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eu sou o Amil Car Correia e este é o p24
cgtp promete aumentar contestação
social é secretário geral da cgtp e
membro do comité Central do PCP chama-se
Tiago Lopes e espera que a grande
Participação Popular no dia 25 de Abril
se repita amanhã primo de Maio 50 anos
depois da maior manifestação popular
sempre no país para a cgdp não faltam
razões para Que tal aconteça
devido ao resultado das últimas eleições
e devido também à precariedade e
degradação das condições de trabalho
basta dizer que 45% dos trabalhadores
têm horários atípicos que trabalham por
turno têm horários noturnos ou trabalham
ao fim de semana apesar disso a taxa de
sindicalização tem vindo a descer queu
de mais de
63% para 15% Em quro décadas
acrescente-se que o sindicalismo
Nacional está de alguma forma ameaçado
por protestos inorgânicos que são
convocados à sua rebelia e sem a sua
participação o teletrabalho e as
plataformas digitais são outros desafios
é um processo Irreversível ou os
sindicatos podem recuperar alguma da
representatividade perdida uma coisa é
certa a contestação vai aumentar garante
o líder da maior Central Sindical
Portuguesa bem-vindos ao p24 desta
terça-feira dia 30 de Abril de 2000 24
depois da grande Participação Popular
que vimos no dia 25 de abril qual é a
sua expectativa para este primeiro de
maio não podemos esquecer aquilo que que
foi o resultado das eleições do do
passado dia 10 de Março não podemos
esquecer aquilo que está e contido no
programa do governo e que no que diz
respeito aos trabalhadores
essencialmente tem ali um conjunto de
matérias que aprofundam e em
muito as dificuldades que vamos sentir
no nosso dia a dia nomeadamente nas
relação na relação entre trabalho
capital e digo isto porquê se olharmos
para aquilo que é o programa do governo
observamos que nomeadamente no que diz
respeito à valorização dos salários há
uma uma completa estagnação dos salários
há uma proposta que Visa atingir os 1000
€ do salário mínimo nacional em 2028 eh
ora isto e aponta para uma para uma
redução eh em conta uma redução anual
tendo em conta aquilo que foram os
aumentos do salário mínimo nacional por
exemplo nos últimos 2 anos foi 55 € e há
2 anos e 60 € este ano e uma proposta de
atingir o salário médio em 2030 de
1750 só para dar aqui uma nota
relativamente aos Salários para
percebermos a dimensão disto já em
2021 o salário médio na da União
Europeia ultrapassava os 2.400 € aquilo
que está da proposta deste governo da
nossa parte a nossa consideração é que é
uma perpetuação da de uma política de
baixos salários e de resposta aos
interesses dos grandes grupos económicos
Depois temos matérias que a cgtp muito
se tem batido e que eh este governo
perpetua no tempo e e não é só perpetuar
acentua nomeadamente a nível do combate
à precariedade no programa do governo
menciona zero sobre o combate à
precariedade e é ainda aqui Dias saíram
notícias e que davam que Portugal é o
segundo país da União Europeia onde a
precariedade é maior para termos a noção
do impacto que isto tem na vida pessoal
de cada um de nós
e e outra questão fundamental para nós
tem a ver com Hoje em Dia com os
horários de trabalho Vivemos num período
onde a desregulação dos horários de
trabalho e a conciliação entre vida
pessoal e familiar com a com com a
profissional cada vez se degrada mais
eh dar aqui outro dado concreto que acho
que responde eh a esta questão 45% dos
Trabalhadores
45% já vivem com horários de trabalho
que nós consideramos trabalho atípico
horários de trabalho atípico são
trabalhadores 45% que trabalham ou por
turno ou horário noturno ou sábados ou
Domingos
eh obviamente há aqui um um um um
caminho que vai ser seguido e que que
está Preto no Branco no programa do
governo de acentuamento das dificuldades
e por isso é quando a cgtp afirma que os
trabalhadores não fazem a luta pela luta
não fazemos a luta pela luta fazemos a
luta na base daquilo que é o concreto
das políticas que estão a ser seguidas e
que tendo em conta este programa de
governo tendo em conta e tudo de mal que
traz para o mundo do trabalho obviamente
só há um caminho que é o ento da
contestação pego exatamente nesse ponto
porque disse numa entrevista ainda muito
recentemente não há dúvidas tem que
aumentar a contestação como é que se
traduzirá essa conação social já Como já
por por por termos como referência o
passado 25 de Abril a dimensão de
participação de milhares e milhares e
milhares de pessoas nas ruas eh de norte
a sul do país eh acho que é uma
evidência daquilo que é o sentimento e
que trouxe essas pessoas à Rua daquilo
que é
H garantir que os valores e conquistas
de Abril se perpetuam nos dias de hoje e
para o futuro eh foram muitas as
conquistas que Abril trouxe e que hoje
parece que são Dados adquiridos mas não
são e temos agora o Primeiro de Maio tem
que ser um grande Primeiro de Maio vai
ser de facto um grande Primeiro de Maio
vamos ter eh a cgtp tem iniciativas em
todos os distritos do país incluindo na
madeira e nos Açores eh e teremos
