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eu sou o Ruben Martins Este é o
p24 Hoje assinalamos os 50 anos do 25 de
Abril Num Episódio especial em que
ouvimos um cherto do programa limite de
25 de abril de 1974 a rubrica de poesia
do programa que deu a senha para o
arranque da revolução chama-se grândola
Vila Morena e a da autoria de José
Afonso conta a história o então
realizador da Rádio Renascença Manuel
Tomás aqui a entrevista à
rtp3 ele no plano de operações portanto
já tinha desenhado ele Hotel já tinha
desenhado todas as operações das
unidades do do do país só que
faltava-lhe a tal senha de âmbito
nacional que seria na perspetiva dele o
venham mais cinco e então falam com o
mel Ant nos Açores o mel Antunes fala dá
indicação que é amigo do álvar guerra
que era um jornalista do Jornal
República porque estava a trabalhar lá
também com um Jornalista colaborava no
programa de uns fulanos que tinham vindo
de Moçambique e que eram os Democratas e
passavam a José Afonso e que era o
limite num programa limite e é o álvar
guerra que no dia 23 de manhã é o
primeiro contacto que ele faz e diz o o
Carlos Albino Guerreiro jornalista e que
lhe diz nós precisamos disto os
militares pediram portanto a intermediar
aqui o pedido portanto para uma senha
Será que tu Consegues resolver esse
problema no limite e ele disse vou ver
em princípio vou vamos conseguir porque
enfim os os donos do programa são
Democratas e portanto agora eh uma uma
informação importantíssima é que o
venham mais C também está proibido no
limite e portanto nós Agora em março dia
29 de Março houve encontro da canção
Popular Portuguesa e o grândola foi um
hino extraordinário e que poderá ser
perfeitamente a senha portanto vê lá
propõe os militares se aceitam o granula
como senha do do do do enfim para o
arranque das operações militaris Gerais
em todo o país Eles aceitaram grande le
Eles aceitaram e no dia 23 ao fim do dia
aliás dia 24 da manhã é quando o alvar
guer Diz ao Carlos Albino está Aceito o
Carlos Albino nesse dia 24 Ou seja hoje
de manhã hum foi comprar um disco à
livraria opinião As cantigas de Maio
porque tinha lá a canção o grande la
Vila Morena e às 3 da tarde de hoje dia
24 vai ao escritório do limite que era
na praça da alvalade e é onde eu estou
encontra-se comigo Diz Manuel vamos
beber um café fomos beber um café levou
o LP no Nova Lisboa na avelia da igreja
acabado Portanto o café eu disse que se
andássemos um bocadinho E andamos na
Avenida da igreja chegamos à igreja São
João de Brito e ele perguntou Há quanto
tempo é que não entras numa igreja eu
disse há algum tempo e se entrássemos
entramos se entramos sentamo-nos ele
colocou o LP nos joelhos e a determinada
altura o LP com a grande L Vila Moreno O
Grande o exatamente que era As cantigas
de Maio do José Afonso o LP e ele diz
Manel tem que ser hoje eu estou sentado
tem que ser hoje nós falávamos
naturalmente da Guerra falávamos de do
Movimento dos capitões Que nós tínhamos
conhecimento da existência deles então
mas ficou preocupado quando ouviu essa
frase do essa emergência do do não se
fica surpreendido porque de repente tu
não estás À Espera De repente ser
envolvido na na na numa operação cujas
cujas implicações tu não não não dominas
não não Consegues percecionar naquele
instante então Eh naquela altura eu
disse e recordo-me perfeitamente a minha
reação e disse ao Carlos Albino Ok eh
não vamos dizer o leite Vasconcelos mas
ele hoje está de folga quem está está
portanto a a a coordenar enfim a a
manter o alinhamento do programa é o
Paulo Coelho nós estávamos a lançar na
locução do programa éramos todos Miúdos
portanto eu estava com 18 ia fazer 19
anos na altura e correu tudo como estava
previsto ou não não e portanto ele tinha
o alinhamento feito eh e eu e o Carlos
Albin na igreja pensamos logo no
Disfarce do granula E ainda por cima era
para transmitir à meia-noite E2 e tinha
