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a Toyota acredita que cada boa conversa conta para inspirar avanços assim como cada inovação e iniciativa Conheça as histórias que nos inspiram a irmos mais além em [Música] toyota.pt não estamos mais isolados a solidariedade europeia não nos faltará diplomatas um podcast de análise da atualidade internacional com Teresa de Sousa e Carlos Gaspar Olá muito bom dia e bem-vindos a mais um episódio do podcast diplomatas no público eu sou o Ivo net e comigo está a jornalista Teresa de Sousa e hoje temos o investigador Luís Tomé Professor catedrático na universidade autónoma de Lisboa estamos a gravar na quinta-feira dia 9 de Maio ging está de regresso à Europa 5 anos depois da última visita Luís esta visita foi para ajudar a mediar a tensão com o irão e com a Rússia ou teve sobretudo objetivos económicos eh do lado de gig ping nós temos que separar quais é que são os objetivos de chi e dos países europeus que o acolhem eu acho que há aqui um conjunto de objetivos que também divergem consoante os destinatários da visita em concreto que são portanto a França a Sérvia e a Hungria mas no conjunto eu diria que o primeiro grande objetivo é é o de controle de danos causados pelo reconhecido apoio chinês à Rússia na guerra da Ucrânia também obviamente vem tentar Contrariar os processos designadamente que vêm da comissão Europeia no sentido do de risking ou redução do Risco em relação à China e da segurança económica e de caminho tentar restaurar laços comerciais e de investimento com a união europeia depois também tem uma mensagem subliminar que Aliás já tem feito nestes dias pronto passou que é o de incentivar a autonomia estratégica da União Europeia e enfim da Europa no seu conjunto Face aos Estados Unidos recuperar a influência no leste europeu em particular porque aí sim é talvez a área do continente europeu onde mais viu recuar a influência que teve outrora nitidamente nesse percurso premiar os amigos Leais da China e daí a escolha seletiva da Sérvia e da Hungria dar um novo impulso aos projetos da Rota da sede e finalmente propagandear aqueles que são os pilares da sua visão da ordem mundial e portanto as três iniciativas globais que gig ping anunciou desde o final de 2021 a iniciativa global de desenvolvimento a de segurança e a de civilização estes são os objetivos Dea estratégia que eu digo tripla e tripla porque envolve o dividir para reinar envolve o célebre winwin ou ganhos mutos que ging apresenta e ainda apresentação da Alternativa China Isto é se houver países que e podem temer ser sancionados de alguma forma pelos países acidentais ou pela união europeia a China tem uma alternativa económica tem uma alternativa de investimento tem quadros institucionais tem parcerias tem acordos e portanto essa alternativa China acompanha tudo isso eu acho é que o problema de xiping é não ter muito para oferecer à Europa na verdade o contexto em que ele vem é substancialmente diferente daquilo que ele teve em 2019 a Europa não só é muito diferente desse momento basta pensar no brexit na guerra da Ucrânia de todas as rências PR covid-19 não é na questão covid-19 que veio demonstrar aqui a dependência que a Europa tinha da China ex e um conhecimento que hoje há dessa dependência porque em 2019 a maior parte até dos dirigentes europeus não tinham bem a noção real da dependência falava-se na interdependência já havia alguns sinais havia o problema do défice comercial Mas a nossa Dependência em relação à China vai muito para lá desse défice comercial que aliás se mantém e portanto se o contexto era diferente obviamente que os objetivos de gig ping e dos países europeus que o acolhem também são diferentes dessa época sobretudo há dois irritantes em que sucessivamente dirigentes europeus no diálogo com gig ping vem tendo em particular a tentativa de levar gig ping a influenciar Putin para recuar eh na Ucrânia isso sabe–se que à partida sabia-se que à partida não iria i a ter grande resultado e depois levar gig ping num contexto de fragilidade económica a alinhar mais na pressão Europeia no sentido de alguma Equidade