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[Música] Este é o [Música] azul neutralidade carbónica até 2050 um corte de 55% nas emissões de gases com efeito de estufa até 2030 um sistema alimentar mais sustentável mais proteção da natureza cidades mais amigas do ambiente poluição zero o que é que aconteceu às promessas do pacto Ecológico europeu a um mês das eleições europeias é a altura de fazer um balanço destes 5 anos e olhar também para os desafios da próxima legislatura eu sou alind flor e este é o podcast do azul a secção do público sobre ambiente crise climática e sustentabilidade neste dia da Europa converso com o eurodeputado independente Francisco Guerreiro integrado no grupo dos verdes no Parlamento europeu a proteção do bem-estar animal é uma das prioridades do eurodeputado ecologia português que Tem trabalhado para promover a biodiversidade e o combate à alterações climáticas já vamos descobrir como é que se consegue isto sem fazer parte da comissão do ambiente mas antes o momento atual ao fim de 5 anos de trabalho dos eurodeputados e a fechar mais um ciclo da comissão europeia quanto é que avançamos na União Europeia Nas questões de ambiente e clima Ah bem em matérias sociais e económicas alguma coisa mas pouco em matérias climáticas e d aspas infelizmente nós fomos eleitos em 2019 com uma uma grande esperança da sociedade civil de realmente olhar para a economia do m prismo ou seja que internalize o máximo de custos fossem eles sociais reais económicos que integrasse todas as componentes da transição climática os desafios que nós chegamos a Declarar no Parlamento europeu a emergência climática e portanto que não fosse só conversa de circunstância mas que efetivamente Se conseguisse descarbonizar e tornar mais justa esta tradição em todos os setores da energia da Agricultura das pescas na na habitação nas Finanças num sem número de de atividades que no fundo compõem o seio da União Europeia e a vida diária de pelo menos 460 milhões de europeus começamos com o pé fora da porta com o brexit não nos esqueçamos portanto começamos logo a ver a onda populista a emergir portanto ela sempre esteve lá e felizmente conseguimos aprovar o pacto Ecológico europeu tivemos várias estratégias nomeadamente para a preservação da biodiversidade do Prado a prato tivemos o pacote legislativo Fit 455 que no fundo é garantir que os vários setores septam à meta de redução de 55% de emissões de gasos com efeit estufa até 2030 apontando para a neutralidade carbónica até H 2050 mas lá está Isto foi tudo no início Antes de nós seros confrontados com uma pandemia com os planos de recuperação económica e com a guerra na Ucrânia e hoje em dia também com uma série de instabilidades no médio Oriente e um pouco por todo o mundo vemos um um acrescentar dos protecionismos Por parte dos Estados Unidos e da China o que confronta noos também com outras realidades e portanto as matérias climáticas ficaram um pouco sen não bastante e na gaveta e portanto temos temos visto um grande retrocesso fech alguma coisa não o suficiente segundo os dados científicos e por isso estamos estamos muito a qu uhum e dentro do pacto Ecológico europeu mais visível foram as medidas relacionadas com as emissões não é e mesmo que esta parte mais climática digamos assim tenha ficado na mesma a quemm dos objetivos não é que a ciência nos eh colocava mas houve também outras estratégias que talvez tenha sido até mais preocupante terem saído enfraquecidas nós vimos o que aconteceu com a lei do restauro da natureza não é que esteve quase para ser rejeitada e acabou muito esvaziada no final das contas há também a estratégia da biodiversidade não é que ficou completamente fora do radar e também a estratégia do Prado ao Prato não é sobre os sistemas alimentares foi quase empurrada com a barriga ao longo destes anos nesta frente mais ambiental e de biodiversidade O que é que se conseguiu em termos do pacto Ecológico europeu o que o que eu acho que ainda continuar a falhar e também aqui com alguma responsabilidade do grupo do dos verdes eh aliança livre europeia é a perceção Por parte dos cidadãos de que estas questões climáticas ligadas à preservação da biodiversidade estão diretamente ligadas com o nosso modo de produzir distribuir e consumir bens e serviços Ou seja que nós comummente conhecemos como economia e portanto infelizmente tem havido uma um descorar destas matérias e portanto a lei para o restauro da natureza passou à tangente no Parlamento Mas agora está no Concelho a tentar ser negociada portanto uma versão final em que se tudo se prever que teremos uma uma um Parlamento e possivelmente uma comissão muito mais conservadora será