características muito particulares que
era a senha verdadeira tinha que ter a
leitura da primeira quadra da da canção
no princípio E no fim e então Eh falamos
sobre isso ali na igreja e a primeira
questão resolva-se a questão da da
quadra resolva-se porque eu quando fosse
gravar eu iria Telefonar a leito
Vasconcelos como fiz e na altura em que
ia gravar como era uma rubrica de poesia
que teve dois poemas do Carlos Albino eu
diria o Vasconcelos uma vez que isto é
uma rubria de poesia ou leit vcos porque
é que tu não LS a primeira quadra e ele
naturalmente Lia porque ele aceitava as
propostas sempre de produção ou de
realização que eu que eu que eu lhe
apresentava depois tínhamos outra
questão que era a i20 espera como é que
nós passamos isto à meia-noite e VM
tendo o Paulo Coelho a apresentar o
programa nesse dia e tendo o José
Videira que era um técnico da da da
Renascença que nos dava apoio técnico ao
programa e que desculpa é que nós damos
para passar uma bo
à me20 E aí o carros disse espera eu
tenho os amigos italianos e podemos
dizer que tenho os amigos e italianos
querem gravar portanto a senha à
à os meus poemas não é senha não hve
aqui de alto que ten os meus poemas à
me20 combinamos isso eu arranjei fui
fazer ele foi a casa buscar os textos eu
liguei o leiteo Vasconcelos entretanto
fiz a sonoplastia porque eu era Son
plasta no programa na altura era eu que
assumia a função técnica portanto na na
no meu no no meu programa e e fui
arranjando as músicas para fazer a
cobertura portanto dos textos dos poemas
do Carlos Albino então combinamos às
7:30 encontrarnos na Renascença eh
combinei com a leite concer chegar mais
ou menos às 8 e nós às 7:30 estávamos lá
o Carlos Albino entregou os dois poemas
ao sensor porque entretanto os dois
Sensores do nascença o o Albérico
Fernandes e o padre Rego tinham
desistido e pela pressão que nós exercí
com os textos a poesia As Canções que
tocávamos porque todos os dias tínhamos
um prego arriscar uma faixa de um disco
do José Afonso ou sei lá o de José Jorge
letria ou de outro ou de outro cantor de
no fundo de de de de de enfim de
oposição Org mosé Mário Branco enfim
tinham todos estes cantores discos e
faixas riscadas e e e então gravamos ele
libertou os poemas o censor libertou os
poemas era um coronel do do do sni e e e
quando libertou chega o Vasconcelos eu
vou portanto para regir portanto os
quatro pratos com a enfim cabine de
locução em frente e acerto com o leite
faz concelos os pormenores dou-lhe a tal
indicação de leitura da quadra e tudo
foi Impecável portanto arranco com o
grândola ele destaca as quadras e entro
com as as músicas sonoplastia dos dois
poemas e termino com uma canção que eu
próprio não tinha pensado que é o cor da
primavera essa do José Afonso essa
canção estava proibids Sima No Limite
não passava na Renascença Ou seja quando
quando acabaram foram foram muito
complicadas porque quando acabamos a a
gravação da desta o leite V concelos não
sabia nada foi para casa não não quis
envolver porque ele era casado tinha
filhos o Paulo Coelho saberia
aí enfim às 11:30 da noite que havia uma
rubrica de poesia para alterar o
alinhamento e o JV era a mesma coisa
portanto eu e o Albino e fomos jantar
ali perto na rua Capelo e quando
chegamos eu coloquei a bobin onde
estavam os poemas portanto no no no num
gravador no ampex e avisei quer o José
Videira quer o quer o palco el tinhamos
uma rubrica de poesia para transmitir à
19:20 dando a tal descul Que Nós já
tínhamos inventado que era havi uns
amigos do italianos e queriam gravar bom
tudo bem Pacífico o programa arrancou à
meia-noite era da meia-noite às 2as da
manhã e e quando chega à meia-noite e eu
sempre a fazer alguns sinais oou Paulo
Coelho e quando chega à meia-noite e 19
o Paulo Coelho lança uma música paraa
publicidade eu fazer sinais começa a
entrar em desespero porque 19:20 era