na forma como é possível empresas europeias investirem na China e sem haver o tipo de subvenções e apoios diretos do governo chinês às empresas para práticas que são anticoncorrenciais e mas a verdade é que eu acho que mais uma vez gig ping tinha pouco tem pouco para oferecer é outros intercores europeus nesta altura e é por isso que aquilo que as grandes ofertas que ele traz são para os dois países últimos que visitou um deles nem sequer é da União Europeia a Sérvia e o outro que é nitidamente uma espécie de Cavalo de Troia não da Rússia apenas Mas também da China dentro da União Europeia e da Nato que é a Hungria Teresa como é que isto está a ser como é que esta visita e este e encontro especialmente com com com estes países que que que Lu estava agora a falar está-se encarado por pela União Europeia eh e e pelos países mais fortes da União Europeia eu sei que ele teve Encontros com com outros países que não só Sérvia e a Hungria mas como é que isto a ser encarado pelas potências decisores da União Europeia Ora bem eh é verdade que a União Europeia praticamente desde 20192020 eh por causa da pandemia por causa da guerra da Ucrânia tem hoje uma um olhar para a China completamente diferente do que tinha antes também aprendeu um pouco eh com a maneira eh benigna como olhava para a Rússia e como isso lhe saiu profundamente errado com a invasão da Ucrânia eh hoje a Europa tem portanto outro olhar sobre a China eh tem uma relação com a China de rivalidade económica embora aceite a necessidade de parcerias em algumas Grandes Questões internacionais o clima o combate às pandemias etc mas a verdade é também que a Europa ainda não se entendeu eh mesmo para lá dos casos de cavalos de Troia como é a hunguia eh ainda não se entendeu com em torno de uma estratégia comum sobre como deve lidar com a China porque é que não se entendeu eh porque os seus interesses eh imediatos não vistos a longo prazo mas imediatos sobretudo natureza económica variam eh Alemanha eh representava até há pouco tempo 40% das relações comerciais entre a união união europeia e a China O que quer dizer eh que a a as Perdas e Danos que pode vir a ter de uma relação mais extremada mais de de risking com a China são muito maiores do que outros países por exemplo a a França embora a França também tenha relações fortes económicas com a China eh e e e neste quadro de divergência de interesses eh de falta de uma ideia comum sobre como lidar com a China eh que faça sentido para todos os países eh a Europa sabe que tem ter cuidado com a China sabe que tá que economicamente muito a perder se não não tiver uma estratégia cuidada não só de segurança económica Mas também de segurança em relação às cadeias de abastecimento por exemplo sabe que tem muito a perder mas ainda não tem uma visão estratégica política sobre como lidar eh com um país que eh citando o general eh de Gol em 196 quatro quando foi o primeiro país ocidental a reconhecer a China comunista diplomaticamente como ele dizia a China é uma coisa tão gigantesca que é impossível ignorá-la que é impossível não reconhecer a sua existência e que é impossível não encontrar formas de lidar eh com ela eh apesar de tudo eh a comissão europeia sobretudo eh URL van derlen eh Desde há dois ou TR anos tem tomado uma série de iniciativas que são importantes para mostrar a Pequim eh que a Europa tá atenta aos seus interesses e tenciona defendê-los eh Como disse o o Luís a guerra da Ucrânia foi um sinal de lar um sinal de alerta muito forte em relação a à à visão global que a Europa tem de ter e do do da da situação internacional não pode dar-se bem e apaziguar um país que é o principal apoio económico da Rússia quando a Rússia trava uma guerra que ameaça diretamente a segurança europeia portanto há aqui imensas pesas do Puzzle que a Europa tem de saber encaixar sabe mais ou menos por onde vai ainda não sabe exatamente qual é a maor a melhor estratégia e daí xinping ter Escolhido um país a França eh que tem aquela ideia de autonomia estratégica em relação aos Estados Unidos eh e que ele gostaria de explorar eh e escolher dois países um dentro da União