Possivelmente Riscado grande parte das poucas alíneas boas que ainda existem nesta lei e considerando inclusive que o ppe Portanto o grupo que tem o PSD e o CDs incluíram várias emendas que para eles eram essenciais e mesmo assim rejeitaram a proposta eh no Parlamento europeu portanto vejo com muita preocupação este resvalar de ambições climáticas até porque por exemplo Como estava a falar das estratégias as estratégias são muito interessantes mas são apenas estratégias e portanto se nós não locos o dinheiro para a implementação destas mesmas será muito difícil fazer o contrário por exemplo nós no início do mandato aprovamos a política agrícola comum pacote de 360.000 milhões de euros para ajudar os agricultores a produzir determinado tipo de comida alimentos eh e ele vai contra os os pressupostos que depois mais à frente aprovamos na estratégia do Prado ao prata e e na estratégia para a preservação da biodiversidade e portanto a agricultura que é o o setor que mais destrói a biodiversidade que mais água consome recursos acuíferos na União Europeia que é o maior utilizador de área arável e que tem uma grande componente de pecuária que tem impactos dramáticos na emissão de gases com efeito estufa e na poluição de recursos também quíos é inconcebível quer dizer não não não não há racionalidade agora o que nós vemos é isto quer dizer os dados a mostrar que nós se continuarmos neste caminho Estamos nos 2.5 3% de aumento de temperaturas médias portanto até ao final do século mas como nós temos também reparado existem aqui fatores que são impossíveis de calcular e portanto as as trajetórias climáticas poderão ser inclusive piores e estamos a falar de países Como Portugal que vão ser altamente afetados com secas extremas a falta de água aliás nós já Vimos a escassez hídrica no sul e depois estes movimentos populistas que são negacionistas climáticos e que acabam por crescer nestes nestes lugares O que é para mim algo que é um contrassenso portanto no fundo nós até podemos discordar de como é que lá chegamos à descarbonização da economia não é e como é que a tornamos mais justa mas negar os próprios Daros climáticos isto aqui é algo que só acontece numa força política na União Europeia e é extrema direita não há como negar isso uhum o Francisco é do grupo dos verdes mas não está na comissão da ambiente do Parlamento europeu porque apostou em outras áreas não é como as pescas e Agricultura precisamente com esta ideia de que é preciso trazer a dimensão ecológica para outras frentes podia falar um pouco sobre o trabalho na comissão de agricultura porque nós tivemos protestos de agricultores por toda a Europa e a resposta que a comissão deu e o Parlamento aprovou não é acabou por trazer recuos em dimensões ambientais portanto como é que o eurodeputado viu estes protestos dos Agricultores tendo até em conta o que já conhecia não é do do seu trabalho na comissão da agricultura e quais são as soluções que já se conhecem que poderiam responder estes apelos dos Agricultores e também às necessidades de produção da Europa ao contrário do que pode parecer até bastante fácil é uma questão de vontade política mais do que de recursos ou de e acesso à tecnologia nós viemos uma era hiper digitalizada e portanto nós conseguimos analisar que se nós incluir todo o excente produtivo nós somos uma união que produz mais alimentos do que consome não obstante nós temos uma grande ineficiência dentro do mercado interno portanto nós desperdiçamos cerca de 1/3 da comida que produzimos e portanto Existe uma grande ineficiência de gestão de recursos afeta a Isto existe a concentração de recursos nestas grandes unidades industriais sobretudo quando falamos de fundos europeus hum cerca de 70% das verbas europeias vão para apenas 20% dos mais industrializados dentro da destes setores agrícolas e portanto vemos que existe aqui uma uma desigualdade no acesso a estes recursos que deveriam ser sobretudo porque temamos a falar de dinheiro público para quem mais necessita nomeadamente os pequenos e médios agricultores nós vemos que a União Europeia ao longo dos anos tem perdido milhares de agricultores e portanto existe uma cada vez maior concentração deste Setor O que por um lado é natural porque assim assim o tem sido nros setores mas a divisão da riqueza não tem acompanhado essa fileira e portanto o que eu vejo é que a agricultura Como eu disse que é um dos maiores emissores de gases com efeito estufa o maior destruidor da biodiversidade o maior utilizador de recursos fundamentais à nossa existência como seres humanos que são os recursos hídricos acaba por nunca estar ou raramente contemplada houve uma revisão da diretiva das emissões industriais