milhares de trabalhadores connosco eh na
procura da da melhoria das condições de
vida e de trabalho aquilo o que a gente
apela a esses trabalhadores é que no dia
1 de Maio Tragam para a Rua aquilo que
são os seus problemas concretos que
sentem nos locais de trabalho a questão
dos salários a questão dos horários a
questão da precariedade H portanto todos
aqueles problemas que são sentidos
diariamente que os Tragam para a Rua
denunciando aquilo que são esses
problemas e trazendo para a Rua o seu
descontentamento e transformando esse
descontentamento em luta porque só
através da luta é que a gente consegue
inverter a situação que que vivemos o
Tiago Oliveira nasceu antes de 74 de
Tenho dito que os princípios de Abril
estão em causa vimos muitos jovens na
rua na última semana
eh mas não acha que o Central Sindical
ou o sindicalismo tá um bocadinho
distante de muito destes jovens quanto
mais não seja por causa até dessas
relações atípicas de trabalho de que
estava a falar
antes não não considero pelo contrário
não pelo contrário os números demonstram
demonstram o contrário mas antes de
chegar ao aos números
eh dar uma nota de que
H nós nós somos uma centro tral sindical
com uma história muito bonita de de de
ligação aos trabalhadores eh uma
história que começou em 1970 e E que nos
orgulhamos de hoje até hoje estarmos
diariamente presente nos locais de
trabalho diariamente em contacto com os
trabalhadores e sentirmos de facto que
aquilo que transmitimos é o sentimento
das
trabalhadores relativamente às
transformações que vivemos eh e à
Juventude nós não podemos esquecer que
as novas formas de trabalho que nos
tentam incutir como nova forma de
trabalho não é mais do que um retrocesso
nos direitos dos trabalhadores eh em
tudo aquilo que já frisei até no ponto
anterior se a gente olha para para para
os problemas concretos com que os jovens
se deparam hoje em dia podemos muito bem
olhar para antes do 25 de abril de 74 e
encontrar exatamente os mesmos problemas
com que os trabalhadores se debatam
naquela altura a questão da da da
insegurança no trabalho da insegurança
no emprego na Insegurança do salário na
insegurança da acesso a bens essenciais
e e portanto aquilo que é colocado hoje
como uma modernização o
acompanhamento da da da nova das
novas das novas fases que que que com
com que o mundo do trabalho se depara
eh coloca os trabalhadores com cada vez
mais dificuldades e essas dificuldades e
nós não temos dito o contrário essas
dificuldades o movimento sindical também
as sente no contacto com os
trabalhadores não há dúvida disso eh
chegaram Trabalhador de plataformas
digitais e não é a mesma coisa de que
conseguir contactar um trabalhador
teletrabalho e as plataformas digitais
representam novos desafios para para o
sindicalismo e ess gtp Continuará a ter
o o foco no nos seus locais de nos
locais de trabalho não é mas não acha
que pode haver aqui um risco de
desfasamento entre entre estas
transformações laborais e a e a
representatividade sindical não há não
há desfasamento Ah sim é um
aproveitamento do capital para colocar
no no mundo do trabalho hoje em dia as
ferramentas eh ou melhores ferramentas
para dispor e para dispor dos
Trabalhadores no sentido de que os
mesmos dependam cada vez mais do capital
para responder aos interesses das
empresas e não responder aos interesses
próprios trabalhadores essas ferramentas
são colocadas e estão em cima da mesa
quando a gente fala com um trabalhador
de uma plataforma digital eh em que eh
tem que trabalhar 12 14 horas por dia 7
dias por semana eh com condições de
trabalho eh péssimas para conseguir ter
acesso a um salário que lhe permita
conseguir ter um mês Digno eh obviamente
que isto é uma dificuldade enorme ou por
exemplo quando chegamos a uma grande
empresa dar aqui um exemplo concreto a
semana passada tive numa empresa e que
os trabalhadores estavam em greve na
coca-cola eh os trabalhadores estão em
greve por por uma questão fundamental
que são os aumentos salariais uma
empresa como a coca-cola tem mais de 50%
de trabalhadores hoje em dia de empresas
de Out sócio isto é uma ferramenta que o
capital usa para fragilizar as relações
de trabalho obviamente que um
trabalhador de uma empresa de outsorcing
uma empresa prestadora de serviços ou um
trabalhador temporário terá muitas mais
dificuldades de se organizar de estar em
em articulação com todos os restantes
trabalhadores para exigir melhores
condições de trabalho e de vida
obviamente que Isto são ferramentas nós
não podemos esquecer uma coisa que que é
fundamental estas ferramentas não são os
patrões que implementam do dia para a
noite são opções políticas que são
tomadas e que permitem aos patrões eh
obviamente executar este tipo de
de política que cai em cima de de quem
trabalha obviamente que isto traz
dificuldades à organização para
movimento sindical traz e são Desafios
que aparecem são e há uma coisa que que
que na nossa parte os trabalhadores
podem contar nunca vamos deixar de estar
junto dos trabalhadores para encontrar
respostas aos seus problemas mas