Europeia que é um cavalo Troia da Rússia e da China dentro União Europeia e outro fora da União europeia que é um um país claramente alinhado com Moscovo onde sabia que ia ser muito bem recebido quer em Belgrado quer em Budapeste para contrabalançar de alguma maneira para efeito interno da própria China uma imagem mais prudente e mais crítica dos outros países da União Europeia nomeadamente a França e viajando agora aqui para para outro ponto a H enquanto se continua a aguardar pelo cessar fogo entre Israel e o amamas as forças de defesa de Israel avançaram sobre Rafa assumindo no controle do ponto fronteiriço que permitia a saída de palestinianos para o Egito eh entretanto os Estados Unidos congelaram o envio de armas para Israel precisamente eh por temerem o ataque e contra a cidade e a zona Onde estão mais de 1,5 milhões de pessoas e o que é que significa este travão no fornecimento de armas a Israel numa relação já bastante complicada entre biden e netan Luís e antes de passar e portanto mudamos completamente para outro aspecto gostava só de acrescentar em relação aqui à vinta do duas ou três notas que me parecem importantes em complimento ao que disse até a Teresa por um lado a visita à Sérvia e à Hungria não tem nada de estranho dadas as relações nos últimos anos e lembrando que em Outubro passado são os dois únicos dirigentes europeus o presidente da Sérvia e o primeiro Ministro Húngaro que estiveram no terceiro Fórum da rota da seda em internacional em Pequim ao lado aliás de Putin por outro lado nós temos neste momento uma Europa que no seu conjunto tem três perceções diferentes eh em relação à China há um pequeno grupo de contínuos Leais à China e que se reduz a estes dois países a Sérvia e a Hungria depois há um outro grupo um bocadinho maior que são aqueles países que se desinteressar completamente ao contrário do que acontecia no passado em cultivar laços económicos comerciais de investimento e de segurança com a China é o caso de por exemplo os países bálticos ou da República Checa e depois há um há um grupo de países maior onde aliás podemos incluir Portugal mas vai até à Polónia que procuram equilibrar e mantendo ainda a tónica de que de facto A China é demasiado gigante para se ignorar hoje já não é um problema Um Desafio apenas no domínio económico e Comercial também é do ponto de vista da segurança mas vão tentando fazer aqui um equilíbrio entre aquilo que é o desafio político que representa e securitário que represent da China e para a ordem baseada em regras e aquilo que podem ser os interesses económicos a cautelar até porque governos Democráticos Se tiverem um problema grave económico por exemplo dos investimentos chinês ou de aumento de tarifas chinesas podem pagar isso nas eleições e internas do ponto de vista da Estratégia da União Europeia eu acho que neste momento e as relações nunca estiveram tão mal porque as China tem problemas sérios com duas das instituições europeias O parlamento europeu que aliás boicotou para já paralisou o célebre acordo global de investimento que a Alemanha fechou no fundo no final de 2020 e por outro lado a comissão europeia com van derlen tem estado Aliás a desencadear uma série de processos de investigação contra empresas chinesas e práticas e práticas chinesas sobra-lhe o conselho europeu e aí que gig ping tenta dividir para reinar e há duas estratégias macron e Vander Len representam aliás muito essa linha há uma estratégia francesa contínua de autonomia estratégica Face aos Estados Unidos mas entretanto muito previa do papel de Van derlen há uma outra linha que é da Autonomia estratégica não tanto e apenas em relação aos Estados Unidos mas sobretudo em relação à China Veremos se a Europa é suficientemente Coesa para conseguir congregar a estratégia nesta linha uma autonomia Face a estas duas superpotências cada vez mais competem e Europa pode até sofrer com essa competição ou se os cavalos Troia e esta forma de gig ping e impede Que haja de facto uma estratégia Coesa porque se nós nos recordarmos a estratégia da União Europeia de cooperação para o indo-pacífico que fez em 2021 Aquilo é uma