em que o setor agrícola foi muito pouco alcançado e mesmo o gado bovino foi excluído e portanto só haverá uma revisão em 2026 por parte da comissão para hipoteticamente colocar desta fileira do do setor pecuário nesta diretiva e portanto vemos aqui um Lobby do setor Agroindustrial sobretudo da pecuária dos laticínios que está diretamente ligada à indústria química portanto boa parte dos fertilizantes e e antibióticos utilizados na agricultura e na pecuária estão direto ou diretamente relacionados com a pecuária e isto porque mesmo as Produções super intensivas ou intensivas como queeram chamar vestais Muitas delas vão para alimentar gado e portanto é um é um sistema altamente ineficiente de produção alimentar e por isso e eu vejo que estes movimentos estão organizados boa parte deles para manter o status co e infelizmente as poucas medidas ambientais que se foram aprovando são as que estão a ser rasuradas e portanto aqui se vê a fraqueza de espíritos eh da comissão europeia nomeadamente nurs vol Line que deveria tentar unir-se aos reais agricultores que no fundo querem transformar a sua agricultura não é seu modo de produzir e aqui vamos às soluções as soluções são efetivamente muito fáceis primeiro conceber que é impossível e é improdutivo e é claramente ineficiente se nós continuamos a promover este estilo de produção Distribuição e consumo sobretudo produtos e pecuários não faz bem à saúde humana não é bom aos ecossistemas é impossível nós gerimos uma uma sociedade com este nível de consumo de produtos animais e naturalmente não é bom para os ecossistemas e por isso a própria conceção que não podemos financiar este tipo de produções para mim devia ser uma primeira um primeiro Alerta e esse dinheiro devia ser utilizado por estes produtores para transitar para modos realmente sustentáveis de produzir alimentos nomeadamente Plant base por assim dizer portanto não direcionados com a pecuária e aí sim tudo o que era regimes de ecoqua serem reforçados haver maiores graus de obrigatoriedade também a nível nacional para fazer esta transição e garantir que uma diretiva aliás que também era para ser apresentada pela comissão europeia que ficou na gaveta que era o sustainable food Systems que garantiria que desde a produção até ao escamento até à informação ao consumidor considerado a etiquetagem o labeling seria revisto para que realmente se garantisse que se as pessoas soubessem os consumidores soubessem o que é que estão a comer e de onde é que vem e que fosse incentivados porque por exemplo nós hoje em dia uma superfície comercial Quando vamos pagar temos aquela fileira gigante de 12 açúcares artigos que não servem propriamente para nada benéfico da nossa saúde Mas eles estão lá expostos porque existe esse incentivo não é e portanto ess esse próprio marketing alimentar teria que ser revisto para ajudar Sobretudo o consumidor o cidadão a ter escolhas mais sensatas naturalmente cada um escolhe e como o que quer não é isso que tá em questão mas isso também ficou na gaveta a própria revisão da da lei da toda a harmonização de leis em torno do bem-estar animal que poria a nós caminharmos para um sistema cada vez menos intensivo de produção animal e que tivéssemos as mesmas regras para os agricultores externos que para os agricultores nacionais também ficou na gaveta e portanto aqui também os agricultores ficaram prejudicados em última instância os pescadores e os agricultores porque no fundo tem mais ou menos a mesma dinâmica de financiamento e Comercial vão ser os mais prejudicados Com estes impactos climáticos e depois Serão estes mesmos que nos virão pedir ajudas para transitar e para ajudar a para a com matar as perdas que que terão e por isso é é é é simplesmente estarmos a jogar dinheiro para o lixo e perder tempo que é valioso infelizmente uhum até porque esta transição alimentar também a nível da produção já tem estado algum tempo entre as recomendações dos órgãos consultivos não é científicos da União Europeia eh são problemas que já estão estudados e já há soluções não é e caminhos com base na ciência e e esta e estes mitos bucólicos que existem em torno da da agricultura e da Pesca que são aqu Os Pequenos agricultores com a sua inchada que cuidam dos animais e que vão à pesca num Barquinho parce uma casca de nós e são os mais sustentáveis P as mais preocupam isso é totalmente falso mais de 98% da produção pecuária e e e ligada às pescas advém de unidades altamente industrializadas e portanto a externalização do seu Impacto é diário e portanto enquanto nós não olharmos para a agricultura e por isso também eu decidi estar na comissão de agriculturas e de pescas porque são altamente conservadoras