me20 e naquele caso S eu e o Carlos
Albin é que sabíamos da importância do
comprimento das horas então Eh o relógio
Não Para e chega à meite E20 me2 E5
segundos e 10 segundos e 19 segundos e o
g Videira tinha a mão colocada portanto
no arranque da da da bobina mas eu dou
uma sapatada e eu próprio ponho em
movimento a bobino com a gravação da
rubrica que arranca com o
Grand grândola Vila
Morena terra da
Fraternidade O povo é quem mais ordena
dentro de ti ó cidade
PR Vila
Morena
Terra
Fraternidade O povo é quem mais
ordena dentro de ti a
[Música]
cidade dentro de ti cidade
[Aplausos]
queena Terra
Fraternidade prenda Vila
[Música]
Morena Cis que não amigo
em
cada rosto
igualdade grândola Vila
Morena terra da
Fraternidade terra da
Fraternidade
Granda Vila Morena
temem cada nos
igualdade o povo é quem mais
[Música]
orden a sombra de uma
azinheira que já
não sabia aidade
jurei ter por
companheira grandula tua
vontade Granda tua
vontade
jite por
companheira a somb
deira que já não
grândola Vila Morena terra da
Fraternidade O povo é quem mais ordena
dentro de ti ó cidade
[Música]
a nascente é que
nasce o sol trazido pelo Douro pelo tejo
pelo
guadiana pelo Grande Rio da beleza e dos
Poetas que trouxeram o tempo na Cova da
mão cza de
música O sol nasce S
meigo
terno Suave se levanta no
horizonte como um cavalo cheio de
canções e é uma raiz de luz que nenhum
ouro faz oscilar na
balança o sol vai de Nascente a
poente e o poente é sempre
Nascente como
lábios soprando atrás doutros lábios
[Música]
[Música]
[Música]
[Aplausos]
meu
poema
quero cão farejando coisas
novas treinado aos braços do sol para
Mercúrio para Saturno para Plutão para o
ato de pressentir longe uma galáxia
necessária
meu poema quero como
quero um bago de trigo ampliando-se cada
vez
mais a cor do Trigo das searas aos olhos
de Júpiter
ceifado pelo quarto minguante desta
beleza
íntima sincera que me encho os olhos de
lágrimas quando encubro a carne de
imaginação
e o meu sangue fica assim
circulando filtrando as cinzas em Marte
feito
rim e saboreando o subsolo da terra
feita veludo cetim metal de pano brilho
de líquido pingando no meu íntimo
silêncio
sincero que me encha os olhos de
Lágrimas estes olhos que são pássaros do
escuro voando com suas pálpebras entre
as nuvens mais altas do urânio
é
isto che é Timo
[Música]
[Aplausos]
[Música]
cobra canalha na mortalha hoje o rei
vaiu os velhos tiranos de Há Mil Anos
morrem Como tu abre uma trincheira
companheira deita-te no chão sempre à
tua frente viste gente de outra condição
[Música]
sal
somos nós os teus
[Música]
cantores Matin
C
em sejão por nós
ouvem-se já os
clamores
ouvem-se já
[Música]
[Música]
vi-te do medo que vem cado só queimar e
tu camarada põe-te em guarda que te vão
matar venham lavradeiras mondadeiras
deste campo em flor venham em laçadas de
mãos dadas dear o
[Música]
amor sol
[Música]
somos nós os teus
[Música]
cantor matinal
[Música]
cançar a seja os
jã em sejos
clor
em sejos clor
[Música]
[Música]
V mar é cheia de uma ideia para nos
empurrar H um pensamento no momento para
nos Despertar a mais um braço e outro
braço nos conduz irmão sempre a nossa
fome nos consome D tua
[Música]
mão sol
[Música]
somos nós os teus
[Música]
cantor
da matinal
canção
em se já os
Prom
em sejos com amor
e hoje o público assinal aos 50 anos do
25 de Abril com uma edição especial de
40 páginas para ler em público PPT e
também em banca já disponível eu sou ru
Martins por todo o país haverá eventos e
celebrações nesta quinta-feira algumas
sugestões para Celebrar este dia estão
disponíveis também no site do
público até amanhã tenha um bom dia viva
a
[Música]
liberdade o público fica no ouvido
1 comentário
O que é que sabes de vida vivida antes de abril de 74, meteram-te umas mentiras na cabeça, lá no teu partido, deram-te um lugar para ires ganhando algum a custa dos impostos pagos pelos portugueses, e agora vomitas uns disparates.