tragédia completa não dá nenhuma orientação capaz em relação a esta questão S estava lhe a perguntar o que é que significa no fundo este congelamento do envio de armas dos Estados Unidos para para Israel numa relação já de S bastante tensa nos últimas nos últimos meses entre Joe biden e Benjamin nanu Joe biden tem um equilíbrio muito difícil Porque está em ano de eleições frente frente a trump e portanto nada disto se pode desligar do contexto interno dos Estados Unidos também internacional porque a pressão não é apenas de alguns setores digamos mais prop palestinianos nós temos visto o que é que tem acontecido nas universidades nos Estados Unidos aquelas correntes eh frequentemente até antisemitas também há o contrário também há um sentimento digamos islamofóbicos mas o antissemitismo tem vindo a crescer e portanto a questão situação interna de biden não se pode desligar daquilo da forma como ele vem gerindo a relação com Israel nós não nos podemos esquecer que não há muitas semanas o próprio biden disse que benjam Nataniel primeir Ministro Israelita Estava a fazer mais mal do que bem a Israel e agora atingiu o ponto máximo para já que é de facto suspensão e a ameaça de cortar até de uma forma mais radical o apoio militar Israel é evidente que isto está coberto da legislação interna dos Estados Unidos que com biden vinga Isto é os Estados Unidos não podem entregar armas por lei a países que estejam a violar Direitos Humanos de forma massiva E é obrigo disso que a administração biden invoca eh esta suspensão de entrega de armas a Israel e é uma forma Airosa de se refugiar na legislação é evidente que podia não fazê-lo podia não invocar Mas também sabemos que do out outro lado nós temos um primeiro-ministro Israelita que não morre de amores nem de simpatias por esta administração biden por isso é que eu digo há algum tempo que na estratégia de bejim nanal como aliás muitos outros atores pesam as eleições nos Estados Unidos nanal estaria muito mais confortável teria a carta branca com trump e nos cálculos dele como de Putin e de outros estão a jogar até de e até de chi e de CH e de muitos outros europeus esse está sempre em cima da mesa neste momento mas para alguém que sabe que dificilmente pode conservar ou ou eu diria que é impossível conservar o poder na em Israel com o fim da guerra e ele vai tentando prolongar a sua agenda até ha ver outras condições nos Estados Unidos e portanto até outras condições do contexto Regional que lhe permitam dar a volta à situação que é cada vez mais adversa portanto Israel sobretudo pela forma como tem violado de forma desproporcional os direitos humanos e feito este ataque eh está mais do que nunca acossado e até pelos próprios eh Estados Unidos agora tem aqui o problema delicado que é ele comprometeu-se junto dos Estados Unidos a mostrar um plano de evacuação dos civis de rafá antes de desencadear um ataque e portanto para além das cambalhotas do dito não dito a propósito do Cesar fogo já estamos a ver operações em rafá já estamos a ver fechar canais de entrada de ajuda humanitária pelas forças israelitas e os americanos a dizer não nos mostraram qualquer plano desconhecemos não apoiamos e agora não vos damos armas para fazer aquilo que presumivelmente nanal quer fazer nanal e não só quer fazer em Rafa Teresa e e que mensagem que isto traz por exemplo para um partido democrátic també desgastado e como o luí estava a falar num ano e num ano de eleições o partido democrátic também desgastado com todo este conflito e com as consequências que isto pode trazer para as eleições de Novembro eh tudo tem consequências neste momento para as eleições de Novembro porque o mundo e está muito complicado para dizer o mínimo e biden tem uma guerra na Europa tem uma guerra no médio Oriente para gerir e e para afirmar a a a liderança americana no mundo eh tem uma uma agenda complicadíssima e a reações à decisão de eh de suspender a entrega de armamento ofensivo e não defensivo e a Israel enquanto a questão do rafá não estiver resolvida as reações não se fizeram esperar e são mais complicadas do que nos podem parecer a nós aqui