e achei que era essencial mais do que est ser mais um na comissão de ambiente estar nestas comissões para falar destas matérias porque elas continuam a não estar no radar mesmo a comunicação social não tem dado a abrangência que se deveria dar até para as pessoas perceberem quant faltar alimentos nas parteleiras dos seus Supermercados dos seus mercados já Será tardais porque os ciclos produtivos não são em 2is TR meses portanto muitas vezes têm ciclos anuais ou bianuais e portanto Nós realmente temos que garantir que a resiliência não é só produzir mais a Qualquer Custo ou com novas técnicas genómicas que são sempre uma solução para o futuro da da humanidade mas que acabam por nunca solucionar o problema que é estrutural e é político uhum quais são e os dossiê a que nós devemos estar atentos no arranque da próxima legislatura do Parlamento europeu e da comissão houve coisas que ficaram penduradas ou por onde é que nós podemos dirigir o olhar Neste período de transição sim primeiro é tem canalizar a composição do Parlamento portanto perceber que que forças é que iram operar e sobretudo onde é que o ppe que eh se assume pelas sondagens Continuar a ser o maior grupo político do Parlamento europeu portanto onde se inclui o PSD e o CDs com quem é que eles quererão fazer coligações se continuam a fazer aquela Coligação tradicional que é ppe liberais e socialistas com Os Verdes portanto criando aqui uma força preia e não negacionista climática ou se como mostraram no final deste mandato preferem fazer acordos com os conservadores e com a Extrema direita Que nestes neste campo das alterações climáticas pensam exatamente igual portanto só muda o rótulo Ambos são negacionistas climáticos e portanto desconsideram tudo o que é necessário para enfrentarmos esta crise e daí emergirá a prioridade ou não de certos ficheiros da nossa parte eu acho que continuaremos a lar para que se mantenham estes regulamentos e est estas diretivas para transitarmos o mais rapidamente possível tentarmos Eu acho que vai ser mais um esforço de contenção do que propriamente de avanços substanciais em matérias climáticas e de proteção da biodiversidade infelizmente mas eu diria que o hot tpic será ai para o restauro da natureza sobretudo depois das negociações dos trílogo para vermos o que é que emergirá dessa união de de esforços e depois lá está tudo o que tem a ver com revisão de bem-estar animal também não esperamos grandes alterações Infelizmente o sustainable food Systems a diretiva também eh veremos que Possivelmente será algo muito pela superfície e grande parte do mandato será dedicado a questões que tradicionalmente imperavam nas instituições europeias e que muito pouco farão para realmente alicerçar a transição que nós necessitamos e que vai acontecer quer nós queremos quer não isso Isso é inevitável ou a única diferença é se nós conseguimos fazer uma transição um pouco mais suave ou Vamos ser obrigados a fazer uma transição brusca E aí certamente teremos Dois caminhos pelo menos na minha visão uma em que as pessoas realmente percebem o erro que se cometeu em não aprofundarmos estas matérias e em não dar força a movimentos que realmente sempre falaram destas matérias interligando com todos os temas economia habitação desigualdade social desigualdade e de riqueza o próprio paradigma de consumo infinito esta ideia de que nós podemos consumir tudo o que quisermos quando quisermos e que não há limites à nossa imaginação ou cairemos numa ditadura de necessidade porque as pessoas com medo rapidamente eh se aproximam a movimentos extremistas que oferecem sempre soluções fáceis mas que não são soluções estruturais para os problemas e portanto eh Infelizmente eu eu vejo este caminho Espero que as pessoas percebam que não há necessidade nós nós caímos em regimes totalitários para resolver problemas ecológicos mas veremos uhum já agora e o objetivo da redução de emissões para 2040 porque nós conseguimos pôr na lei do clima os 55% de redução até 2030 e houve entretanto uma proposta do órgão consultivo científico não é de reduzir entre 90 e 95% as emissões até 2040 que depois a comissão europeia decidiu propor uma redução de 90% estes 90% de redução até 2040 já estão garantidos ou ainda riscamos ter um objetivo menos ambicioso como é que vai ser esse processo eu acho que depende muito da a sensibilidade política ou seja não há nada fechado Aliás na política e nós podemos através de derrogações e de e de não alinhamentos com com os objetivos perceber que mesmo que nós tracemos estes objetivos eles derrapam e portanto muitas vezes estas questões são muito retóricas são são bonitas no papel e realmente também tão em legislação mas