e eu acho que a pior coisa que podemos fazer é e a responsabilidade é dos políticos os políticos não não Isto é uma coisa muito
Mais global e tem que ser uma coisa que ou é assumida por toda a gente ou então não faz sentido eu acho que H por exemplo falavas há pouco no serviço público de televisão é absolutamente decisivo eu acho eu acho que eh se não houvesse RTP neste momento grande parte
Da produção audiovisual sobre cultura Portuguesa era por e simplesmente não existente em Portugal e portanto seria uma lacuna tremenda acho acho de uma irresponsabilidade e de um desconhecimento total a ver por exemplo partidos que propõem a privatização da RTP revela um total desconhecimento do terreno e do e do buraco que ficaria em
Termos culturais em Portugal por exemplo é uma daqu daquelas coisas que eu acho que se fala muito levianamente É verdade que os governos os bons governos vivem de uma mistura entre profissionais da política e pessoas dos setores as pessoas que vêm de Fora normalmente querem fazer tudo no
Mandado que têm as pessoas que estão lá e são profissionais são essenciais para dominar a máquina do estado e portanto os bons governos são feitos de um bom equilíbrio entre entre os profissionais da política e os que vêm dos setores com ideias para poder concretizar eu acho
Que temos que recuperar esta ideia de que os políticos prestam o serviço público e a maior parte das pessoas que estão na política não são como muitos pretendem fazer crer e corruptos essa linguagem dos tachos e de e de é uma coisa que está completamente eu sugeria
Rever nós temos que recentrar o tema da pólis não é e claro a ideia de de um serviço público a ideia de usar os instrumentos à disposição para poder fazer políticas públicas no caso da Cultura eu acho que é absolutamente decisivo que eh a cultura claro que
Começa nas escolas mas antes das escolas começa em casa os hábitos de leitura mas para isso é fundamental que estejam resolvidos problemas básicos problemas económicos básicos é preciso quer dizer um livro hoje custa é caro portanto para compensar isso o acesso às bibliotecas tem que ser e muito mais fácil e Tem que
Haver e uma lógica de acesso era esse o ponto que eu insistia desde o início que eu acho fundamental apoiar a classe artística mas o principal foco da política Cultural de um país deve ser o acesso à cultura para toda a gente é estimular desde pequenos e mais do que
Estimular dar condições para acederem à cultura bibliotecas cinemas o Plano Nacional de cinema eh uma televisão que lhes a diversidade eu acho que se há uma palavra que possa exprimir Qual o ponto de vista que deve haver num governo em relação à cultura é promover a diversidade porque nós temos do lado dos
Privados e do lado enfim da Sociedade de Espetáculo a promoção da cultura de massas que é movida por aquilo que digamos gera mais audiência mas é a obrigação do Estado mostrar que há muito mais e é que há para além daquilo que são os fenómenos da audiência eh os fenómenos de eh enfim
De nicho eh olha há mais isto há mais aquilo há este tipo de música não é só Taylor Swift não é só eh o que digamos o que enche os festivais de verão eh temos mais isto e faz parte do nosso património mais isto e há há um
Investimento que tem que ser feito naquilo que ainda não sabemos o que vai ser mas que é inovação e experimentalismo e portanto cabe ao estado fazer digamos política nesse sentido mas o estado sozinho não faz nada se não houver uma sensibilização social que começa desde logo nos média
Por exemplo João estamos mesmo mesmo a terminar Aliás já já já em derrapagem mas volto volto a este tema até H há pouco referia-se a questão de por exemplo alguns museus eh descontinuam eh a aposta sei lá Multimédia e portanto uma série de esportes comunicacionais que são decisivos para para atrair novos
Públicos e e e seja nacionais seja estrangeiros e de repente ao fim de X meses eh afinal não havia dinheiro sequer para para para para a manutenção e a minha pergunta e insisto é mas há uma boa parte do orçamento da cultura que eh não é apenas nos museus portanto
Em geral a perceção é que ele ficou demasiado H restringido ou logo cativado à partida em em sei lá em 80% de entidades e depois não há dinheiro para mais nada será isso eh e é um é um pouco mas e é o seguinte mas aí voltamos também aquela
Questão é o dinheiro suficiente para aqueles que já existem é o dinheiro suficiente para fazer os excelentes Exposições é é o dinheiro suficiente para que o legado daquela exposição que é aquilo que muitas vezes nós esquecemos não é só fazer exposição é o legado daquela exposição O que é que as pessoas
Ficam com aquela exposição e isso infelizmente e muitos do dos do dinheiro não fica concentrado sobretudo em alguns museus ligados ao estado apesar de existir um programa que é o PR museus que tem a ver com a rede Portuguesa de museus que devia ser uma estrutura de Missão e não do ministério
Da cultura porque envolve todosos ou uma boa parte dos museus eh nacionais nacionais digo do país que vai tendo algum apoio Não muito mas devia ter mais para essa coesão eh o dinheiro não não é suficiente porque também fomos sempre adiando muito das reformas necessárias e
Depois o que é que nós fazemos ou o que é que nós temos é apenas aquela história da Manta tá curta andamos a puxar de um lado e para o outro tudo isto ó Luís tudo isto volta a sempre a esta questão precisamos nós na cultura precisamos de
Ser missionários para cativar e isso é uma situação que eu digo sempre aos aos meus colegas nós temos que ir para a política se os políticas se os políticos não olham para a cultura nós temos que entrar na política e temos que entrar na política exatamente para pôr as
Questões essenciais da cultura na política para serem bem discutidas e para haver uma reestruturação uma reorganização de forma como nós entendemos a cultura desde os mais pequeninos muito bemos caros ficaríamos aqui messe tempo é a ditadura do do tempo muito obrigado pela pela vossa disponibilidade é todo já sabe que pode
Ver o debate em amanhã PPT e na euronews aliás fica disponível no canal YouTube em português da euronews pode ouvir o podcast sim ou não e ler Claro o jornal Portugal amanhã aqui debatemos temas estruturais que mexem com a vida das pessoas e do país e sempre com dois
Especialistas e sem dezenas de comentadores conto consigo na próxima semana C