alguma distância evidentemente o o Partido Republicano veio protestar contra a administração biden que está a a a tirar apoio a um aliado eh fundamental dos Estados Unidos na região e Mas mesmo no partido Democrata há divisões o partido Democrata é tradicionalmente um partido fortemente apoiante de Israel sempre foi por tradição por história aliás biden inclui-se muito nessa tradição e nessa história eh evidentemente que uma parte eh do partido Democrata apoia totalmente a decisão de biden de exercer a última pressão possível sobre o governo Israelita mas há apesar de tudo eh congressistas Democratas que já vieram pôr em causa a decisão de biden de utilizar esta forma extrema eh depressão sobre Israel eu eu só estou a dizer isto para sublinhar a dificuldade que é neste momento para a administração americana gerir Este quadro extremamente complexo que é a relação de Israel com a a Palestina no quadro da própria e da própria situação em todo o médio Oriente que que tem um foco neste momento Fortíssimo eh em Gaza mas acho também que Baida não tinha outra solução os Estados Unidos querem acima de tudo e o mais depressa possível um sar fogo é a questão fundamental que hoje supõe saí se é impossível não só e uma ajuda humanitária mais efetiva aos palestinianos que estão numa situação humanitária terrível mas é impossível pôr em prática qualquer ideia de médio e longo prazo para solucionar o problema Israel a Porto inano é esse o seu grande objetivo durante uma semana eh vimos as negociações entre eh eh eh uma delegação Israelita e a delegação do hamas no queiro a avançarem a recuarem avançarem ararem e continuam sem um fim à vista Esta é a última forma de pressão eh que biden tem sobre Israel para meter algum alguma réstia de bom senso no governo Israelita e evitar que ele caminhe eh para uma parede contra o muro eh porque não é só a Palestina que está a sofrer com a situação terrível da guerra de Gaza o próprio Estado de Israel está a aí a a a seguir o um caminho que também é em termos de médio e longo prazo altamente prejudicial para ele próprio é este o dilema de biden eh Jake solivan o conselheiro nacional de segurança de biden dizia ontem que uma negociação é sempre mil nãos até haver um sim esta prolonga-se H demasiado tempo eh o Israel já disse eh que se os Estados Unidos não lhe fornecerem armas vai comprar a outro sítio Isto é ficção pura eh primeiro porque não se compram armas como se fôssemos ao supermercado segundo porque nenhum país do mundo tem armas com a qualidade e a sofisticação que os Estados Unidos têm e que têm sido fundamentais para ao longo da história a defesa de Israel e depois porque também não existe assim tantos aliados prontos a ajudar Israel neste momento acredito exat Exatamente exatamente e é H aqui uma uma tónica de linhas e objetivos diferentes de netan e da administração Bad netan confessadamente não quer uma solução de dois estados publicamente expressamente por várias vezes a administração biden tem como esse o fim político e isto acontece nas vpas aliás de amanhã ser votada uma resolução na assembleia geral das Nações Unidas por outro lado nitidamente o primeiro-ministro Israelita não está preocupado neste momento com as relações de Israel com os estados árabes ou com a Turquia e a administração biden tem como outro fim político em que Tem trabalhado afincadamente h a normalização o fim dos acordos do barão pela normalização das relações desde logo entre Israel e Arábia Saudita ora uma catástrofe humanitária sobre a catástrofe humanitária que já existe sobre a população Civil de rafá impede is impede qualquer um desses objetivos da administração biden mas vão até certo ponto de encontra aos obj de Benjamim Natan claro que se pode dizer que Natan está a fazer aqui uma chantagem para tentar levar o amaz a capitular nas negociações E isso está tudo certo e é verdade que Israel não pode aceitar que o amas tenha qualquer papel de administração futuramente em gasa Mas isso não são razões para provocar a catástrofe humanitária que está em curso e aquela que se adivinharia numa invasão massiva sobre ra massiva sobre o raf