obviamente que essas respostas passam
por opções políticas como nós costumamos
dizer tudo na vida é política se a gente
fala que o serviço Nacional de saúde
está mal estamos a falar de política a
escola pública está mal estamos a falar
de política se quando falamos de
trabalho se as coisas no mundo do
trabalho estão mal são opções políticas
que são tomadas mas o sindicalismo
tradicional tá de alguma forma ameaçado
por outras manifestações de protesto
mais orgânicas que são convocadas à sua
rebelia e sem a sua participação por um
lado não é por outro lado há uma taxa de
sindicalização que tem que tem vindo a
descer este processo de é reversível de
substituição do sindicalismo tradicional
por outras formas de Protestos e e e por
outro lado a a diminuição da taxa de
sindicalização não não estou de acordo
com essa observação no neste sentido Nós
não vemos os movimentos inorgânicos eh
que como são colocados a avaliação que
nós fazemos é que sempre com um
trabalhador
eh Assuma a sua condição de classe e
lute pela melhoria das suas condições de
vida
é uma uma maior força que temos no
sentido de ultrapassar as dificuldades
que existem A questão aqui é a avaliação
que que devemos fazer e essa a avaliação
a cgtp faz de de onde surgem com Que
motivo surgem e para quem surgem os
movimentos inorgânicos e essa questão é
fundamental questão da que passamos em
2015 com o governo psds o tempo da
troica em Portugal vimos do surgimento
de um conjunto alargado de movimentos
que que que que surgiram A questão aqui
é para onde é que depois são conduzidos
os contentamentos dos trabalhadores que
estão nessas ações em 2015 e como hoje a
cgtp cá está como esteve em 2015 e hoje
continua cá muitos movimentos que surgem
surgem com um objetivo concreto de
esvaziar eh e não conduzir a luta ser um
momento de de único e que depois não há
condução da luta não há fio condutor e e
como eu estava a dizer esses movimentos
surgem esvaziam um momento mas depois
não conduzem os trabadores para a luta
concreta nem para opções diferentes e em
2015 os movimentos surgiram e
desapareceram a Sep esteve nesse momento
e continua a estar e hoje a mesma coisa
por isso a questão fundamental é como é
que estamos de representação sindical e
relativamente aos números que que
gostava aqui de transmitir ainda na base
do último congresso 4 anos e não podemos
esquecer que os últimos 4 anos foram 4
anos muito complicados porque no último
mandato os dois primeiros anos foram eh
anos da da pandemia e com todos as
dificuldades de contacto que que tivemos
com os trabalhadores mas mesmo assim
nessa circunstância conseguimos 110.000
novas sindicalização eh e neste momento
a nível de de representação sindical
temos 563000 Associados eh na cgtp o que
faz a cgtp a maior organização do país
eu acho que isto é revelador de de
capacidade de intervenção é revelador de
de de quea gtp está diariamente nos
locais trabalho e que os trabalhadores R
vêm nas nossas orientações e nas nossas
reivindicações Tiago faz parte do comité
Central do PCP a Central Sindical tem
sido obviamente importante para que o
PCP consiga ter influência na na
sociedade portuguesa há quem quer
reforçar essa ligação e há quem a queira
sempre mais distante como é que o Tiago
encara essa dualidade de ser
simultaneamente secretário geral da cgtp
e ao mesmo tempo membro do comité
Central do PCP não encaro de forma
eh de forma negativa de forma nenhuma
negativa pelo contrário há uma coisa que
caracteriza o Partido Comunista
português é um partido e que os
trabalhadores diariamente os o vê à
porta da sua empresa à porta do seu
local de trabalho é um partido que está
diariamente em contacto com os
trabalhadores e conhece a realidade dos
trabalhadores e fruto dessa realidade do
Partido Comunista português e esta
característica esta caracterização está
feita já há muito tempo sendo um partido
de massas sendo um partido de
proximidade com os trabalhadores e
conhecimento do mundo do trabalho é
natural que haja estrutura do movimento
sindical aqueles que assumem assumem
responsabilidades como delegado sindical
na empresa como dirigente sindical tem
esta proximidade ao partido comunista
português Muito obrigado Tiago Oliveira
Muito obrigado obrigadíssimo
cá estou eu
emancipada por ter sido emancipada tive
que ir à pidas
fui ten aqui emancipada como sugestão
para um dia como o de hoje véspera do
Primeiro de Maio deixamos aqui uma
página interativa para ler ver e ouvir
em público PPT chama-se meio século
depois eles souberam enfim o que pid
sabia deles Manuela Henrique anel
António Alberto e Francisco foram saber
o que pid tinha devassado nas suas vidas
foi um reencontro com as suas memórias e
com a memória de um país sequestrado
pelo medo das paredes que tinham ouvidos
acho engraçado que
e estas coisas tenham sido tenham dado
tão certo não é tenha sido tudo tão
direitinho feito de uma forma
tão
assertiva é só isso por isso quando olho
para isto dá vontade de rir à piada
obrigado por ouvir o p24 voltamos amanhã
dei mesma
volta o público fica no ouvido