depois não há consequência nenhuma quer dizer se a comissão europeia e a União Europeia não atingir estas métodos o que é que vai acontecer a ur vandel vai presa nós vamos ser considerados culpados em Tribunal por não termos alcançado essas metas os chefes de estado vão ser responsabilizados e o problema é este é que no fundo depois também acabamos por eh não não tornar efetivo estas estas legislações havendo sempre a possibilidade como se costuma dizer fugir com rab à seringa não é e estamos a brincar com a vida não só de milhões de cidadãos mas com a existência de outras espécies Nós não somos a única espéci que leva à extinção a cerca de 10.000 espécies por ano e portanto Isto é completamente inconcebível nenhuma outra espécie no planeta sabendo da sua responsabilidade o faz e Portanto acho que a a falta de liderança também nos movimentos político-partidários também faz são muitas pessoas da política e isso apenas dá espaço não é Aos populismos aos líderes os chavões tradicionais e portanto vamos ver eh não é por falta de tecnologia não é por falta de riqueza não é por falta de opções que nós não transitamos por uma sociedade que é benéfica para a generalidade de todos claramente é mesmo porque continuamos a achar que este modelo que nos foi vendido de hiperconsumismo que tem cerca de 100 anos hiper capitalista é a única forma de nós estarmos na sociedade e com isto não estou a dizer que a única solução contrária é o Socialismo extremado ou o comunismo ou etc há imensas formas nós repensarmos a nossa sociedade agora não parte é do princípio de nós acharmos que o planeta vai existir com este nosso consumo exacerbado é impossível não não é sequer racional uhum para fechar pode falar um pouco sobre o seu seu trabalho nestes 5 anos o Francisco fez a maioria do seu mandato enquanto eurodeputado independente não é desligado de um partido Nacional eh depois é preciso gerir o trabalho parlamentar com um trabalho mais público não é de divulgação eh das suas causas políticas e recentemente até estreou um documentário como é que se joga em todas essas frentes ou se calhar uma pergunta mais simples o que é que faz um eurodeputado bem eu diria que e em boa verdade eu sempre fui um deputado independente com o primeiro ano que eu estive no Parlamento europeu e ainda estava no no no antigo partido eh que representei e me representava que era o pano estive sozinho e portanto a a diferença foi que eu aterrei e comecei a correr e por isso não fiquei à espera do meio do mandato ou do final do mandato para conseguir dar provas e portanto o dia a dia eu só ia para estrasburgo e para Bruxelas para trabalhar portanto entrava muito cedo saía muito tarde e depois voltava no fim de semana eh e portanto estava lá meramente para trabalhar e assim foi portanto eu entrei logo como eu disse a correr e dentro da política agrícola comum tivemos um grande debate em torno não sei se se recordam da questão do tentarem limitar o grande o Lobby Agroindustrial a dominação de hambúrgueres Plant base vegetarianos vegan queriam bloquear essa possibilidade e portanto também a possibilidade de bebidas vegetais terem desenhos e marketing que fosse alusivo ou que parecesse leite por assim dizer e portanto esses também foram dois segmentos que foram muito importantes eu consegui aprovar uma emenda dentro da política agrícola comum para terminar com os subsídios à tarom maquia que depois infelizmente caiu quando no Concelho Espanha eu sei que foi Espanha porque não há nada registado mas nós sabemos que Espanha teve um papel preponderante portanto essa essa emenda desapareceu simplesmente infelizmente não conseguiu passar para a política agrícola como final mas também foi algo que Logo no início eu trabalhei muito depois também fui relator sombra no no feamp Portanto o fundo europeu assuntos marinhos e das pescas e da aquacultura e foi logo o maior que eu tive em mãos de início portanto uma pessoa que nunca teve nas instituições europeias entrar e ficar logo com as negociações em trílogo um cheiro tão grande tão técnico foi realmente muito exigente e no final acabamos por votar contra lá está porque direcionou-se ainda dinheiro para a grande indústria da da Pesca que era a que menos necessitava portanto Elas têm um excedente orçamental e não necessitam desse apoio público e portanto no fundo acabamos por votar contra Mas conseguimos também algumas emendas relativamente à PR daada qu há garantia que os Fundos também fossem utilizados para a transição social portanto melhorias das embarcações quando formos por exemplo acessos a casas de banho que são muito precárias à própria melhoria dos dos motores que são muito poluentes e maior parte são