evidentemente e fazendo aqui outra viagem e geográfica e no nosso espaço e para o último tema da da nossa conversa os governos de santomé e príncipe e da Rússia assinaram um acordo militar que prevê entre outros pontos a deslocação de navios aviões de guerra ao arquipélago trata–se aqui de mais um Marco no mapa do sael que a Rússia e carimba eh nós há pouco estávamos a falar da China e da da Europa e e aqui temos verdadeiramente mais um sinal desta ideia da multipolarização do mundo eh O que é que isto significa para a Rússia que importância é que este p é que é que este ponto eh tem para a estratégia russa em África Luís em primeiro lugar tal como para a China África Vale 54 votos nas Nações Unidas e portanto por muito que possa aparecer insignificante quando ol olhamos os dados do que é que representa o investimento neste caso Russo em África comparativamente ao investimento noutras partes do mundo o que é que representa ent os laços comerciais na verdade temos aqui um objetivo político que é de atrair as boas vontades de 54 eleitores na assembleia geral das Nações Unidas São aliás participantes no não sancionamento da Rússia pela sua agressão na Ucrânia mas na verdade o que nós estamos a assistir é ao desfazer da nossa ideia de que com a guerra na Ucrânia e as sanções e depois o desmantelamento do grupo Wagner a Rússia não tinha capacidade para continuar na linha da sua estratégia para África Eu recordo que a primeira cimeira África Rússia foi em 2018 ora isto é mais uma prova mais um exemplo de como nada disso aconteceu nós temos visto no no último ano nos últimos do anos sucessivos governos que caem depostos por golpistas apoiados pela Rússia a região do sael nós vimos enfim a saída praticamente total da França e a sua substituição pela Rússia mas nós estamos est a ver agora uma lança no golfe da Guiné através deste acordo com o Sant meio príncipe e portanto há uma projeção para o Atlântico já não é só dentro do continente africano é para o Atlântico previsivelmente forças e russas e do meu ponto de vista aqui um outro lado bastante grave que é a divisão da cplp porque é Sant Tomé e príncipe na mira está a guineia Equatorial cujo Presidente Aliás está neste momento e na Rússia porventura Guiné Bissau e até Moçambique por causa do cabo Delgado portanto nós temos aqui grupo Wagner chegou a estar e agora estão suos do grupo Wagner portanto nós temos aqui um conjunto de países cplp que estão a abrir francamente portas e predispostos a aumentar a cooperação com a Rússia mas ao mesmo tempo temos por exemplo Cabo Verde ou Angola que os presidentes estão hoje mesmo nos Estados Unidos a participar no encontro Industrial económico Estados Unidos com África e portanto nitidamente em contr linha Se quisermos com os outros países da cplp agora nós temos aqui e não é Portugal é o o conjunto dos países chamados do ocidente algado Nato União Europeia que prestar muito mais atenção e por isso eu não acho que sejam justas as as críticas como se Portugal pudesse evitar este tipo são países soberanos e portanto Mas também como país soberanos tem que assumir as responsabilidad das opções que assumem esperemos que se mantenham relativamente Democráticos que este alinhamento próximo com a Rússia não signifique que os seus governantes querem manter à eterno no poder sustentados por forças Russas no futuro é um risco que que temos mas eh sobretudo nós temos que ser muito mais pródigos por exemplo na recolha de inteligence na partilha e em trabalhar afincadamente quando se percebem certos sinais para que se calhar em vez de num determinado rumo as opções políticas dos dirigentes possam sair para o outro lado sem condicionalismos nem paternalismos porque a política internacional não pode viver inteiramente disso estamos a lidar com o países soberanos temos que lhes mostrar que às vezes as melhores opções que podem parecer de curto prazo a médio e longo prazo são opções muito negativas porque estes países ao fazerem eh acordos deste tipo com um país como a Rússia o que estão a dizer é que não se importam com as regras internacionais que possam ser violadas ora países pequenos são exatamente os mais vulneráveis a um mundo sem regras e portanto eu acho que santomé é pouco avisado do seu ponto de vista nós percebemos que há aqui uma tradição como noutros países de muita formação muitos militares e alguns políticos formados na antiga União Soviética tem esses l tem interesses económicos às vezes diretos por várias vias até alguns por corrupção mas do ponto de vista do interesse do país nada disto foi transparente Aliás a oposição eh critica isso mesmo e não parece que seja propriamente bom para um país como são meio e príncipe ter este tipo de posição de alinhamento sendo legítimo como país soberano po Essa opção não parece que seja adequada para o futuro do país em Portugal esta esta decisão já está a ter Eco hoje Teresa e sendo Portugal um país fundador e um dos um dos primeir países que integra a Nato desde o dia desde o início O que é que Portugal de facto pode fazer tendo em conta que integra a cplp onde estão alguns destes países Teresa eh Isso é um problema que não é não é um problema imediato para Portugal Portugal tem as suas alianças internacionais perfeitamente estabelecidas e certo mas aqui mais numa questão o que é que pessal pode fazer no fundo para tentar influenciar e alguma coisa aqui eu acho que Portugal como Aliás a França e outras grandes potências europeias que foram eh eh potências coloniais devia perceber de uma vez por todas eh um país como nós mais pequeno ou mesmo um país como a França que é uma média potência de Nacional deviam perceber que só podem conter os avanços da Rússia e da própria China eh no continente africano Se tiverem uma política comum uma política conjunta uma abordagem da União Europeia ao continente Africano e à relações com a maior parte dos países africanos a tendência é cada um segue a sua vida a Inglaterra eh faz isso com o seu os as suas ais colónias a França eh também Portugal também e isto acaba por facilitar a vida que era a Rússia que er a China nós estamos a falar da Rússia a Rússia eh não tem um grande investimento em África e portanto escolhe a via Militar do apoio Militar dos acordos militares da intervenção de Mercenários ao serviço eh da algumas forças em alguns países nomeadamente no sael vimos isso claramente a China tem muito dinheiro tem muito investimento é hoje eh investe hoje eh eh em em África eh um montante financeiro quase equivalente ao do somatório dos países europeus e dos Estados Unidos a sua intervenção não é militar é financeira e perante isto o Estados Unidos tem uma estratégia que nem sempre tem resultado mas tem apesar de tudo uma estratégia a Europa a e dividida Portugal por um lado a França pelo outro a França teve agora de sair do sael militarmente E seguir-se H evidentemente terá haverá evidentemente consequências políticas porque não aguentou a pressão política interna desses países a rú utiliza um argumento quer nas antigas colónias portuguesas quer nas francesas e o argumento do apelo ao sentimento anticolonial desses países H nós não nos podemos esquecer que os movimentos de libertação da Guiné de Angola de Moçambique são de meio príncipe menos apesar de tudo tiveram sempre o apoio financeiro Militar da Rússia foi há 50 anos mas esse apoio existiu evidentemente não é Portugal que sozinho consegue Contrariar a influência da Estratégia russa e numa série de países alguns dos quais nos dizem diretamente a respeito é através de uma política europeia que mais uma vez tarda em encontrar Qual é o caminho que deve seguir para que essa estratégia na França na Inglaterra em Portugal noutros países noutras potências antigas potências coloniais tenham alguma força para conter a penetração militar russa e a enorme penetração económica da China e nós acabamos este Episódio quase como se tivéssemos a falar de uma nova guerra fria não é o estamos a ter discussões que se poderiam ter H bastante antes da de do do dos anos 90 eh queria agradecer à Teresa quer agradecer a luí quem nos ouviu nós regressamos na na próxima semana muito obrigado obrigado obrigada o podcast diplomatas é uma parceria público ipri Instituto Português de relações internacionais