diesel portanto que houvesse apoi à alteração dos motores destas embarcações sobretudo para pequenas e médias embarcações um sem número de outras emendas que felizmente passaram mas o relatório final não era assim tão bom E então acabamos por estar contra depois a meio do mandato entrei no na na comissão de mercado interno e proteção do Consumidor onde também tive ligado à componente do ai act que é relativamente à Inteligência Artificial também fui relator deum opinião relativamente à interoperabilidade dos sistemas dentro da União Europeia das administrações públicas ou seja como é que elas podem comunicar melhor para ter melhores atualizações dos seus recursos sem estar a duplicar e portanto coisas que são às vezes bocado técnicas mas muito interessantes e portanto no fundo fui bebendo e trabalhando e mesmo no final do mandato quando maior parte dos candidatos estavam em campanha eu ficava com os ficheiros todos e portanto aproveitei para trabalhar ainda mais um bocadinho e aprender também bastante e e como disse fiz o documentário carna pegada insustentável que pode ser vista gratuitamente na plataforma water Bear Tá a ter um grande grande Impacto tem ido imensas escolas já agora pode falar um pouco sobre o documentário sim é uma das áreas que pouco se fala quando se Analisa as transições que nós precisamos de fazer não é para diminuirmos a o impacto das S gados com feito estufa para protzer a biodiversidade para garantir o acesso a recursos essenciais da nossa existência como os recursos hídricos a a agricultura está sempre em terceiro plano nem em segundo plano e portanto eu achei que era conveniente bebendo também da experiência que tive nestes anos fazer um documentário que não tem o Carisma moralista que se calhar muitos outros têm ligado dessas componentes não é do bem-estar animal e da promoção no estilo de vida sem consumo de proteínas animais e que focasse em três grandes áreas área da saúde saúde hum individual e coletiva é impossível nós projetarmos por exemplo um SNS se não olharmos para a questão da alimentação e da prevenção e portanto ela ela inerentemente terá que ter uma redução dramática do consumo de proteínas animais sejam elas terrestes ou aquáticas e obviamente que a redução pressupõe O flexitarianismo que é consumir pontualmente algumas proteínas animais ou cinismo ou o veganismo e depois as as outras duas áreas que é naturalmente o bem-estar animal e portanto demonstrar e nós temos algumas imagens são apenas cerca de 2 minutos eh de imagens que são gráficas são violentas mas que demonstram que na União Europeia aquela ideia bucólica não é que nós temos as melhores regras de bem-estar animal e que é tudo muito bonito eh depois barram com a realidade e portanto é uma indústria altamente Cruela a indústria mais das mais cruis que existe e que está sempre escondida sobre o mano opacidade ninguém consegue visitar um matador os processos mesmo de transporte de animais vivos são dantescos e portanto Há sempre um grande secr ismo em torno deles e depois a questão ecológica não é esta ideia de que o setor agroalimentar que está na fatia dos maiores poluidores doos maiores emissores de gas com efeito estuf e estamos a falar de CO2 Mas também de metano e que é de longe o maior destruidor de biodiversidade também aqui na União Europeia de consumo de recursos hídricos e portanto não falar da agricultura e da redução destes destes bens alimentares é um fracasso na política pelo menos para mim e depois mostrar exemplos positivos não só em Portugal mas noutros lados da Europa e do mundo em que já existem pessoas a fazer essas tradições porque que existem imensas coisas a acontecer eh e portanto o documentário é é uma hora de explicação factual científica e depois exemplos positivos de como é que eh podemos ou devemos transitar sendo que naturalmente a escolha será sempre de cada um mas não falar desta realidade para mim é um falhanço político estral Este foi mais o episódio do azul o podcast da se do público sobre ambiente crise climática e sustentabilidade já sabe se gostou de ouvir este Episódio siga o podcast na sua aplicação preferida para não perder o próximo se tiveres sugestões de temas e entrevistas Envie para o e-mail aline.fu PPT o público é o único jornal em Portugal com uma secção inteiramente dedicada à crise climática e sustentabilidade o azul tem como parceiros a fundação calos sch Bank o projeto biopolis a lipor e a sociedade ponv mas para manter a sua fonte de informação de acesso livre sobre clima e ambiente também precisamos de S Não deixe de assinar o público o podcast azul é editado por min flor e volta daqui a duas semanas até [Música] lá o público fica no ouvido